Poesias

quarta-feira, 10 de junho de 2020

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 66

CAPÍTULO 66 

Com isso, encerrou-se a aventura pelo rio, e os turistas agora em terra firme, aproveitaram para conhecer o lado mais pitoresco da região.
Assim, em Bom Jesus da Lapa, visitaram a Gruta do Santuário.
A gruta do Morro da Lapa, onde ficou o ermitão Francisco Mendonça Mar, guarda uma igreja, e como prova de fé, milhares de ex-votos trazidos pelos romeiros do vale.
No Morro da Lapa, os viajantes subiram ao topo da massa de pedra cálcarea de novecentos e cinqüenta metros de comprimento e noventa de altura, bem no centro da cidade, para verem como cresceu Bom Jesus da Lapa.
Depois, ávidos por conhecerem as belezas naturais da localidade, conheceram algumas das quinze grutas que se espalham no penhasco às margens do rio, entre elas a de Nossa Senhora da Soledade, da Ressurreição, de São João Batista e, como não podia ser diferente, de São Francisco.
Em seguida, assistiram a Festa do Bom Jesus.
Principal festa da cidade santuário, inclui cavalhadas e romarias.
Por fim, compraram peças de barro e madeira, com destaque para as carrancas e imagens de santos dos mestres Cosme Duarte e Nenzinho.
Em Juazeiro, os viajantes, visitaram o Museu Regional de São Francisco.
Lá, tudo o que os rapazes queriam ver sobre o Velho Chico, e não sabiam onde encontrar, acharam ali.
Na Catedral de Nossa Senhora das Grotas, os turistas descobriram que a cidade se desenvolveu em torno dessa igreja de linhas neogóticas, inaugurada em 1854 e respeitada até por Lampião.
Na Ilha do Fogo, à tarde, rio e sol se confundem numa paisagem de fogo – daí o nome.
A ilha apóia a Ponte Presidente Dutra, que une Juazeiro a Petrolina, e vale pelas praias à beira-rio.
Na Ilha do Rodeadouro, os cinco viajantes constataram que ela é circundada com praias paradisíacas, com dezenas de barraquinhas e infra-estrutura adequada para brincar de Robinson Crusoé do século XX.
Na Barragem do Sobradinho, no município de mesmo nome, este abriga o maior lago artificial do mundo, com quatro mil quilômetros quadrados de área e trezentos e cinqüenta e quatro quilômetros de extensão.
Ali, cidades como Remanso, jazem sob trinta e quatro bilhões, e dois milhões de metros cúbicos de água.
Na Cachoeira do Salitre, a caminho da barragem do Sobradinho, os turistas percorreram quarenta quilômetros, depois, pararam à margem do Rio Salitre e se depararam com um cenário refrescante – apesar do salitre.
Já na Gruta do Convento, no município de Campo Formoso, está a maior gruta do Brasil, com cinco mil e seiscentos metros de extensão e, de brinde, dois lagos bons para nadar.
Em Bom Jesus dos Navegantes, um cortejo fluvial parte com a imagem de Bom Jesus e retorna para a missa festiva na catedral.
De pai para filho desde 1750, é que essa tradição se perpetua.
Na Festa de Reis de Boi, os turistas conheceram uma espécie de bumba-meu-boi baiano, que leva um grande número de figurantes para as ruas da cidade.
No Carnaval, o maior do interior do Brasil, garantem os juazeirenses, que importam nomes da música baiana de Salvador, é um espetáculo à parte.
Na Semana Santa, cordões de penitentes vestem mortalhas brancas e se autoflagelam pelas ruas. Recomendada para os espíritos mais fortes, impressionaram os turistas.
Na Festa de São João, os viajantes puderam conhecer uma típica festa nordestina, com forró no começo, no meio e no fim.
Em Paulo Afonso, os turistas visitaram a Igreja de São Francisco, construída com pedras do Rio São Francisco.
Ao avistarem o Véu da Noiva, os turistas constataram que as águas do Rio São Francisco despencam no abismo, e se transformam na mais colossal cachoeira do nordeste, a de Paulo Afonso.
