Poesias

sábado, 11 de abril de 2020

Símbolos locais

Produzido pelo artista Salvador Thaumaturgo, o brasão segue a codificação heráldica (conjunto de emblemas) de origem portuguesa.
Segundo o autor a cor verde representa o primitivo Campo de Piratininga e o vermelho, o sangue derramado para a sua conquista e, por analogia, as cores da bandeira da Península Itálica, que forneceu o maior contingente dos fundadores do antigo povoado.
A engrenagem de ouro, símbolo tradicional da indústria, representa a vida atual do município.
O nome Di Thiène identifica São Caetano Di Thiène, Padroeiro da cidade.
A coroa mural de ouro é o símbolo da independência municipal.
Os dizeres no filete azul fazem lembrar as datas da fundação e do histórico plebiscito.
O brasão do município foi instituído pela Lei n.º 72, de 10 de março de 1950.
A lei aprovou o brasão, mas não tratou da bandeira, embora Salvador Thaumaturgo tenha também apresentado o projeto: fundo azul, no centro um losango branco com o brasão do município e suas cores – o ouro, no entanto, foi substituído pela cor amarelo.
Uma comissão, criada pelo então Prefeito Ângelo Raphael Pellegrino, decidiu adotar o projeto do artista para a bandeira, que foi promulgada pela Lei n.º 356, de julho de 1953.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.

