Poesias

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 27

Em São Paulo, os turistas tiveram contato com o colosso que é esta cidade que não dorme nunca. 
Ao visitarem o Mosteiro de São Bento, os turistas se depararam com uma construção em estilo gótico, com certa dose de bizantino, e algo do estilo das basílicas romanas, conforme informações contidas no Anuário do Ginásio de São Bento, de 1922, o ano de sua inauguração, e que define a construção do monumento, iniciada em 1911, projeto do arquiteto Richard Berndl. 
A primeira capela do local, de taipa, foi feita em 1598, junto à Oca do Tibiriçá, cacique Guaianá, aliado dos portugueses. 
Outras construções foram substituindo, ao longo dos séculos, a ermida dos beneditinos. 
Hoje, possuí em sua torre, o relógio mais tradicional de São Paulo. 
Na igreja, um órgão de seiscentos tubos, várias imagens sacras de valor e, assentado no frontão, um galinho de ouro doado pela Rainha da Inglaterra, quando esteve em São Paulo para a inauguração do Masp, em 1968. 
As pinturas do teto foram feitas pelo belga Adalberto Gressnigt. 
Nas paredes externas, seis medalhões de bronze e granito, com as figuras entre outras, de Anchieta e do bandeirante Fernão Dias Paes, sepultado no mosteiro. 
Na missa das dez horas de domingo, os turistas puderam apreciar o canto gregoriano. 
Na Catedral Metropolitana da Sé, os rapazes descobriram, que a obra data de 1954, ano do quarto centenário da cidade, obra do arquiteto Luís de Anhaia Melo. 
Em estilo gótico, altar-mor de mármore de Carrara, adornado com imagens de bronze, tem cinco naves – na principal, as colunas formam uma bela imagem em perspectiva, da entrada até o altar. 
Na cripta, os cinco rapazes repararam nos detalhes dos capitéis e na beleza das abóbadas. 
Os trinta vitrais, feitos em várias cidades italianas, são divididos em cinco conjuntos de temas bíblicos.
No Convento Nossa Senhora da Luz, os turistas descobriram que este fora construído pelo Frei Antonio de Sant’Anna Galvão, em estilo colonial, inaugurado em 1774. 
Algumas de suas paredes originais de taipa, estão preservadas. 
Envolvidos com o clima da construção, os rapazes caminharam pelos seculares calçamentos de pedra, e conheceram a tradicional horta cuidada pelas irmãs, e admiraram o altar-mor da capela de Nossa Senhora da Luz, feita no século dezoito, com detalhes de ouro. 
Mais tarde, no Museu de Arte Sacra, os turistas observaram três mil e quinhentas peças religiosas de vários cantos do mundo. 
Só o presépio napolitano tem mil e quinhentas peças. 
A seguir, na Igreja de São Francisco, no Largo de São Francisco, os turistas descobriram que esta, fora construída aos pedaços, ao longo dos anos, a partir de 1642. 
É uma das mais tradicionais de São Paulo. 
A primeira capela, octogonal, feita de taipa de pilão, faz parte da igreja atual: é o Transepto, com pinturas do século dezoito no teto. 
Em 1790, a fachada ganhou estilo colonial, que se vê até hoje. 
Ao lado, a Faculdade de Direito da USP, de 1932, foi erguida no local do antigo convento franciscano.
Após, os turistas foram visitar a Igreja da Consolação. 
Datada de 1914, em estilo neo-românico, foi construída no local da antiga capela de Nossa Senhora da Consolação, de 1799. 
Sua torre de setenta e cinco metros, é uma das mais altas da cidade, e pode ser vista de vários locais. 
O altar-mor, de carvalho, mármore e bronze, veio de Paris. 
Em seguida, os rapazes foram admirar as telas de Benedito Calixto, na Capela do Santíssimo, e as seis obras de Oscar Pereira da Silva, na sacristia e no altar-mor. 
Ao visitarem a Igreja Nossa Senhora do Brasil, os viajantes descobriram que esta é considerada a mais bela de São Paulo. 
Construída a partir de 1942, tem estilo colonial. 
O projeto do professor Bruno Simões Magro, lembra as igrejas mineiras do século dezoito. 
Tem sete sinos, que somam mil e oitocentos quilos de bronze e soam as notas de sol à fá. 
Um deles foi presente de Dom Pedro II a uma fazenda do interior, cujos herdeiros doaram a igreja.
Passeando pela Igreja da Ordem Terceira do Carmo, o rapazes se depararam com uma construção de 1632, considerada uma das mais antigas da cidade, feita pelos carmelitas. 
O altar-mor, foi trazido de Portugal, no século dezessete e, a sacristia, com pia de mármore que pertenceu à Marquesa de Santos, impressionaram os rapazes. 
Depois, os turistas foram conhecer o Acervo do Palácio dos Bandeirantes. 
Lá, inúmeras obras de arte quebram o branco das paredes e a monotonia dos longos corredores da sede do governo paulista. 
É ali que estão cerca de três mil valiosas obras de artistas como Portinari, Brecheret, Almeida Jr., Volpi,
Anita Malfati, Tarsila do Amaral, Aleijadinho. 
O acervo conta ainda com uma coleção de pratos (alguns pertenceram a ex-presidentes, governadores e à família real), bem como móveis de época e tapeçaria dos séculos quinze e dezesseis. 
No Museu de Arte Contemporânea, os turistas se deslumbraram com cinco mil trezentas e sessenta e duas obras de artistas brasileiros e estrangeiros, num dos mais importantes acervos de arte do século vinte. 
Tudo começou em 1963, quando o curador do Museu de Arte Moderna, Francisco Matarazzo Sobrinho, doou à USP sua coleção particular e de sua esposa, Yolanda. 
No acervo tem ainda, obras de Picasso, Portinari, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Rego Monteiro, Marc Chagall, Paul Klee, Aldemir Martins, André Masson, Le Corbusier, Anita Malfati, Matisse, Tarsila, Brecheret, e outros artistas deste século. 
Em seguida, os turistas foram conhecer o Memorial da América Latina. 
O projeto, de Oscar Niemeyer, tem vinte mil metros quadrados de construção, e área de setenta e oito mil metros, usados para várias manifestações culturais. 
Um dos dez prédios do memorial é sede do Parlamento Latino-Americano. 
Na Biblioteca, há cerca de cinqüenta mil livros de todos os países latino americanos. 
Além disso, no Salão dos Atos, os turistas se depararam com uma das obras mais importantes de Portinari, ‘Tiradentes’, além de painéis de Carybé sobre a história do continente. 
Na Pinacoteca do Estado, os rapazes, observaram o prédio de linhas neo-clássicas projetado por Ramos de Azevedo para ser sede do Liceu e Artes e Ofícios. 
Cinco anos após sua inauguração, em 1900, a Pinacoteca se instalou aqui. 
Em seu acervo permanente, o famoso óleo ‘Caipira Picando Fumo’, de Almeida Jr., além de obras de Benedito Calixto, Alfredo Volpi, Anita Malfati, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Portinari, Djanira, Manabu Mabe, Aldemir Martins, e outros. 
Foi palco ainda, da mostra das obras do escultor Auguste Rodin. 
A seguir, os turistas foram conhecer a Coleção de Mário de Andrade. 
Situada no Conjunto Residencial, Bloco D, na Cidade Universitária, os rapazes se depararam com a coleção que pertenceu ao escritor paulista. 
O acervo possuí cento e cinqüenta peças de arte do modernismo brasileiro (Anita, Tarsila, Portinari, Segall, Brecheret, Di Cavalcanti, Volpi) e importante biblioteca. 
No Museu da Imigração Japonesa, os turistas se depararam com cerca de mil objetos dos primeiros imigrantes japoneses. 
Ali, também estão, as réplicas dos dois primeiros navios que os trouxeram para cá em 1908. 
Após, no Museu de Anatomia Veterinária, pertencente a Faculdade de Veterinária, na Cidade Universitária, os rapazes se depararam com esqueletos de animais (elefante, cobras, cães e tantos outros) e de um vereador paulista: Cacareco, o rinoceronte que em 1959 recebeu noventa mil votos. 
Ao passarem pelo Museu de Geociências, os rapazes observaram cerca de dez mil peças que compõe a maior exposição de geologia da América Latina: são meteoros, minerais dos quatros cantos do planeta, aparelhos, como microscópios, e simulações gigantescas de moléculas de quartzo, cristal e outras pedras. 
No Museu da Imagem e do Som, no Jardim Europa, os turistas se encantaram com seu arquivo audiovisual: são cerca de quinze mil fotos, dez mil slides, sete mil discos de setenta e oito rotações por minuto, das décadas de trinta e cinqüenta e inúmeros depoimentos gravados de artistas e personalidades. 
Além disso, o local promove mostras de cinema e exposições de arte. 
Mais tarde, os turistas foram conhecer o Museu de Arte de São Paulo (Masp), projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, é suspenso, preso em dois espessos pórticos de concreto, recentemente pintados de vermelho, para ressaltar o vigor da estrutura. 
O museu foi fundado em 1947, por iniciativa de Assis Chateaubriand, dono da rede de comunicação Diários Associados, em cuja sede, na rua sete de abril, o acervo ficou até 1968, ano da inauguração do prédio atual. 
O Masp possuí o mais importante acervo de arte ocidental na América Latina, com destaque para ‘Rosa e Azul’, de Renoir, ‘Passeio ao Crepúsculo’, de Van Gogh, e ‘Retirantes’, de Portinari, além de importantes obras de Edouard Manet, Claude Monet, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Matisse, Picasso, Chagall, Debret, Lasar Segall, Anita Malfati, Di Cavalcanti, Botticelli, Auguste Rodin, Paul Cézanne, Joan Miró, e tantos outros artistas. 
Embaixo do prédio, um dos maiores vãos arquitetônicos do mundo, onde se realiza aos domingos uma famosa e simpática Feirinha de Antigüidades. 
No Museu Paulista (do Ipiranga), os turistas descobriram que o mesmo fora projetado por Gaudenzio Bezzi, e foi inaugurado em 1889. 
De estilo neo-clássico, é um monumento à Independência do Brasil. 
No enorme acervo, coleções de arqueologia, etnologia e geografia. 
Mas é na parte histórica que mora seu maior charme: o famoso óleo ‘Independência ou Morte’, de Pedro Américo, é um deslumbre, assim como as esculturas e pinturas de vários artistas famosos, uma coleção de objetos, móveis, prataria, porcelanas, roupas, cédulas e moedas, selos, armas e documentos de vários períodos históricos brasileiros. 
No Centro Histórico do Imigrante, os turistas observaram os móveis e objetos que foram usados pelos imigrantes, no alojamento onde eles ficavam. 
Os documentos – consultados apenas por funcionários – incluem diários de bordo e listra de entrada, de 1882 à 1974. 
No Museu dos Transportes Públicos, os turistas se depararam com os veículos que era utilizados no transporte coletivo, como o bonde de tração animal (réplica), e o primeiro bonde elétrico da cidade. 
Na sala de fotografias, o cartaz com a frase publicitária que mais rodou por São Paulo: 

‘Veja, ó ilustre passageiro 
O belo tipo faceiro 
Que o senhor tem ao seu lado 

E no entanto acredite 
Quase morreu de bronquite 
Salvou-a o Rhum Creosotado’. 

