Passeios matinais
Em meio a construções da selva de pedra
As cidades e seus terminais urbanos
Ônibus que vem e que vão,
Para as mais variegadas direções
A enfrentarem caos e trânsito
Nos dias de jornadas trabalhistas
Obras e melhorias para maior acessibilidade dos carros
Rebaixamento de avenidas
Obras eternas que nunca acabam
E os políticos a esperarem os melhores momentos
Para assim a inaugurarem,
Com toda a pompa e circunstância
E os ônibus a circundarem as ruas repletas de construções
Caminhos estreitos, algumas áreas verdes
Carros velhos abandonados, velhas fábricas
E o aguardar a chegada do ônibus
Sentar-se próxima da janela,
E acompanhar a mudança das paisagens
Os prédios, as avenidas, as construções
As pessoas adentrando a condução
Algumas bem vestidas, bem arrumadas
Outras nem tanto
E o ônibus vazio, a cada vez mais ficar cheio
Trajetória em meio a destino verde
Pérola verde em meio a cidade de concreto
Passeio em jardim de plantas
Imponentes palmeiras imperiais
Em meio a curso d'água,
Passadiços em madeira
Durante o trajeto da viagem
Percurso em ônibus
Pelo Largo da Igreja do bairro Rudge Ramos
Igreja de curvas formas
Aproximada de lojas, ruas cheias de curvas
Caminhos sinuosos
Caminho longo, a atravessar cidades diversas
Até se chegar a um bonito jardim
À frente, a entrada imponente de um jardim
Jardim Botânico
Com suas inúmeras construções
Museu com amostras de sementes
Pequenos fragmentos de natureza,
Em minúsculos cestos arrumados,
Em uma bancada envidraçada
Óleos diversos extraídos das árvores
Armazenados em delicados frascos de vidro escuro
Gravuras de exemplares de árvores
Amostras de folhas
Construção enfeitada de heras,
A formarem uma faixa verde natural na construção
Nas laterais, entalhes e nomes de plantas
Além do mobiliário utilizado pelos botânicos,
Que se dedicaram em catalogar exemplares de árvores e plantas
Estudá-las,
E descobrirem as suas mais diversas aplicações
Local com muitas pinturas e gravuras para representá-las
A natureza, e as plantas
Justificando o nome e determinando a finalidade do local
Em certa estufa, denominada orquidário
Um ambiente construído em pedras,
Adornado de bromélias
Peixes grandes e avermelhados
A nadarem no lago artificial
No meio do lago,
Um caminho de pedras a atravessá-lo
Do lado de fora
O Lago das Ninfeias,
Repletos de plantas aquáticas a boiarem na superfície das águas
Com suas flores repletas de delicadas pétalas
Pétalas esbranquiçadas com miolos amarelos
Ninfeias a também comporem
Lagos em Santo André
Terra livre e querida
Imortalizada em pintura,
De célebre artista francês impressionista,
Monet
Paturis, quero-queros
E outras aves a habitarem o lugar
A fazerem da península artificial, sua morada
No caminho sinuoso da natureza
Artificialmente produzido pelo homem
Barulho dos freios do metrô
O barulho da cidade,
A perturbar a tranquilidade do jardim
A contrastar com seu silêncio quase constante
O canto das cigarras,
Em meio a mata fechada
E os imponentes pórticos opostos,
A abrigarem escadas compridas
A margearem densas matas
Muita terra, muito limo, e áreas gramadas
Esculturas, bancos para se sentar
Brejos naturais, e pequenos cursos d'água
Além de uma nascente
Túnel de bambum e muitas rotas, caminhos
No caminho de volta,
A espera em um ponto de ônibus solitário
Em meio a estrada estreita
A observar a passagem de diversos coletivos
Até chegar um ônibus com letreiro diminuto,
A quase impossibilitar sua visualização de longe
E a sinalizar sua parada,
Quando o mesmo já se aproximava
Regresso novamente acomodada
Passeio por novos caminhos, de regresso ao lar
A descer em meio a famosa Avenida,
Senador Vergueiro
A abrigar nome expoente da política
Dos tempos do Brasil Império
Avenida paralela a outra avenida,
Margeada por uma pinguela
Possuindo em seu bairro,
Belos e imponentes sobrados, casas grandes
Pintadas de cores vivas
Propriedades floridas
Grandes terrenos
As terras de minha morada,
A abrigar terreno de antiga fazenda
Em extensa área a abrigar moradas várias
No bairro Jardim do Pilar
Novos passeios, visitas
Crianças recém-nascidas
Bebês delicados a habitarem o colo de seus pais
Aniversários, natalícios
E mil outros projetos de passeios
A fim de se conhecer a cidade metrópole
Município a jamais adormecer
METRIFICAÇÃO SEM MÉTRICA
I
Enquanto tento encontrar a rimar perfeita
E metrificar, mensurando o que não pode ser medido
Contento-me em contemplar o intangível
A vislumbrar o inalcançável, e a tocar o inatingível
II
Enquanto penso
Os pensamentos vageiam
As ideias ficam desordenadas
E a metrificação, cada vez mais almejada
É menos alcançada
E os poemas metafísicos
Ficam cada vez sem métrica
III
Eis a metrificação sem métrica
Pois em não sendo poeta acadêmico
Beletrista,
Pensa com o repositório das melhores ideias contemporâneas
E assim, viva a liberdade sem métrica
Os versos brancos e livres
A poesia aerada e livre de rótulos acadêmicos
O jeito mais livre e puro de se sentir a poesia
Basta vivê-la,
O sentir é mera consequência!
E com o isto, o escrever se torna livre,
Belo e sem amarras
Viva o pensar poético!
Viva o viver poético!
