Poesias

quarta-feira, 17 de junho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 5

CAPÍTULO 5

E por esta razão, todos na aldeia iam se deitar cedo.
Para que no novo dia que iria se iniciar, estivessem dispostos para trabalhar.
Por isso, se levantavam cedo, muito antes do sol se mostrar inteiro.
Quando então o astro-rei finalmente aparecia, inteiro, dando o ar de sua graça, os índios já estavam trabalhando há algumas horas.
Enfim, era uma pesada jornada de trabalho que enfrentavam sempre.
Dia após dia, não havia descanso para os índios.
Como não tinham como preservar os alimentos, constantemente os homens saíam para caçar e pescar.
E as mulheres, diariamente cuidavam de suas ocas e da repartição dos alimentos entre os membros da tribo.
Aliás, esta era uma filosofia que o pajé seguia e impunha severamente aos índios.
Tudo que fosse caçado, cultivado, criado, tudo sem exceção, deveria ser partilhado com os demais membros da tribo.
Nesse sistema de comunidade em que os índios viviam, até os idosos, diferentemente de outras organizações sociais, eram respeitados.
Aliás, os homens mais velhos da aldeia, passavam a organizar os índios mais jovens.
Eram ouvidos, e suas palavras eram lei entre os índios.
O pajé, aliás, era um desses homens de mais idade e experiência, e que por isso conhecia toda a sorte de segredos e lendas de sua tribo.
Respeitado, era o chefe dos demais índios.
E assim, impunha aos membros da tribo, o afastamento do colonizador, o homem branco.
Severo, não admitia qualquer espécie de contato com eles.
Todos os índios deveriam permanecer nas matas.
Isso tudo, para que se preservasse a tribo.
O pajé, temia que se houvesse uma aproximação com os brancos, os índios e sua tribo, fatalmente seriam dizimados.
E ele, ressabiado, não queria correr o risco.
Como já havia convivido com os brancos, sabia de sua crueldade e falta de escrúpulos.
Assim, não queria novamente se envolver, com que ele denominava ‘raça maldita’.
Porém, por mais que os índios desejassem saber o que os brancos haviam feito de tão ruim, o pajé se recusava a comentar.
Dizendo que os brancos cometerem terríveis atrocidades, o pajé alegava que não tinha coragem de comentar tudo o que havia visto.
E assim, nenhum branco sabia onde viviam estes índios.
Dessa forma, os índios viviam em paz.
Longe da presença nefanda do homem branco, os índios viviam felizes em sua aldeia, caçando, pescando e vivendo.
Suas vidas eram simples, mas eram felizes.
E o pajé, desejoso de que essa tranqüilidade fosse perene, fazia de tudo para preservar os índios.
E isso era muito bom.
Assim, mais um dia transcorreu na vida dos índios.
Depois de um longo dia para todos, os índios se reuniram diante do pajé, que a partir de então, passou a contar-lhes as mais belas histórias que conhecia sobre os índios.
Primeiramente, passou a falar da Iara.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 4

CAPÍTULO 4

Segundo ele, esta história explicava a origem da noite.
Espantados, alguns índios perguntam então, se antes, não havia noite.
No que o pajé, lhes disse que não.
Disse ainda, que a noite estava adormecida dentro de um coco, o qual dois índios estavam encarregados de cuidar.
E durante algum tempo, executaram a tarefa com maestria.
Zelosos, cuidaram muito bem do coco.
Contudo, devido a curiosidade que tinham, curiosidade que pode ser a mãe de muitas desgraças, os índios começaram a se perguntar – porque tinham que cuidar tão zelosamente do coco?
Por que não o podiam abrir?
E assim, tentados a descobrir o que havia dentro da fruta, passaram a espiar o que havia dentro do coco.
No entanto, não conseguiram ver nada.
Era como se o coco tivesse sido lacrado.
Diante disso, não lhes restava outra alternativa senão, abrir o coco para ver o que tinha dentro.
E assim, tentaram abrir cuidadosamente o coco.
Entretanto, dada a robustez do fruto, a única forma de abri-lo seria o lançando com toda a força ao chão.
Diante disso, os índios atiraram o coco no chão.
Neste instante, descobriram o que havia dentro da fruta.
Espantosamente, começou a sair de dentro da fruta, uma escuridão profunda, que lhes causou encantamento.
Contudo, mais e mais, a escuridão passou a invadir o horizonte e ocultar toda a natureza que estava envolta deles.
A partir deste momento, os índios começaram a se apavorar.
Conforme a noite surgia, vinha com ela, seus elementos integrantes.
Junto a noite, surgiu a lua as estrelas, e as criaturas que vivem deste momento.
Isso fez os índios ficarem mais e mais apavorados.
Como não conheciam esta entidade mágica, ficaram desesperados, e assim, passaram a temer a noite.
Com isso, a noite tomou conta de tudo.
Em todo lugar se deu a escuridão.
Muitos índios acreditaram que seria a última noite deles vivos.
Mas não foi o que aconteceu.
Muito embora, os dois índios descuidados tenham libertado a noite e todos os seus males, os outros índios, nada tinham a temer.
Não deviam ser castigados.
Contudo, os vigias, que tentaram debalde restituir a noite ao coco, estes tiveram sua punição.
Afinal, como ousaram descumprir a ordem que lhes foi dada de vigiarem o coco, tinham que receber um castigo.
Nunca deveria tê-lo aberto.
Tal atitude afrontou a ira dos deuses e por isso, os dois deviam ser castigados.
E o pajé, assim o fez.
Por conta da desobediência, transformou os dois índios em macacos.
Como castigo pelo ato impensado que praticaram, passariam a ter a forma de símios e viveriam por entre as árvores, como bichos.
Nunca mais voltariam a ser índios novamente.
E foi o que aconteceu.
Como castigo, vivendo como macacos, nunca mais puderam voltar para a aldeia. 2
Aproveitando a oportunidade, o pajé disse o seguinte:
-- Isso é um aviso para que vocês curumins sejam cautelosos. A curiosidade deve ter limites. Quando extrapolamos o limite do bom senso, é por que já fomos longe demais. Nesse momento devemos frear nossa curiosidade. Isso é importante para nossa segurança. Ouviram bem, curumins? Vocês não devem ir além do que é seguro para vocês. Isso é sério.
Nisso, o chefe da aldeia mandou todos se recolherem para suas ocas.
E assim era sempre.
Quando a noite se aproximava, todos deviam se recolher.
Em respeito a Lua – Jaci, a senhora mãe dos índios, nenhum deles ousava enfrentá-la.
E por temerem a noite, deviam se recolher.
Ademais, por não terem acesso a qualquer sistema de geração de energia, não tinham como ficar acordados até altas horas.
Não tinham a luz natural para continuarem trabalhando.
Assim, não lhes restava mais nada, senão dormir.