Após, ao passarem pela Fundação Maria Luísa e Oscar Americano, os turistas conheceram a então residência do casal, com mil e quinhentos metros quadrados, e um parque com sete mil e quinhentos metros quadrados. 
Lá há um acervo de arte, com obras de Lasar Segall, Di Cavalcanti e Portinari, entre outros, e de objetos, como móveis, pratarias e porcelanas. 
Aproveitando o passeio, os turistas conheceram os oito óleos de Frans Post, artista holandês que veio com a expedição de Maurício de Nassau ao Brasil, no século dezessete. 
Além disso, puderam fazer ainda, um agradável passeio pelas trilhas do parque e, depois, descansaram no salão de chá. 
No Teatro Municipal, os turistas se depararam com a obra, inaugurada em 1911, em estilo barroco seiscentista, com influência da onda do momento: art nouveau. 
Já ocuparam seu palco a bailarina Isadora Duncan, em 1916, os tenores Enrico Caruso, em 1917, Beniamino Giglio, em 1921, além de outros consagrados artistas. 
Foi, literalmente, o palco da Semana Mordenista de 1922, na qual se apresentaram Villa-Lobos, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. 
A restauração de 1991, devolveu os ares novéis das primeiras décadas. 
Aproveitando o ensejo, os turistas foram conhecer a Praça Ramos de Azevedo, homenagem ao arquiteto que projetou o teatro. 
As palmeiras, as escadarias, o calçamento e as esculturas sobre a obra de Carlos Gomes, de autoria do italiano Amadeo Zani, são do começo do século. 
Dias após, os turistas foram visitar a Avenida Paulista. 
Desde que nasceu, em 1891, esta avenida, é a cara rica de São Paulo. 
Primeiro abrigou os casarões dos ricos barões do café, e foi toda arborizada com ipês. 
Dela se via a várzea do Rio Pinheiros e a Serra da Cantareira. 
Para admirar a paisagem tão bela, o arquiteto Ramos de Azevedo criou o Belvedere, onde hoje está o Masp. 
Erguido nos anos sessentas, o museu deu largada para o nascimento de um dos maiores pólos culturais do país. 
A mais paulistanas de nossas avenidas ganhou cinemas, livrarias e esculturas em seus dois quilômetros e oitocentos metros. 
E ainda guardou marcas de sua história. 
Raros casarões, como o da Vila das Rosas, hoje Centro Cultural, e o do McDonald’s, também do século dezenove, bem como o Parque Trianon que, preserva quarenta e oito mil e seiscentos metros quadrados de Mata Atlântica. 
Recentemente, a avenida foi escolhida como símbolo de São Paulo, onde se destacam o Relógio Itaú, e a torre de transmissão da Globo. 
Tradicional e moderna, a Paulista é o coração financeiro da cidade. 
Seus prédios de linhas arrojadas, sediam grandes empresas e Bancos. 
Ativista e esportista, nossa Paulista ainda recebe os corredores da São Silvestre no último dia do ano, as comemorações do futebol, e as passeatas da cidade. 
No Edifício Martinelli, os turistas se deparam com o primeiro arranha céu de São Paulo, datado de 1929, obra do Conde e arquiteto italiano Giuseppe Martinelli. 
No último andar, o trigésimo, possuí um pequeno acervo de fotos antigas da cidade, e dos velhos prédios do centro. 
A lenda diz que, de medo, ninguém entrava no recém-inaugurado edifício. 
O conde decidiu morar na cobertura, para dar mostra de confiança em seu feito, que por bom tempo foi a mais elevada construção da cidade. 
Passando pela Escola Caetano de Campos, os turistas se encantaram com as linhas neoclássicas da construção, que são a marca do arquiteto, Ramos de Azevedo. 
Inaugurado em 1894, foi a mais famosa escola normal do país. 
Em 1935, recebeu o segundo pavimento, que desfigurou suas proporções. É hoje Secretaria Estadual de Educação. Os rapazes, aproveitando o passeio, conheceram ainda a charmosa Praça da República. 79 No Prédio dos Correios, os turistas se depararam com um prédio neoclássico com grife: projetado pelo arquiteto italiano Domiziano Rossi e construído sob o comando de Ramos de Azevedo. Inaugurado em 1922, foi talvez a primeira construção de concreto armado da cidade. 
Passando pelo Palácio das Indústrias, os turistas se depararam com a construção de 1924, com requintado pavilhão de exposição de produtos agroindustriais paulistas. 
O projeto de Domiziano Rossi, tem estilo eclético, com fortes traços florentinos. 
O prédio foi usado como Assembléia Legislativa, delegacia e por órgãos administrativos. 
Em 1992, para que abrigasse a sede da prefeitura, uma restauração – último projeto de Lina Bo Bardi, que morreu antes do fim das obras – devolveu suas características originais. 
Na Biblioteca Mário de Andrade, os turistas se depararam com uma construção em estilo art deco, projetado por Jacques Pilon. 
O prédio de 1942 é formado por um bloco horizontal, e uma torre de vinte e três andares. 
Restaurado e modernizado em 1992, possuí acervo de trezentos e dez mil livros, e cerca de onze mil títulos de periódicos na hemeroteca. 
Mais tarde, os turistas foram conhecer a Faculdade de Direito da USP. 
O prédio, inaugurado em 1827, de estilo eclético, tem acentuados traços neoclássicos, projetado por discípulos de Ramos de Azevedo. 
A construção é quadrangular, com cinco pátios, e arcos internos. 
Dali saíram nomes famosos da política, como Ulysses Guimarães e Jânio Quadros, e poetas românticos, como Álvares de Azevedo e Castro Alves. 
Depois, os viajantes foram visitar a Bienal. 
O Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, abriga um dos maiores eventos mundiais de artes plásticas, e conta com a participação dos mais renomados artistas internacionais. 
Na Fenasoft, os turistas puderam observar, no Pavilhão de Exposições no Anhembi, os mais variados produtos de informática. 
Todo ano são expostos os últimos lançamentos mundiais do setor. 
A seguir, na Feira Internacional de Utilidades Domésticas (UD), os rapazes se depararam com inúmeras novidades tecnológicas para equipamentos utilizados no dia-a-dia. 
Mais tarde, os turistas resolveram fazer um City Tour pela cidade. 
De ônibus, com saída na Praça da República, os rapazes puderam optar por quatro roteiros. 
Em todos eles, há visitas por museus e prédios históricos da cidade. 
Também há um roteiro ecológico, com visita a dois parques diferentes a cada final de semana. 
Cada passeio, dura em média, quatro horas. 
No Parque do Ibirapuera, os rapazes observaram uma verdadeira ilha verde na cidade, com um milhão e seiscentos mil metros quadrados, pontilhados por eucaliptos, guapuruvus, cássias, ipês, palmeiras e outras espécies. 
As atrações vão de cursos livres de jardinagem e arte moderna, a espaço sideral no Planetário. 
Além disso, o parque possuí uma pista de cooper, ciclovia, e dez quadras desportivas, bem como museus, entre eles o de Arte Moderna, na grande marquise. 
Há ainda os Museus de Arte Contemporânea, do Folclore e da Aeronáutica, além do Pavilhão da Bienal, sede das Bienais de Arte e do Livro. 
Tem ainda o Pavilhão Japonês, o Viveiro Manequinho Lopes, o Bosque da Leitura e o Jardim das Esculturas, que reúne vinte e cinco obras. 
Na marquise são realizadas feiras de roupas, produtos para casas e doces. 
Aos domingos, shows na Praça da Paz, por onde já passaram Tom Jobim, Milton Nascimento, Zubin Mehta, e Ray Charles. 
No Instituto Butantan, os turistas conheceram então, um importante centro de produção de soros e vacinas antiofídicas, criado em 1901 pelo médico e cientista Vital Brasil. 
Há cerca de oitenta mil cobras, de mais de quatrocentas diferentes espécies. 
Aproveitando o ensejo, os viajantes, visitaram os Museus Histórico e Biológico do Instituto: lá, eles observaram ao animais peçonhentos, esqueletos e animais embalsamados. 
Passando no Vale do Anhangabaú, os turistas caminharam por um corredor que liga as zonas Norte e Sul. 
Em 1992, foi inaugurada uma praça de cento e cinqüenta mil metros quadrados, projetada pelo urbanista Jorge Wilheim, para recuperar o encanto do parque do começo do século, entre os Viadutos do Chá e Santa Ifigênia. 
Depois, no Parque Alberto Löfgren (Horto Florestal), os rapazes puderam ver parte de seus um milhão setenta e quatro mil metros. 
Que podem ser 80 desfrutados em pistas de ‘cooper’, equipamentos de ginástica, espaços para pequeniques, e trilhas na mata. 
Ali, os turistas puderam ver a demarcação do Trópico de Capricórnio, e beberam água puríssima, a mesma que abastece a cidade. 
É aqui, que fica escondida, a residência de verão do ex-governador. 
No Parque da Aclimação, os turistas puderam se esbaldar em uma área de mais de cem mil metros quadrados, com muita árvore frondosa, pista de ‘cooper’, quadras para a garotada, e um belo lago com peixes. 
Nos fins-de-semana, shows na concha acústica, e atividades para crianças. 
No Jardim Botânico, no Bairro da Água Funda, os turistas aproveitaram e muito, os cento e vinte mil metros quadrados de área verde, com mais de mil espécies de árvores. 
Assim, passearam pelo Bosque do Pau-Brasil, ao lado do lago – com garças e biguás –, e pelo túnel dos bambus e pelas trilhas na mata. 
O parque tem duas estufas, uma para exposições e outra para criação de espécies da Mata Atlântica, o Castelinho, de pau-a-pique, e um portão metálico de 1894, ainda no local de entrada da antiga fazenda de tratamento de água do estado. 
No Jardim Zoológico, os turistas se depararam com uma verdadeira arca de Noé. 
São cerca de três mil espécies de animais – um dos maiores zoológicos do mundo. 
Aqui, cerca de dois milhões e quinhentas mil pessoas, todo ano, caminham por seus quatro quilômetros de alamedas – trata-se de uma área de oitocentos e vinte e quatro mil metros quadrados, quase toda coberta por Mata Atlântica. 
Há bichos raros, como o mico-leão-da-cara-dourada, o rinoceronte indiano, a zebra de Grevy e a arara-azul, e famosos – leão, tigre-de-bengala, girafa e elefante. 
Os turistas também viram o suareiro de vidro e conheceram a vida no interior de um enorme formigueiro. 
No Simba Safari, os turistas se sentiram como numa savana. 
Lá, para a alegria de todos, os animais estão soltos. 
O passeio é feito pelo carro do visitante, por ruas em meio a cem mil metros quadrados de mata. 
Os animais se aproximam para ganhar alimento ou por curiosidade: são macacos, leões, tigres, zebras e ursos, entre outros. 
Ao passearem no Parque do Carmo, os turistas puderam observar uma área de um milhão e quinhentos mil metros quadrados, com muito verde. 
Pistas de atletismo, e cooper, área para pequenique, lagos e trilhas, compõe o parque e fazem parte de seu encanto. 
Em julho, neste local, há uma típica festa japonesa. 
No Parque do Jaraguá, os turistas se depararam com um ótimo lugar para fazer pequenique: são quiosques, churrasqueiras, e árvores frondosas. 
Tem trilhas pela mata. 
Não bastasse isso, ainda se tem uma inesquecível vista da cidade de São Paulo, do Pico do Jaraguá. 
Em Paranapiacaba – agora pertencente ao município de Santo André (o qual pertence ainda a região do Grande ABC) – só há a língua é portuguesa, o resto é Inglaterra do século dezenove. 
Lá tem uma réplica do relógio Big Bem, quatrocentas casas de pinho-de-riga, e até a neblina londrina.
O cenário foi ‘construído’ pela São Paulo Railway Company. 
A seguir, os turistas visitaram a Igreja Nossa Senhora do Bom Jesus, de 1889, o Museu do Castelinho, montado no antigo escritório da estação ferroviária, e o Museu das Máquinas, com o vagão feito para Dom Pedro II. 
Mas infelizmente, a estação está desativada, não havendo trem para percorrer seus trilhos. 
No dia seguinte, os rapazes, foram assistir ao Grande Prêmio de Fórmula 1. 
No Autódromo de Interlagos, ou José Carlos Pace, os viajantes puderam conferir um dos mais disputados eventos desportivos do ano. 
Na Festa de Nossa Senhora Achiropita, os turistas rumaram até o Bixiga, onde puderam constatar que a Rua 13 de Maio, fica lotada de barraquinhas de comida italiana, num dos bairros mais tradicionais da cidade. 
No Cemitério do Morumbi, os turistas visitaram o túmulo de Ayrton Senna, o qual tornou-se um dos principais pontos mais visitados. 
Para prestar sua homenagem ao piloto tricampeão mundial de Fórmula 1, os rapazes foram à quadra quinze, setor sete, jazigo onze. 
Outras campas visitadas são as dos cantores Elis Regina e Altemar Dutra e do comediante Manoel de Nóbrega. 
Quanto ao Bairro da Luz, este até hoje é chamado de ‘bode de lixo’. 
Mas o cinza das empenas de suas construções, durante o dia, e seu clima violento, à noite, não arrancaram de todo o seu charme. 
É só andar um pouquinho pelas Ruas Auroras, dos Gusmões, Largo General Osório, Avenida Cásper Líbero. 
Com relação à Estação da Luz (1901), perfeita réplica da de Sidney, na Austrália, também construída pelos ingleses – construção vitoriana com ares do começo do século. 
A poucas quadras, outra estação, Júlio Prestes, esta, réplica da estação central de Nova York, mais próspera cidade da década de vinte. 
Aqui, desembarcavam passageiros vindos do interior do estado e que, rapidinho, corriam para o Jardim da Luz, pano de fundo de todas as fotografias de famílias que vinham visitar a Capital e levavam a ‘chapa’, tirada pelo lambe-lambe – prova que imagens lindas como a do cinematógrafo existiam mesmo.