PASTORIS
Campos verdes livres
Árvores a balançar ao sabor dos ventos
Um rio ao fundo
Pomar com plantas várias
Trepadeiras a deslizarem de seus caramanchões
A darem de fundo para um amplo vale verde
E o vento fresco
A trazer a brisa suave da tarde,
A perfumar os dias tranquilos
E a mesa enfeitada com iguarias
Pães, sucos, doces, queijos, geleias
Os mais diversos produtos, feitos no campo
As pessoas riem, confraternizam
Contam histórias de seus dia a dias corridos
Pressa, problemas
Em contraste com a calmaria do lugar
Pomares repletos da mais ampla gama de frutas
As mais comuns, as mais exóticas
Flores a comporem o jardim
Rosas de variadas cores
Margaridas, orquídeas, bromélias,
Antúrios, hibiscos, trepadeiras
Árvores repletas de flores, de frutos
Animais ao longe
Pastos repletos de árvores frondosas
A abrigarem os animais
Que se refrescam em sua densa sombra
Tendo ampla pastagem para ruminar
A noite o ambiente iluminado por vaga-lumes
E pelo brilho das estrelas
Periodicamente acompanhado por um deslumbrante luar
Um lago para se desfazer do calor do dia
Cachoeiras
Muito verde, muitas árvores a circundarem a estrada
Fazendas e grandes propriedades
Culturas diversas
O sonho sendo o mesmo
De um viver bucólico
Pastoreando,
Apreciando as melhores qualidades do viver natural
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
domingo, 17 de maio de 2020
Palavreado
Valsando juntos
Mãos seguranças em uma dança delicada
Rodopio pelo amplo salão
Vestido longo, vaporoso
A fazer movimentos encantadores pelo salão
Com desenhos etéreos no ar
A desfazerem-se em poucos minutos
Abraçados, estando o rosto inclinado, a contemplar seu parceiro
Zanzando pelos salões, convidados
Belas luminárias a compor o ambiente
Pessoas animadas, conversando no jardim
E o tempo a correr, constante, nestas horas alegres
Delineando contornos
Esfinge que nos espera
Para decifrar mistérios infindos
Sempre a nos espreitar
Factual
Consentâneo com as melhores piores coisas do presente
Herança de nossos tempos
Imanente, latente
Sempre a nos acompanhar
Mesmo que não queiramos a sua presença
Gelosias, onde os melhores pensamentos
Permanecem sempre ocultos
Jovens em busca de melhores perspectivas
Linhas indivisas que se transformam
Transbordam, sobejando em seu ser
Novamente o casal a valsar pelo salão
Deslizando em seu chão frio e brilhante
Piso cuidadosamente lustrado
Felizes, caminham juntos em direção ao jardim
E dançam novamente
O vestido vaporoso a mudar de forma,
Os ventos a invadirem todos os espaços vazios
E ao sabor da atmosfera, todas as formas mudar
A brisa fresca do vento
O esquecimento a nos assombrar
Querer mais do que nunca,
Jamais esquecer
Tempo, este cavalheiro sempre constante
Posto que sempre presente está
Mas ao mesmo, nunca o é da mesma forma
E o esquecimento a nos assombrar
Querer mais do que nunca
Não se sabe o que
Talvez jamais esquecer
Tempo Universal Indivisível
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Mãos seguranças em uma dança delicada
Rodopio pelo amplo salão
Vestido longo, vaporoso
A fazer movimentos encantadores pelo salão
Com desenhos etéreos no ar
A desfazerem-se em poucos minutos
Abraçados, estando o rosto inclinado, a contemplar seu parceiro
Zanzando pelos salões, convidados
Belas luminárias a compor o ambiente
Pessoas animadas, conversando no jardim
E o tempo a correr, constante, nestas horas alegres
Delineando contornos
Esfinge que nos espera
Para decifrar mistérios infindos
Sempre a nos espreitar
Factual
Consentâneo com as melhores piores coisas do presente
Herança de nossos tempos
Imanente, latente
Sempre a nos acompanhar
Mesmo que não queiramos a sua presença
Gelosias, onde os melhores pensamentos
Permanecem sempre ocultos
Jovens em busca de melhores perspectivas
Linhas indivisas que se transformam
Transbordam, sobejando em seu ser
Novamente o casal a valsar pelo salão
Deslizando em seu chão frio e brilhante
Piso cuidadosamente lustrado
Felizes, caminham juntos em direção ao jardim
E dançam novamente
O vestido vaporoso a mudar de forma,
Os ventos a invadirem todos os espaços vazios
E ao sabor da atmosfera, todas as formas mudar
A brisa fresca do vento
O esquecimento a nos assombrar
Querer mais do que nunca,
Jamais esquecer
Tempo, este cavalheiro sempre constante
Posto que sempre presente está
Mas ao mesmo, nunca o é da mesma forma
E o esquecimento a nos assombrar
Querer mais do que nunca
Não se sabe o que
Talvez jamais esquecer
Tempo Universal Indivisível
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
NUVENS
E as nuvens brancas densas,
A formarem um teto branco, por sobre as cabeças passantes
Em contraste com o verde da montanha ondulante
As espumas brancas de um tapete dourado, de areia
O chão de terra, recoberto por folhas recém caídas
Enfeitado por folhas ressequidas
E um sol amarelo, em tons alaranjados
Nuvens brancas, densas, imensas
A cobrirem o ar, a formarem um tapete etéreo
Um sol bonito, a se esconder através das nuvens
A refletir seus raios, no espelho das águas que vem e vão
Fotografias a retratarem momentos felizes
A eternizarem momentos que sempre nos serão tão caros
A registrar nossa existência por esta terra de alegrias e desventuras
Instantes de reflexão, decepção, ou profunda felicidade
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
A formarem um teto branco, por sobre as cabeças passantes
Em contraste com o verde da montanha ondulante
As espumas brancas de um tapete dourado, de areia
O chão de terra, recoberto por folhas recém caídas
Enfeitado por folhas ressequidas
E um sol amarelo, em tons alaranjados
Nuvens brancas, densas, imensas
A cobrirem o ar, a formarem um tapete etéreo
Um sol bonito, a se esconder através das nuvens
A refletir seus raios, no espelho das águas que vem e vão
Fotografias a retratarem momentos felizes
A eternizarem momentos que sempre nos serão tão caros
A registrar nossa existência por esta terra de alegrias e desventuras
Instantes de reflexão, decepção, ou profunda felicidade
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Amábile
Amábile 1
Em um fim de semana aproveitado para se colocar as coisas em ordem.
Arrumar as coisas desarrumadas, jogar fora o que não se faz mais necessário.
Passar um pano nos móveis, e retirar a poeira.
Quantas vezes o quarto arrumado, quantas coisas levadas para o lixo, rasgadas.
Outras, melhor acomodadas dentro dos móveis.
Tão pouco espaço para tão grandes expectativas.
O modo como escrevemos, como pensamos, como nos vestimos, como nos expressamos, demonstram a forma como queremos que o mundo nos perceba.
Denota o modo como assimilamos as coisas do mundo.
O pensamento, voa.
E a faxina a correr em ambiente empoeirado.
E o pó sendo retirado de um porta retrato, onde uma foto a lembrar a infância, nos traz várias lembranças.
Menina de saia e lenço vermelho, meia calça branca, cabelos presos.
Leve maquiagem no rosto.
Lembranças de uma festa de junho.
Pequenas e singelas recordações de viagem a permearem por todo o cômodo.
Taça a rememorar um passeio de trem em meio a bela serra gaúcha.
Miniatura das ruínas da bela igreja jesuíta de São Miguel das Missões.
Doze profetas de Congonhas do Campo, a fazerem companhia a um Cristo Redentor de Madeira, carioca; uma escultura, réplica de “Os Candangos”, de Bruno Giorgi, em terras brasilienses.
Santa Edwiges, de Aparecida, a ladear o Cristo; além de Nossa Senhora Auxiliadora, de Campinas.
Juntamente com um recipiente repleto de conchas de vários formatos, corais e bolachas-da-praia.
Arranjo de flores.
Em outros porta-retratos de palitos, mais lembranças da infância, dos brinquedos, das tardes alegres.
Fotos de praia, de infância.
Em um porta retrato de papel, pequenas fotos tiradas para documentos – 3 por 4.
Caixas de latão decoradas, repletas de lápis de cor.
Bauzinhos de madeira, com pequenas quinquilharias, fotos 3 por 4, uma pequena concha utilizada em meu batismo - lembrancinha, entre outras coisas.
Carrinhos de fricção.
Mais flores, no alto de um aparelho de som, lírios laranja, amarelo, rosas laranjas.
Ursinho de pelúcia, comprado em minha adolescência e até hoje intacto.
Eternamente abraçado a um travesseiro.
Cadeirinhas feitas de pregador, sendo que em uma delas, permanece sentada, uma boneca Barbie.
Um boneco parecido com uma criança, adormece em seu cestinho de vime.
Um abajur clareia um pouco o quarto durante as noites.
Luzes azuis, verdes, vermelhas.
Um baú de veludo vermelho, guarda papéis, e extratos, lembranças de meu primeiro estágio.
Em pequenos potes encapados, mensagens e oração.
Ao lado, um pote, encapado de veludo com duas flores, uma vermelha e outra branca, a recordarem um casamento que se foi.
Dois anjos fazem companhia a um papai-noel, e um bonequinho, a fazer publicidade de um curso de aprovação de exame da ordem, as velas do crisma e da primeira comunhão – decorada com imagem sacra, sendo a primeira, amarela, envolta em uma espécie de pergaminho, com mensagens de natal.
Papel amarrado em uma fita.
Uma estrela está bem perto de nós, ao lado do bauzinho de madeira.
Logo abaixo, fascículos de cursos de idiomas.
Ao lado, um criado mudo com um globo terrestre desatualizado, pequeno; rádio relógio; um belo vaso desenhado, com uma dúzia de rosas vermelhas artificiais.
A frente, um vasinho com violetas artificiais, adornado por um arranjo feito de palitos de sorvete, herança dos tempos de minha formatura no colegial.
Almofadas verdes, cobertas de renda branca, travesseiros.