São Caetano Di Thiène – Progresso, trabalho e luta

A história de São Caetano liga-se ao descobrimento do Brasil.
A Vila de Santo André, fundada por João Ramalho em 1553, mais tarde foi abandonada e acabou destruída em 1560.
Era uma área habitada por fazendeiros, tropeiros e carreiros que trabalhavam no transporte de mercadorias entre o porto e o Planalto.
Algumas das fazendas eram propriedade de Bandeirantes.
Em 1631, o Capitão Duarte Machado doou aos padres Beneditinos, o sítio que possuía no Tijucuçu. Anos mais tarde, em 1671, Fernão Dias Paes Leme, bandeirante conhecido sob a alcunha de “O Caçador de Esmeraldas”, arrematou em leilão, outro sítio vizinho e também o doou aos padres.
Assim, se formou a Fazenda São Caetano, onde, além de pequenas plantações, os padres mantinham uma olaria para fazer os tijolos, lajotas e telhas de que necessitavam para a construção do Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo.
Em 1868, iniciou-se um novo período na vida da antiga Fazenda São Caetano, com a inauguração da Estrada de Ferro Inglesa São Paulo Railway Company.
Logo depois, o Governo Imperial adquiriu as terras de São Caetano, para instalar um dos Núcleos Coloniais, que objetivavam incentivar a imigração européia e, com isso, minorar os efeitos da evasão da mão-de-obra agrícola.
O da Fazenda São Caetano foi o primeiro a ser inaugurado.
Em 29 de junho de 1877, algumas famílias de imigrantes embarcaram no vapor Europa, no porto de Gênova, com destino ao Brasil.
O primeiro grupo de italianos, integrado por 28 famílias, chegou ao Núcleo Colonial em 28 de julho de 1877.
A instalação aconteceu com a presença de Sebastião José Pereira, presidente da Província e do engenheiro Leopoldo José da Silva, da Comissão de Terras e Colonização.
Faziam parte da primeira leva de imigrantes, da Província de Treviso, os seguintes chefes de família: Antonio Gallo, Antonio Martorelli, Antonio Garbelotto, Caetano Garbelotti, Celeste Pantallo, Domenico Bottan, Domenico Perin, Eliseo Leoni, Emílio Rossi, Francesco Bortolini, Francesco Fiorotti, Francesco De Martini, Filippe Roveri, Giácomo Dalcin, Giovanni Moretti, Giuseppe Braido, Giovanni Perucchi, Giovani De Nardi, Giovanni Thomé, Giuseppe De Savi, Giuseppe Salla, Luigi D’Agostini, Modesto Castelotti, Natale Furlan, Pietro Pessotti, Paolo Martorelli, Pasquale Cavana e Tommaso Thomè.
Seis meses depois, chegava o segundo grupo de imigrantes, da Província de Mântua, com os seguintes chefes de família: Luigi Baraldi, Francesco Coppini, Isacco Coppini, Francesco Carnevalle, Francesco Ferrari, Modello Dionisio, Gennaro Luciani, Giovanni Vicentini, Francesco Modesto, Eugenio Modesto e Domenico Vicentini.
A presença dos colonos e a proposta do governo de fornecer-lhes alimentação por dois anos em troca do que produzissem, abriram novas perspectivas para o núcleo.
A posse definitiva das terras de São Caetano deu-se em 1880.
Os habitantes do núcleo dedicaram-se, num primeiro momento, ao trabalho agrícola e cultivo das videiras.
O interesse dos trabalhadores, foi logo despertado pela várzea compreendida entre os rios Tamanduateí e dos Meninos, local rico em excelente argila.
Imediatamente começaram a aparecer os primeiros estabelecimentos que se dedicaram ao fabrico de telhas, tijolos e louças, seguindo a tradição dos antigos monges Beneditinos.
Data de 1758 a notícia inicial da existência de olarias na região, mas foi no ano de 1793 que se instalou a primeira indústria de telhas e tijolos em grande escala.
Quando, em 1895, surgiu a necessidade de material para o construção do Museu do Ipiranga, e a olaria do senhor Giuseppe Ferrari forneceu o material necessário para a grande obra.
Em 1889, efetuou-se o recenseamento local, tendo-se verificado a existência de 322 pessoas, distribuídas em 92 lotes de terra, além de muitos outros imigrantes que aguardavam no barracão da sede da fazenda, onde estavam estabelecidos há dois anos – a distribuição de novos lotes a serem cultivados.
Isso indica a enorme atividade existente em São Caetano, que progredia com rapidez e, em 1896, já se tornava um dos grandes centros produtores da Província de São Paulo. 