SIGNIFICADO: 
O guapuruvu é uma árvore da família das fabáceas, notável pela sua velocidade de crescimento que pode atingir 3 metros por ano. Wikipédia.

Cassia é um género de plantas fabáceas da subfamília Caesalpinioideae, que inclui cerca de 1 700 espécies: Wikipédia.

O biguá, também chamado corvo-marinho, cormorão, pata-d'água, biguaúna, imbiuá, mergulhão e miuá, é uma ave aquática falacrocoracídea preta, de dorso cinza. Wikipédia.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 26

Em Cordisburgo, os turistas puderam conhecer os lugares por onde passou Guimarães Rosa. 
Diante disso, primeiramente, visitaram o Museu Guimarães Rosa. 
Trata-se da casa onde nasceu o autor de ‘Grande Sertão: Veredas’. 
Lá estão objetos pessoais do escritor – como máquina de escrever, livros e prêmios. 
No local funcionava a venda do pai, Seu Florduardo, e foi passagem de tropeiros que influenciaram toda a obra do escritor. 
Na Gruta de Maquiné, os rapazes, descobriram que, antes de Guimarães Rosa, a mais bela gruta de Minas – e, dizem do mundo – já havia impressionado no século passado o naturalista dinamarquês Peter William Lund, que encontrou fósseis de animais pré-históricos. 
Tem seiscentos e cinqüenta metros de extensão, com galerias e sete salões com figuras esplêndidas: um altar, uma santa, um tigre em pleno salto. 
Na Galeria das Fadas, cristais brilhantes em cascata, parecem bordados de pedrarias. 
Muitas estalactites foram destruídas nas pontas por vândalos. 
Em Lagoa Santa, os rapazes foram conhecer a Gruta da Lapinha. 
Graças aos estudos do naturalista dinamarquês Lund no local, a Lapinha tornou-se famosa no mundo todo, pela descoberta de ossos do homem da Lagoa Santa, que viveu há mais de dez mil anos. 
A gruta tem profundidade de até quarenta metros, e quinhentos e onze de extensão, com labirintos, formações calcárias de extraordinária beleza, como a Cascata da Luz, que imita uma cachoeira, o Salão da Catedral, onde se vê um órgão, um presépio, véu de noiva, pirâmides. 
Possuí acesso por passarelas. 
Em Sete Lagoas, os viajantes, foram conhecer a Gruta do Rei do Mato. 
Nos quatro salões abertos ao turismo, há formações calcárias raríssimas, que crescem para os lados – as estalactites –, cascatas de pedras e inscrições rupestres. 
Em uma das salas, com cem metros de extensão, há formações que se parecem com colunas cilíndricas esculpidas. 
Em Sabará, os turistas se depararam com a rota do ouro e das esmeraldas. 
Trata-se de um dos mais antigos povoados de Minas Gerais, que sobreviveu a saga dos bandeirantes que abriram o Rio das Velhas, liderados por Borba Gato. 
Aleijadinho deixou sua marca na cidade, e artistas de longe, ergueram aqui uma loja em forma de pagode chinês, esculpida em ouro, pequena jóia do barroco mineiro. 
Acredita-se que a influência oriental tenha sido trazida por artistas que estudaram nas colônias portuguesas do Oriente, principalmente Macau, reproduzindo os traços culturais na decoração das igrejas. 
Na cidade, criou-se a moda de se alugar jabuticabeiras, para que as pessoas comam seus frutos direto do pé. 
A seguir, os turistas foram conhecer o Parque Natural do Caraça. 
Neste lugar, as montanhas de pedra são imensas, intermináveis. 
Entre elas, imponente e solitário, ergue-se o Santuário do Caraça, com suas torres em estilo neogótico apontando para o céu. 
O local com mata nativa intacta, que mistura de cerrados e mata atlântica, foi transformado em parque natural em 1989. 
Além de meia dúzia de padres e seus funcionários, vivem aqui somente animais selvagens e raros: a onça parda, a jaguatirica, lobos-guarás, tamanduás-mirins, macacos guigós, esquilos e pássaros, como a anu-preto, o papa-ovo, o canário-do-brejo, o pica-pau, o saíra-de-sete-cores, o alegrinho-do-campo, o zebelê, o juriti. 
Foi neste cenário, propício à meditação, que o misterioso Irmão Lourenço, dizem que foragido da Justiça, fundou uma capelinha e foi ficando, ficando. 
Mais tarde, missionários lazaristas construíram uma igreja em estilo neogótico e fundaram o histórico Colégio do Caraça, em 1820, que formou gente famosa, como os presidentes Juscelino Kubistschek e Artur Bernardes, além de senadores e governadores. 
A escola, destruída pelo fogo em 1968, foi fechada, dando lugar a uma pousada simples, quase monástica. 
Parte de suas paredes de imensos blocos de pedra ficou em ruínas; parte foi restaurada com vidro fumê, fechando janelas e portas, numa eclética mistura entre o antigo e o moderno. 
Às vezes, as rezas e os cânticos sacros se propagam pelo vento e ecoam nas montanhas. 
Ainda estão intactos o claustro dos padres, a igreja – de 1883 –, o calvário, as catacumbas e a paisagem de pedras, que formam um rosto imenso – a caraça. 
Uma insólita amizade uniu nesta paisagem deserta homens e animais selvagens: quando escurece, os padres alimentam arredios lobos-guarás, que sobem vagarosamente pelas escadarias da igreja, famintos.
Entre as relíquias do mosteiro estão uma pintura da Santa Ceia, e um retrato do Irmão Lourenço, ambos de Athayde. 
O Caraça ainda esconde tesouros naturais: piscinas, cachoeiras, grutas e trilhas para caminhadas na mata virgem. 
Mais tarde, os turistas constataram que as águas mineiras têm fama de milagrosas. 
E é certo que operaram um milagre: o da multiplicação das cidades. 
Quantas delas não cresceram em torno das nascentes, e prosperaram, ao redor dos hotéis e cassinos nos áureos tempos do jogo. 
Nos anos 40 a jogatina foi proibida, mas as águas seguraram a onda na base da saúde. 
Gasosas, sulfurosas, magnesianas, radioativas, ferrosas, ou simplesmente quentes, às águas minerais tratam de colites à dermatites. 
Nem os sisudos resistem às cócegas das bolhas produzidas nos banhos perolados, e riem, riem, riem.
Há ainda banhos espumantes, saunas e massagens. 
Em Araxá – terra de Dona Beja, sua mais famosa dama da corte, e que deita e rola na lama negra vulcânica cheia de propriedades medicinais. 
E esbanja águas minerais. 
A Fonte da Beja, com água radioativa, é a mais procurada. 
Dizem que é afrodisíaca. 
A água sulfurosa da Andrade Júnior, é indicada para doenças de pele e para o fígado. 
Nas termas do parque, os banhos de lama negra quentinha são concorridos. 
Embelezam a pele e aliviam artrites e reumatismos. 
Animados com isso, os turistas compraram sabonetes de lama, e entraram em banheiras. 
Depois, passaram pelo Alto de Santa Rita, onde a Árvore dos Enforcados geme quando venta. 
Dizem que são os gemidos dos escravos sacrificados no local. 
E não perderam também, a oportunidade de visitar o Museu de Dona Beja, uma casa do início do século dezenove, onde ela morou. 
Em Poços de Caldas, os viajantes constataram que suas fontes estão espalhadas pela cidade, e numa delas jorra água sulfurosa a quarenta e cinco graus Celsius. 
No imponente prédio das Thermas Antônio Carlos, águas sulfurosas muito procuradas pelo presidente Juscelino Kubitschek. 
No Palace Hotel, uma piscina à la Hollywood, com colunas de mármore Carrara e água quente. 
A suíte quinhentos e vinte e cinco é conservada como Getúlio Vargas a deixou em sua última visita. 
Ao lado do cassino, que agora aposta em festas e congressos, sai o teleférico que leva ao Morro do Cristo. 
Imigrantes italianos, levaram para lá a técnica do cristal de Murano. 
Um deles, Mário Saguso, na Cá d’Oro, é pupilo de uma família que molda vidro à sopro a setecentos anos. 
Contrastando com a arquitetura dos anos vintes e o chacoalhar das charretes, a cidade se rende ao admirável mundo novo: um monotrilho corre suspenso ao longo da avenida principal. 
Em São Tomé das Letras, os viajantes se depararam com uma cidade rodeada de mistérios. 
Núcleo cósmico do planeta para os místicos, a cidade ergueu suas casas de pedras empilhadas ao lado de uma gruta com inscrições rupestres. 
Segundo a lenda, foi aqui que um certo Barão de Alfenas encontrou uma imagem do apóstolo e onde, em 1770, foi construída uma capela para Tomé. 
Desde então é procurada por suas energias especiais. 
Sinta as vibrações da Gruta do Triângulo, considerada por quem entende do assunto, como a mais energética. 
Os turistas, aproveitando o passeio, foram tentar descobrir a secretíssima passagem para Machu Picchu, no Peru, na Gruta do Carimbado. 
Como não acharam, trataram logo de se refrescar na cachoeira, que costuma lavar a alma de qualquer incrédulo. 
Tem a Véu de Noiva, da Eubiose, da Lua, Shangri Lá, ou a Corredeira das Ninfas. 
Animados com o passeio, os rapazes aproveitaram também para passar pelo Vale das Borboletas, onde elas fazem um espetáculo de cores no ar. 
Ao passearem em São Lourenço, os rapazes constaram que a cidade possuí uma variedade de prédios, e conservou o mais exuberante Parque da Águas das estâncias hidrominerais. 
Fama que remonta às constantes visitas do presidente Getúlio Vargas: suas nove fontes se esparramam por jardins impecáveis, e densa mata verde. 
Mas o lado místico só uns poucos vêem, entre eles os eubiobas, que fincaram sede em São Lourenço para facilitar o diálogo com extraterrestres, que aqui, pululam em seus discos voadores. 
O naturalista Elias Cima, prefere cultivar ervas medicinais e tocar sua fundação, com um acervo de mais de trezentas fotos do pintor catalão Salvador Dali, além de litogravuras e aquarelas originais. 
Em Lambari, os turistas se depararam com fontes jorrando num pequeno parque. 
Na margem do Lago Guanabara, ergue-se imponente, o antigo cassino. 
Por causa de brigas políticas, o prédio neoclássico de 1911 funcionou apenas um dia. 
Todavia, vale a pena visitá-lo, pois é um belo exemplar do desperdício. 
Em Caxambu, os viajantes se depararam e se deslumbraram com doze fontes medicinais do Parque das Águas, que são verdadeiras obras de arte. 
Cobertas por estruturas trazidas da Europa no início do século vinte, são decorados por rendilhados, mármores e dourados. 
Até a família real passou por aqui, deixando uma enorme coroa entre as nascentes. 
Conta-se que em 1868, a Princesa Isabel veio atrás de um suposto tratamento de fertilidade, e virou nome de fonte – indicada para a anemia. 
No balneário, tem seis tipos de banhos e um gêiser, que jorra água quente três vezes ao dia. 
Entre montanhas, fica a pacata Cumbuquira. 
Lá, ladeiras e casarões centenários se espalham em volta do Parque das Águas, com cinco fontes. 
Os turistas, encantados com o lugar, visitaram as fazendas do roteiro rural e a Reserva Biológica de Santa Clara, onde estão as nascentes das fontes. 
Na volta, os turistas se depararam com um pôr-do-sol no Pico Piripau. 
A seguir, em Monte Verde, os cinco viajantes descobriram que este nasceu num Vale da Mantiqueira, entre pinheiros, Mata Atlântica, e picos com mais de dois mil e quinhentos metros de altitude. 
Fundada por um imigrante da Letônia, Werner Grinberg, na década de trinta, recebeu alemães, húngaros, suíços, italianos. 
E o lugar foi ficando com a cara dos Alpes. 
No inverno, as margens dos rios e as gotas de orvalho nos pinheiros até congelam. 
O clima é romântico. 
Os hotéis são aconchegantes, todos de madeira, camas king-size, lareira, cortinas rendadas. 
Para enfrentar o frio, vinhos, chocolates, fondues, raclettes ou café colonial, à luz de velas. 
Piscinas de água quente, saunas e caminhadas por trilhas até os Picos da Pedra Redonda, Chapéu do Bispo, Mirante e Selado. 
O vírus shopping atacou o lugar, mas não lhe alterou a fisionomia. 
Procure pelas cerâmicas de faiança, na loja Tirol, reproduzindo desenhos do século doze. 
E se alguém se despedir com um sveiki, responda tchau e até breve, como um entendido na língua falada na Letônia.