Em Saltos de Croatá e Capuxu, os turistas se deslumbraram com as quedas complementares da Cachoeira de Paulo Afonso, de setenta e cinqüenta metros, respectivamente.
Os viajantes, desejando vê-las em seus mínimos detalhes, utilizaram-se do teleférico.
Em Paulo Afonso IV, os turistas conheceram uma caverna futurista de oitenta e seis metros de extensão, onde estão os equipamentos de geração de energia da usina.
Depois, em Modelo Reduzido, se encantaram com a maquete com o complexo hidrelétrico de Paulo Afonso.
Em Belvedere, o florido ‘Jardim dos Namorados’, termina à beira de um dos trinta e seis lagos existentes na cidade.
No Momento ‘O Touro e a Sucuri’, inspirado no poema ‘Espumas Flutuantes’, de Castro Alves, os viajantes constataram que a memória do poeta é uma constante na região.
Na Furna do Morcego, existe uma gruta de quarenta e três metros de altura, quinze metros de largura e cento e cinqüenta metros de comprimento.
Este era um dos esconderijos preferidos do cangaceiro Lampião.
O acesso a região é difícil, mas dá para vê-lo de teleférico.
Passeio que os turistas não dispensaram, dada a dificuldade de se aproximar da região.
Em seguida, foram a Ilha do Urubu.
Formação rochosa com roseirais e minizoológico.
Lá se tem uma visão panorâmica da primeira usina hidrelétrica do Nordeste, a Angiquinho, construída por Delmiro Gouveia, desativada em 1960.
Em Balneário da Prainha, praia do Rio São Francisco, às margens da BR-110, com dezesseis quiosques de comidas típicas, os turistas puderam se fartar com a boa comida, e a espetacular paisagem.
Mais tarde, assistiram ‘Os Cangaceiros e a Volante’:
Durante o carnaval, chefiados por Lampião, grupos vestidos a caráter enfrentam a Volante – a polícia que combatia os cangaceiros.
No dia seguinte, assistiram a Copa Paulo Afonso de Velas.
Anualmente, competições náuticas do calendário nacional da Confederação Brasileira de Vela e Motor, acontecem na Praia do Lago.
Por fim, os viajantes foram conhecer a região do Raso da Catarina.
O raso é sertão, é deserto, e é bruto.
Por esta razão, foi refúgio natural de homens como Lampião e seu bando.
É um lugar de caatinga, de seca, de terríveis cobras e lagartos que se acostumaram a viver na solidão.
Por tradição, e somente em suas regiões periféricas, abriga alguns índios da nação Pancaré e um punhado de vaqueiros miscigenados – os únicos que tem desenvoltura para cavalgar na região.
Foi justamente por esta razão que os turistas foram conhecer a região, acompanhados destes valorosos homens.
E assim, percorreram as trilhas secas do raso.
O sertanejos, acostumados a viver na região, vestiam verdadeiras armaduras de couro – gibão, colete, botas e chapéu.
Foi desta forma, que descobriram os detalhes da região.
Como a árvore de pau-branco – de troncos e galhos inteiramente brancos, e em cuja galhada, sempre voltada para o poente, funciona como verdadeira bússola neste deserto.
Ou a do croatá – planta que retém, até quatro litros de água, no caule, verdadeiro cantil da natureza.
Desde de 1983, parte da beleza rude do raso, virou reserva ecológica.
Isso por que, no meio daquele solão, das jibóias, dos escorpiões e de sua vegetação espinhuda, desabrocham bromélias e orquídeas.
Irriquietos corrupiões – pássaros alaranjados na cabeça e rabo – debruçam-se para sorver o néctar do mulungu.
Nos galhos do pau d’arco, roxo-lilás, bandos de periquitos da caatinga fartam-se num banquete de flores.
E o único exemplar macho da ararinha-azul que vive em liberdade no planeta, faz seu ninho aqui.
Especialistas devolveram à natureza, uma fêmea que vivia em cativeiro para multiplicar a espécie.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Erythrina_mulungu