A história político-administrativa de São Caetano acompanhou, em parte, seu desenvolvimento econômico.
Em 1901, o território que até então pertencia ao Município de São Paulo, foi anexado ao recém-criado Município de São Bernardo do Campo.
Em 1905, São Caetano era elevado a categoria de Distrito Fiscal.
A fixação das primeiras indústrias coincidiu com a ascensão a Distrito de Paz, em 1916.
Em 1924, o Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, dava ao núcleo a sua primeira Paróquia e seu primeiro Vigário.
A vila transformava-se em cidade.
A Indústria Pamplona, foi a primeira fábrica instalada, vindo a seguir a fábrica de Formicida Paulista, de Serafim Constantino.
A primeira sociedade de caráter social e filantrópico, foi a Sociedade Beneficente Príncipe di Napoli, em 1891; a segunda, a União Operária Internacional de São Caetano.
A primeira manifestação pela autonomia deu-se em 1928, liderada pelo engenheiro Armando de Arruda Pereira.
O São Caetano Jornal foi criado para divulgar a idéia emancipacionista, convocando os moradores do Distrito de São Caetano, para votar em seus próprios candidatos a Vereador e Juiz de Paz, nas eleições daquele ano.
Os resultados não foram os esperados: em 15 de janeiro de 1929, o Coronel Saladino Cardoso Franco era reeleito, pela sexta vez, Prefeito do Município de São Bernardo, e São Caetano continuaria a ser um de seus distritos.
O movimento, portanto, foi malsucedido.
Na década de 40, o sonho da emancipação voltou a empolgar os sancaetanenses, dando origem à segunda tentativa de obter a autonomia.
O Jornal de São Caetano e a Sociedade Amigos de São Caetano, lideraram o movimento em 1947.
A Assembléia Legislativa do Estado, recebeu abaixo-assinado com 5.197 assinaturas solicitando a realização de um plebiscito.
A reivindicação foi atendida e a consulta popular foi realizada em 24 de outubro de 1948.
Foram apurados 8.463 votos a favor da autonomia de São Caetano, e 1.029 votos contrários.
Em 24 de dezembro daquele ano, o Governador do Estado de São Paulo, Adhemar de Barros, ratificou a decisão dos sancaetanenses, homologando a criação do Município de São Caetano do Sul, efetivada a 1º de janeiro de 1949.
A primeira eleição para os cargos públicos, no mês de março seguinte, escolheu Ângelo Raphael Pellegrino, Primeiro Prefeito e constituiu a primeira Câmara de Vereadores, ocorrendo a posse dos Poderes Executivo e Legislativo no dia 3 de abril de 1949.
Em 30 de dezembro de 1953, foi criada a Comarca, instalada no dia 3 de abril de 1955.
Os prefeitos de São Caetano foram os seguintes:
De 3 de abril de 1949 a 3 de abril de 1953, Ângelo Raphael Pellegrino, sem VicePrefeito;
De 4 de abril de 1953 a 3 de abril de 1957, Anacleto Campanella (Vice-Prefeito: Jacob João Lorenzini);
De 4 de abril de 1957 a 3 de abril de 1961, Oswaldo Samuel Massei (Vice-Prefeito: Lauro Garcia);
De 4 de abril de 1961 a 3 de abril de 1965, Anacleto Campanella (Vice-Prefeito: Lauro Garcia);
De 4 de abril de 1965 a 3 de abril de 1969, Hermógenes Walter Braido (VicePrefeito: Odilon de Souza Melo);
16 De 5 de abril de 1969 a 31 de janeiro de 1973, Oswaldo Samuel Massei (VicePrefeito: Antonio Russo);
De 31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977, Hermógenes Walter Braido (VicePrefeito: Argemiro de Barros Araújo);
De 1º de janeiro de 1977 a 15 de janeiro de 1982, Raimundo da Cunha Leite (VicePrefeito: João Dal’Mas);
De 15 de maio de 1982 a 31 de janeiro de 1983, João Dal’Mas;
De 1º de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988, Hermógenes Walter Braido (Vice-Prefeito: Lavinho de Carvalho);
De 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992, Luiz Olinto Tortorello (VicePrefeito: João Tessarini);
De 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996, Antonio José Dall’Anese (VicePrefeito: Iliomar Darronqui);
De 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000 e de 1º de janeiro de 2001 em diante também, Luiz Olinto Tortorello (Vice-Prefeito: Sílvio Torres).