Cama com colchão espesso e macio.
No guarda-roupa, muitos postais dos lugares por onde passei.
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraty.
Delicadamente guardados em uma caixa resistente, enfeitada de selos.
Em outro guarda-roupa, em outro cômodo da casa; uma caixa de papelão, encapada com papel de enfeite, cheia de fotografias tiradas por uma câmera analógica.
Novas e velhas fotos.
Outras novas fotos armazenadas em arquivos digitais.
Muitas fotos dos passeios, das viagens que já fiz.
Belas imagens de momentos de minha vida, da vida de minha família.
Algumas fotos a servirem de papel de descanso de tela, em nossas máquinas digitais.
CD's alguns, com músicas que há vários tempos não ouço.
No guarda-roupa, como o nome já diz, muitas roupas, alguns sapatos, botas, de cano longo, cano curto.
Livros, alguns, outros vários, armazenados em arquivos digitais.
Alguns lidos, pelo menos entre os impressos.
Entre os digitais, algumas obras contempladas em leituras.
Edredons, minha mala de viagens em um baú acima da porta.
Roupas de cama, bandeira do Brasil.
Cosméticos, esmaltes vários, guardados em uma caixa encapada, separados por divisórias feitas em papelão, igualmente encapadas.
Cadeira para sentar, em frente a um computador obsoleto, mas que me é muito útil.
Facilidades tecnológicas que não trazem sempre facilidades.
É o ônus da vida moderna.
A televisão a trazer entretenimento, e também as bobagens do mundo.
No guarda-roupa jornais e revistas.
Material de estudo.
Um lugar assemelhado a mim, a contar um pouco da minha história, a sinalizar através de lembranças e objetos, os lugares por onde passei.
Meu mundo, meu vasto mundo, a contemplar uma pequena metragem, uma pequena área, a trazer ínsito no ambiente, um pouco do que eu sou.
A forma como vejo o mundo, cheio de informação e detalhes.
Nada simples, nada básico.
E a faxina a retirar a poeira, a sujeira do tempo, a deixar os objetos de minhas lembranças novamente limpos, visíveis.
O cômodo a ficar mais agradável.
A ficar com o jeito, e a forma de viver de sua dona.
Recanto de belas lembranças.
Amábile 2
Inefável.
Retrato de indizível felicidade.
Arauto dos mais belos novos mundos.
São os eventos circunstantes, a fazerem parte de nossas vidas.
As fotos a documentarem nossas existências, nossa passagem pelo mundo.
Nascimentos, onde seres nascentes, aportam neste mundo insondável e assustador, a desbravarem-no em seus pequenos mistérios, encantando a todos com o seu olhar curioso, seu jeitinho amoroso.
Crianças pequenas a preencherem álbuns de fotografias, com lindas fotos de um passado que por vezes se faz distante.
Pequenos que crescem e passam por vários movimentos em suas vidas.
Eventos festivos.
Festinhas juninas.
Com suas cores e músicas.
Bandeirolas a circundarem os céus, em faixas coloridas.
A enfeitarem quadras com suas cores.
Barracas de prendas, de comes e bebes.
Pedaços de papel cortado, a comporem balões multicores.
Saborosamente tremulando ao sabor dos ventos.
Ventos frios das noites de junho.
As crianças a dançarem a quadrilha, em seus passos coreografados por meses.
Tudo para fazer bonito com suas vestes, e seu bailado, na noite festiva.
Os natais celebrados em meio a família de pessoas ausentes, distantes.
Presentes, mimos.
Com o tempo, a investir em bonitos vestidos, belas roupas, jóias, bijouterias, perfumes.
Lindos sapatos.
Sentir-se linda para ocasiões especiais.
Passeios vários, por caminhos de plantas de flores que brotam em meio ao capim.
E ao avistá-las, o impulso de colhê-las e trazê-las consigo em suas caminhadas infantis.
Gosto de caminhar, desde a mais tenra infância.
E assim, recapitulando...
Passeando em meio a pedriscos, a cobrirem a terra marrom.
Plantas e lagos com peixes logo à frente.
Com suas águas turvas, escuras, e seus grandes peixes.
Nas mesmas águas, tartarugas, e pequenos peixinhos, em cardumes.
A se esconderem dos predadores em meio as plantas que margeiam as águas.
Em uma construção do lugar, uma bela exposição de exemplares de orquídeas.
Plantas de vários formatos, ornatos, cores e tipos.
Flores arredondadas e abertas, outras a lembrarem pequenos sapatinhos, flores com pétalas abertas, a rodear uma estrutura semi-aberta.
Bromélias, primaveras de várias cores: rosas, vermelhas, laranjas, amarelas.
Suculentas ornamentadas com pássaros artificiais.
Amplo salão a abrigar uma bela exposição, com bonsais e ikebanas.
Caminhando em frente ao shopping, lantanas coloridas de um amarelo vivo, outras vermelhas. Azaléias, cercasvivas, e uma imponente construção em tons salmão.
Ouvir músicas, mexer nas teclas de um computador, imaginar criações.
São pequenos detalhes, a nos trazer indizível felicidade.
Todos fotografados pelas janelas da alma, quando não por uma câmera fotográfica.
Lembranças algumas.
Passagens amáveis de uma vida, que luta para germinar em terreno árido.
Longe das ideias estéreis.
Amável como somente as coisas leves e delicadas podem sê-lo.
Algumas pessoas também o são.
Nem todas porém.
Amábile 3
Espetaculares cenários, de céus imensos, brumosos.
A terra avistada ao longe.
O vento a entoar seus sons.
A compor a música da passagem do tempo.
Lindas histórias a terem o tempo e o vento como tema.
E O vento a levar para longe e a trazer para perto de nós histórias e imagens de um passado nem sempre glorioso, mas decerto saudoso.
O Tempo E O Vento a levar e a trazer as coisas mais belas.
Histórias de heroínas e guerreiras.
Mulheres que construíram a seu modo, suas histórias, protagonistas que foram de seus destinos. Futuros.
De longe árvores, planícies verdejantes, elevados, lugares solitários e belos.
E o vento a compor as histórias.
Com sua musicalidade a nos trazer solidão, com o preenchimento dos ambientes.
Superar dificuldades, atravessar guerras, enfrentar a morte.
As vicissitudes da vida.
E mesmo ante as maiores dificuldades, constatar que vida ainda assim é boa, e vale a pena ser vivida.
Lindas visões da vida.
Belos filmes, grandes histórias.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Em um fim de semana aproveitado para se colocar as coisas em ordem.
Arrumar as coisas desarrumadas, jogar fora o que não se faz mais necessário.
Passar um pano nos móveis, e retirar a poeira.
Quantas vezes o quarto arrumado, quantas coisas levadas para o lixo, rasgadas.
Outras, melhor acomodadas dentro dos móveis.
Tão pouco espaço para tão grandes expectativas.
O modo como escrevemos, como pensamos, como nos vestimos, como nos expressamos, demonstram a forma como queremos que o mundo nos perceba.
Denota o modo como assimilamos as coisas do mundo.
O pensamento, voa.
E a faxina a correr em ambiente empoeirado.
E o pó sendo retirado de um porta retrato, onde uma foto a lembrar a infância, nos traz várias lembranças.
Menina de saia e lenço vermelho, meia calça branca, cabelos presos.
Leve maquiagem no rosto.
Lembranças de uma festa de junho.
Pequenas e singelas recordações de viagem a permearem por todo o cômodo.
Taça a rememorar um passeio de trem em meio a bela serra gaúcha.
Miniatura das ruínas da bela igreja jesuíta de São Miguel das Missões.
Doze profetas de Congonhas do Campo, a fazerem companhia a um Cristo Redentor de Madeira, carioca; uma escultura, réplica de “Os Candangos”, de Bruno Giorgi, em terras brasilienses.
Santa Edwiges, de Aparecida, a ladear o Cristo; além de Nossa Senhora Auxiliadora, de Campinas.
