Poesias

quarta-feira, 10 de junho de 2020

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 67

CAPÍTULO 67

 Em Aracaju, os turistas foram visitar a Catedral Metropolitana.
Na Praça Olímpio Ramos, levou treze anos para ser concluída em 1875, e foi reformada neste século. Isso talvez explique seu estilo neogótico e neoclássico.
Belíssimas pinturas no interior, como a de Nossa Senhora da Conceição, os deslumbraram.
Na Igreja de São Salvador, construída logo depois de Aracaju tornar-se a capital, em 1855, os turistas conheceram um pouco mais sobre a história da cidade.
A igreja já foi a matriz da cidade.
Merece destaque a imagem de Nosso Senhor dos Passos, numa capela à direita da nave.
Ao visitarem a Igreja de Santo Antônio, na Colina de Santo Antônio, os turistas descobriram onde se estabeleceram os primeiros habitantes de Aracaju.
Neogótica, a igreja teve seu interior descaracterizado por reformas.
O altar-mor exibe um painel representando a descida do Espírito Santo sobre a Virgem Maria e os Apóstolos.
Na Ponte do Imperador, os viajantes descobriram que ela fora construída sobre o Rio Sergipe em 1860 para receber Dom Pedro II.
Contudo, não leva a lugar algum, cumprindo apenas, o papel de mirante.
Ao passarem na rua vinte e quatro horas, os turistas visitaram uma Antiga Escola Normal que foi transformada em galeria, com lojas de artesanato, bares e choperia.
No Museu Histórico e Geográfico, os turistas observaram vários fósseis, entre eles, o de uma preguiça gigante.
Espiaram também, as igaçabas (urnas funerárias indígenas).
Além disso, também viram fardas da época da Segunda Guerra Mundial.
Já no Museu Rosa Faria, na casa da artista plástica Rosa Faria, os rapazes se admiraram com as belas pinturas em prato, travessas e azulejos com paisagens, motivos históricos e personagens ilustres.
Mais tarde, foram até a Praia Atalaia Velha, que mais parece um grande clube à beira-mar, já que a vida de Aracaju gira em torno de sua orla, reurbanizada e ocupada por um largo calçadão repleto de bares, restaurantes, playagrounds, chuveiros eletrônicos, quadras de esporte e quiosques de venda de coco – e é no formato da metade de um coco gigante com cobertura de sapé.
Seus seis quilômetros de extensão foram decorados com abóbodas pastilhadas e arcos de diversos tamanhos.
Na Praia Aruanã, suas areias escuras e vários quiosques, são convidativos para os viajantes.
Na Praia do Robalo, de águas quentes – 27 graus Celsius –, com dunas, coqueiros e vegetação rasteira, os turistas se divertiram bastante.
Depois, na Praia do Refúgio, os viajantes se depararam com uma faixa de areia escura, com dunas e coqueiros.
Na Praia do Mosqueiro, na Barra de São Cristóvão, junto à foz do Rio Vaza Barris, os turistas aproveitaram para passear de barco pelas ilhas próximas.
Já no Parque dos Cajueiros, os rapazes puderam se divertir em uma ampla área de lazer de setenta e quatro mil metros quadrados.
Lá se tem livre acesso para as quadras esportivas – futebol, tênis, vôlei – parque infantil, cidade mirim, ciclovia, bares, restaurantes, quiosques e churrasqueiras.
Paga-se apenas para freqüentar o complexo aquático, dotado de três piscinas e toboágua (com queda de vinte metros).
Às quintas-feiras, shows noturnos gratuitos com grupos locais de forró.
Quanto a esta última parte, os turistas mais do que depressa, aproveitaram para curtir os agitos noturnos da cidade.
Mais tarde, assistiram ao Pré-Caju.
Em fevereiro, quinze dias antes do Carnaval, trios elétricos da Bahia animam os foliões por cinco dias.
No Carnaval porém, Aracaju descansa.
Com relação as Festas Juninas.
Os sergipanos gostam tanto de festa junina que acham qualquer pretexto para festejar antes do tempo.
Por essa razão, Aracaju faz grandes forrós, como o ‘Quebra Púbis’ e ‘Butando na Bureta’, organizados pelos alunos da Universidade Federal.
Além disso, a Casa de Shows Gonzagão reúne vinte mil pessoas em seus bailes.
Também tem muita festa no Forródromo.
A seguir, os turistas, passando pela Praça Tobias Barreto, se depararam com redes, cerâmicas, rendas e bordados, na feirinha da orla da Atalaia Velha.
Após, visitaram Laranjeiras.
Fundada em 1570, levou dois séculos para virar uma próspera vila, durante o ciclo açucareiro.
É desse tempo doce que ela guarda suas recordações.
O Casario da sinuosa Rua Direita, a Capela de Sant’Aninha, de 1875, e seus mosaicos de ouro e imagens de porcelana do século XVIII, e o Trapiche, atual Centro de Tradições, que concentrava o comércio de escravos.