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano e internet.

São Bernardo do Campo

O município de São Bernardo do Campo nasceu na Borda do Campo, na mesma região onde existiu a histórica “Villa” de Santo André da Borda do Campo (1550 – 1560).
Sendo a região local de passagem, para aqueles que do Planalto se dirigiam ao Porto de Santos, em especial as “tropas” carregando mercadorias e que aqui faziam pouso, começou a se desenvolver na fazenda dos Monges Beneditinos, ao redor de uma capela por eles construída em 1717, um povoado, as margens do Ribeirão dos Meninos, região do atual Bairro Rudge Ramos (no local onde hoje está instalado o Carrefour Vergueiro).
Pelos primitivos e novos caminhos, pelas velhas fazendas, registraram-se a presença do português desbravador, do índio e do negro escravo.
Tendo-se formado e crescido em terras particulares dos Beneditinos, o povoado não pôde ser oficializado, sendo por isso transferido para outro trecho do velho Caminho do Mar, onde está hoje a Igreja Matriz (Largo da Matriz, na Rua Marechal Deodoro).
Esta transferência do povoado ocorreu em princípios do século XIX.
Ali, em 1812, de subúrbio da Capital, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia.
Em 1877 foi instalado, nas terras desapropriadas da fazenda dos Beneditinos, o Núcleo Colonial de São Bernardo, que vai dar nova vida a “Villa”.
Constituiu-se 15 linhas coloniais que posteriormente originaram os atuais bairros de São Bernardo do Campo.
A presença do imigrante, majoritariamente italiano, e predominante nesse fim de século XIX e início do século XX, contribuiu para ampliar a miscigenação.
O cultivo da terra era intensificado.
Plantou-se, colhou-se, fabricou-se, produziu-se...
Os campos foram sendo devastados, as matas derrubadas, as estradas alargadas, ruas corrigidas e calçadas, as vilas edificadas e casas construídas.
Ao final do século, por lei provincial de 12 de março de 1889, a Freguesia foi elevada a Município, cuja instalação ocorreu em maio de 1890.
O Município compreendia, então, praticamente todo o território do atual ABC.
O nome – São Bernardo – deveu-se a denominação da fazenda dos Monges Beneditinos, onde havia uma capela dedicada ao Santo, ao redor da qual surgiu o primitivo povoado de 1717.
Com a exploração da madeira, as serrarias apareceram, registrando a tendência industrial da “Villa”.
Desenvolveu-se a indústria moveleira, ao lado da têxtil.
Na década de 20, com a construção da represa Billings, alguns núcleos coloniais de imigrantes italianos formados no século XIX, foram atingidos por suas águas.
Os caminhos se proliferaram, não só como passagem, mas como expansão do processo de urbanização.
Os bairros foram se formando e se desdobrando em pequenas vilas e novos bairros.
O espaço do povoado se transformou na paisagem da cidade.
Apesar do desenvolvimento da sede do Município (atual São Bernardo do Campo), o Bairro da Estação (Santo André), em razão da Estação de Ferro inaugurada em 1867, conheceu um crescimento acelerado, com a implantação de várias indústrias.
Assim, Santo André começou a se destacar econômica e politicamente, tornando-se, em 1938, a sede do Município.
O nome do município foi mudado para Santo André, e São Bernardo tornou-se distrito.
Após muitas movimentações, em 1944 ocorreu a emancipação político – administrativa de São Bernardo.
O designativo “do Campo”, aplicado a São Bernardo, surgiu da instalação do atual município, em 1º de janeiro de 1945.
Hino Oficial: Nosso Município Música: João Silvério da Silva (João Gomes) Letra : Wallace Cockrane Simonsen

"Salve São Bernardo
Pedaço do meu Brasil,
Retomas o teu velho posto Impávido e varonil.

Salve São Bernardo do Campo e do nosso lar,
Que vê o raiar da aurora
Dos Contrafortes da Serra do Mar

Ó povo de São Bernardo Salve a tua liberdade
A nossa bela Vila
Volta outra vez a ser Cidade

Alerta ó gente nossa
Tua canção vem entoar,
Cantando a grande vitória
Que nossa terra acaba de alcançar

Custou mais veio
A justa reparação,
Nosso trabalho
Não foi em vão

Custou mais veio
A justa reparação
Por isso é que no peito
Bate mais forte o nosso coração."

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Bernardo e internet.