Juntamente com um recipiente repleto de conchas de vários formatos, corais e bolachas-da-praia.
Arranjo de flores.
Em outros porta-retratos de palitos, mais lembranças da infância, dos brinquedos, das tardes alegres.
Fotos de praia, de infância.
Em um porta retrato de papel, pequenas fotos tiradas para documentos – 3 por 4.
Caixas de latão decoradas, repletas de lápis de cor.
Bauzinhos de madeira, com pequenas quinquilharias, fotos 3 por 4, uma pequena concha utilizada em meu batismo - lembrancinha, entre outras coisas.
Carrinhos de fricção.
Mais flores, no alto de um aparelho de som, lírios laranja, amarelo, rosas laranjas.
Ursinho de pelúcia, comprado em minha adolescência e até hoje intacto.
Eternamente abraçado a um travesseiro.
Cadeirinhas feitas de pregador, sendo que em uma delas, permanece sentada, uma boneca Barbie.
Um boneco parecido com uma criança, adormece em seu cestinho de vime.
Um abajur clareia um pouco o quarto durante as noites.
Luzes azuis, verdes, vermelhas.
Um baú de veludo vermelho, guarda papéis, e extratos, lembranças de meu primeiro estágio.
Em pequenos potes encapados, mensagens e oração.
Ao lado, um pote, encapado de veludo com duas flores, uma vermelha e outra branca, a recordarem um casamento que se foi.
Dois anjos fazem companhia a um papai-noel, e um bonequinho, a fazer publicidade de um curso de aprovação de exame da ordem, as velas do crisma e da primeira comunhão – decorada com imagem sacra, sendo a primeira, amarela, envolta em uma espécie de pergaminho, com mensagens de natal.
Papel amarrado em uma fita.
Uma estrela está bem perto de nós, ao lado do bauzinho de madeira.
Logo abaixo, fascículos de cursos de idiomas.
Ao lado, um criado mudo com um globo terrestre desatualizado, pequeno; rádio relógio; um belo vaso desenhado, com uma dúzia de rosas vermelhas artificiais.
A frente, um vasinho com violetas artificiais, adornado por um arranjo feito de palitos de sorvete, herança dos tempos de minha formatura no colegial.
Almofadas verdes, cobertas de renda branca, travesseiros.
Cama com colchão espesso e macio.
No guarda-roupa, muitos postais dos lugares por onde passei.
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraty.
Delicadamente guardados em uma caixa resistente, enfeitada de selos.
Em outro guarda-roupa, em outro cômodo da casa; uma caixa de papelão, encapada com papel de enfeite, cheia de fotografias tiradas por uma câmera analógica.
Novas e velhas fotos.
Outras novas fotos armazenadas em arquivos digitais.
Muitas fotos dos passeios, das viagens que já fiz.
Belas imagens de momentos de minha vida, da vida de minha família.
Algumas fotos a servirem de papel de descanso de tela, em nossas máquinas digitais.
CD's alguns, com músicas que há vários tempos não ouço.
No guarda-roupa, como o nome já diz, muitas roupas, alguns sapatos, botas, de cano longo, cano curto.
Livros, alguns, outros vários, armazenados em arquivos digitais.
Alguns lidos, pelo menos entre os impressos.
Entre os digitais, algumas obras contempladas em leituras.
Edredons, minha mala de viagens em um baú acima da porta.
Roupas de cama, bandeira do Brasil.
Cosméticos, esmaltes vários, guardados em uma caixa encapada, separados por divisórias feitas em papelão, igualmente encapadas.
Cadeira para sentar, em frente a um computador obsoleto, mas que me é muito útil.
Facilidades tecnológicas que não trazem sempre facilidades.
É o ônus da vida moderna.
A televisão a trazer entretenimento, e também as bobagens do mundo.
No guarda-roupa jornais e revistas.
Material de estudo.
Um lugar assemelhado a mim, a contar um pouco da minha história, a sinalizar através de lembranças e objetos, os lugares por onde passei.
Meu mundo, meu vasto mundo, a contemplar uma pequena metragem, uma pequena área, a trazer ínsito no ambiente, um pouco do que eu sou.
A forma como vejo o mundo, cheio de informação e detalhes.
Nada simples, nada básico.
E a faxina a retirar a poeira, a sujeira do tempo, a deixar os objetos de minhas lembranças novamente limpos, visíveis.
O cômodo a ficar mais agradável.
A ficar com o jeito, e a forma de viver de sua dona.
Recanto de belas lembranças.
Amábile 2
Inefável.
Retrato de indizível felicidade.
Arauto dos mais belos novos mundos.
São os eventos circunstantes, a fazerem parte de nossas vidas.
As fotos a documentarem nossas existências, nossa passagem pelo mundo.
Nascimentos, onde seres nascentes, aportam neste mundo insondável e assustador, a desbravarem-no em seus pequenos mistérios, encantando a todos com o seu olhar curioso, seu jeitinho amoroso.
Crianças pequenas a preencherem álbuns de fotografias, com lindas fotos de um passado que por vezes se faz distante.
Pequenos que crescem e passam por vários movimentos em suas vidas.
Eventos festivos.
Festinhas juninas.
Com suas cores e músicas.
Bandeirolas a circundarem os céus, em faixas coloridas.
A enfeitarem quadras com suas cores.
Barracas de prendas, de comes e bebes.
Pedaços de papel cortado, a comporem balões multicores.
Saborosamente tremulando ao sabor dos ventos.
Ventos frios das noites de junho.
As crianças a dançarem a quadrilha, em seus passos coreografados por meses.
Tudo para fazer bonito com suas vestes, e seu bailado, na noite festiva.
Os natais celebrados em meio a família de pessoas ausentes, distantes.
Presentes, mimos.
Com o tempo, a investir em bonitos vestidos, belas roupas, jóias, bijouterias, perfumes.
Lindos sapatos.
Sentir-se linda para ocasiões especiais.
Passeios vários, por caminhos de plantas de flores que brotam em meio ao capim.
E ao avistá-las, o impulso de colhê-las e trazê-las consigo em suas caminhadas infantis.
Gosto de caminhar, desde a mais tenra infância.
E assim, recapitulando...
Passeando em meio a pedriscos, a cobrirem a terra marrom.
Plantas e lagos com peixes logo à frente.
Com suas águas turvas, escuras, e seus grandes peixes.
Nas mesmas águas, tartarugas, e pequenos peixinhos, em cardumes.
A se esconderem dos predadores em meio as plantas que margeiam as águas.
Em uma construção do lugar, uma bela exposição de exemplares de orquídeas.
Plantas de vários formatos, ornatos, cores e tipos.
Flores arredondadas e abertas, outras a lembrarem pequenos sapatinhos, flores com pétalas abertas, a rodear uma estrutura semi-aberta.
Bromélias, primaveras de várias cores: rosas, vermelhas, laranjas, amarelas.
Suculentas ornamentadas com pássaros artificiais.
Amplo salão a abrigar uma bela exposição, com bonsais e ikebanas.
Caminhando em frente ao shopping, lantanas coloridas de um amarelo vivo, outras vermelhas. Azaléias, cercasvivas, e uma imponente construção em tons salmão.
Ouvir músicas, mexer nas teclas de um computador, imaginar criações.
São pequenos detalhes, a nos trazer indizível felicidade.
Todos fotografados pelas janelas da alma, quando não por uma câmera fotográfica.
Lembranças algumas.
Passagens amáveis de uma vida, que luta para germinar em terreno árido.
Longe das ideias estéreis.
Amável como somente as coisas leves e delicadas podem sê-lo.
Algumas pessoas também o são.
Nem todas porém.
Amábile 3
Espetaculares cenários, de céus imensos, brumosos.
A terra avistada ao longe.
O vento a entoar seus sons.
A compor a música da passagem do tempo.
Lindas histórias a terem o tempo e o vento como tema.