Este último, serviu como cenário para a gravação da minissérie ‘Tereza Batista’, de Jorge Amado.
Depois, os viajantes foram conhecer a cidade de São Cristóvão.
Primeira capital do estado e a quarta cidade mais antiga do Brasil.
No Museu de Arte Sacra, considerado notável no gênero, com suas imagens de Cristo – com barba e cabelo, sem cabelo, com ou sem bigode, os turistas conheceram um pouco mais sobre a cultura e o artesanato da região.
Após, no Museu de Ex-Votos, os turistas observaram coroas de espinho, pernas, braços e cruzes de madeira – todas usadas pelos devotos no pagamento de promessas e até caderninhos de estudantes que obtiveram a graça de passar de ano.
No Museu Histórico de Sergipe, no antigo Palácio do Governo, e com sala dedicada a Lampião – morto em Sergipe em 1938 –, os viajantes puderam ver as roupas e objetos usados por ele e por seu bando, bem como outros detalhes.
Já no Convento das Monjas Beneditinas, os turistas se fartaram saboreando os biscoitinhos de manteiga preparados pelas freiras.
Dias depois, no Centro Histórico de Estância, os turistas observaram sobrados e casarões coloniais decorados de azulejos portugueses.
Na Praia de Abaís, com quase vinte quilômetros de extensão e trechos com dunas, os viajantes constataram que esta, com ondas fortes, é o lugar ideal para surfistas.
Em Lagoa Grande, os rapazes, conheceram a represa de águas mornas e transparentes, que fica próxima ao mar.
Já em Enseada do Saco, os viajantes puderam apreciar um mar tranqüilo, com muitos recifes, dunas e coqueiros.
Mais tarde, foram assistir a Festa de São João.
Um dos mais tradicionais espetáculos com fogos de artifício do país.
Oficialmente, tudo começa no dia 31 de maio com a salva da meia-noite e o hasteamento da bandeira de São João em praça pública.
Daí para a frente, a cidade cai no forró, e nesse arrebatamento fica até o dia 10 de junho, quando acontece a ressaca junina.
Durante a festa, as casas se enfeitam e, na porta de quase todas, uma fogueira arde.
Os postes são ornados de bandeirolas coloridas e palhas de coqueiros.
A praça vira um alegre arraial, com sanfoneiros rasgando xotes, xaxados e baiões.
Com isso, enquanto o povo dança – um arame de trezentos metros é esticado.
Ele vai sustentar o fogo que cruza a praça pra lá e pra cá, impulsionado por rojões e buscapés.
A tradição da festa é secular e mantida de pai para filho.
Depois, os turistas compraram bolos e doces caseiros, ainda na Festa de São João.
Entre eles estavam – doce de banana e de leite, bolo de macaxeira, milho-verde, biscoito de tapioca, sequilhos e pamonhas.
Além disso, no centro de Estância, existem lojas que oferecem esses produtos o ano inteiro.
No dia seguinte, os turistas foram passear em Mangue Seco, a qual é baiana de fato e sergipana de direito.
A região foi descoberta em 1989, quando serviu de cenário para a novela ‘Tieta do Agreste’, da Rede Globo, baseada no romance de Jorge Amado.
Rapidamente, virou a praia mais procurada por sergipanos, baianos e demais forasteiros.
A vila de pescadores fica diante do Rio Real e só se chega a ela de canoa ou barco.
A praia é mais afastada, a cerca de dois quilômetros, junto à foz do rio.
Animados com o passeio pela cidade, os turistas se deslumbraram com as belezas e encantos da Pousada do Padre.
Isso por que, além de ser o lugar onde estavam hospedados, os rapazes constataram que a Estrela Tropical, não é uma pousada comum.
Encravada entre coqueiros no vilarejo de Porto do Mato, litoral sul de Sergipe, é uma das melhores da região.
Quem construiu e toca a pousada, com a ajuda da comunidade, é o padre austríaco Humberto Leeb.
Por isso ela é conhecida como a Pousada do Padre.
Antes porém, de chegar aqui, o missionário já havia passado por Biafra, Vietnã e Rio de Janeiro, onde conheceu a sergipana Joana Batista Costa.
Pelas mãos dela, veio parar em Porto do Mato.
Conseguiu verbas da Áustria e da Alemanha, comprou terras, fundou o Centro Social e Pastoral Esperança de Deus, e criou uma indústria de blocos de concreto, marcenaria, lavanderia, padaria, escola, e centro de formação profissional.
Há oito anos, decidiu construir a pousada, que funciona como uma escola de turismo, com piscina, salão de beleza, restaurante e trinta e oito suítes simples, com ar-condicionado.
Depois, despediram-se da região e rumaram, para Alagoas.
Em Maceió, conheceram a Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres.
Com planta do arquiteto francês Auguste Montigny (o mesmo que projetou a Candelária no Rio de Janeiro), foi inaugurada em 1859 na presença de Dom Pedro II e sua esposa, Tereza Cristina.