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 65

CAPÍTULO 65

Por fim, contou sobre a Onça Pé de Boi:
“Esse animal saí do círculo dos bichos fabulosos e imaginários, porque de fato existe.
No recesso daquela imensa e opulenta floresta, onde só se vêem céu e terra, longe dos lugares de vida, é a região onde se encontra a fera acima citada.
Perigosíssima no seu todo, pois, além de sua ferocidade, anda somente de casal, e quando se depara com o homem, o seu maior inimigo, trata logo de aniquilá-lo.
As possibilidades de vida, aí, são diminutas, a não ser que o infeliz desbravador tenha tempo de defender-se com as armas que carrega para a sua defesa, abatendo-os.
Mesmo que o homem consiga trepar-se numa árvore, no caso de não dispor de um rifle ou de bacamarte, é como se tivesse ele próprio lavrado a sua sentença, porque, enquanto ele tiver forças para permanecer agarrado aos galhos, esperando o momento oportuno para fugir, o casal de “onça pé de boi” não se afasta de sua presa, não deixa o tronco da árvore, vigiando atentamente a presa apetitosa.
Enquanto uma sai à procura de alimentação, a outra fica esperando que o prisioneiro desça à terra.
E assim demoram, até a queda do infeliz.
Se por acaso da sorte algum mateiro, no seu ofício de descobrir as enormes seringueiras que formam as estradas, passa por ali, a sua atenção é logo chamada para o rastro deixado na terra mole, pelo nocivo e perigosíssimo animal, visando os seus movimentos que já são feitos cuidadosamente.
Se o miserável prisioneiro ainda tem ânimo para gritar, atrai, com isso, a presença do experimentado mateiro, que já sabendo do perigo, se dirige para o local dos gritos, procurando, então, descobrir a fera, que tem as patas identicamente às de um boi gigante, afastando o seringueiro da catacumba sem cruz, que aqueles ferozes animais lhe preparavam”.73

73 (Francisco Peres de Lima, Folclore Acreano, 108-109, Rio de Janeiro, s. d., 1938). Há depoimentos da onça-boi no Amazonas (Geografia dos Mitos Brasileiros, 396).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 64

CAPÍTULO 64

Em seguida, comentou sobre a ‘Lenda do Companheiro do Fundo’:
“São entes sobrenaturais que se acredita habitar o fundo dos rios e dos igarapés ou dos poções.
Lá estão os companheiros do fundo, também chamados caruanis.
Habitam um reino encantado, espécie de mundo submerso.
O reino é descrito à semelhança de uma cidade, com ruas e casa, mas onde tudo brilha como se revestido de ouro.
Os habitantes desse reino do fundo dos rios têm semelhança com criaturas humanas.
Sua pele é muito alva, e os cabelos louros.
Alimentam-se de uma comida especial que, se provada pelos habitantes deste mundo, os transforma em encantados que jamais retornam do reino.
Os companheiros do fundo, agem como espíritos familiares dos pajés ou curadores.
A concepção desses companheiros é algo de vago para o leigo.
Alguns acreditam que sejam botos, considerados extremamente malignos.
Outros distinguem entre companheiros e botos, classificando estes últimos em uma categoria especial de seres encantados.
Uma ou outra concepção lhes atribui realidade, existência.
No primeiro caso, as criaturas tomam a forma de boto, mas, no fundo, têm mesmo a semelhança de humanos.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte. 


COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 63

CAPÍTULO 63

Depois o barqueiro comentou sobre a Cobra-Maria.
Animal fabuloso, cobra gigantesca, com poderes mágicos.
É uma variante local de Cobra Grande, a Mboia-Açu.71
É uma tapuia encantada em uma cobra.
Vejamos:
A filha de um pajé deixou-se levar pelo amor de um emigrante, concebendo dois filhos gêmeos:
José e Maria.
Quando o velho pajé soube do caso, calou-se.
Quando as crianças nasceram, matou a filha, e atirou-as na água, morrendo José.
Maria foi protegida da Iara e hoje faz tudo quanto quer.
Aparece sempre à noite.
Os seus olhos são como os de Anhangá, duas tochas de fogo.
Não tem ouvido falar numa cobra enorme, que derruba barrancos, afunda canoas, encalha navios e tem feito muitos valentes agonizar de fraqueza?
Pois é a Cobra-Maria.72

71 Lenda do rio Solimões, Amazonas.
72 (Quintino Cunha, Pelos Solimões, 322, Paris, sem data).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 62