SIGNIFICADO: 
O tamanduá-mirim, também chamado tamanduá-colete, jaleco, mambira, mbira, melete ou mixila, é um mamífero xenartro da família Myrmecophagidae, sendo encontrado da Venezuela ao sul do Brasil. É uma das quatro espécies de tamanduás e junto com as preguiças está incluído na ordem Pilosa. Wikipédia.

O anu-preto, também chamado anum-preto, é uma ave da família Cuculidae que ocorre da Flórida à Argentina e em todo o território brasileiro. Gosta de sol e toma banho na poeira, ficando a plumagem às vezes com a cor da terra ou de cinza e carvão. Wikipédia.

O canário-do-brejo é uma espécie de ave da família Emberizidae. Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Seus habitats naturais são: campos de gramíneas de clima temperado e pântanos. Wikipédia. 

Saíra-sete-cores - Ave
Tangara seledon é uma espécie de ave da família Thraupidae; um pássaro endêmico de florestas de Mata Atlântica, restingas e capoeiras da região oriental do Brasil, do estado da Bahia até o Rio ... Wikipédia.

Alegrinho
Também conhecido como alegrinho-do-leste. O alegrinho (Serpophaga subcristata) é uma ave passeriforme da família Tyrannidae. É um pequeno papa-mosca arborícola do Brasil oriental, quase sempre de píleo arrepiado, fácil de ser reconhecido, porém devido ao seu tamanho reduzido, suas cores apagadas e seus hábitos, é uma ave de difícil detecção. https://www.wikiaves.com.br/wiki/alegrinho. 

O zabelê ou zebelê (Crypturellus noctivagus zabele) é uma ave brasileira da família dos tinamídeos, medindo entre 33 a 36 cm. É uma subespécie do jaó-do-litoral (Crypturellus noctivagus noctivagus) do litoral do sudeste e sul do Brasil, do qual difere principalmente pelo colorido mais pálido. É ave cinegética.
Zabelê (ave) – Wikipédia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org › wiki › Zabelê_(ave)

Leptotila é um género de aves da família Columbidae. Os membros do gênero costumam ser chamados popularmente de juriti, juruti e jeruti. Wikipédia.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 25