E O vento a levar para longe e a trazer para perto de nós histórias e imagens de um passado nem sempre glorioso, mas decerto saudoso.
O Tempo E O Vento a levar e a trazer as coisas mais belas.
Histórias de heroínas e guerreiras.
Mulheres que construíram a seu modo, suas histórias, protagonistas que foram de seus destinos. Futuros.
De longe árvores, planícies verdejantes, elevados, lugares solitários e belos.
E o vento a compor as histórias.
Com sua musicalidade a nos trazer solidão, com o preenchimento dos ambientes.
Superar dificuldades, atravessar guerras, enfrentar a morte.
As vicissitudes da vida.
E mesmo ante as maiores dificuldades, constatar que vida ainda assim é boa, e vale a pena ser vivida.
Lindas visões da vida.
Belos filmes, grandes histórias.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Aniversário
I
Feliz Aniversário!
Happy Birthday to you!
Feliz Cumpleaños!
Felicitações, comemorações
Parabéns a todos!
Com desejos de muita saúde e felicidades
Além de muitos anos de vida
Repletos e plenos de realizações
Hoje é o dia de seu natalício,
De seu nascimento
Parabéns por esta data tão querida
II
Dotados de particularidades próprias, o ser humano possui uma origem.
Data de seu natalício.
Aniversário, época de celebração por mais um ano de vida.
Sem nunca esquecer os anos passados, os quais foram igualmente comemorados.
A vida em sendo composta de aniversários, momentos vários.
Acaso a vida não sendo boa, cabível desejos de melhor sorte e felicidades.
Acaso venturosa, que as graças se multipliquem.
A todos, felicidades.
Parabéns!
III
Internet,
Universo de grandes descobertas
E infinitas possibilidades
Navegar pela rede mundial de computadores
Para se entreter e conhecer melhor o mundo,
A contemplar o melhor dos mundos
Muitos dizem que a pretensa conexão com o mundo
Ilusória é
Posto que a cada dia,
Mais isolados estamos
Isto por que, perdemos o contato com a realidade
Com o fantástico e suas infinitas feições
Terras várias, países, com seu povo,
Diversidade cultural
Que nos é vedado conhecer
Por motivos econômicos, principalmente
E o contato direto com os povos,
Substituído é, pela visão virtual do mundo
Mas se não houvesse esta possibilidade,
De se conhecer novos mundos,
Ainda que de forma virtual
Como poderíamos nos encantar com tantas maravilhas?
E deslumbrados, constatar com as descobertas,
Que o ser humano é mais criativo do que se supõe
Não somente a exposição de mazelas,
Mas de um admirável novo mundo
Que de fato é tão velho, “viejo”
E que tão pouco conhecemos
Zoológico argentino com esculturas de países diversos
A simbolizar o país de origem dos animais
Pequena volta ao mundo
As riquezas da África,
Não somente dilacerada por guerras civis,
Conflitos armados, roubos, estupros
E toda a ordem de violência imposta por regimes ditatoriais
A África por seu matiz,
Geratriz
Terra berço da humanidade
De onde se diz que surgiu o primeiro homem
Onde existem pirâmides,
Como no Egito, e seu Rio Nilo,
A servir de origem a antigas civilizações
Sudão e suas pirâmides de faraós negros
Maravilhas triangulares, em meio a vastidão do deserto
Culturas diversas,
Animais selvagens,
Parques Nacionais repletos de muito verde
Instalações confortáveis em meio a floresta,
A servir de abrigo para os viajores
E sua fauna exuberante
Gnus, elefantes, leões,
Girafas, entre outras espécies
Em se passeando pela Europa
Descobertas de pontes encantadoras
E cobertas por um comprido telhado,
Ladeado de lindas flores coloridas
A circundarem um rio,
Que serve de passagem a partes diversas da cidade
Navegando pela rede virtual
Coloca-se em uma nova forma de contato com o mundo real
Conhece-se novos rumos e novas paisagens
E mesmo diante da tela de cristal líquido da tevê
Pode-se vislumbrar um rico mundo de oportunidades
Substituído pelo antigo televisor de tubo
Lugares magníficos de um país de contrastes
Linda Ilha de Vera Cruz,
Após denominada
Terra de Santa Cruz,
Nosso atual Brasil
Mares de azul profundo,
Ou pronunciado verde esmeralda
Coqueiros a balançar ao sabor do vento agreste
Chapéus de praia a enfeitar as avenidas beira mar
Das praias do sudeste
Restingas cercadas de verde e um mar
Imensa Lagoa dos Patos,
A enfrentar as intempéries, a inconstância do tempo
Frio constante,
A andar de braços dados com um vento forte,
Quedas de temperaturas,
E por vezes, neve
As serras coloridas com a uva madura,
Estruturas de madeira a sustentarem os parreirais
Cidades abandonadas,
Com seus monumentos históricos,
Estátuas de seus grandes líderes
A receberem a visitação diária dos pombos
Passeios de trem por terras várias
A avistar cidades, antigas estações de trem
Vales, e muito verde
Viagem em meio a cantorias e bebidas
Passeios em meio a noite de luar,
Recanto de vaga-lumes
Portais imponentes das cidades brasis
São Paulo e suas construções descomunais
Arranha-céus e seus prédios magistrais
A metrópole de concreto,
Com seus bolsões de verde, poucos
Parques,
A mostrarem a suntuosidade do verde atlântico
Muitos museus e suas mostras
Promessas de passeios
O contato com a natureza,
A se fazer de forma quase protocolar
Com visitas a parques e museus
A conhecer brejo natural em jardim botânico
As cidades da região metropolitana
A exporem tapetes de serragem,
Com motivos religiosos
Construções coloniais,
A se converterem em centro histórico
Cidades em partes várias do país
A exibirem seus coretos na praça central
Sua igreja matriz
E seus bancos de concreto, ou madeira pintada
Paraty e sua fusão com história e mar
Casario colonial, igrejas com pedras em cantaria
Calçamento de pedras
Como tantos outros no Brasil
País de terras mineiras e históricas
Cidades coloniais
Rio de Janeiro com sua natureza,
E suas praias e montanhas monumentais
Visão do mundo,
Mar e cidade entrecortada de morros, montanhas
Brasil Central
E sua arquitetura futurista
Goiás e suas cidades históricas,
Suas águas quentes
Seu cerrado, e suas fazendas de celulose,
Repletas de eucaliptos
Sul e Nordeste, com suas rendas
Trabalhos em bilros,
A tecidos serem e pequenos pedaços de madeira
A balançar em estrutura arrendonda;
Rendas de filé,
Tecidas em redes de pescadores,
Com muitas cores e agulhas longas,
A criarem lindas tramas,
Em trabalhos originais
Tudo admirado em telas de tevê
Ou acompanhado de perto,
Quando possível é
E em não sendo,
Podendo-se descobrir outras realidades,
Através da internet, e suas possibilidades infinitas
Ou pela tela da tevê
Mas enfim, criando-se um repositório de imagens
Um agregado de cultura
Patrimônio imaterial
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Feliz Aniversário!
Happy Birthday to you!
Feliz Cumpleaños!
Felicitações, comemorações
Parabéns a todos!
Com desejos de muita saúde e felicidades
Além de muitos anos de vida
Repletos e plenos de realizações
Hoje é o dia de seu natalício,
De seu nascimento
Parabéns por esta data tão querida
II
Dotados de particularidades próprias, o ser humano possui uma origem.
Data de seu natalício.
Aniversário, época de celebração por mais um ano de vida.
Sem nunca esquecer os anos passados, os quais foram igualmente comemorados.
A vida em sendo composta de aniversários, momentos vários.
Acaso a vida não sendo boa, cabível desejos de melhor sorte e felicidades.
Acaso venturosa, que as graças se multipliquem.
A todos, felicidades.
Parabéns!