O altar-mor é de cedro.
A capela do Santíssimo Sacramento tem feitio renascentista.
A igreja virou catedral metropolitana em 1900, por decisão do sumo pontífice.
Na Igreja Bom Jesus dos Martírios, os turistas puderam observar que a construção, de 1881, possuí fachada recoberta de azulejos portugueses com desenhos azuis.
No interior, destaque para oito lustres de cristal que iluminam a igreja.
Fica diante do Palácio do Governo.
Mais tarde, ao passearem pela Igreja de Nossa Senhora do Livramento, os turistas puderam apreciar, uma construção de arquitetura neoclássica.
Construída no início do século passado, possuí, no teto da nave, uma grande pintura da Imaculada Conceição.
Admirados, apreciaram cada detalhe da construção.
Porém, ao saírem da igreja, os turistas, famintos que estavam, avançaram nos tabuleiros das boleiras, que sempre estão por perto, com seus pés-de-moleque, broas de milho e bolos de macaxeira.
Ao passarem no Museu de Arte Pierre Chalita, os turistas se depararam com um acervo de imagens e quadros de arte sacra e profana dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, de artistas brasileiros e internacionais, entre os quais ‘Nascimento de Vênus’, de Guido Reni, ‘Ressureição de Cristo’, de Rafael Sanzio, uma ‘Madona’ atribuída ao ateliê de Leonardo da Vinci, além de pinturas creditadas a Tiziano e Caravaggio.
No Museu Histórico e Geográfico, os turistas puderam observar as inúmeras peças de arqueologia e etnografia indígena amazônica do final do século XIX, objetos de culturas afrobrasileiros dos antigos terreiros de Maceió – fetiches, instrumentos musicais, roupas e paramentos de cultos de diversos orixás – e uma estante com armas e objetos que pertenceram a Lampião e seus ‘cabras’.
No Mirante de São Gonçalo, situado no Bairro do Farol, os turistas puderam admirar a vista da parte mais alta da cidade, e a mais bonita dos bairros, que vai do porto e da praia de Sobral.
Na Praia Pajuçara, a maior atração é o passeio de jangada até a piscina natural que se forma durante a maré baixa entre bancos de areia e arrecifes, a dois quilômetros da costa.
Mais de duzentas jangadas se concentram diante do hotel Pajuçara Othon e levam os turistas até o local, que chega a medir duzentos metros de comprimento e vinte e cinco metros de largura.
Nos finsde-semana, Pajuçara ganha bares flutuantes nas jangadas que servem bebidas e tira-gosto.
Na alta temporada, na piscina natural, há apresentações de banda de pífanos e de grupos de forró.
Mas o mais engraçado é a telejanga, uma jangada amarela equipada com um orelhão com telefone celular à base de energia solar, que pode ser usado com cartão.
Nos momentos de pico, forma-se uma fila de turistas com o mar pelo joelho, para cantar a família a emoção do momento.
Outra coisa em Pajuçara: o Quiosque Recanto Turístico, que fica em frente ao ponto das jangadas, criou o chuveiro eletrônico – o banhista compra uma ficha e toma um minuto de boa ducha na calçada.
Todos os dias, no calçadão, há feira com duzentas barracas de palha, que vendem, artesanato de renda, barro e couro.
Nos domingos, a prefeitura fecha a avenida da praia só para os pedestres.
Na Praia da Ponte Verde, os turistas se encantaram com um calçadão que tem pista para ciclistas, e acaba funcionando só como pista de cooper e caminhada.
Praia de mar manso e cheia de coqueiros, outrora existiu por estas paragens, Gogó da Ema, coqueiro que marcou época como símbolo turístico de Alagoas.
Ponto de encontro dos jovens e descolados.
Mais tarde na Praia de Sobral, que começa no porto como Praia da Avenida, os viajantes se deslumbraram com uma larga faixa de areia branca.
Contudo, não é indicada para banhos por que é poluída pelo Rio Salgadinho, o único que deságua diretamente no mar.
Os surfistas, no entanto, ignoram a poluíção.
No Jatiúca, o seu mar sereno, com ondas tranqüilas, belos coqueiros e muitas jangadas rústicas, convidam a um belo passeio.
Já no Pontal da Barra, no final da restinga de Maceió, no extremo sul da cidade, os turistas observaram o encontro das águas da Lagoa Mundaú e do Atlântico.
Nesta praia selvagem, de mar forte, correntezas e belíssimo pôr-do-sol, os turistas ficaram algum tempo.
Mais tarde, foram passear pela Lagoa Mundaú.
Lá, vários saveiros fazem o passeio pela lagoa e navegam entre os canais formados por suas nove ilhas até a Barra Nova, onde a lagoa se encontra com o mar.