2 Criação da autora, baseada em um quadrinho de Maurício de Souza. (Turma da Mônica)

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 3

CAPÍTULO 3

Com isso, ao término da história, calmamente contada pelo pajé, todos deveriam ir para suas ocas e dormirem.
Contudo, os curumins, sequiosos por novas histórias, teimavam em não ir para suas moradas.
O pajé, percebendo isso, advertiu-os de que se não o fizessem, não poderiam ouvir as novas histórias que ele ía contar no dia seguinte.
Diante disso, temerosos de que o castigo se aplicasse, os indiozinhos trataram logo de ir para suas ocas, acompanhados de seus pais, e lá ficaram a dormir, o sono dos inocentes.
E a sonhar com mais um dia de brincadeiras e banhos no ribeirão.
Sonhavam também com as caçadas que algum dia iriam fazer.
Enfim, esperavam ansiosos, esperando o dia em que deixariam de serem simples crianças, para viverem como grandes índios.
O dia em que cumpririam o rito de passagem.
Mas isso era apenas um sonho distante.
Nisso, no dia seguinte, novamente tudo se repetiu.
As mulheres cuidaram das ocas, olharam as crianças e fizeram trabalhos artesanais com palha e barro.
Já os homens saíram para pescar, e também caçar.
O pajé tomou conta da aldeia e alguns auxiliares, cuidaram da plantação.
Os indiozinhos maiores, auxiliaram suas mães nos cuidados com os irmãos menores, e também ajudaram em algumas atividades domésticas.
E, ao cair da tarde, se dirigiram para o rio e lá ficaram a se banhar a tarde inteira.
Alegres, brincavam na água.
E este foi o momento de reunião de todos os curumins da aldeia.
Algumas vezes, os homens, retornando de suas caçadas, resolviam entrar também nas águas do rio e se banharem.
E assim, ficam a fazer companhia as crianças.
Contudo, conforme mudava a posição do sol no horizonte, que neste momento estava se pondo, todos se deram conta de que já era hora de retornarem a aldeia.
Era hora de voltarem.
Logo deveriam se recolher.
Mas antes, cearam e ouviram uma nova lenda, que foi contada pelo pajé.
Assim, só depois de cumprirem esta rotina, é que poderam se recolher.
E novamente, depois da ceia, o pajé reuniu todos os índios ao redor de uma fogueira, e começou a lhes contar uma história.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 2