III
Internet,
Universo de grandes descobertas
E infinitas possibilidades
Navegar pela rede mundial de computadores
Para se entreter e conhecer melhor o mundo,
A contemplar o melhor dos mundos
Muitos dizem que a pretensa conexão com o mundo
Ilusória é
Posto que a cada dia,
Mais isolados estamos
Isto por que, perdemos o contato com a realidade
Com o fantástico e suas infinitas feições
Terras várias, países, com seu povo,
Diversidade cultural
Que nos é vedado conhecer
Por motivos econômicos, principalmente
E o contato direto com os povos,
Substituído é, pela visão virtual do mundo
Mas se não houvesse esta possibilidade,
De se conhecer novos mundos,
Ainda que de forma virtual
Como poderíamos nos encantar com tantas maravilhas?
E deslumbrados, constatar com as descobertas,
Que o ser humano é mais criativo do que se supõe
Não somente a exposição de mazelas,
Mas de um admirável novo mundo
Que de fato é tão velho, “viejo”
E que tão pouco conhecemos
Zoológico argentino com esculturas de países diversos
A simbolizar o país de origem dos animais
Pequena volta ao mundo
As riquezas da África,
Não somente dilacerada por guerras civis,
Conflitos armados, roubos, estupros
E toda a ordem de violência imposta por regimes ditatoriais
A África por seu matiz,
Geratriz
Terra berço da humanidade
De onde se diz que surgiu o primeiro homem
Onde existem pirâmides,
Como no Egito, e seu Rio Nilo,
A servir de origem a antigas civilizações
Sudão e suas pirâmides de faraós negros
Maravilhas triangulares, em meio a vastidão do deserto
Culturas diversas,
Animais selvagens,
Parques Nacionais repletos de muito verde
Instalações confortáveis em meio a floresta,
A servir de abrigo para os viajores
E sua fauna exuberante
Gnus, elefantes, leões,
Girafas, entre outras espécies
Em se passeando pela Europa
Descobertas de pontes encantadoras
E cobertas por um comprido telhado,
Ladeado de lindas flores coloridas
A circundarem um rio,
Que serve de passagem a partes diversas da cidade
Navegando pela rede virtual
Coloca-se em uma nova forma de contato com o mundo real
Conhece-se novos rumos e novas paisagens
E mesmo diante da tela de cristal líquido da tevê
Pode-se vislumbrar um rico mundo de oportunidades
Substituído pelo antigo televisor de tubo
Lugares magníficos de um país de contrastes
Linda Ilha de Vera Cruz,
Após denominada
Terra de Santa Cruz,
Nosso atual Brasil
Mares de azul profundo,
Ou pronunciado verde esmeralda
Coqueiros a balançar ao sabor do vento agreste
Chapéus de praia a enfeitar as avenidas beira mar
Das praias do sudeste
Restingas cercadas de verde e um mar
Imensa Lagoa dos Patos,
A enfrentar as intempéries, a inconstância do tempo
Frio constante,
A andar de braços dados com um vento forte,
Quedas de temperaturas,
E por vezes, neve
As serras coloridas com a uva madura,
Estruturas de madeira a sustentarem os parreirais
Cidades abandonadas,
Com seus monumentos históricos,
Estátuas de seus grandes líderes
A receberem a visitação diária dos pombos
Passeios de trem por terras várias
A avistar cidades, antigas estações de trem
Vales, e muito verde
Viagem em meio a cantorias e bebidas
Passeios em meio a noite de luar,
Recanto de vaga-lumes
Portais imponentes das cidades brasis
São Paulo e suas construções descomunais
Arranha-céus e seus prédios magistrais
A metrópole de concreto,
Com seus bolsões de verde, poucos
Parques,
A mostrarem a suntuosidade do verde atlântico
Muitos museus e suas mostras
Promessas de passeios
O contato com a natureza,
A se fazer de forma quase protocolar
Com visitas a parques e museus
A conhecer brejo natural em jardim botânico
As cidades da região metropolitana
A exporem tapetes de serragem,
Com motivos religiosos
Construções coloniais,
A se converterem em centro histórico
Cidades em partes várias do país
A exibirem seus coretos na praça central
Sua igreja matriz
E seus bancos de concreto, ou madeira pintada
Paraty e sua fusão com história e mar
Casario colonial, igrejas com pedras em cantaria
Calçamento de pedras
Como tantos outros no Brasil
País de terras mineiras e históricas
Cidades coloniais
Rio de Janeiro com sua natureza,
E suas praias e montanhas monumentais
Visão do mundo,
Mar e cidade entrecortada de morros, montanhas
Brasil Central
E sua arquitetura futurista
Goiás e suas cidades históricas,
Suas águas quentes
Seu cerrado, e suas fazendas de celulose,
Repletas de eucaliptos
Sul e Nordeste, com suas rendas
Trabalhos em bilros,
A tecidos serem e pequenos pedaços de madeira
A balançar em estrutura arrendonda;
Rendas de filé,
Tecidas em redes de pescadores,
Com muitas cores e agulhas longas,
A criarem lindas tramas,
Em trabalhos originais
Tudo admirado em telas de tevê
Ou acompanhado de perto,
Quando possível é
E em não sendo,
Podendo-se descobrir outras realidades,
Através da internet, e suas possibilidades infinitas
Ou pela tela da tevê
Mas enfim, criando-se um repositório de imagens
Um agregado de cultura
Patrimônio imaterial
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
sexta-feira, 15 de maio de 2020
2005 – LEMBRANÇAS DE UM ANO QUE COMEÇOU NO FIM
Ano atribulado este de 2005.
Oh ano difícil!
As coisas só começaram a melhorar em seu término.
Isto por que finalmente comecei a trabalhar.
Embora estivesse conveniada a PGE/OAB – Santo André, o trabalho era escasso e o dinheiro idem.
Por isso quando finalmente foi convocada para tomar posse do cargo para o qual concorri em um concurso público em 2004, fiquei deveras satisfeita!
Afinal de contas, desde 2003, venho batalhando para conseguir trabalhar.
Primeiramente , foi lutando para conseguir a tão almejada carteira da OAB.
No ano seguinte, comecei a prestar concursos.
Agora a sorte está mudando!
Que bom!
Nos últimos dias do ano, visitei o Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo.
Nesse espaço imenso, procurei o Pavilhão da Criatividade – Darcy Ribeiro.
À frente uma escultura impressionante: um corpo feminino!
Logo na entrada, uma exuberante exposição mostrando aspectos culturais dos povos da América Latina.
Cores, formas, cruzes com inscrições, símbolos, uma riqueza de detalhes, manequins com roupas típicas.
Toureiros, xales, cores e sobriedade também.
Fitas e espelhos, caveiras, esculturas, objetos, cerâmicas, retábulos, com inúmeras figuras – esculturas/detalhes/informações.
Miniaturas simbolizando pessoas e a diversidade cultural das Américas.
Carrancas, estruturas curvilíneas indicavam vários caminhos para se observar os objetos.
Em dado ponto da mostra, uma ilha com miniaturas simbolizando povoados, cidades e vegetações.
Nesta miniatura, também havia bonecos simbolizando os povoados.
Fixados no alto da parede, barcos de várias regiões do país (Brasil).
Miniaturas estas com vários detalhes.
Na exposição havia detalhes da cultura popular brasileira.
Perucas coloridas, miniaturas de brincantes – figuras do carnaval (bonecos).
Também havia casas de madeira.
E igrejas em miniaturas repletas de detalhes.
Na exposição de presépios, havia um deles com bonecos entalhados em madeira.
Simples.
Em uma árvore, objetos coloridos.
Em metal, um presépio estilizado.
Presépios de materiais originais, criativos.
Havia um presépio em retábulo, cheio de detalhes.
Lindo!
Numa girândola, uma chuva de anjos.
Para completar, um lustre luxuoso, repleto de pequenas lâmpadas.
Na volta, passeio pelo Shopping ABC Plaza, filme, andança pelos corredores.
Em uma vitrine, um presépio com grandes bonecos.
Lindíssimo!
Na véspera do Ano Novo, fogo na Austrália.