Marco Zero da História Paulista

Santo André é pujante.
Percorrendo a cidade, rasgada em parte, pelo caminho de troleibus, no sentido – São Mateus –, onde se percorre boa parte do município de São Bernardo do Campo – começando pelo bairro Ferrazópolis, seguindo em direção ao centro, onde se vê a prefeitura e seus canhões de luzes que brilham à noite, a Ete Lauro Gomes, o shopping Metrópole e as inúmeras passarelas de cor laranja que existem na região – a seguir, entrando no município de Santo André, somente as duas últimas estações pertencem à São Paulo.
E próximo de São Paulo, que fica o Parque Novo Oratório e sua bela igreja.
Mas Santo André não é só troleibus.
Muito embora se possa através de seu trajeto, conhecer muitas das belezas da cidade.
Percorrendo a Avenida Pereira Barreto, se pode ver muitas coisas.
Além disso, na região, temos o trem que corta os municípios de São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, até finalmente chegar a antiga vila inglesa – Paranapiacaba –, com sua ‘fog’ londrina, seu conhecido Festival de Inverno e seu relógio importado, na Estação abandonada – berço de sua história.
Paranapiacaba – “lugar de onde se vê o mar”.
Mas, voltando ao centro da cidade de Santo André, pode-se admirar belas construções, como o Teatro Municipal – de estrutura modernista toda em concreto –, a Prefeitura – um imenso prédio, também em concreto, com inúmeros andares –, à sua frente está o Fórum Cível e Criminal – um retângulo todo em concreto.
Essas construções, circundadas por uma imensa área verde, possuem uma praça e um lago artificial.
Na praça, são realizadas feiras de artesanato, em alguns dias da semana.
É uma cena bonita de se ver.
Um mar de barraquinhas enfeitando o lugar – imenso.
Nessa área também se pode avistar o início da Avenida Dom Pedro II, a Sede amarela da ACISA – Associação Comercial e Industrial de Santo André – ladeada pelo viaduto que dá acesso a avenida.
Próximo dali, está o prédio do Jornal “Diário do Grande ABC”, bem como o Colégio Américo Brasiliense – com suas colunas imensas, seu pé direito elevado, suas amplas janelas, sua antiga cor azul – suja –, para hoje se tornar um delicado tom amarelo.
Em suas imediações, existe um portão circundando o famoso colégio, para se evitar as pixações, que já maltrataram muito o edifício anteriormente.
À sua frente, árvores frondosas, e a Praça Quarto Centenário – lugar importante na cidade. Igualmente próximo dali, está o Prédio dos Correios – com suas janelas altas e sua cor próxima do amarelo.
Logo a sua frente, está uma passarela que permite aos passantes, não precisarem atravessar a rua, que possuí um trânsito, bastante complicado.
Ao lado do Prédio do Correio, está um relógio, indicando as horas e a temperatura da cidade, no momento em que se passa por lá.
Ladeando o Fórum, está a moderna Casa do Advogado, com seus concretos e alguns tons de vermelho.
Em sua garagem, está um pequeno lago, que faz companhia ao elevador.
Seus quatro pavimentos, proporcionam aos advogados, um lugar onde podem buscar apoio e ajuda para os problemas do dia-a-dia da profissão.
Quanto a Ete Júlio de Mesquita – este prédio belíssimo, data da década de 40.
Entre outros pontos marcantes, temos o Clube Esportivo Primeiro de Maio.
Em seu muro, tem uma espécie de bica com água, na qual, abrindo-se uma, de suas várias torneiras, se pode matar a sede.
Pelo que se pode ver do lado externo, trata-se de um lugar amplo, repleto de áreas verdes, com duas entradas.
Na Rua Bernardino de Campos, também temos um clube imponente.
Sua bela escadaria, convida a todos a uma agradável experiência.
É nessa região, em que se concentram as lojas de flores, que enfeitam sobremaneira a cidade.
Logo a frente se pode perceber que está a Estação de Trem.
O município tem três estações: a principal, Estação Santo André, a Estação Prefeito Saladino – em homenagem a Saladino Cardoso Franco, Prefeito da cidade –, e a Estação Utinga.
Já na Avenida Pereira Barreto, que faz limite com a querida cidade de São Bernardo, a qual possuí o shopping Metrópole na região – comércio este, que em época de Natal encanta a todos com sua belíssima decoração, repleta de fios dourados, que recobrem boa parte de sua fachada.