CAPÍTULO 2

Durante a noite, a tribo se reúne ao redor de uma fogueira, e o pajé lhes conta histórias de sua tradição.
Preocupado, não quer a tradição se perca, e assim começa mais uma curiosa narrativa.
A história começa assim:
Certa vez, um indiozinho, como tantos outros que havia na aldeia, havia se encantado com a lua.
A lua, tão branca, tão brilhante, tão atrativa.
Tudo nela o encantava.
E assim, noite após noite, ficava a observar a lua.
Conforme as noites passavam, percebia que a lua modificava suas formas.
Ora era esférica, ora somente um arco perdurado no céu.
Mas, por mais misteriosa que a lua fosse, mais se sentia fascinado por ela.
E assim, muito embora se sentisse feliz por isso, sabia que seu amor não poderia ser concretizado, já que ela estava tão longe.
Pensando nisso, criou inúmeras estratégias para tentar se aproximar dela.
Planejou subir até uma palmeira, e achou que assim, alcançaria sua amada.
Tentou tantas vezes se aproximar da lua, mas nunca conseguiu de fato.
Um dia, tristonho, acabrunhado, desencantado, pensou em desistir do seu amor e tentar se apaixonar por alguém de sua tribo.
Contudo, ao ver refletida num lago a bela imagem da lua, esqueceu-se de sua tristeza, e novamente desejou encontrá-la.
Enfeitiçado por sua beleza, chegou a acreditar que a lua havia repousado nas águas do lago, só para que ele pudesse alcançá-la.
E assim, faceira, esperava-o na beira do lago. Feliz, fez todo o possível para tirá-la para fora do lago.
Todavia, como tal tarefa seria impossível, resolveu, como bom nadador que era, atirar-se nas águas e resgatar sua amada de lá.
E assim o fez.
Mais que depressa, atirou-se no lago e foi ter com sua amada.
Finalmente poderia concretizar seu amor.
Contudo, ao invés de retornar das águas, trazendo sua querida consigo, só lhe restou viver no lago.
Tragado pela forte correnteza, não conseguiu voltar a tona.
Estava aprisionado.
E assim, passaria a eternidade.
Preso em suas águas.
Com isso, não podendo viver ao lado da lua, só lhe restava sua companhia noturna.
Quando então a lua aparecia no céu, o indiozinho logo aparecia no lago para brincar, e lhe fazer companhia.
Caprichosa, a lua gostava de sua companhia.
Embora não o pudesse tocar, sentia-se menos só com sua presença.1

1 Criação da autora.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 1

CAPÍTULO 1

Longe, muito distante de qualquer centro urbano, lá pelas bandas do Norte e Centro Oeste do país, resistem ainda, alguns remanescentes dos antigos povos indígenas.
Afastados da civilização, fazem de tudo para manterem vivas suas tradições.
Muito embora em pouco número, continuam a viver de forma primitiva, caçando, pescando e cultivando algumas espécies de alimentos para que possam se manter.
As mulheres fazem artesanato.
Habilidosas, produzem lindos vasos de barro e cestos de folhas de plantas.
Como os índios antigos, costumam andar quase nus.
Por não possuírem vergonha de seus corpos, não se sentem constrangidos por isso.
Aliás, conscientes da dominação branca, repudiam qualquer espécie de aproximação, com que eles acreditam ser o conquistador branco.
Para eles, os brancos são os propagadores das desgraças, das doenças, e são os responsáveis por eles estarem sendo dizimados ao longo dos séculos.
Isso porque, muito embora vivam como gentios, alguns membros da tribo são índios aculturados e conhecem o chamado ‘homem branco’.
E, conscientes da história de dominação que impingiram aos índios, não desejam ter com estes, qualquer tipo de aproximação.
Por isso, estão o mais distante possível da civilização.
E assim, vivendo em meio a natureza, são felizes.
Os curumins, vivem a brincar nos rios e a se banharem nos igarapés.
Todos sonhando em serem grandes guerreiros.
Dia após dia, tudo na aldeia, transcorre com naturalidade.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 75