Corações e muitos fogos, riscando os céus com suas bonitas formas.
No Rio de Janeiro, desfile do Bloco Bola Preta (tradicional), com trio-elétrico e roupas antigas.
À tarde, tivemos a Corrida de São Silvestre. Marilson Santos, venceu a prova masculina.
Na prova feminina não tivemos a mesma sorte.
A noite, fui me preparar para a grande noite.
Tomei banho, me maquiei.
A qual tive que remover e começar novamente, por tê-la borrado.
No Natal, vesti o tomara-que-caia cor-de-rosa, estilo longuete, que comprei especialmente para ocasião.
Ceei.
Os fogos foram bem modestos.
Na Noite do Reveillon, vesti meu vestido branco longo com corselet.
Ceei e apreciei a queima de fogos.
Na tarde de 1º de janeiro, assisti a “Sinfonia do Rio de Janeiro”.
Que belíssimo trabalho de Francis Hime.
Adorei!
Que bom existirem pessoas assim!
Que conseguem maravilhar-nos!
Por este instante já valeria a existência desses seres iluminados!
Mas eles tem muito mais a oferecer.
Em 11 de dezembro, eu e minha família fomos a Aparecida.
Fomos até a Rodoviária do Tietê. Assistimos a missa.
Agradeci por haver sido chamada para trabalhar no PROCON.
Antes havia realizado concurso para o cargo de Escrivã de Polícia.
Para chegar a Cidade Universitária, levei 2 horas e peguei 5 conduções.
Passei na primeira fase.
Com efeito, na Basílica de Aparecida, após as orações, fomos comer um lanche.
Por fim, voltamos de ônibus para São Paulo.
Na Rodoviária do Tietê, pegamos o metrô.
Descemos na Luz e de lá pegamos o trem.
Voltamos para casa.
Na volta, fomos lendo umas revistas compradas na ida.
Dezembro foi um mês corrido.
Isso porque tive que notificar meus clientes, devolver procuração.
Tudo em razão de não poder mais atuar na Assistência Judiciária.
Por enquanto estou fazendo um curso preparatório para finalmente poder trabalhar.
Fomos informados que vamos trabalhar no Poupatempo.
Agora estamos em 2006!
Que este ano se afigure promissor!
Amém!
Que os anjos assim o digam!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Oh ano difícil!
As coisas só começaram a melhorar em seu término.
Isto por que finalmente comecei a trabalhar.
Embora estivesse conveniada a PGE/OAB – Santo André, o trabalho era escasso e o dinheiro idem.
Por isso quando finalmente foi convocada para tomar posse do cargo para o qual concorri em um concurso público em 2004, fiquei deveras satisfeita!
Afinal de contas, desde 2003, venho batalhando para conseguir trabalhar.
Primeiramente , foi lutando para conseguir a tão almejada carteira da OAB.
No ano seguinte, comecei a prestar concursos.
Agora a sorte está mudando!
Que bom!
Nos últimos dias do ano, visitei o Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo.
Nesse espaço imenso, procurei o Pavilhão da Criatividade – Darcy Ribeiro.
À frente uma escultura impressionante: um corpo feminino!
Logo na entrada, uma exuberante exposição mostrando aspectos culturais dos povos da América Latina.
Cores, formas, cruzes com inscrições, símbolos, uma riqueza de detalhes, manequins com roupas típicas.
Toureiros, xales, cores e sobriedade também.
Fitas e espelhos, caveiras, esculturas, objetos, cerâmicas, retábulos, com inúmeras figuras – esculturas/detalhes/informações.
Miniaturas simbolizando pessoas e a diversidade cultural das Américas.
Carrancas, estruturas curvilíneas indicavam vários caminhos para se observar os objetos.
Em dado ponto da mostra, uma ilha com miniaturas simbolizando povoados, cidades e vegetações.
Nesta miniatura, também havia bonecos simbolizando os povoados.
Fixados no alto da parede, barcos de várias regiões do país (Brasil).
Miniaturas estas com vários detalhes.
Na exposição havia detalhes da cultura popular brasileira.
Perucas coloridas, miniaturas de brincantes – figuras do carnaval (bonecos).
Também havia casas de madeira.
E igrejas em miniaturas repletas de detalhes.
Na exposição de presépios, havia um deles com bonecos entalhados em madeira.
Simples.
Em uma árvore, objetos coloridos.
Em metal, um presépio estilizado.
Presépios de materiais originais, criativos.
Havia um presépio em retábulo, cheio de detalhes.
Lindo!
Numa girândola, uma chuva de anjos.
Para completar, um lustre luxuoso, repleto de pequenas lâmpadas.
Na volta, passeio pelo Shopping ABC Plaza, filme, andança pelos corredores.
Em uma vitrine, um presépio com grandes bonecos.
Lindíssimo!
Na véspera do Ano Novo, fogo na Austrália.
Corações e muitos fogos, riscando os céus com suas bonitas formas.
No Rio de Janeiro, desfile do Bloco Bola Preta (tradicional), com trio-elétrico e roupas antigas.
À tarde, tivemos a Corrida de São Silvestre. Marilson Santos, venceu a prova masculina.
Na prova feminina não tivemos a mesma sorte.
A noite, fui me preparar para a grande noite.
Tomei banho, me maquiei.
A qual tive que remover e começar novamente, por tê-la borrado.
No Natal, vesti o tomara-que-caia cor-de-rosa, estilo longuete, que comprei especialmente para ocasião.
Ceei.
Os fogos foram bem modestos.
Na Noite do Reveillon, vesti meu vestido branco longo com corselet.
Ceei e apreciei a queima de fogos.
Na tarde de 1º de janeiro, assisti a “Sinfonia do Rio de Janeiro”.
Que belíssimo trabalho de Francis Hime.
Adorei!
Que bom existirem pessoas assim!
Que conseguem maravilhar-nos!
Por este instante já valeria a existência desses seres iluminados!
Mas eles tem muito mais a oferecer.
Em 11 de dezembro, eu e minha família fomos a Aparecida.
Fomos até a Rodoviária do Tietê. Assistimos a missa.
Agradeci por haver sido chamada para trabalhar no PROCON.
Antes havia realizado concurso para o cargo de Escrivã de Polícia.
Para chegar a Cidade Universitária, levei 2 horas e peguei 5 conduções.
Passei na primeira fase.
Com efeito, na Basílica de Aparecida, após as orações, fomos comer um lanche.
Por fim, voltamos de ônibus para São Paulo.
Na Rodoviária do Tietê, pegamos o metrô.
Descemos na Luz e de lá pegamos o trem.
Voltamos para casa.
Na volta, fomos lendo umas revistas compradas na ida.
Dezembro foi um mês corrido.
Isso porque tive que notificar meus clientes, devolver procuração.
Tudo em razão de não poder mais atuar na Assistência Judiciária.
Por enquanto estou fazendo um curso preparatório para finalmente poder trabalhar.
Fomos informados que vamos trabalhar no Poupatempo.
Agora estamos em 2006!
Que este ano se afigure promissor!
Amém!
Que os anjos assim o digam!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
“Felizes os que não consciência da própria insignificância”
Todos os anos, as mesmas horas.
Todos os dias, os mesmos minutos.
Todos os dias, os mesmos momentos.
Em dados momentos, sinto um profundo pesar.
Por que viver é tão difícil?
Por que a vida é tão desesperadora?
Porque viver é tão aterrador?
Por que tudo na vida, custa tanto para ser conseguido?
Por que a vida é sempre tão dura e desalentadora?
Ó Pai!
O desânimo é tão grande.
O abatimento moral toma conta de mim.
Há momentos que não sinto esperança.
Sinto-na correr entre os vão dos meus dedos.
Vivo só de obrigações, num mundo tacanho e vazio.
Vivo somente para os meus deveres, e é tão triste viver assim.
Sinto meus dias vazios, minha alma vazia.
Em outros momentos, sinto-me carregada de dor.