Dias depois, ao passarem pelo Vale do Jequitinhonha, os turistas se depararam com a região considerada a mais pobre do Brasil. 
Lá o vale da fome, das lágrimas, da marcha à ré, dos absurdos constantes de riquezas naturais e misérias humanas convivem lado a lado. 
Do Jequitinhonha já se falou quase tudo de triste. 
Menos que este talvez seja o único lugar do país, onde ainda é possível encontrar mulheres bonitas e bonitas em bando. 
Não uma ou outra, que isso tem em toda a parte, mas muitas, andando sempre juntas, rindo à toa, timidamente assanhadas. 
Certa vez, em Serro Frio, o jornalista Franklin de Oliveira, flagrou o botânico George Gardiner em pleno encantamento. 
Ao deparar-se com um desses bandos, o cientista não se conteve: ‘São morenas de olhos azuis, retendo na flama da pupila, os macios tons da turqueza celestial’. 
A região, pouco muda com o passar dos tempos. 
A enchente e a seca, a falta e a fartura, a turmalina e o cascalhão, o Banco do Brasil e o comercinho, o velho sem família, e o menino sem pai, as moças vistosas das boates, e as meninas sofridas dos garimpos, o trabalho duro, e o ócio total, as cafuas e os palacetes, o sol de rachar de dia e frio de rachar à noite – enfim, os extremos das profundezas do Jequitinhonha. 
A existência nestes ermos de vidas humanas, de sorrisos de bocas sem dentes, é uma pungente prova de força. 
Se até aqui chegaram, homens e mulheres podem supor, com todo direito, que sobreviverão, apesar de tudo. 
São mais de um milhão, nesse Brasil arcaico das carvoarias e do trabalho semi-escravo, salpicado por ranchos cobertos de folhas de pindoba. 
Resistem à colonização predatória e à exploração do homem e da natureza, desde a pioneira corrida ao ouro e às pedras preciosas, no século dezoito, quando surgiram os primeiros povoados em torno dos garimpos, no tempo das bandeiras paulistas e baianas, de Fernão Dias Paes, do quinto e do dízimo pago à Coroa, dos escravos, da violência. 
Depois, no século passado, o gado se espalhou. 
E o sertão virou pasto: um homem a tocar mil reses, a queimar as matas dos latifúndios, fazendo-as carvão. 
Por último, na década de setenta, a chegada da nova ordem do ‘milagre brasileiro’ – do dinheiro a rodo, dos incentivos fiscais para as grandes empresas de reflorestamento e mineração, das máquinas, carros, televisores – causou traumas nestas cidades centenárias: os nativos corriam para casa quando alguém chegava de fora, pelo simples e bom motivo de que não tinham roupas para vestir – ao menos as que a civilização exige. 
Cortado emblematicamente em cruz – no sentido horizontal, pelo Rio Jequitinhonha: no vertical, pela Rio-Bahia –, o vale abre suas portas na histórica Diamantina, a maior cidade da região, que parece viver de costas para o Jequitinhonha. 
Daí para a frente, é um outro mundo: pirambeiras de todo o tipo e tamanho, montes rochosos, vegetação pobre, arbustos engruvinhados, chupados e secos, córregos raquíticos. 
De Mendanha, parada de ônibus que liga o vale a Belo Horizonte, até Almenara, a paisagem não muda.
A impressão é a de que se atravessa uma grande fazenda: gado, pastos, raros vaqueiros, mata-burros, casas de agregados, pequenas plantações de fundo de quintal, galinhas ciscando na estrada. 
Quando vêem um carro, as crianças saem correndo, eufóricas. 
Levantam o polegar, sorriem, como se agradecessem a deferência de alguém passar por ali. 
Em Minas Novas, as mulheres tecem arraiolos e fazem das feiras de sábado uma grande festa: compram e vendem de tudo, num formidável mercado de trocas. 
E fazem fila diante das pessoas que sabem ler. 
Querem saber as novidades contidas naqueles garranchos, seu principal ponto de contato com o mundo.
São as viúvas de marido vivo. 
Seus homens são bóias-frias em São Paulo e no Paraná. 
Foram embora arrumar dinheiro para pagar as dívidas. 
Quem se dá bem, volta no fim do ano, época de carpir, plantar a lavoura: depois, vai embora de novo – e o vale vai ficando cada vez mais das mulheres. 
A pequena Araçuaí, é filha valente de uma delas. 
Destruída por enchentes, em 1919 e 1929, reergueu-se e virou sede de uma das seis microrregiões do vale, por força de Luciana Teixeira. 
Expulsa por um padre, do garimpo que havia na confluência dos Rios Araçuaí e Jequitinhonha, na Barra do Pontal, Luciana subiu vinte quilômetros com seu comércio de quarenta mulheres, e criou a Fazenda Bela Vista, hoje Araçuaí. 
São dessa época as ruas estreitas da parte velha da cidade, à beira do rio, como a do Cochicho, a principal da zona das moças de vida livre, que repartiria mais tarde suas casas baixas e toscas, com os artesãos de barro, couro e madeira. 
Há quem se recuse a deixar o vale, como uma garimpeiro de pedras brancas que encontrei por lá.
‘Dizem que o dinheiro tá é correndo em São Paulo. mas se aqui, que ele tá parado, eu não consigo pegar, quanto mais em São Paulo, que ele tá correndo...’ 
Para quem fica, uma das poucas opções de trabalho regular são as carvoarias, abundantes entre Couto de Magalhães e Itamarandiba. 
Pau-d’alho, araçá, canjiquinho, toda madeira branca vira carvão para mover as siderúrgicas de Sete Lagoas. 
A fumaça sai dos fornos, acompanha as estradas, e se junta à poeira. 
E as grotas parecem cobertas de neblina. 
Cada um se vira como pode e, nisto, o vale é um grande manual prático de sobrevivência. 
Tiririca, por exemplo, vendia pintos de um dia, peixe velho, fazia o diabo. 
De repente, começou a aparecer cada dia com um carro. 
E a notícia correu: sua conta bancária em Diamantina era a primeira a ultrapassar a barreira do bilhão (nos idos do cruzeiro velho). 
Diante do mistério da riqueza súbita, Tiririca esclareceu: tornara-se representante de um grupo catarinense que exportava para a Europa e Estados Unidos, a sempre-viva, uma flor seca do semi-árido, muito usada para decoração. 
Foi uma só àquelas flores sem graça, que cresciam feito mato nas chapadas do vale, a ponto de ameaçá-las de extinção. 
Já se foram o ouro e os diamantes, a madeira e a sempre-viva, muitos homens e empresas. 
Ficaram o pobre rico vale, e suas mulheres bonitas, que ainda andam em bando, esperando, quem sabe?, por alguma nova corrida de homens em busca de riquezas – que bobos! – com tantas belezas que andam por lá.
Em seguida, em Diamantina, os turistas constataram, que é um lugar para se chegar por terra.
Antigamente tinha o trem, que percorria uma das estradas mais lindas do Brasil, a qual os militares destruíram. 
Vindo de Belo Horizonte, passado o Curvelo, a estrada que leva aos diamantinos, a de rodagem, é de fazer inveja ao John Ford: os melhores bangue-bangues que já se viram, foi lá. 
Aproximar-se da cidade, é por isso mesmo, conhecer o que Minas Gerais tem de mais profundo: límpido de água e sólido de pedra. 
A natureza deslumbrante prepara o turista para o encontro com o mais solar dos mineiros. 
Com sua gente inteligente e simples. 
O homem diamantino é um homem vivo. 
Vivo por entender que a história não é só passado. 
É presente. 
Ele a faz a cada dia. 
E foi assim, que mergulhados em uma profunda atmosfera, os turistas foram conhecer a casa onde Juscelino Kubitschek passou a infância. 
A construção é simples, e o quarto talvez seja o cômodo mais modesto. 
Na cozinha, o velho fogão a lenha, as panelas de pedra-sabão e a receita de seu prato predileto, o ‘Chico Angu’ – frango com quiabo e angu de fubá. 
O violão, o cavaquinho e a flauta das serestas que recepcionavam Juscelino nas escadarias da catedral quando ele visitava a cidade, também estão na casa museu. 
Um anexo reconstitui o consultório médico dele. 
No andar de baixo, o Bar do Nonô – homenagem ao boêmio pé-de-valsa que não recusava uma pinguinha com caldinho de feijão ao som de serestas. 
Foi igualmente nesta cidade que viveu Chica da Silva. 
Escrava e mulata, foi a grande paixão de João Fernandes, um contratador de diamantes, rico com um nababo e poderoso como um príncipe. 
Chica foi morar com ele em seu palacete e se tornou a mulher mais influente do arraial: sua vontade era lei. 
Tinha cadeira cativa na antiga Igreja Matriz de Santo Antônio. 
Chegava de liteira, coberta de brilhantes, carregada por quatro escravos, e acompanhada de doze mucamas esplendidamente trajadas. 
Quem quisesse algum favor de João Fernandes tinha de passar pelo beija-mão da mulata. 
Sua decadência ocorreu quando João Fernandes foi mandado para Portugal pelo Marquês de Pombal, e proibido de voltar ao Brasil. 
Os que se curvaram diante dela trataram de vingar-se: rasgaram-se ou queimaram-se documentos, objetos pessoais, tudo. 
Pois bem, foi com essa mulher que João Fernandes viveu, teve filhos e filhas, deixando-lhes de herança a maior parte de sua fortuna. 
Na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, turistas se depararam com uma construção de 1731, erigida pelos escravos como sede da Irmandade dos Pretos, e que é a mais antiga da cidade. 
Originalmente uma simples capela, com fachada em estilo rococó, com uma só torre. 
O douramento do altar e a pintura do teto da capela-mor são de José Soares de Araújo, tesoureiro da irmandade. 
Imagens originais dos santos negros – Santo Elesbão, São Benedito e Santo Antônio Categeró.
Passando pela Igreja de Nossa Senhora das Mercês, os viajantes descobriram que esta surgiu, em decorrência de um cisão com a Irmandade dos Pretos e os Crioulos. 
Estes criaram sua própria entidade e uma capela, erguida entre 1772 e 1785. 
De fachada simples, tem torre central e escadarias de pedras. 
Ricos entalhes dourados na capela-mor e a decoração da nave, tem traços neoclássicos, apesar do estilo barroco rococó, dos brasões e dos enfeites de madeira recortada das tribunas, que parecem camarotes de teatro. 
Os rapazes, ao visitarem a Capela Imperial do Amparo, descobriram que a mesma foi edificada entre 1756 e 1776, pela Irmandade dos Pardos do Arraial do Tijuco. 
Mais tarde recebeu o título de Imperial Capela, passando a exibir na portada o emblema com as armas imperiais. 
A torre central foi reconstruída e a pintura do teto da nave é de Silvestre de Almeida Lopes. 
O presépio do século dezoito foi decorado com conchinhas. 
No pátio externo, tumbas dos membros da Irmandade. 
Na Capela de Nosso Senhor do Bonfim, os turistas observaram a torre lateral e o frontão com duas sacadas de ferro batido, encimadas por um óculo envidraçado. 
Na capela-mor, o altar é ricamente trabalhado a ouro, e a pintura do teto de Jesus sendo retirado da cruz – é de autoria de algum discípulo de José Soares de Araújo. 
Passeando na Capela de Nossa Senhora da Luz, os turistas observaram a construção erigida a partir de 1803, para pagar uma promessa feita pela portuguesa Teresa de Jesus Perpétua Corte Real, salva do terremoto de Lisboa, em 1755. 
Quase nada restou da construção original. 
A fachada atual, é decorada com lambrequins, torre central esguia e três sacadas de ferro batido. 
A parte interna não foi concluída. 
Visitando o Museu do Diamante, os turistas, se depararam com um amplo casarão, construído em 1789, que foi casa de um dos principais inconfidentes o Padre José de Oliveira e Silva Rolim. 
Com o padre preso e enviado a Portugal, seu imóvel foi confiscado pela Fazenda Real. 
O acervo conta a história da mineração no Brasil: crivos para classificar o tamanho das pedras, balanças, cadinhos para medir o ouro em pó, cofre inglês do século dezenove, ferramentas do garimpo, instrumentos de suplício dos escravos. 
No Museu de Arte Sacra, os turistas observaram um oratório do século dezoito de madeira pintada a ouro, ex-votos, imagens de santos barrocas, folheadas a ouro. 
Na Casa da Glória, os turistas visitaram uma casa de dois pavimentos, uma do século dezoito e outra do século dezenove, uma de cada lado da rua, unidas, por uma passarela suspensa no segundo andar. 
A mais antiga, foi da coroa portuguesa e ficou famosa como cenário de festas luxuosas, como a da coroação de Dom João VI, em 1818. 
Na Casa de Chica da Silva, os turistas observaram um sobrado do século do século dezoito com quatorze cômodos, onde viveu de 1763 à 1771, a escrava e seu amante, o contratador João Fernandes de Oliveira. 
As janelas têm treliças de madeira, costume árabe introduzido pelos portugueses, para proteger as mulheres dos olhares curiosos. 
Tem também vedação de treliça, uma imensa varanda que serve de corredor e dá para o pátio interno, de onde se vê a rua. 
Na lateral direita da casa, foi restaurada a fachada da capelinha, para uso exclusivo de Chica da Silva.
Mais, tarde, depois de se encantarem com a Casa de Chica da Silva, os turistas foram conhecer a Casa do Muxarabiê. 
Também uma casa do século dezoito, que possuí três sacadas de madeira torneada. 
Numa delas, há um muxarabi – espécie de balcão de madeira com treliças, de origem mourisca, para que as mulheres pudessem ver a rua sem serem vistas. 
Único exemplar dessa arquitetura que marcou época em Minas Gerais. 
No Mercado Municipal, os turistas se depararam com uma construção de 1835, toda em azul e vermelho, com arcos de madeira, erguido num rancho que abrigava tropeiros, com suas mulas abarrotadas de mercadorias. 
Seus arcos invertidos teriam inspirado Oscar Niemeyer, amigo de Juscelino e autor de duas construções na cidade, a projetar a fachada do Palácio da Alvorada, em Brasília. 
No Casarão da Prefeitura e Câmara Municipal, os viajantes observaram, que este data do início da povoação do Arraial do Tijuco (1733 à 1735), foi a Casa da Intendência dos Diamantes. 
A fachada exibe janelas do tipo guilhotina. 
Restaram algumas paredes de taipa e beirais do telhado – típicos da época da construção. 
Ao passearem pelo Casarão do Fórum, os turistas se depararam com mais uma construção colonial do antigo Tijuco, que foi residência, sede da Câmara Municipal, Fórum e Cadeia Pública. 
Já na Casa do Intendente, os rapazes observaram uma construção do século dezoito, com rica arquitetura, sacadas de madeira torneada, ‘sobrancelhas’ sobre as janelas. 
Além disso, dois salões do segundo pavimento têm teto de gamela, um deles com pintura policrômica e cores suaves, mostrando cenas românticas de um casal. 
A seguir, na Rua Burgalhal, os turistas ficaram encantados com as casas coloniais do século dezoito, o primeiro núcleo do Arraial do Tijuco. ]
No Caminho dos Escravos, os rapazes se depararam com vinte quilômetros de blocos de pedra construídos pelos escravos no século dezoito. 
É a única ligação de Diamantina com o norte do estado. 
Está sendo restaurado. 
Ao passearem no Cruzeiro do Cula, os turistas percorreram de carro, uma estrada de terra. 
Após, na Serra do Espinhaço, puderam contemplar uma vista de trezentos e sessenta graus da cidade.
Na Cachoeira Sentinela, os turistas se deslumbraram com várias quedas, cercadas por vegetação rasteira. 
A seguir, na Cachoeira dos Cristais, os turistas observaram um lago de águas transparentes, ótima para banhos. 
Mais tarde, os rapazes foram conhecer a Fábrica de Tecidos de Biribiri. 
Lá, construções do final do século dezoito formam uma pequena vila em torno da fábrica de 1876, hoje desativada. 
Em meio a palmeiras-imperiais, a Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus, com campanário externo, possuí refeitório, orfanato, escola, e o velho galpão da indústria. 
Na Gruta do Salitre, os turistas se depararam com uma estrutura geológica de sessenta metros, e com uma galeria ampla, que forma uma espécie de palco no centro. 
Depois, os rapazes foram ouvir as serestas da cidade. 
O ‘Peixe Vivo’ e ‘Luar do Sertão’ podem ser ouvidas pela cidade no dia da seresta, aniversário do presidente Juscelino Kubitschek. 
No resto do ano, seresteiros, só nos barezinhos. 
Os turistas, também foram assistir a Festa de Nossa Senhora do Rosário. 
Trata-se da festa mais tradicional de Diamantina. 
A parte religiosa acontece na Igreja do Rosário – levantamento do mastro, missa e procissão ao som de bandinhas. 
A parte profana celebra um dos folclores mais antigos da região – com marujadas, catopês e caboclinhos, com músicas e danças ligadas à figura de Chico Rei, líder tribal trazido da África para ser escravo em Vila Rica, que liberta a si e a tribo.