CAPÍTULO 75

Depois, os turistas foram assistir ao Bumba-meu-Boi.
Trata-se de uma das festa mais populares e tradicionais do Brasil.
Personagens vestidos de vaqueiros, índios e brincantes ao som de zabumbas, matracas, pandeirões e orquestras, revivem o drama de ‘pai’ Francisco e ‘mãe’ Catirina.
Para satisfazer a esposa grávida, Francisco rouba o boi do patrão, e corta-lhe a língua.
É delatado, obrigado a confessar o crime, mas acaba perdoado.
E tudo vira festa com a ‘ressurreição’ do animal.
Hoje a folia adquire características de cordel, com satirização de políticos, denúncias sociais, etc.
Mais tarde no Ceprama, os turistas foram comprar bolsas e redes confeccionadas em teares manuais, azulejos e porcelanas inspiradas nos casarões da cidade, e doces e conservas típicos.
No dia seguinte, os turistas foram passear pelos Lençóis Maranhenses.
Lá, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses tem duas caras.
Uma é a cara do inverno, da chuvas do começo de ano, quando suas dunas de areias brancas são inundadas, formando lagoas de água doce e transparente.
Aí, centenas de oásis se espalham pelo interior de seu território, trazendo-lhe a vida migratórias de aves como os marrecos-azuis e os trinca-réis, e de nômades que armam suas barracas de buriti para pescar a sobrevivência às margens dos manguezais, das rias e das restingas.
No verão (de julho a dezembro), porém, tudo se evapora: o parque se mira no Saara e faz de tudo para parecer deserto.
Conta para isso, com a cumplicidade de um céu azul profundo e de um sol escandalosamente escaldante.
Veste então, por inteiro, seu imenso manto de areia e cobre toda a sua extensão, escondendo as lagoas que se formaram no seu ventre de inferno, espantando aves e nômades, num solene fora daqui.
Não há no mundo nada parecido.
As dunas correm principalmente no litoral e avançam continente adentro, até cinqüenta quilômetros da costa, e podem chegar a doze metros de altura, equivalentes a um prédio de três andares.
Para conhecê-las, navega-se a partir da cidade de Barreirinhas, através do Rio Preguiças, em vapores semelhantes ás barcaças do São Francisco, avançando na direção das vilas mais próximas de Lençóis – os povoados de Vassouras, Atins e Mandacaru –, diante do bailado de mergulhões cinzentos de bicos avermelhados e de bandos de garças.
A última estação é o vilarejo de Caburé e suas modestas cabanas de palha na areia, verdadeiras pousadas de emergência para forasteiros, que consomem ensopados de peixe-pedra e peixe-serra, típicos da região.
Depois, é pé na duna, a paisagem única que se transforma ao sabor do vento.
Ao afundar as canelas no topo de uma delas, sente-se primeiro sua areia quente.
Depois, é só girar a cabeça.
Ao sabor da brisa se verá a plasticidade de formas que o vento desenha na areia.
O que se viu deixará de existir em poucos minutos.
E o que se vê, se apagará em poucos instantes.
Por que os Lençóis tem duas caras, ambas fascinantes.
Depois, já em Barreirinha, os turistas ao passarem pela Praça do Retorno, se depararam com uma impressionante duna, com cerca de trinta e cinco metros de altura, por quinhentos metros de extensão chamada Morro da Ladeira: ao sabor do vento, vai cobrindo a principal entrada da cidade.
A seguir, os viajantes foram conhecer o Farol das Preguiças, na Vila de Mandacaru.
Lá se tem a visão onírica de dunas, das vilas de Mandacaru e Atins e do mar.
No Cais, os turistas assistiram a uma típica cena de filmes antigos, quando viram lavadeiras ensaboando roupas e crianças nadando nas águas escuras do Rio Preguiças.
Por fim, compraram redes, tapetes, toalhas, cestos, bolsas e chapéus produzidos com folhas de palmeira de buriti por artesãos locais.
Em Alcântara, os turistas foram conhecer os Sobrados Coloniais.
Trata-se de um conjunto arquitetônico do século XVIII, com sacadas de ferro, paredes de pedra e cal, mirantes e azulejos portugueses.
Boa parte, infelizmente, está em ruínas.
Este fato, deixou os turistas deveras desapontados.
Mas não a ponto de os fazer desistir do passeio.
Tanto que foram conhecer a Casa do Imperador, que na verdade são duas casas, também em ruínas.
Foram feitas para receber Dom Pedro II, que cancelou à visita a cidade, depois que terminou a bala a disputa entre os aristocratas daqui, para ver quem construía a casa mais bonita.
Ao passear pelo Pelourinho, os turistas descobriram que sua edificação data de 1648 e sua restauração de 1948, depois de ficar cinqüenta anos soterrado.
Na Igreja do Carmo, os turistas conheceram uma construção de 1665.
Tem altar barroco com cem anjos talhados em madeira.
Na Igreja Matriz de São Matias, os turistas se depararam com mais ruínas, agora da matriz de 1648.
A crença local é de uma serpente adormecida habita seu solo.