Ali, os pescadores podem ser vistos em suas canoas ou então, caminhando pelas áreas mais rasas à cata de crustáceos que vivem na lama do fundo da lagoa, e são especialidades da culinária de Maceió, como o sururu, o massunim, taioba e a unha-de-velho.
Em seguida, os cinco viajantes foram assistir o Reisado.
Pelas ruas da cidade, grupos compostos de um rei, uma rainha, um secretário, um vassalo, dois embaixadores, palhaços, músicos, cantores e dançarinos anunciam a chegada do Messias e homenageiam os reis magos.
Usam saiotes de cetim florido, chapéus enfeitados de espelhos, flores artificiais e fitas.
Depois os turistas foram comprar peças de artesanato em madeira, cerâmica e palha no Mercado do Artesanato.
No tocante ao trabalho das rendeiras, o mesmo se encontra a venda no Pontal da Barra ou na feirinha do Pajuçara.
A seguir, os turistas foram visitar o Murici.
Pequeno município a quarenta e quatro quilômetros de Maceió, é procurado por fãs de asa-delta e da ecologia, por conta da Reserva da Mata Atlântica, onde há cachoeiras para banho, bicas de água mineral e cavernas.
No dia seguinte, os turistas foram conhecer Paripiqueira.
O nome indígena define: praia das água mansas.
Ali ainda persiste uma vila de pescadores, muito embora tenha sido tomada de assalto pelos estrangeiros, ou como dizem seus moradores: Pelo pessoal da fala enrolada.
Todavia, o casal mais famoso do lugar, é um casal de peixes-bois Lua e Astro, que vivia em cativeiro e foi solto no mar, após um longo trabalho de adaptação.
Eles, de tão mansinhos, brincam com os turistas.
Na Barra de Santo Antonio, os turistas pegaram a balsa e atravessaram o Rio Santo Antônio até a Ilha de Croa – um povoado de pescadores no meio de coqueiros e mangueiras, com bares rústicos que servem frutos do mar.
Mais tarde os turistas foram conhecer a Praia de Carro Quebrado, e seu vasto coqueiral e a de Tabuba, na foz do Rio Sapucaí, com jangadas à disposição dos turistas.
No Passo de Camaragibe, os viajantes se depararam com um povoado repleto de casinhas de taipa e sapé, coqueirais, rios, lagoas e manguezais.
As Praias do Camaragibe – a do Marceneiro e do Morro – são as mais selvagens e claras.
Aqui e acolá, aparecem uma ou outra jangada.
Na Pracinha do Passo há uma imagem do Padim Cícero protegida por uma redoma de vidro.
Em São Miguel dos Milagres, os viajantes descobriram que este é um dos mais antigos povoados de Alagoas, colonizado na época da invasão holandesa, quando os moradores de Porto Calvo deixavam a cidade em busca de um lugar seguro.
Ali as praias são cristalinas e movimentadas nos fins-de-semana.
As casas simples dos pescadores, com suas canoas e redes, contrastam com as casas de veraneio, que aos poucos conquistam a orla.
Em Porto de Pedras, os turistas nadaram em águas tranqüilas, de pequena profundidade.
Na Praia de Croa do Tubarão, os rochedos transformam o mar numa bela praia natural.
As praias de Patacho e Tatuamunha são as escolhidas pelos namorados.
Paisagem rica em manguezais e coqueirais, às margens do Rio Manguaba.
Na cidade, a Igrejinha de Nossa Senhora da Piedade apresenta uma parede com um dragão azul em relevo, que ninguém sabe como apareceu.
Dizem que aqui, Calabar, considerado traidor da coroa portuguesa, teria servido de guia na invasão holandesa.
Em Japaratinga, município de praias de mar calmo e areias brancas, povoadas de vilarejos, foi outro ponto de parada dos turistas.
Na Barreira do Boqueirão, a erosão marinha provocou falésias de até cinqüenta metros de altura, e suas areias tem cores distintas. Na pracinha à beiramar, duas fontes de água natural- uma para ela, outra para ele.
Segundo o folclore da vila, o banho misto é proibido por que tira o poder de cura das águas nos problemas de pele.
Japaratinga, também é apreciada para acampamentos selvagens.
A seguir os turistas rumaram para Maragogi.
A meio caminho de Recife, é o segundo pólo turístico de Alagoas e dispõe de boa infra-estrutura.
Mar de águas calmas, praias extensas, muitos coqueiros e inúmeras piscinas naturais.
Procurada para esportes náuticos – caiaque, jet-ski, windsurf.
Alguns antigos engenhos de açúcar viraram atração turística, como o Marrecas de São Gonçalo, com a preservada casa do senhor de engenho do século XVIII.
Sinta-se pois, um verdadeiro coronel e ordene aos criados que toquem a charrete entre os canaviais e a mata atlântica para um belo banho de bica.
Dias depois, os cinco rapazes, sequiosos de conhecerem novos lugares, foram conhecer a região de Penedo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sururu