20 Texto de Ricardo Kotscho, com algumas adaptações.

DICIONÁRIO:
cafua - substantivo feminino
1. cova, caverna.
2. POR EXTENSÃO
lugar escuro e isolado; furna.

Pindoba - substantivo feminino
[Brasil] Planta da família das palmáceas.

Palmáceas - substantivo feminino plural
[Botânica] Grande família de plantas monocotiledôneas que se caracterizam por apresentarem o tronco alto e nu, encimado por um fascículo de grandes folhas, e à qual pertencem o coqueiro, a palmeira etc.
Etimologia (origem da palavra palmáceas). Do latim palma, palmeira + áceas.

(...) Festas de Agosto com seus catopês (que homenageiam os negros na formação do povo brasileiro), marujos (que exaltam os marinheiros portugueses e os princípios do catolicismo) e caboclinhos (que simbolizam a mistura de raças em nosso país), (...) Extraído do site: https://onorte.net/cultura/festas-de-agosto-l%C3%A1-v%C3%AAm-os-catop%C3%AAs-marujos-e-caboclinhos-1.484522 

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 24

Em Minas Gerais, os turistas, ao chegarem em Belo Horizonte, foram logo conhecer a Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem. 
Em estilo gótico, tem vitrais altar-mor em mármore de Carrara, e é um deslumbre! 
No Museu Mineiro, os turistas conheceram um casarão neoclássico, com delicadas pinturas nos forros.
Oratórios mineiros e imagens de Sant’Ana e São José de Botas, do século dezessete, além de seis telas do mestre Athayde, o maior pintor do barroco mineiro, fazem parte da atração. 
No Museu de História Natural, os turistas constataram que junto a este, estão encravados, seiscentos e quarenta mil metros quadrados de matas do Jardim Botânico. 
A grande atração é o esqueleto do homem de mil anos de Lagoa Santa (Minas Gerais) e réplica de ossadas de animais pré-históricos. 
O presépio do Peripau rouba a cena: o conjunto animado de quinhentas e oitenta peças de madeira tem quase cem anos, e apresenta cenas bíblicas e típicas mineiras. 
Passeando no Palácio das Artes, os rapazes, conheceram o projeto inicial de Niemeyer. 
Reúne teatros, cinemas e lojas de artesanato. No Palácio do Governo, os turistas observaram a construção em estilo neoclássico, com salões decorados com pinturas, lustres de cristal e móveis Luís XV, e uma escada de ferro art noveau belga, ornamentada com flores e folhagens.
Ao lado, no Palácio dos Despachos, painel de Portinari sobre a Inconfidência Mineira. 
Passando pela Praça da Liberdade, os turistas observaram que esta é cortada por uma belíssima alameda de palmeiras imperiais. 
Tem jardins franceses, coreto, fontes e estátuas de mármore Carrara. 
Em volta, construções neoclássicas do final do século dezenove e dois projetos de Niemeyer: a Biblioteca Pública, e um prédio que lembra o paulistano Copan, onde morou Risoleta – viúva de Tancredo Neves. 
No Parque Américo René Gianetti, os turistas se depararam com a principal área de lazer do centro.
Tem cento e oitenta mil metros quadrados de bosques, duas mil espécies de árvores, orquidário e lago com barcos a remo. 
Já no Parque Florestal das Mangabeiras, os viajantes, observaram que, na encosta da Serra do Curral, uma área de dois milhões e trezentos mil metros quadrados de campos, cerrado e Mata Atlântica, leva a assinatura de Burle Marx. 
Caxinguelês, micos-estrelas e tatus, são vistos nos passeios pelas trilhas. 
Para os preguiçosos, circuito interno de micro-ônibus. 
No Mirante das Mangabeiras, um belo cenário se descortina diante dos olhos dos turistas, admiradores de Belô. 
Após, na Estação Ferroviária, os turistas conheceram um prédio magnífico em estilo neoclássico. 
Mas a grande atração é uma maquete com trezentos metros quadrados de área, onde locomotivas circulam por uma cidade em miniatura. 
A miniferrovia é aberta ao público somente aos sábados. 
Na Pampulhas, os turistas trataram logo de ir até a lagoa. 
Ao redor da lagoa artificial – circundada pelos dezoito quilômetros da Avenida Otacílio Negrão de Lima –, o projeto arquitetônico deu o que falar nos anos quarentas. 
Encomendado pelo então prefeito Juscelino Kubitschek ao arquiteto Oscar Niemeyer, um desconhecido na época, a Pampulha reúne os papas do modernismo: Candido Portinari, Burle Marx e Alfredo Ceschiatti. 
Aproveitando o ensejo, os turistas fizeram um passeio de barco, que sai perto da Igreja de São Francisco. 
O projeto foi concebido para ser visto da lagoa. 
Passeando pela Igreja de São Francisco de Assis, os turistas descobriram que esta foi inaugurada em 1945, e que ficou fechada por catorze anos. 
As autoridades eclesiásticas não aprovaram o projeto. 
Além do choque causado pela arquitetura revolucionária das abóbadas parabólicas, as linhas da torre do sino e da fachada, lembram uma foice e um martelo – símbolos do comunismo. 
É uma obra prima da moderna arquitetura brasileira. 
Dentro, a mão de Portinari, nos ‘Catorze Passos da Paixão’, nos azulejos e no painel sobre a vida de São Francisco. 
Repare na figura do santo: o lado direito mostra sinais de riqueza e o esquerdo, com faces encovadas e vestes puídas, a opção pelo voto de pobreza. 
No batistério, painéis de bronze do escultor Ceschiatti. 
O paisagismo é de Burle Marx. 
Na Casa de Baile, os turistas se encantaram com a construção à beira do lago, de forma circular e de vidro projetada por Niemeyer, para ser um salão de baile popular, e que virou restaurante. 
No Museu de Arte, em reforma até pouco tempo atrás, os turistas observaram em salas luxuosas, obras de Portinari, Di Cavalcanti, Guignard, Ianelli. 
Foi cassino até 1946 e tem paredes revestidas de ônix e espelhos de cristal. 
O projeto é Niemeyer e os jardins são de Burle Marx. 
Mais tarde no Iate Tênis Clube, os turistas ficaram intrigados com os tetos inclinados ao contrário, como asas de borboleta, e que também são de Niemeyer. 
Após, passearam pela Feira de Antigüidades e Comidas Típicas. 
No Museu da Cachaça, os turistas se depararam com uma coleção de duas mil marcas, bem como a visita ao Alambique Vale Verde. 
A seguir, os turistas foram passear a cavalo, em trilhas por montanhas, matas e riachos. 
Mais tarde, os turistas foram comprar artesanato de barro, couro, pedra e metal, em meio a três mil artesãos. 
Lá tem também, peças de cerâmica e tear do Jequitinhonha na Codevale. 
Em Ouro Preto, os turistas visitaram a Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar. 
De 1733, uma das mais ricas em ouro e prata do Brasil. 
Os retábulos laterais e o altar-mor, trabalhados folheados a ouro, mostram o auge do barroco e da mineração no século dezoito. 
O esplendor dos quatrocentos e setenta e dois anjos, e dos quatrocentos e trinta quatro quilogramas de ouro que recobrem as talhas, é reforçado pela música barroca que ecoa na igreja. 
No teto de caixotão em baixo-relevo, a pintura ilusionista da época: da porta principal vê-se o cordeiro sobre a cruz; da capela principal, ele se esconde embaixo dela. 
A imagem de Nossa Senhora dos Passos doada pela Espanha gerou a expressão ‘conto do vigário’.
Como existia outra matriz – a de Nossa Senhora de Conceição –, os párocos disputaram o santo. 
O vigário de Pilar sugeriu que um burro fosse solto, carregando a imagem. 
Dependendo de seu destino, a escolha estaria feita. 
O burro rumou direto para Pilar. 
Tarde demais se demais se descobriu que ela era do padre de lá. 
Na sacristia, o Museu da Prataria mostra objetos de arte sacra e um oratório de madeira de Aleijadinho. Passando pela Igreja São Francisco de Assis, os turistas observaram as obras primas dos mestres do barroco mineiro, como Aleijadinho e Manoel da Costa Athayde, construída entre 1765 à 1810.
Aleijadinho fez o projeto. 
Na portada dois medalhões de pedra sabão: um com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, outro com São Francisco recebendo as cinco chagas de Cristo, no Monte Alverne. 
Os santos, esculturas e pinturas transmitem a aceitação do sofrimento através da imagem da Paixão de Cristo, e dos votos franciscanos. 
Também de Aleijadinho o retábulo do altar-mor e o púlpito. 
No forro da nave, pintura tridimensional de Athayde apresenta Nossa Senhora da Conceição cercada de anjos, todos com feições de mulatos. 
Na Igreja Nossa Senhora do Carmo, os turistas se depararam com a edificação de 1772. 
O projeto é do pai de Aleijadinho, Manoel Francisco Lisboa, que morreu e foi substituído pelo filho.
Além de modificar a obra, Aleijadinho fez o trabalho de pedra-sabão na portada, o lavabo da sacristia e as talhas dos altares de São João Batista e Nossa Senhora da Piedade. 
A pintura do forro e o dourado do altar-mor são de Athayde. 
Os azulejos de faiança portuguesa da capela-mor sobre Nossa Senhora do Carmo, são os únicos em igrejas mineiras. 
Ao passarem na Igreja Santa Ifigênia, os turistas observaram a obra de sessenta anos (1730–1790), também projeto do pai de Aleijadinho. 
Há quem diga que foi erguida por Chico Rei e sua tribo, com pó de ouro trazido pelas escravas nos cabelos. 
As imagens dos santos são todas negras. 
Na pintura do forro, um papa negro, que nunca existiu. 
Entalhes de anjos, pelicanos, búzios e cascos de tartarugas. 
Na Igreja do Rosário, os turistas conheceram a edificação erigida em 1785. 
A rara fachada circular contrasta com o interior simples. 
A imagem de Santa Helena é atribuída a Aleijadinho. 
Ao passarem na Matriz Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, os turistas descobriram que esta construção, substituiu a capela erguida em 1699 pelo bandeirante Antônio Dias, fundador de Vila Rica.
Construída entre 1727 e 1760 pelo pai de Aleijadinho, é a maior da cidade, rica em trabalhos barrocos.