No Museu de Alcântara, os turistas viram obras de arte sacra, santos ocos, mobiliário do Império e fotos antigas da cidade.
Depois, no Porto do Jacaré, observaram vestígios do centro comercial do século XVIII e de seus armazéns.
A seguir, os turistas foram conhecer a Praia Baronesa.
A praia tem águas barrentas por que alguns rios desembocam nela. 
Depois, foram conhecer a Praia dos Barcos – cercada de manguezais, é boa para a pesca de camarões. 
Após, na Praia de Itatinga, os turistas aproveitaram a maré baixa para ir até lá a pé. 
Depois na volta, em razão da maré estar alta, retornaram de barco. 
Com não há bares no local, os turistas levaram lanche. 
Em Itapereí, a praia é muito bonita, mas é preciso autorização para desfrutá-la por que fica perto da base aeroespacial. 
Os turistas, antes de rumarem para lá, trataram logo de providenciar a autorização. 
Na Ilha do Cajual, os turistas se depararam com uma reserva ecológica, ponto de reprodução do guará – pássaro do tamanho de uma garça que nasce cinza, fica branco, depois amarelo e, finalmente vermelho, e está ameaçado de extinção. 
Depois, os turistas foram ouvir as lendas narradas pelos moradores, como ‘Encanto do Caramajó’, sobre um igarapé cujo cardume incalculável é regido pela mãe d’água, e a ‘Serpente de Alcântara’, que repousa no subsolo da cidade, mas destruirá Alcântara quando suas asas tiverem penas suficientes para que ela possa voar. 
Após, os viajantes foram assistir a Festa do Divino. 
Inspirada na fé religiosa e na utopia de um reino onde só existe fraternidade, abundância e alegria. 
Celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e homenageia o Império, reproduzindo o ambiente festivo e luxuoso de uma corte. 
Muita comida e bebida ao som de tambores africanos. 
Depois os turistas foram comprar pinturas em madeira do artesão Diógenes. 
Em Carolina, às margens do Rio Tocantis, num vale cercado de cavernas, grutas e cachoeiras agrestes com quedas d’água de até cinqüenta metros, estava ela, com seus rios, ribeirões, praias fluviais, morros, montanhas e verão o ano inteiro, pronta para ser apreciada por nossos cinco turistas. 
No Morro das Figuras, a quarenta quilômetros de Carolina, os turistas se depararam com pinturas rupestres recentemente descobertas por arqueológos, que acreditam ser da autoria dos índios Craôs, descendentes dos Tupis-Guaranis. 
Na Cachoeira da Pedra Caída, os turistas avistaram-na com seus quarenta e seis metros de altura, circundada por vegetação de cerrado e muitos pássaros – bem-te-vis, rolinhas e andorinhas. 
Já na Gruta da Pedra Caída, a trilha sinuosa a partir deste lugar leva a uma escadaria de noventa e nove degraus até a gruta margeada por formações rochosas avermelhadas. 
Dentro dela, uma fonte natural de águas limpas e transparentes. 
Ao meio-dia, os raios de sol penetram na gruta formando um arco-íris sobre as águas. 
Na Cachoeira do Itapecuruzinho, no distrito de São João da Cachoeira, formada pelo Rio Itapecuru, possuí águas límpidas e cristalinas. 
Esta queda d’água deu origem a Hidrelétrica da Amazônia (1940), cujas antigas máquinas estão preservadas e à mostra dos curiosos. 
Em Praiolândia, no Rio Lajes, está o balneário de águas limpas e frias, sombreadas por mangueiras.
Possuí bares e restaurantes com cobertura de palha de piaçava. 
Na Cachoeira da Prata, no distrito do Farinha, formada por dois saltos, está, a dezoito metros altura, suas águas geladíssimas. 
O contínuo balé das andorinhas e o reflexo das cores do arco-íris são elementos constantes nesta ‘cachoeira que canta’. 
Passeando no Rio Tocantins, através de barcos de pescadores locais pelas praias e ilhas semi-desertas do Tocantis, os turistas se deslumbraram com a paisagem. 
Às suas margens, as paisagens são diversificadas: ora morros e chapadões de vegetação compacta, ora esparsas palmeiras de babaçu na vegetação rasteira. 
Encantados com o passeio, os turistas pediram ao barqueiro que os levasse até às terras que foram habitadas pelos índios Craôs, a Ilha dos Botes. 
A ilha, com seis quilômetros de extensão, possuí beleza selvagem, praias inexploradas e inúmeras aves.
Depois os turistas foram conhecer os Festejos Juninos. 
Aqui, os arraiais são por bairros e distritos. Bandeirinhas coloridas enfeitam as barracas construídas em palha de babaçu e piaçava. 
À noite, apresentação de quadrilhas e grupos de bumba-meu-boi. 
Comidas e bebidas típicas e muito forró.
Por fim, os viajantes foram comprar um pouco de artesanato indígena – cestos, esteiras, pulseiras, cortinas e bolsas.
As rendas de bilros e colchas de crochê, os rapazes compraram de artesãos locais no Cio da Terra.
Depois, partiram.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 74