Amêijoa – Wikipédia, a enciclopédia livre
Massunim de pt.wikipedia.org
... plural de "vongola") embora também sejam chamados regionalmente de marisco-pedra, massunim ou berbigão. A amêijoa apresenta trinta por cento a mais ...

https://www.facebook.com/permalink.php?id=293710058192680&story_fbid=384425115787840 Unha de Velho.

https://www.google.com/search?q=taioba&oq=taioba+&aqs=chrome..69i57j0j46j0l5.2789j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-
Taioba

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 66

CAPÍTULO 66 

Com isso, encerrou-se a aventura pelo rio, e os turistas agora em terra firme, aproveitaram para conhecer o lado mais pitoresco da região.
Assim, em Bom Jesus da Lapa, visitaram a Gruta do Santuário.
A gruta do Morro da Lapa, onde ficou o ermitão Francisco Mendonça Mar, guarda uma igreja, e como prova de fé, milhares de ex-votos trazidos pelos romeiros do vale.
No Morro da Lapa, os viajantes subiram ao topo da massa de pedra cálcarea de novecentos e cinqüenta metros de comprimento e noventa de altura, bem no centro da cidade, para verem como cresceu Bom Jesus da Lapa.
Depois, ávidos por conhecerem as belezas naturais da localidade, conheceram algumas das quinze grutas que se espalham no penhasco às margens do rio, entre elas a de Nossa Senhora da Soledade, da Ressurreição, de São João Batista e, como não podia ser diferente, de São Francisco.
Em seguida, assistiram a Festa do Bom Jesus.
Principal festa da cidade santuário, inclui cavalhadas e romarias.
Por fim, compraram peças de barro e madeira, com destaque para as carrancas e imagens de santos dos mestres Cosme Duarte e Nenzinho.
Em Juazeiro, os viajantes, visitaram o Museu Regional de São Francisco.
Lá, tudo o que os rapazes queriam ver sobre o Velho Chico, e não sabiam onde encontrar, acharam ali.
Na Catedral de Nossa Senhora das Grotas, os turistas descobriram que a cidade se desenvolveu em torno dessa igreja de linhas neogóticas, inaugurada em 1854 e respeitada até por Lampião.
Na Ilha do Fogo, à tarde, rio e sol se confundem numa paisagem de fogo – daí o nome.
A ilha apóia a Ponte Presidente Dutra, que une Juazeiro a Petrolina, e vale pelas praias à beira-rio.
Na Ilha do Rodeadouro, os cinco viajantes constataram que ela é circundada com praias paradisíacas, com dezenas de barraquinhas e infra-estrutura adequada para brincar de Robinson Crusoé do século XX.
Na Barragem do Sobradinho, no município de mesmo nome, este abriga o maior lago artificial do mundo, com quatro mil quilômetros quadrados de área e trezentos e cinqüenta e quatro quilômetros de extensão.
Ali, cidades como Remanso, jazem sob trinta e quatro bilhões, e dois milhões de metros cúbicos de água.
Na Cachoeira do Salitre, a caminho da barragem do Sobradinho, os turistas percorreram quarenta quilômetros, depois, pararam à margem do Rio Salitre e se depararam com um cenário refrescante – apesar do salitre.
Já na Gruta do Convento, no município de Campo Formoso, está a maior gruta do Brasil, com cinco mil e seiscentos metros de extensão e, de brinde, dois lagos bons para nadar.
Em Bom Jesus dos Navegantes, um cortejo fluvial parte com a imagem de Bom Jesus e retorna para a missa festiva na catedral.
De pai para filho desde 1750, é que essa tradição se perpetua.
Na Festa de Reis de Boi, os turistas conheceram uma espécie de bumba-meu-boi baiano, que leva um grande número de figurantes para as ruas da cidade.
No Carnaval, o maior do interior do Brasil, garantem os juazeirenses, que importam nomes da música baiana de Salvador, é um espetáculo à parte.
Na Semana Santa, cordões de penitentes vestem mortalhas brancas e se autoflagelam pelas ruas. Recomendada para os espíritos mais fortes, impressionaram os turistas.
Na Festa de São João, os viajantes puderam conhecer uma típica festa nordestina, com forró no começo, no meio e no fim.
Em Paulo Afonso, os turistas visitaram a Igreja de São Francisco, construída com pedras do Rio São Francisco.