Na sacristia, obras de Aleijadinho – com mesa funerária de jacarandá, e busto de pedra sabão de São Francisco de Paula. 
No altar de Nossa Senhora da Boa Morte está sepultado o artista. 
Depois, os viajantes foram conhecer a Capela Padre Faria. 
Construída em 1710, é a mais antiga. 
Possuí fachada simples e rico interior de talha dourada, em estilos barroco e rococó. 
A torre lembra um templo chinês. 
Após, os turistas foram conhecer o Museu da Inconfidência. 
Em estilo neoclássico, é cercado por uma balaustrada de pedra-sabão. 
Reúne documentos e objetos sobre a Inconfidência Mineira (1789), móveis e objetos sacros do século dezoito. 
No panteão estão os restos mortais dos inconfidentes, com a bandeira do movimento, ‘Libertas quae sera tamen’ (Liberdade ainda que tardia). 
Guarda os autos da Devassa, pedaços da forca de Tiradentes e uma imagem de São Jorge – feita por Aleijadinho em cedro – que ficou anos na prisão: sua lança matou um escravo durante uma procissão.
No dia seguinte, os turistas foram conhecer o Museu de Mineralogia. 
Antigo palácio dos governadores de 1760, abriga o Museu e a Escola de Minas, criada por Dom Pedro II, em 1876. 
Tem uma das maiores coleções de minérios do mundo – são vinte e três mil amostras. 
Ouro em pepitas, veios e quartzo, diamantes, topázios e paládio, o ouro preto que deu nome a cidade. 
No Museu Guignard, os turistas visitaram a antiga casa do pintor Alberto da Veiga Guignard. 
Lá estão pinturas, desenhos e objetos do artista. 
A seguir na Casa dos Contos, com fachada de nove janelões e sacadas, o casarão de 1874, é um dos mais belos de Ouro Preto. 
Foi residência de um rico coletor de impostos, casa de fundição e prisão de inconfidentes, entre eles Cláudio Manoel da Costa, encontrado morto em um dos aposentos. 
Este local, abriga atualmente, o Centro de Estudos do Ciclo do Ouro, com réplicas de antigas moedas do Brasil. 
Entre os documentos, uma procuração assinada por Tiradentes e a lista dos países de destino dos inconfidentes degredados. 
No Teatro Municipal, os turistas se deslumbraram com a Casa de Ópera de Vila Rica, com frontão triangular, lembrando uma construção grega. 
Tem quatrocentos lugares e acústica perfeita. 
Em 1994, sediou reunião do Mercosul. 
Passeando na Praça Tiradentes, os turistas observaram a construção, do século dezoito, a principal da cidade, rodeada de casarões coloniais e calçadas de pedras. 
No centro, desde 1894, a Estátua de Tiradentes, de bronze e de granito, marca o lugar em que ficou exposta a cabeça do alferes, enforcado no Rio em 1792. 
Visitando a Casa de Gonzaga, os turistas conheceram a residência do poeta e inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu de Marília, e que hoje abriga a Secretaria de Cultura. 
A seguir, os turistas foram observar os chafarizes. 
São dezenove. Abasteciam a cidade e ainda fornecem água limpa. 
O mais famoso é o de Marília de Dirceu – na Praça Dirceu – de 1758, de granito, com quatro carrancas feitas pelo pai de Aleijadinho. 
No Alto da Cruz, fonte de 1750, com um busto de mulher atribuído a Aleijadinho. 
Quando foram conhecer os oratórios, os viajantes constataram que apesar de muitos, só sobraram dois: o de Nosso Senhor do Bom Despacho e o de Santa Cruz. 
Foram construídos para afugentar maus espíritos. 
Passeando pela Mina Chico Rei, os turistas se depararam, no quintal de Maria Bárbara, com as galerias da Mina de Encardideira, encontradas por acaso em 1946 por um de seus filhos. 
Segundo a tradição, pertenceu a Chico Rei, rei africano que veio como escravo para o Brasil. 
Com o ouro ele comprara a alforria de seus súditos. 
Mais tarde, os viajantes foram conhecer o Mirante do Morro. 
De lá, tiveram uma vista panorâmica da cidade. 
Na Cachoeira das Andorinhas, os turistas observaram a nascente do Rio das Velhas, mergulhar dentro de uma gruta, e cair como uma ducha de dez metros. 
Rochas curiosas, como a pedra do Jacaré, encantaram os turistas, que aproveitaram para se banhar na Cascata Véu de Noiva. 
No horizonte, o perfil azul da Serra da Caraça. 
Passando pelo Mosteiro Zen Budista Pico de Raios, os turistas se depararam com um santuário de pedra, cercado de jardins a um mil e quinhentos metros de altitude. 
Lugar propício para retiro e meditação. 
A seguir, os turistas foram conhecer Lavras Novas. 
Lá se depararam com vestígios da estrada real que ligava Minas ao Rio, tendo como paisagem um mar de montanhas. 
Artesanato de taquara e Cachoeiras Pingo d’Água, Pingo de Cristal e Falcão. 
Após, foram assistir ao Festival de Inverno. 
Em julho, a Universidade Federal de Minas transforma a cidade em um enorme espaço cultural: são shows, recitais, exposições, danças, teatro e oficinas. 
Depois, os turistas foram comprar artesanato em pedra sabão, madeira, metal e pedras preciosas. 
Em Mariana, os turistas foram conhecer a Catedral da Sé. 
A construção de 1709, é toda feita de taipa de pilão. 
O lavabo da sacristia é atribuído a Aleijadinho. 
A pintura do batismo de Jesus é do mestre Athayde, filho da cidade, maior pintor barroco mineiro. 
Às sextas e domingos, a Sé revive o século dezoito: o som barroco invade sua nave através dos novecentos e sessenta e quatro tubos (o maior de dois metros e quatrocentos centímetros) do órgão alemão Arp Schnitger, famoso em todo o mundo. 
Fabricado em 1701 e doado em 1751, por Dom João V, cruzou o oceano e viajou no lombo de um burro até Mariana. 
Decorado com motivos chineses e esculturas de anjos, ele ganha vida nas mãos da paulista Elisa Freixo, que desde de 1988 faz concertos didáticos gratuitos. 
Passeando pela Igreja Nossa Senhora do Carmo, os turistas observaram uma bela construção de 1784.
Na fachada, um sol e uma lua de pedra-sabão indicam que os escravos trabalharam dia e noite na obra.
A pintura do forro tem perspectiva rococó. 
Na Igreja São Francisco de Assis, os turistas ao observarem a construção de 1794, descobriram pinturas de Athayde no teto da sacristia. 
Além do túmulo do pintor, repararam que no altar está a imagem de São Roque, vindo da França. 
O medalhão da portada é atribuído a Aleijadinho. 
No Pelourinho, os turistas observaram dois bancos de ferro, que sustentam uma balança e uma espada, representando a justiça e a força. 
Acima, a coroa portuguesa. Depois, os turistas foram conhecer o Museu de Arte Sacra. 
Trata-se de um casarão em estilo rococó do século dezoito. 
Os destaques são os relicários e imagens de santos de Aleijadinho, fonte de pedra-sabão atribuída a ele, e a tela de Athayde ‘Queda de Jesus’. 
Na Casa de Alphonsus Guimaraens, os turistas conheceram a famosa morada onde viveu e morreu o poeta. 
Possuí uma biblioteca e manuscritos do poeta. 
Ao passarem pela Casa da Rua Direita, os viajantes atentaram para o rendilhado de pedra sabão do balcão e da sacada. 
Após, foram conhecer a Cachoeira do Brumado. 
A vila, em suas proximidades, cheira a fogão de lenha. 
Conhecida pelos tapetes de sisal, aparas de malha e por seus magníficos escultores: Artur Pereira e seu filho José, transformam toras de cedro em colunas cheias de bichos e presépios. 
Adão faz sapos, aves e árvores. 
A seguir, os turistas foram comprar imagens de santos e telas de artistas. 
Ao conhecerem Tiradentes, os turistas descobriram que a mesma fora fundada em 1718, ao pé das escarpas avermelhadas da Serra de São José, cresceu e se enfeitou de ouro e prata no período da mineração. 
Em 1889, a Vila de São José do Rio das Mortes virou Tiradentes, em homenagem ao seu filho mais ilustre, o alferes Joaquim José da Silva Xavier. 
A glória do ouro durou quase cem anos. 
Quando acabou, a pequena vila colonial adormeceu entre as montanhas. 
E só despertou na década de vinte, quando artistas modernistas, entre eles Mário de Andrade e Tarsila do Amaral, se encantaram com seu casario colonial. 
Centro da mineração no século dezoito, Prados tem tradição na arte santeira e em selas artesanais. 
Mas se rendeu aos leões. 
Foi assim: um belo dia, apareceu por aqui um circo para lá de mambembe. 
E o povo se admirou ao ver um leão, ao vivo e em cores. 
Os artesãos passaram a cultuar o novo ídolo, esculpindo leões em toras de cedro. 
As peças ficaram famosas no Brasil e, agora, a bicharada está solta. 
São tatus, peixes, pássaros. 
Uma fauna de pau. 
Em São João Del Rei, os turistas tiveram uma forte impressão colonial da cidade. 
Isso por que, o que se cultiva aqui, é a tradição – e isso nem o súbito ar de modernidade do antigo arraial consegue empanar. 
Del Rei, São João carrega no nome. 
Quando os sinos das trinta e cinco igrejas badalam, só quem é da terra sabe por quem os sinos dobram.
Pelos postes colam-se jornais diários com as notícias de São João e do mundo. 
O barroco, ora, o barroco não é só isso que se vê nas construções. 
É também o que se ouve graças às liras bicentenárias que cantam nas igrejas e nas tradicionais procissões, que de tão tradicionais, oram até pela paz das almas penadas. 
Ademais, com relação aos sinos, a linguagem é pura badalação: o sino repica e a cidade fica de orelha em pé. 
Se dobra quatro horas sem parar, o mais longo dos avisos, o papa morreu. 
Os horários das missas, das procissões e até óbitos se conhecem pela voz dos sinos. 
Se a morte é de uma criança, soa o repique dos anjos – três pancadas. 
‘Eles tocam a alma’ – relata Édson Benevides, sineiro a vida toda, inclusive na Igreja do Pilar. 
Parou há tempos, por causa do coração. 
Por ter vivido por toda a vida tocando sinos, todos eles têm nome, e Édson se lembra do Jerônimo, um sino que foi preso em 1930, e condenado à fundição, por que matou o sineiro com uma pancada. 
De seu bronze nasceu o Francisco, que badala na torre da igreja de seu santo. 
Blém, blom!  