CAPÍTULO 74 

Rumando para o Piauí, os turistas descobriram que, nascida em um povoado de pescadores na embocadura dos Rios Parnaíba e Poti, bem no meio da Chapada do Corisco, Teresina só virou capital em 1852, ocupando o lugar de Oeiras.
Deixou de ser Vila do Poti e passou a homenagear a esposa de Dom Pedro II, a imperatriz Tereza Cristina.
Já em 1870 a cidade aderia à campanha da abolição, criando uma sociedade emancipadora e dando alforria a dez escravas.
Seu orçamento tinha até verba especial para a libertação dos escravos.
Concebida no meio do século passado para o novo abrigo do governo provincial, nasceu simétrica por conta do mestre de obras que a desenhou como um tabuleiro de xadrez encravado na junção dos Rios Parnaíba e Poti.
Justo o lugar onde habita o Cabeça-de-Cuia, cidadão de olhos esbugalhados que há mais de duzentos anos, padece praga de mãe: só sairá do fundo das águas quando desvirginar sete Marias.
Pode-se tentar conhecê-lo, pois não é difícil se encontrar em Teresina quem afirme tê-lo visto, em noites de lua cheia, pulando por cima das águas e gemendo a aflição de nunca ter tido sequer uma única Maria.
A tentativa deve ser feita ao abrigo das mangueiras, como os turistas fizeram.
São essas mangueiras que colorem de verde a cidade.
Ademais, a vigília se transforma na oportunidade ideal para momentos gastronômicos inesquecíveis, à base de moqueca de peixe – piratininga, surubim, mandupé, piau – pescado lá mesmo (e também servido assado, na telha ou no forno a lenha) e do capote ao molho pardo.
As opções de sobremesa, são: doces de limão e de buriti, sorvetes de bacuri, caju, cirigüela, manga, umbu, maracujá e buriti.
Mais tarde os turistas foram ver a Igreja de São Benedito.
Trata-se de uma construção imponente de 1886, com belas portas de madeira entalhada.
Foi tombada pelo patrimônio histórico.
A seguir, foram visitar a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes.
Lá descobriram que a igreja data de 1961, bem mais nova que a anterior, com chão de paralelepípedos e janelas azuis.
A visita vale pelas esculturas dos mestres Dedizinho e Expedito, os principais santeiros do Piauí.
No Museu do Piauí, os turistas se deslumbraram com um casarão neoclássico, que já foi Palácio da Justiça e sede de governo.
Seu acervo tem de tudo um pouco: obras de arte, com destaque para a réplica de uma escultura de Renoir, peças encontradas nas escavações das Sete Cidades, antigos objetos indígenas e instrumentos de tortura de escravos.
No Theatro Quatro de Setembro, os turistas se depararam com um casarão em estilo neoclássico, com detalhes greco-romanos.
Inaugurado em 1893, funcionou muito tempo como teatro e cinema.
Na década de trinta, fazia sucesso as sessões noturnas de cinema falado.
Porém, precisa de cuidados urgentes: cheira a mofo e tem cadeiras rasgadas.
Já no Palácio de Karnak, os turistas visitaram o antigo Palácio do Governo, bem como seu jardim, assinado pelo paisagista Burle Marx.
Quanto a arquitetura, esta é em estilo grego.
Este prédio é usado para grandes recepções e reuniões mensais do governador com seu secretariado.
Ao passarem na Casa do Cantador, os turistas se hospedaram no lugar, juntamente com violeiros de todo o Norte e Nordeste.
Ademais, a casa possuí um acervo impressionante: gravações dos festivais, publicações especializadas, letras de músicas e repentes.
Após, foram conhecer as Praias Fluviais. Nesta região, os Rios Parnaíba e Poti banham a cidade e, na época da seca - chamada de ‘Bró’, pois vai de setembro a dezembro –, formam as coroas, os bancos de areia em suas margens ou ilhas, que são muito procuradas pelos banhistas nos fins-de-semana.
As mais freqüentadas são as do Rio Parnaíba, com bares e lanchonetes temporárias.
Não sem é claro, o acompanhamento de um belo pôr-do-sol.
Essas praias começam a aparecer em julho e somem em dezembro, com as chuvas.
No Parque da Cidade, situada à margem esquerda do Rio Poti, os turistas puderam se divertir a valer, em mais de cem mil metros quadrados de área verde, com trilhas para caminhada e quadras de esporte.
A seguir, no Parque Poticabana, os turistas, para agüentarem o calorão da cidade, foram nadar em piscinas com toboáguas – na margem direita do Rio Poti.
Logo após, foram assistir aos Festejos de São Pedro.
A festa, termina com procissão fluvial pelo Rio Parnaíba no dia do santo – que é dia 29 de junho.
Mas a festa mesmo começa quinze dias antes no Parque Poticabana, com o encontro nacional de folguedos, que reúne mais de setenta grupos folclóricos de todo o Brasil.
Há casamento caipira, quadrilhas, bumba-meu-boi, marujada e maracatu.
Shows de forró, comidas típicas, exposição de artesanato.
Tudo isso, atraí mais de duzentas mil pessoas.
Após, foram assistir ao Festival dos Violeiros e Cantadores do Nordeste.
Durante o festival, mais de cinqüenta duplas de violeiros e cantadores se revezam durante duas noites, num encontro que ocorre há mais de trinta e três anos.
Vale o improviso: a dupla recebe o mote e manda ver.
Mais tarde os viajantes foram ouvir a ‘Lenda do Cabeça de Cuia’, muito contada nas ruas da cidade. Porém, fica mais saborosa quando narrada pelas pessoas que juram tê-lo visto – e há muitas.
Símbolo da cidade, o Cabeça-de-Cuia pode ser encontrado nas lojas de artesanato da cidade, na forma de chaveiros e bonecos.