É uma beleza ver suas luzes.
O Paço Municipal não fica atrás.
Boa parte de suas árvores é coberta com luzes piscantes.
Em alguns bairros são instaladas árvores de metal, que brilham à noite.
Nos postes, às vezes também são penduradas luzes e brilhos.
Mas voltemos à avenida.
Em Santo André, temos o shopping ABC, no lugar do antigo Mappin, com sua passarela.
Este comércio, em época de Natal, também se embeleza.
Houve tempo, em que renas foram colocadas por sobre o chafariz, que existe na entrada do lugar.
Este ano, resolveram instalar três imensas árvores de Natal, com estrutura em ferro, decorados com o verde da época.
Na fachada do shopping, pequenas luzes piscam brilhando para encantar os olhos de quem por lá passar à noite.
A decoração interna, linda como sempre, está diferente dos anos anteriores.
Isso por que, o shopping está mais enfeitado.
A grande árvore de Natal que ocupa a entrada do lugar, é imensa e está ano, está toda enfeitada de fitas e cores vermelhas.
Ao longo dos corredores, também se pode ver inúmeras árvores de natal enfeitando as entradas das lojas.
Há ursos de vários tamanhos, guirlandas enfeitadas de fitas vermelhas por toda a parte, lâmpadas descendo em fios dourados, laços, fitas, tudo muito vermelho.
Em todos os andares há enfeites e árvores de Natal.
No piso térreo, do lado oposto a Praça de Alimentação, está montado um pequeno cenário, onde um Papai-Noel magro, tenta entreter algumas crianças.
Neste ambiente está uma espécie de chaise longue vermelha acompanhada de algumas renas de plástico, e uma árvore de Natal.
Também está lá, uma moça vestida com trajes natalinos.
O Natal é realmente uma época mágica.
É nesse momento do ano que todos os shoppings se esmeram para elaborar uma decoração à altura da ocasião.
Árvores gigantes, arranjos chamativos e belos, guirlandas, presépios, neve artificial, casa do Papai Noel para as crianças, trenós, renas, tudo para deixar a todos encantados.
Em frente ao shopping, está o Hospital Brasil.
Centro de Saúde por excelência, está instalado em uma importante área da cidade.
Verdinho, verdinho!
Na Avenida Pereira Barreto, pode-se avistar ainda, vários prédios, dentre eles, um todo redondo e envidraçado.
Está próximo a Avenida Gilda, outro importante ponto da cidade.
Na Avenida Portugal, temos um pedacinho da Europa, dado o primor da região.
Por ser uma área tão bem cuidada da cidade, atrai minha admiração.
Não que as outras áreas da cidade não sejam bem tratadas.
Seriam injusto falar isso, já que Santo André é tão linda!
Mas a Avenida Portugal, é particularmente sofisticada.
É lá que estão belos prédios, e um importante comércio da cidade.
É nessa avenida que está localizado um belo hospital – que possuí até um pequeno chafariz em sua entrada.
No centro da cidade, temos lojas de rua, chafariz e galerias – repletas de comércio.
A Rua Oliveira Lima, é tradicionalmente conhecida por seu comércio.
Com uma cúpula de vidro instalada ao longo de toda a rua, caracterizou nitidamente a região.
Seu chafariz, também é uma importante marca do lugar.
No centro temos ainda a Casa da Palavra – templo da literatura, e conseqüentemente das letras.
Trata-se de um belo imóvel, muito bem conservado.
Situado em frente a Praça do Carmo – a qual tem uma imponente igreja, que dá nome ao logradouro.
A edificação, imensa, toda pintada de branco, possuí uma magnífica entrada com cobertura.
Ao lado está um posto da Guarda Municipal.
Em outra região, está a Casa do Olhar, onde também temos um exemplo de uma bela construção, só que infelizmente abandonada.
Exemplos como esses, para a tristeza da memória da cidade, temos em toda a região, em vários bairros.
Na Rua Bernardino de Campos, próxima a Estação Férrea está um exemplo de construção antiga abandonada.
É uma pena que vivamos em um tempo em que as pessoas não preservam o passado!
Na Rua Senador Fláquer temos o Cine – Teatro Lauro Gomes, inúmeros Bancos e vários comércios.
No centro, temos também um pequeno shopping na rua mais famosa de comércio da cidade.
O shopping, já abrigou pequenas exposições sobre variados assuntos.