Ao avistarem o Véu da Noiva, os turistas constataram que as águas do Rio São Francisco despencam no abismo, e se transformam na mais colossal cachoeira do nordeste, a de Paulo Afonso.
Em Saltos de Croatá e Capuxu, os turistas se deslumbraram com as quedas complementares da Cachoeira de Paulo Afonso, de setenta e cinqüenta metros, respectivamente.
Os viajantes, desejando vê-las em seus mínimos detalhes, utilizaram-se do teleférico.
Em Paulo Afonso IV, os turistas conheceram uma caverna futurista de oitenta e seis metros de extensão, onde estão os equipamentos de geração de energia da usina.
Depois, em Modelo Reduzido, se encantaram com a maquete com o complexo hidrelétrico de Paulo Afonso.
Em Belvedere, o florido ‘Jardim dos Namorados’, termina à beira de um dos trinta e seis lagos existentes na cidade.
No Momento ‘O Touro e a Sucuri’, inspirado no poema ‘Espumas Flutuantes’, de Castro Alves, os viajantes constataram que a memória do poeta é uma constante na região.
Na Furna do Morcego, existe uma gruta de quarenta e três metros de altura, quinze metros de largura e cento e cinqüenta metros de comprimento.
Este era um dos esconderijos preferidos do cangaceiro Lampião.
O acesso a região é difícil, mas dá para vê-lo de teleférico.
Passeio que os turistas não dispensaram, dada a dificuldade de se aproximar da região.
Em seguida, foram a Ilha do Urubu.
Formação rochosa com roseirais e minizoológico.
Lá se tem uma visão panorâmica da primeira usina hidrelétrica do Nordeste, a Angiquinho, construída por Delmiro Gouveia, desativada em 1960.
Em Balneário da Prainha, praia do Rio São Francisco, às margens da BR-110, com dezesseis quiosques de comidas típicas, os turistas puderam se fartar com a boa comida, e a espetacular paisagem.
Mais tarde, assistiram ‘Os Cangaceiros e a Volante’:
Durante o carnaval, chefiados por Lampião, grupos vestidos a caráter enfrentam a Volante – a polícia que combatia os cangaceiros.
No dia seguinte, assistiram a Copa Paulo Afonso de Velas.
Anualmente, competições náuticas do calendário nacional da Confederação Brasileira de Vela e Motor, acontecem na Praia do Lago.
Por fim, os viajantes foram conhecer a região do Raso da Catarina.
O raso é sertão, é deserto, e é bruto.
Por esta razão, foi refúgio natural de homens como Lampião e seu bando.
É um lugar de caatinga, de seca, de terríveis cobras e lagartos que se acostumaram a viver na solidão.
Por tradição, e somente em suas regiões periféricas, abriga alguns índios da nação Pancaré e um punhado de vaqueiros miscigenados – os únicos que tem desenvoltura para cavalgar na região.
Foi justamente por esta razão que os turistas foram conhecer a região, acompanhados destes valorosos homens.
E assim, percorreram as trilhas secas do raso.
O sertanejos, acostumados a viver na região, vestiam verdadeiras armaduras de couro – gibão, colete, botas e chapéu.
Foi desta forma, que descobriram os detalhes da região.
Como a árvore de pau-branco – de troncos e galhos inteiramente brancos, e em cuja galhada, sempre voltada para o poente, funciona como verdadeira bússola neste deserto.
Ou a do croatá – planta que retém, até quatro litros de água, no caule, verdadeiro cantil da natureza.
Desde de 1983, parte da beleza rude do raso, virou reserva ecológica.
Isso por que, no meio daquele solão, das jibóias, dos escorpiões e de sua vegetação espinhuda, desabrocham bromélias e orquídeas.
Irriquietos corrupiões – pássaros alaranjados na cabeça e rabo – debruçam-se para sorver o néctar do mulungu.
Nos galhos do pau d’arco, roxo-lilás, bandos de periquitos da caatinga fartam-se num banquete de flores.
E o único exemplar macho da ararinha-azul que vive em liberdade no planeta, faz seu ninho aqui.
Especialistas devolveram à natureza, uma fêmea que vivia em cativeiro para multiplicar a espécie.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Erythrina_mulungu