Às vezes, tenho a sensação de carregar o peso do mundo nas costas, como se fora Atlas – o Titã.
Sinto muitas vezes uma dor que não é somente minha.
Uma tristeza que não pertence só a mim.
Isto é, se algum dia esta tristeza já me pertenceu.
Sinto saudades de uma vida que não é minha.
De um tempo que já passou.
De uma vida mais feliz.
Ver o mundo tão decadente e corroído me faz mal.
Nesses momentos, lembro-me que já fui mais feliz.
Já soube lidar melhor com a desventura de viver.
Hoje não sei mais.
Ter que me preparar para o mercado de trabalho, ser uma pessoa bem informada, atenta, educada, inteligente, apta.
Enfim, perfeita.
Só que, ainda que me prepare, me informe, me esforce.
Ainda assim, não consigo o que quero.
Não consigo realizar o que se espera de mim.
Não consigo me empregar, ter uma vida independente.
Além disso, estou doente e me sinto completamente sozinha.
Muitas vezes, não tenho com quem contar.
Para quem dizer os problemas, as aflições, as angústias?
Estou encerrada por entre paredes de intolerância, incompreensão e falta de aceitação.
Quantas e quantas vezes me senti inadequada para o mundo?
Quantas e quantas vezes não me senti aceita por ser quem sou e como sou?
Inúmeras.
Será que algum dia alguém irá me entender?
Por que tenho que sofrer, penar tanto?
Por que tenho que passar por isso?
Por que tenho que ser testada o tempo inteiro?
Por que sofro tanto?
Por que a vida é assim?
Até quando terei que suportar?
Desesperação, desengano, solidão, incompreensão.
Essas são as únicas companhias que tenho em muitos momentos de minha vida.
Quando os problemas serão sanados?
Quando terei minha vida apaziguada?
Estou cansada de passar por tantas dificuldades.
Quando tudo acabará?
Queria tanto sentir aquela alegria de outrora.
Para onde ela foi?
Felizes aqueles que não consciência da própria insignificância.
Não sabem o quão a vida pode ser dura.
Não sabem o que é sofrer.
Não sabem o que é ter horror pelo mundo que nos cerca.
Não sabem o que é se sentir injustiçado, perseguido, e maltratado.
São inocentes num mundo sem esperança.
Queria tanto voltar a ser feliz.
Queria tanto uma chance de tentar viver sem dor.
Viver como num livro.
Seria isto possível?
Tenho saudades de um tempo que poderia ter sido e não foi.
Tenho saudades dos tempos de outrora.
Do tempo da saudade e da alegria.
De um tempo que não volta mais.
Talvez também, nunca tenha acontecido.
Talvez tudo não passe de uma ilusão.
Uma quimera, por um lugar de maravilhas que jamais tenha existido.
Quanto a mim. A mim...
Só me resta viver na ilusão de tentar encontrar essa terra prometida.
Essa tal felicidade.
Será ela um lugar, uma pessoa, um momento na vida de todos nós?
Será ela duradoura ou efêmera?
Será ela real ou ilusória?
Serei eu feliz, ou não?
Quem sabe!
Quantas incertezas!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
* Texto escrito há alguns anos, e como se pode perceber, em um momento de dúvidas e angústias.
Como em dados momentos se parece com está sendo vivido agora.
Quantas dúvidas e angústias, em relação a um mundo em que muitos dizem já ter se modificado, e que se modificará ainda mais.
Espero que seja para muito melhor.
Que as mudanças sejam as melhores possíveis.
Para que todos possam encarar o mundo com mais otimismo.
Boa sorte para nós todos, por que estamos precisando (risos).
Todos os dias, os mesmos minutos.
Todos os dias, os mesmos momentos.
Em dados momentos, sinto um profundo pesar.
Por que viver é tão difícil?
Por que a vida é tão desesperadora?
Porque viver é tão aterrador?
Por que tudo na vida, custa tanto para ser conseguido?
Por que a vida é sempre tão dura e desalentadora?
Ó Pai!
O desânimo é tão grande.
O abatimento moral toma conta de mim.
Há momentos que não sinto esperança.
Sinto-na correr entre os vão dos meus dedos.
Vivo só de obrigações, num mundo tacanho e vazio.
Vivo somente para os meus deveres, e é tão triste viver assim.
Sinto meus dias vazios, minha alma vazia.
Em outros momentos, sinto-me carregada de dor.
Às vezes, tenho a sensação de carregar o peso do mundo nas costas, como se fora Atlas – o Titã.
Sinto muitas vezes uma dor que não é somente minha.
Uma tristeza que não pertence só a mim.
Isto é, se algum dia esta tristeza já me pertenceu.
Sinto saudades de uma vida que não é minha.
De um tempo que já passou.
De uma vida mais feliz.
Ver o mundo tão decadente e corroído me faz mal.
Nesses momentos, lembro-me que já fui mais feliz.
Já soube lidar melhor com a desventura de viver.
Hoje não sei mais.
Ter que me preparar para o mercado de trabalho, ser uma pessoa bem informada, atenta, educada, inteligente, apta.
Enfim, perfeita.
Só que, ainda que me prepare, me informe, me esforce.
Ainda assim, não consigo o que quero.
Não consigo realizar o que se espera de mim.
Não consigo me empregar, ter uma vida independente.
Além disso, estou doente e me sinto completamente sozinha.
Muitas vezes, não tenho com quem contar.
Para quem dizer os problemas, as aflições, as angústias?
Estou encerrada por entre paredes de intolerância, incompreensão e falta de aceitação.
Quantas e quantas vezes me senti inadequada para o mundo?
Quantas e quantas vezes não me senti aceita por ser quem sou e como sou?
Inúmeras.
Será que algum dia alguém irá me entender?
Por que tenho que sofrer, penar tanto?
Por que tenho que passar por isso?
Por que tenho que ser testada o tempo inteiro?
Por que sofro tanto?
Por que a vida é assim?
Até quando terei que suportar?
Desesperação, desengano, solidão, incompreensão.
Essas são as únicas companhias que tenho em muitos momentos de minha vida.
Quando os problemas serão sanados?
Quando terei minha vida apaziguada?
Estou cansada de passar por tantas dificuldades.
Quando tudo acabará?
Queria tanto sentir aquela alegria de outrora.
Para onde ela foi?
Felizes aqueles que não consciência da própria insignificância.
Não sabem o quão a vida pode ser dura.
Não sabem o que é sofrer.
Não sabem o que é ter horror pelo mundo que nos cerca.
Não sabem o que é se sentir injustiçado, perseguido, e maltratado.
São inocentes num mundo sem esperança.
Queria tanto voltar a ser feliz.
Queria tanto uma chance de tentar viver sem dor.
Viver como num livro.
Seria isto possível?
Tenho saudades de um tempo que poderia ter sido e não foi.
Tenho saudades dos tempos de outrora.
Do tempo da saudade e da alegria.
De um tempo que não volta mais.
Talvez também, nunca tenha acontecido.
Talvez tudo não passe de uma ilusão.
Uma quimera, por um lugar de maravilhas que jamais tenha existido.
Quanto a mim. A mim...
Só me resta viver na ilusão de tentar encontrar essa terra prometida.
Essa tal felicidade.
Será ela um lugar, uma pessoa, um momento na vida de todos nós?
Será ela duradoura ou efêmera?
Será ela real ou ilusória?
Serei eu feliz, ou não?
Quem sabe!
Quantas incertezas!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
* Texto escrito há alguns anos, e como se pode perceber, em um momento de dúvidas e angústias.
Como em dados momentos se parece com está sendo vivido agora.
Quantas dúvidas e angústias, em relação a um mundo em que muitos dizem já ter se modificado, e que se modificará ainda mais.
Espero que seja para muito melhor.
Que as mudanças sejam as melhores possíveis.
Para que todos possam encarar o mundo com mais otimismo.
Boa sorte para nós todos, por que estamos precisando (risos).
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