Depois, foram comprar artesanato regional em cerâmica, couro, madeira, fibras, palhas, cajuína, licores caseiros e doces no Mercado Central, e no Centro de Artesanato Mestre Dezinho.
Mais tarde, foram até a Feira de Artes, onde apreciaram exposições e shows folclóricos.
E ainda visitaram os ateliês dos santeiros Mestre Dezinho e do Mestre Expedito.
Após, foram conhecer o famoso Delta do Parnaíba.
Ele que percorre quase mil e quinhentos quilômetros, separa o Maranhão do Piauí e se despede como um artista, antes de tocar no piano.
Com os dedos da mão espalmada, os cinco canais do Rio Parnaíba formam setenta ilhas, lagoas, labirintos de igarapés e refúgios ecológicos, e criam o único delta em mar aberto das Américas.
A obra é espetacular, e como ela, só há dois exemplos parecidos no mundo: o Delta do Rio Mekong, na Ásia, e o do Nilo, na África.
Seus dedos formam as Barras de Tutóia, Carrapato (ou Melanceira), Caju, Canárias e Igaraçu.
A foz triangular, imitando a forma da letra grega delta, se espalha por oitenta quilômetros de litoral.
Entre os mangues surgem ilhotas, umas cobertas de mata, outras forradas de dunas de quarenta metros de 86 altura, paisagem que se completa com vilas de pescadores, praias desertas, florestas, igrejinhas, lavadeiras e catadores de caranguejo-uçá.
Povoado de bandos de garças e tucanos, jacarés-dopapo-amarelo, macacos-prego, cavalos selvagens, raposas e veados, o delta pode ser descoberto através de suas águas.
É só consultar os bolsos e escolher a embarcação no Porto das Barcas, em Parnaíba.
Foi desta forma que os turistas optaram por um passeio em um iate, com ar-condicionado e serviços de bordo.
E foi assim passeando, que os viajantes descobriram que a ilha mais bonita é a de Santa Isabel, a maior do delta, com oito quilômetros de extensão.
Tem lagoas, dunas e uma ponta de pedra que invade o mar e levanta cortinas imensas de água.
Na maré baixa, a água salgada fica represada nas rochas, seca com o sol e deixa uma camada de sal branquinho.
Por isso é chamada de Praia da Pedra do Sal.
O ponto de partida para o delta é Parnaíba, segunda maior cidade do Piauí.
Seu porto fluvial já garantiu muitas riquezas no passado, como atestam os antigos armazéns que abrigam o Centro Cultural Porto das Barcas – um museu do mar com lojas de artesanato, bares e restaurantes.
Outro atrativo é a Lagoa do Portinho, cercada de dunas, onde se praticam esportes náuticos.
Na vizinha Luis Correia descubra as Praias de Atalaia, Coqueiro e Barra Grande.
Mais tarde, os turistas foram conhecer o Parque Nacional das Sete Cidades, a cento e oitenta quilômetros ao norte de Teresina e o Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato.
Depois, os viajantes rumaram para o Maranhão.
Oui, oui, o Maranhão foi Terra de França no reinado de Luís XIII, em 1612.
Com uma esquadra de três navios e cinqüenta marujos, o comandante Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, chegou, viu, gostou e se apossou: não havia nenhum indício da presença lusa neste pedaço do Brasil, apenas um punhado de índios nas vinte e sete aldeias de Upoã-Açu – a Ilha Grande – rebatizada de Saint-Louis, a França Equinocial.
Portugal então, sentindo que ia perder a jogada, despachou para cá um gajo valente chamado, Jerônimo de Albuquerque.
Este, chefiando uma tropa, três anos depois, colocou a francesada para correr.
Portugal julgou então, que bastava nomear um governador colonial para afastar os invasores.
Julgou mal, por que em 1641, os holandeses tomaram São Luís, prenderam o governador Bento Maciel Parente e só foram expulsos em 1645 por Muniz Barreiros.
Somente a partir daí o Maranhão passou a ser colonizado de verdade, e São Luís, ganhou status de quarta cidade mais importante do país.
Depois da Independência, o Maranhão se insurgiu duas vezes contra os privilégios mantidos pelos portugueses e as injustiças sociais – na Setembrada (1831) e na Balaiada (1841).
Com a abolição da escravatura, a economia do estado declinou e teve início a luta política das oligarquias locais.
Terra das palmeiras de Gonçalves Dias, das casas-de-pensão de Aluísio de Azevedo, do teatro de Arthur de Azevedo, do poema sujo de Ferreira Gullar, das tardes de Josué Montello e até dos marimbondos de fogo de José Sarney, o Maranhão cobre-se de dunas nos Lençóis, adormece nas vielas de Alcântara, faz-se misterioso nas inscrições rupestres de Carolina, e brilha nos azulejos dos casarões de São Luís.
Por esta razão, os turistas, quando chegaram a tão hospitaleira cidade, trataram logo de visitar o Centro Histórico.
As ruas estreitas de paralelepípedos, tem becos, escadarias de pedra, iluminação de lampiões e casarões coloniais com fachadas azulejadas.
Os que exibem azulejos de treze centímetros por treze centímetros, a cada quatro deles, formam um desenho de construções portuguesas.
Os que tem azulejos de onze centímetros por onze centímetros, formam, a cada peça, um desenho francês.
Algumas dessas construções, forma restauradas e transformadas em lojas e restaurantes.
À noite, ao passearem pelo lugar, os turistas perceberam muitos bares com mesas ao livre, que oferecem música ao vivo.
No dia seguinte, nas Galerias Subterrâneas, os turistas, ao passearem pelo lugar, descobriram que as mesmas foram descobertas ao acaso, durante as obras de restauração de ruas e de casarões coloniais.
Nos novecentos metros que já foram desobstruídos, constatou-se que o que sustenta a estrutura, são os arcos e as paredes laterais que foram construídas com argamassa e azeite de mamona.