O esquilo (também conhecido como caxinguelê) é um mamífero da Ordem Rodentia (mamíferos roedores), enquanto o Serelepe (também conhecido como colugo ou lêmure voador) é na verdade um mamífero marsupial da família Falangerídeos.
Esquilo | Caxinguelê | Serelepe | Colugo
www.ninha.bio.br › biologia › esquilo.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 4 – REGIÃO SUDESTE - CAPÍTULO 23

Ao chegarem em Vitória, capital do estado do Espírito Santo, os turistas foram ver o Palácio Anchieta.
A construção iniciada em 1551, já foi colégio, igreja e hospedou os governadores gerais Tomé de Souza e Mem de Sá, o Imperador Dom Pedro II, e vários presidentes. 
Hoje é sede do governo. 
As janelas com arcos mostram o estilo colonial, alterado por várias reformas. 
Nos fundos, o túmulo com parte dos restos mortais do Padre José Anchieta. 
Na Igreja de São Gonçalo, os turistas observaram a construção de 1766, em estilo colonial jesuítico.
Pequena e branca, com janelas azuis em arco. 
Na lateral, há dois sinos que badalam há muitos anos. 
Na Catedral Metropolitana, os viajantes observaram uma edificação construída no século XX, em estilo gótico, com quinze vitrais franceses retratando os apóstolos e motivos bíblicos. 
No Convento de São Francisco, os turistas observaram uma construção em estilo colonial, construída entre 1744 à 1784. 
No pátio interno, foram encontrados restos mortais de missionários franciscanos. 
Mais conhecido como ‘Ruínas do Convento’, por causa da má conservação. 
Mais tarde, passeando pela Capela de Santa Luzia, os turistas se depararam com uma construção pequena e caiada, sobre um grande rochedo, que domina a paisagem desde de 1551. 
Primeira construção da cidade, esteve em reforma até 1996. 
Ao passarem pela Igreja do Rosário, os viajantes observaram uma construção no topo de um morro a partir de 1765, em estilo colonial. 
Para se chegar até ela, é necessário fazer uma penitência, e caminhar noventa e cinco degraus na escadaria. 
Após, os turistas foram conhecer o Teatro Carlos Gomes. 
Trata-se de uma réplica menor do Scala de Milão, construído em 1927. 
Tem escadas e grades dos camarotes de ferro fundido italiano. 
Na Curva da Jurema, os turistas avistaram uma praia urbana e artificial, que nasceu de um aterro. 
Tem coqueiros, castanheiras e barzinhos. 
Suas ondas fracas, são ótimas para banhos. 
Na Praia do Camburi, os turistas constataram que esta recebe toda a poluição do Porto de Tubarão. 
Mas é boa para um ‘cooper’, bate-bola à noite nos campos iluminados, cervejinha e bate-papo nas dezenas de quiosques. 
No dia seguinte em Castanheiras, os turistas se encantaram com a praia de águas calmas, ideal para a criançada. 
Em cada ponta, as Praças dos Desejos e dos Namorados, equipadas com pista de ‘cooper’, skate, patinação, quadras e campos de futebol soçaite. 
No Morro da Fonte Grande, os turistas se deslumbraram com um conhecido mirante. 
Deste local, têm-se uma vista panorâmica de Vitória e Vila Velha. 
Aqui, estão instaladas as torres de TV e rádio da cidade. 
Visitando o Solar Monjardim, os turistas conheceram a residência rural do século passado que pertenceu a família Monjardim, tradicional da cidade. 
Hoje, a localidade é um museu, com exposição de fotos e documentos históricos. 
No Porto de Tubarão, os turistas constataram que tudo é gigantesco, no maior porto exportador de minério de ferro do mundo. 
O cais, que se espalha por vinte quilômetros quadrados, se parece mais com uma cidade, pois possuí edifícios, ruas asfaltadas e até semáforos, por onde circulam mais de três mil veículos e sessenta linhas de ônibus. 
Dez mil pessoas trabalham ali. 
Caçambas carregam de uma só vez, setenta toneladas de minério, que são levadas de um lado para o outro, em cento e trinta quilômetros de esteiras rolantes. 
A cada ano, a Companhia Vale do Rio Doce exporta oitenta milhões de toneladas de minérios. 
Para dar conta delas, mais de mil navios atracam por ali. 
Sem contar os trens que chegam abarrotados, principalmente de Minas, e são descarregados por um sofisticado sistema automatizado. 
Monitoradas por técnicos da Vale do Rio Doce, as visitas precisam ser marcadas com antecedência.
Mais tarde, os turistas, ao chegarem em Vila Velha, trataram logo de conhecer a Igreja do Rosário.
Construída com pedras, no século dezesseis, em estilo colonial, é um encantamento! 
No Farol de Santa Luzia, os turistas observaram uma construção erguida em 1751, sobre as rochas. 
Ao fundo, navios esperam para atracar no Porto de Tubarão. 
Na Praia da Costa, os forasteiros aproveitaram muito bem seus três quilômetros de areia branca e limpa, e suas águas calmas e rasas. 
Após, na Praia de Itapuã, os turistas se depararam com mais um ponto de surfistas e dos pescadores, com suas banquinhas de peixe. 
Na Praia de Itaparica, os turistas descobriram que seus quilômetros intercalam trechos de areia escura e clara. 
O mar, verde e aberto, tem ondas boas. 
Vai ficar ainda mais urbana com os novos empreendimentos imobiliários à beira-mar. 
Passeando na Barra do Jucu, os turistas se encantaram com as dunas de areia amarela e grossa. 
Nos domingos rola um tambor de congo à beira-mar. 
Do Morro da Concha, se tem uma bela vista da Serra de Vitória. 
A Madalena da música de Martinho da Vila, virou nome da ponte e acesso ao Parque Estadual do Jacarenema, na foz do Rio Jucu. 
Área de Mata Atlântica preservada, com garças, marrecos e jacupembas. 
Na Ponta da Fruta os viajantes se depararam com dois quilômetros de praia larga, areia grossa, mar verde e manso. 
A seguir, os forasteiros foram assistir a Bandas de Congo. 
O sinal de fumaça nos fins-de-semana na Praia Barra do Jucu, é aviso de som afro das bandas de congo.
Os músicos esquentam o couro de seus tambores na fogueira. 
E a praia pega fogo. 
Eles se vestem de branco e marrom, e seguem à risca a tradição de seus pais: dançam ao redor do mastro, agitam triângulos, reco-recos, cuícas e tambores cantam em coro. 
Por fim, os turistas foram comprar anéis de casca de coco, artigos religiosos e estatuetas feitas de conchas, nas lojas da entrada do Convento da Penha. 
Dias depois, em Guarapari, os turistas constataram que é Deus no céu e o mar na Terra. 
O lema exagerado de alguns pescadores e timoneiros de Guarapari, não podia ser diferente para quem vive navegando nestas águas tão verdes e cristalinas. 
O Padre Anchieta chegou a estas praias em 1585, e fundou Guará Parim – garça manca, em tupi. 
Para erguer sua igrejinha, escolheu um trecho do litoral capixaba todo recortado por morros, falésias e arrecifes, num cenário cinematográfico com mais de vinte praias, onde os guarás, aves pernaltas e vermelhas, viviam em bandos pelas lagoas e mangues. 
Até hoje, a beleza do litoral, e sua areia monazítica medicinal, atraem milhares de banhistas. 
A praia é território dos vizinhos mineiros e dos turistas de terceira idade ou não, que vêm em busca de sol, ou de cura para o danado do reumatismo. 
É nessa localidade que existe uma história curiosa. 
O prefeito Juca Brandão construiu o cemitério e não conseguia inaugurá-lo. 
O tempo passava e ninguém morria. 
Em 1916, dez anos depois, a cidade enfim, viu um ataúde descer à cova. 
Mas a façanha não foi simples. 
Para inaugurar o cemitério São João Batista foi preciso tomar emprestado um defunto da vizinha Benventes, atual Anchieta. 
‘Aliás, um defunto da pior espécie, um molambo...’ – atacou um vereador da oposição, durante o ato solene. 
Folclore à parte, assim nascia a personagem do Prefeito Odorico Paraguaçu, que inspirou Dias Gomes a escrever a novela ‘O Bem Amado’. 
Ademais, a fama de saudável, vem de longe, mas só em 1898, foi desvendado o segredo: a areia monazítica das praias Guarapari, considerada medicinal. 
Pequenas quantidades de tório e urânio em sua composição, garante o teor radiativo e terapêutico de seus grãos amarelados, marrons e negros. 
Não estranhe ao deparar com banhistas rolando pelas Praias da Areia Preta, do Meio, das Castanheiras, ou das Virtudes. 
Esses croquetes de praia procuram cura para casos de artitres, nevralgias, doenças musculares e perturbações digestivas. 
Dizem que é tiro e queda. 
A areia ‘atômica’ de Guarapari também é um ótimo remédio para quem anda exausto e estressado com o corre-corre urbano. 
Em Piúma, os forasteiros se encantaram com fascinante artesanato de conchas, e a Praia de Coqueiral, ótima para crianças. 
Surfistas ficam na foz do Rio Piúma e pegam as ondas da Boca da Barra. 
Em Itaúnas, o mar surpreende, e às vezes, seu azul parece misturar-se ao do céu – é quando as nuvens bojudas e brancas bóiam na água. 
A natureza é a principal atração de Itaúnas. 
Ela se exibe em paisagens exuberantes que vão se entremeando sem parar, por vinte e quatro quilômetros de costa, no extremo norte do estado. 
E tome ecossistema. 
Rios, pântanos, lagoas, mangues, praias e matas a perder de vista. 
Capivaras, lontras, tatus, jacarés-do-papo-amarelo, quatis, jaguatiricas e preguiças são habitantes nativos e cativos desse paraíso. 
No ar, aves de montão: garças, irerês, jacupembas, marrecos. 
E frutas, muitas frutas – cambucá, pitanga, araçá, caju e mangaba –, que se oferecem entre jacarandás, cedros e sapucaias. 
Com tanta beleza assim, ainda sobra espaço para mais uma miragem digna de deserto: as famosas dunas de Itaúnas, enormes e claras, tomam conta de uma faixa de três quilômetros de praia. 
O paredão de trinta metros de altura separa o mar da pacata vila de Itaúnas, de casas de pau-a-pique e ruas de terras. 
A ordem é rolar encosta abaixo. 
Os mais valentes arriscam uma espécie de esqui na areia, e lá do topo escorregam sobre pranchas de madeira e papelão. 
Quando venta, acontece uma leve tempestade de areia, e as dunas dançam graciosamente, amontoando seus grãos amarelos-claros em novas paisagens. 
A cada ano, de metro em metro, elas se aproximam mais da nova vila. 
De vez em quando esse baile revela um pedaço do frontão da Igreja de São Benedito, da antiga vila que jaz soterrada pelas areias há duas décadas. 
Os moradores já se acostumaram com os caprichos das dunas. 
Só os mais velhos lamentam por não poder cultuar seus antepassados: o antigo cemitério foi enterrado junto com a velha vila. 
O Rio Itaúnas abraça com suas águas escuras o vilarejo e corre paralelo ao mar, formando lagoas cheinhas de peixes e pássaros. 
Entre um mergulho e outro, passeios de canoa, caminhadas pelas trilhas na Mata Atlântica e na restinga, cavalgadas pelos alagados até a foz do Riacho Doce, na divisa com a Bahia. 
Nos fins de tarde, de setembro à março, o espetáculo de centenas de tartaruguinhas recém-nascidas em carreira desabalada, e desajeitada pela praia rumo ao mar. 
É a época da desova das tartarugas marinhas na base do Projeto Tamar em Itaúnas. 
Religiosamente, a cada anos, cerca de duzentas fêmeas da espécie Caretta-Caretta e apenas cinco da Dermochelys Coriacea, a tartaruga gigante, vêm botar nessas areias seus ovos redondos e brancos, como bolinhas de pingue-pongue. 
E preservam sua espécie, como tudo por aqui.

Penelope superciliaris, conhecido popularmente pelos nomes jacupemba, jacupeba, jacupema e jacu-velho, é uma ave craciforme da família dos cracídeos. Ocorre do Sul do estado brasileiro do Amazonas ao estado do Rio Grande do Sul e Paraguai.
Jacupemba – Wikipédia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org › wiki › Jacupemba.

Areia monazítica é um tipo de areia que possui uma concentração natural de minerais pesados, podendo ocorrer ao longo do litoral e em determinados trechos de rios. No Brasil, o local de maior concentração de areia monazítica é o balneário de Guarapari, no Espírito Santo. Wikipédia.

A Dendrocygna viduata, popularmente irerê ou bichichi na Bolívia, é uma espécie de marreca encontrada na África tropical, nas Antilhas e na América do Sul. Wikipédia.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.