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 65

CAPÍTULO 65

Por fim, contou sobre a Onça Pé de Boi:
“Esse animal saí do círculo dos bichos fabulosos e imaginários, porque de fato existe.
No recesso daquela imensa e opulenta floresta, onde só se vêem céu e terra, longe dos lugares de vida, é a região onde se encontra a fera acima citada.
Perigosíssima no seu todo, pois, além de sua ferocidade, anda somente de casal, e quando se depara com o homem, o seu maior inimigo, trata logo de aniquilá-lo.
As possibilidades de vida, aí, são diminutas, a não ser que o infeliz desbravador tenha tempo de defender-se com as armas que carrega para a sua defesa, abatendo-os.
Mesmo que o homem consiga trepar-se numa árvore, no caso de não dispor de um rifle ou de bacamarte, é como se tivesse ele próprio lavrado a sua sentença, porque, enquanto ele tiver forças para permanecer agarrado aos galhos, esperando o momento oportuno para fugir, o casal de “onça pé de boi” não se afasta de sua presa, não deixa o tronco da árvore, vigiando atentamente a presa apetitosa.
Enquanto uma sai à procura de alimentação, a outra fica esperando que o prisioneiro desça à terra.
E assim demoram, até a queda do infeliz.
Se por acaso da sorte algum mateiro, no seu ofício de descobrir as enormes seringueiras que formam as estradas, passa por ali, a sua atenção é logo chamada para o rastro deixado na terra mole, pelo nocivo e perigosíssimo animal, visando os seus movimentos que já são feitos cuidadosamente.
Se o miserável prisioneiro ainda tem ânimo para gritar, atrai, com isso, a presença do experimentado mateiro, que já sabendo do perigo, se dirige para o local dos gritos, procurando, então, descobrir a fera, que tem as patas identicamente às de um boi gigante, afastando o seringueiro da catacumba sem cruz, que aqueles ferozes animais lhe preparavam”.73

73 (Francisco Peres de Lima, Folclore Acreano, 108-109, Rio de Janeiro, s. d., 1938). Há depoimentos da onça-boi no Amazonas (Geografia dos Mitos Brasileiros, 396).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 64

CAPÍTULO 64

Em seguida, comentou sobre a ‘Lenda do Companheiro do Fundo’:
“São entes sobrenaturais que se acredita habitar o fundo dos rios e dos igarapés ou dos poções.
Lá estão os companheiros do fundo, também chamados caruanis.
Habitam um reino encantado, espécie de mundo submerso.
O reino é descrito à semelhança de uma cidade, com ruas e casa, mas onde tudo brilha como se revestido de ouro.
Os habitantes desse reino do fundo dos rios têm semelhança com criaturas humanas.
Sua pele é muito alva, e os cabelos louros.
Alimentam-se de uma comida especial que, se provada pelos habitantes deste mundo, os transforma em encantados que jamais retornam do reino.
Os companheiros do fundo, agem como espíritos familiares dos pajés ou curadores.
A concepção desses companheiros é algo de vago para o leigo.
Alguns acreditam que sejam botos, considerados extremamente malignos.
Outros distinguem entre companheiros e botos, classificando estes últimos em uma categoria especial de seres encantados.
Uma ou outra concepção lhes atribui realidade, existência.
No primeiro caso, as criaturas tomam a forma de boto, mas, no fundo, têm mesmo a semelhança de humanos.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 


COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 63

CAPÍTULO 63

Depois o barqueiro comentou sobre a Cobra-Maria.
Animal fabuloso, cobra gigantesca, com poderes mágicos.
É uma variante local de Cobra Grande, a Mboia-Açu.71
É uma tapuia encantada em uma cobra.
Vejamos:
A filha de um pajé deixou-se levar pelo amor de um emigrante, concebendo dois filhos gêmeos:
José e Maria.
Quando o velho pajé soube do caso, calou-se.
Quando as crianças nasceram, matou a filha, e atirou-as na água, morrendo José.
Maria foi protegida da Iara e hoje faz tudo quanto quer.
Aparece sempre à noite.
Os seus olhos são como os de Anhangá, duas tochas de fogo.
Não tem ouvido falar numa cobra enorme, que derruba barrancos, afunda canoas, encalha navios e tem feito muitos valentes agonizar de fraqueza?
Pois é a Cobra-Maria.72

71 Lenda do rio Solimões, Amazonas.
72 (Quintino Cunha, Pelos Solimões, 322, Paris, sem data).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 62

CAPÍTULO 62

 A seguir o barqueiro contou a ‘Lenda da Cobra-Grande’:
É o mito mais poderoso e complexo das águas amazônicas.
Mágica, irresistível, polifórmica, aterradora.
“A Cobra-Grande, tem a princípio, a forma de uma sucuriju ou uma jibóia comum.
Com o tempo adquire grande volume e abandona a floresta para ir para o rio.
Os sulcos que deixa à sua passagem, transformam-se em igarapés.
Habitam a parte mais funda do rio, os poções, aparecendo vez por outra na superfície.
Durante nossa estadia em Itá, houve ocasiões em que nenhum pescador atreveu-se a sair para o rio à noite, pois em duas ocasiões seguidas foi avistada uma Cobra-Grande... pelos olhos que alumiavam como tochas.
Foram perseguidos até a praia, somente escapando porque o corpo muito grande encalhou na areia. Esses pescadores ficaram doentes do pânico e do medo da experiência que relatavam com real emoção.”70

70 (Eduardo Galvão, Santos e Visagens, 98-99, Brasiliana, 284, S. Paulo, 1955). Eduardo Galvão confirma a CobraGrande tornar-se navio encantado. Misabel Pedrosa disse-me que a Cobra-Grande mora debaixo do cemitério do Pacoval, na ilha de Marajó (1964).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 61

CAPÍTULO 61

Neste momento, o barqueiro começou a contar sobre a ‘Lenda do Cavalo-Marinho’: 
Trata-se de um animal encantado que vive no mar ou nos rios. 
De origem oriental, o cavalo-marinho, de resplandecente alvura, crinas e caudas de fios dourado, aparece nos contos tradicionais, e nos episódios narrados como pessoais. 
“É crença geral entre os índios, e que se foi transmitindo também à gente civilizada que por ali habita, que no cimo da colina existe um lago, que é habitado por um grande peixe, que tem as formas de um cavalo. 
Daí, pois, o nome de ilha do Cavalo-Marinho. 
Sendo ela toda de terra firme, isto é, não sujeita às inundações, de belo aspecto e de terreno próprio para a lavoura, é, entretanto, tal o terror que incute o fantástico monstro, que ninguém ousou ainda explorar a ilha, achando-se ela completamente deserta. 
No verão, e quando as praias mostram-se descobertas, encontram-se em diferentes pontos uns resíduos, nos quais notam-se ossos, cabelos, escamas, penas, etc. 
Dizem os índios que são as fezes lançadas pelo peixe misterioso.” 68 
Quem encontrar o Cavalo-Marinho ficará rico com os cabelos das crinas e caudas, todos de ouro puro e reluzente.69

68 Ocorre nas Mil e uma Noites (primeira viagem de Simbad) e há vários registros seus no Brasil. O Cônego Francisco Bernardino de Sousa (Lembranças e Curiosidades do Vale do Amazonas, 93, Pará, 1873) registra uma versão antiga, referente a uma olha denominada Cavalo-Marinho, no rio Uaicurupá, município de Vila-Bela-daImperatriz (hoje Parintins). 
69 Hipocampo: Monstro fabuloso, metade cavalo, metade peixe.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.