CAPÍTULO 62

 A seguir o barqueiro contou a ‘Lenda da Cobra-Grande’:
É o mito mais poderoso e complexo das águas amazônicas.
Mágica, irresistível, polifórmica, aterradora.
“A Cobra-Grande, tem a princípio, a forma de uma sucuriju ou uma jibóia comum.
Com o tempo adquire grande volume e abandona a floresta para ir para o rio.
Os sulcos que deixa à sua passagem, transformam-se em igarapés.
Habitam a parte mais funda do rio, os poções, aparecendo vez por outra na superfície.
Durante nossa estadia em Itá, houve ocasiões em que nenhum pescador atreveu-se a sair para o rio à noite, pois em duas ocasiões seguidas foi avistada uma Cobra-Grande... pelos olhos que alumiavam como tochas.
Foram perseguidos até a praia, somente escapando porque o corpo muito grande encalhou na areia. Esses pescadores ficaram doentes do pânico e do medo da experiência que relatavam com real emoção.”70

70 (Eduardo Galvão, Santos e Visagens, 98-99, Brasiliana, 284, S. Paulo, 1955). Eduardo Galvão confirma a CobraGrande tornar-se navio encantado. Misabel Pedrosa disse-me que a Cobra-Grande mora debaixo do cemitério do Pacoval, na ilha de Marajó (1964).

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Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 61

CAPÍTULO 61

Neste momento, o barqueiro começou a contar sobre a ‘Lenda do Cavalo-Marinho’: 
Trata-se de um animal encantado que vive no mar ou nos rios. 
De origem oriental, o cavalo-marinho, de resplandecente alvura, crinas e caudas de fios dourado, aparece nos contos tradicionais, e nos episódios narrados como pessoais. 
“É crença geral entre os índios, e que se foi transmitindo também à gente civilizada que por ali habita, que no cimo da colina existe um lago, que é habitado por um grande peixe, que tem as formas de um cavalo. 
Daí, pois, o nome de ilha do Cavalo-Marinho. 
Sendo ela toda de terra firme, isto é, não sujeita às inundações, de belo aspecto e de terreno próprio para a lavoura, é, entretanto, tal o terror que incute o fantástico monstro, que ninguém ousou ainda explorar a ilha, achando-se ela completamente deserta. 
No verão, e quando as praias mostram-se descobertas, encontram-se em diferentes pontos uns resíduos, nos quais notam-se ossos, cabelos, escamas, penas, etc. 
Dizem os índios que são as fezes lançadas pelo peixe misterioso.” 68 
Quem encontrar o Cavalo-Marinho ficará rico com os cabelos das crinas e caudas, todos de ouro puro e reluzente.69

68 Ocorre nas Mil e uma Noites (primeira viagem de Simbad) e há vários registros seus no Brasil. O Cônego Francisco Bernardino de Sousa (Lembranças e Curiosidades do Vale do Amazonas, 93, Pará, 1873) registra uma versão antiga, referente a uma olha denominada Cavalo-Marinho, no rio Uaicurupá, município de Vila-Bela-daImperatriz (hoje Parintins). 
69 Hipocampo: Monstro fabuloso, metade cavalo, metade peixe.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE CAPÍTULO 60

CAPÍTULO 60 

Sobre a Caruara ou Caroara, o barqueiro contou que:
Trata-se de um duende invisível, bicho fantástico amazônico.
“Um bicho que inspira muito medo, é o que descreve, à semelhança do bicho-de-pau que aparece nos quintais e capoeiras.
Chamam de caruara.
Como os outros, possui também mãe.
É extremamente perigoso para as mulheres menstruadas, que, nessa condição, evitam andar pelo quintal, ou atravessar as trilhas que dão nas roças ou nos caminhos para apanhar água.
O cheiro da mulher nesse estado, afirma-se, que atrai a caroara, ou a mãe do caroara, que flecha a vítima.
Os efeitos dessas flechadas são semelhantes aos do reumatismo.
Aparecem dores, inchação dos membros e dificuldade de articulação.
Em Itá, existem muitas mulheres com esses sintomas, e cuja doença é atribuída às flechadas de caroara.
Aos homens, esses bichos não parecem fazer qualquer mal.”
No norte do Brasil, é uma moléstia que ataca o gado, trazendo-lhe inchação e paralisia nas pernas e corrimentos.
Com o mesmo nome se conhece uma espécie de formiga, que dá nas árvores, cuja mordedura coça como sarna, e também uma qualidade de abelha, cujo mel é nocivo.
A cidade de Caruaru, em Pernambuco, significa caruar-ú, aguada das caruaras, água que produzia a moléstia no gado.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil. 

Luciana Celestino dos Santos
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