O teto é arqueado em forma de abóboda e revestido de lajotas de cerâmica vitrificada.
A descoberta das galerias gerou polêmica.
Isso por que, muita gente diz que elas ligam a Igreja de São Luís ao Palácio dos Leões.
Outros porém, garantem que este lugar, servia de refúgio contra os invasores.
Fala-se até que é reduto da serpente adormecida que fará São Luís desaparecer do mapa assim que despertar.
Uma coisa é certa: as galerias são escuras e malcheirosas.
Mais tarde, os turistas foram passear pela Avenida Litorânea, que em seus onze quilômetros, acompanham o sinuoso contorno da costa da ilha – da Praia de São Marcos à Calhau.
Lá, tem área para ciclistas e pedestres, repleta de bares, restaurantes, choperias e danceterias.
Na Catedral da Sé, os viajantes conheceram uma igreja construída pelos jesuítas em 1690, e que virou matriz no dia 17 de janeiro de 1762.
A fachada é neoclássica graças à reforma de 1922.
O altarmor é exemplo da arte portuguesa no século XVII.
A seguir, na Igreja de Santana, os turistas se depararam com uma construção de 1790 que, apesar de predominantemente neoclássica, apresenta motivos barrocos e painéis de azulejos ornamentais.
Após, os cinco rapazes foram conhecer a Igreja do Carmo.
Esta edificação, de 1627 está intrinsecamente ligada à história de Maranhão.
Serviu de fortaleza para os portugueses na luta contra os holandeses.
Mais tarde, administrado por capuchinos, o Convento do Carmo já foi sede do Liceu Maranhense, da Biblioteca Pública e da Polícia Provincial.
Na Igreja do Desterro, os turistas descobriram que esta foi o primeiro templo do Maranhão.
Foi demolida na ocupação holandesa e reconstruída pelos moradores do bairro no século XVII.
Seu frontão tem linhas bizantinas.
No Museu de Artes Visuais, os turistas se encantaram com a coleção de azulejos da época colonial, a maioria do Porto e de Lisboa, bem como, com as pinturas de artistas plásticos maranhenses e fotos de São Luís no início do século passado.
Já na Fundação da Memória Republicana, os viajantes descobriram por que, o imortal presidente da Academia Brasileira de Letras, Josué Montello, conterrâneo de Sarney, recomenda um passeio ao Memorial, localizado no antigo Convento de Mercês.
É que o acervo foi todo doado pelo ex-presidente.
São quarenta mil livros, quinhentos mil documentos – sendo oitenta mil manuscritos –, quadros, esculturas e artesanato de diversos países e museu sacro com duas mil e quinhentas peças.
Na Casa da Cultura Josué Montello, os turistas visitaram uma biblioteca com vinte mil volumes e preciosidades publicadas no século XIX – entre elas, as obras completas de João Francisco Lisboa sobre o Maranhão colonial.
Após, no Museu do Físico Parque Estadual do Bacanga, os viajantes se depararam com ruínas da primeira fábrica de pólvora e do primeiro curtume industrial do Maranhão, ambos construídos em estilo medieval.
O sítio está ocupado por dez favelas e muitas peças da fábrica e do curtume têm sido afanadas.
O governo do estado diz que transformará a área em parque ambiental, mas diz isso há bastante tempo.
Depois, foram conhecer o Sítio do Tamancão, às margens do Rio Bacanga.
No século XIX era uma área de beneficiamento de arroz.
Restam da época da casa-grande (sede da unidade), decorada com azulejos portugueses e um trapiche, por onde a mercadoria era embarcada.
Há indícios de que a indústria utilizava a força da maré como geradora de energia.
No Forte de São Marcos, na Praia de São Marcos, os turistas descobriram que este já fora um forte, mas está fraquinho, fraquinho.
Vale ver as ruínas por causa de seu valor histórico – a edificação é do fim do século XVIII – e pela localização oferece privilegiada paisagem da Ilha de São Luís.
Na Pirâmide de Beckman, os turistas se depararam com uma peça simples, de 1910, em forma de pirâmide com base quadrangular, que homenageia Manuel Beckman, revolucionário que foi enforcado em de novembro de 1615, por liderar comerciantes, militares e religiosos contra a Estanco, o monopólio de comércio do Maranhão e Grão-Pará.
Já no Teatro Arthur Azevedo, os turistas se deslumbraram com o estilo clássico da construção.
Fundado em 1817, foi minuciosamente restaurado em 1993.
A reforma preservou o estilo da construção, incorporando conforto e novo padrão tecnológico de iluminação e acústica.
Possuí capacidade para setecentas e cinqüentas e duas pessoas.
Na Praia do Calhau, os viajantes conheceram a mais movimentada da cidade.
Com mar calmo, algumas dunas, e areia fina.
Depois, foram conhecer a Praia do Caolho.
De mar calmo, é protegida por pequenos morros e dunas.
Já a Praia Olho D’Água, possuí dunas, coqueirais e um farol de orientação aos navegantes.
A Praia de Araçagy, possuí ondas altas, e são boas para surfe e bodyboarding.
Em suas areias finas e claras, os pescadores preparam casquinhas-de-siri e caranguejo sob barracos de palha.
Na Praia São Marcos, também conhecida como Praia da Marcela, é a mais jovem e animada, também freqüentada por surfistas.
Possuí em sua orla, barracas que vendem camarões, peixes fritos e caranguejo.
Na Praia Raposa, os turistas conheceram a região que abriga uma colônia de pescadores e de rendeiras que vivem no local há mais de cinqüenta anos.
Aqui, a maré pode recuar até dois quilômetros.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
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