Com dois andares, possibilita a entrada dos passantes, por três ruas diferentes.
Mais adiante, depois da Estação Santo André Leste – de troleibus –, temos o shopping ABC Plaza.
Um belíssimo edifício, todo em salmão, muito maior que o shopping da Pereira Barreto, possuí caixa d’água, várias entradas, bancos, supermercado e muitas, muitas lojas, além de várias entradas, salas de cinema, uma exuberante praça de alimentação, e uma área de jogos.
Também lá se elaboram bonitas decorações para o Natal.
Este ano, por exemplo, em uma das entradas do shopping, está armado, um pequeno cenário, com um sofá vermelho e pequenas árvores de Natal, saudando os visitantes e convidando-os para as compras de fim-de-ano.
Em Santo André temos ainda, o antigo Parque Duque de Caxias – hoje Celso Daniel – homenagem póstuma ao Prefeito assassinado covardemente em 2002, por motivos evidentemente políticos.
Este parque, imponente, possuí árvores frondosas, e transmite uma bela visão para quem passa pela avenida que lhe dá acesso.
Flores, árvores, verde, instalações, este parque é uma beleza!
A cidade, também tem um pequeno parque, ao lado da Prefeitura.
De clube, temos também, o Panelinha.
Pequeno, mas aprazível.
No município temos escolas, faculdades – entre elas, a Fundação Santo André.
Este importante Centro Universitário, está fazendo cinqüenta anos com muitos cursos e a devida qualidade.
Trata-se de um local amplo arejado e bucólico, com muito verde e espaço.
Quanto a UNIABC, esta também possuí um imenso campus, mas nem de longe chega perto da beleza do espaço verde da Fundação.
No município temos ainda a Uni-A.
Em relação as faculdades e universidades, tenho o sonho de um dia ainda ver, um Centro Universitário gratuito, na região do Grande ABC, coisa que há muitos anos, estamos precisando!
Na cidade existem ainda, inúmeras bibliotecas, entre elas a da Prefeitura, e inúmeras repartições públicas – como Fóruns: Cível/Criminal, Trabalhista e Justiça Federal – instalada recentemente –, Procuradorias, o Prédio da Receita Federal na Rua José Caballero, o Semasa, etc.
Mas não é só isso.
Temos supermercados, mercados, lojas, farmácias, hospitais, Centro Hospitalar, Pronto-Socorros.
Muito embora a saúde esteja sendo sucateada em nosso município, ainda podemos contar com alguns serviços de saúde.
Além disso, temos escolas, mais comércio, escritórios: de advocacia, de contabilidade etc. Consultórios de dentistas, etc.
Quanto a isso, cumpre ressaltar que é flagrante a quantidade de profissionais com diploma superior despejados anualmente no mercado de trabalho.
A situação é alarmante!
No tocante a comércio, temos ainda, muitos restaurantes, lanchonetes, bares, churrascarias, pizzerias, etc.
Também temos algumas pensões, e um hotel, construído recentemente.
O Hotel Plaza Maior maior é uma celebração na cidade que até então, não possuía este tipo de empreendimento.
O oposto de São Bernardo que possuí vários hotéis, como o Parque Plaza Hotel.
No município de Santo André temos ainda, o Museu da Música que está sendo restaurado, e um Conservatório.
Também temos um centro, onde são realizados cursos de pós-graduação na área jurídica, na Rua Almirante Protógenes.
No setor de prestação de serviços e comércio, temos muitas possibilidades.
Com relação a isso e muito mais, Santo André tem um excelente aparelho urbano.
Mas, possuí inúmeros problemas com transporte, trânsito, poluição, violência, desemprego, problemas na saúde e no ensino – não só no básico, mas também no 1º e 2º segundo graus, sem contar o ensino superior.
Há também, problema de vagas em creches, descaso das autoridades constituídas em vários setores como segurança, educação, transporte, saneamento básico, saúde, investimento em novos aparelhos urbanos, para melhorar a vida de quem vive na cidade, etc.
Faltam recursos, decerto que sim, mas também, falta vontade política.
Como as autoridades que se perpetuam no poder, não há uma oxigenação do processo democrático no município, o que prejudica deveras a possibilidade de melhoria na região.
Todavia, tivemos a oportunidade de reverter esse quadro, mas infelizmente, jogamos esta oportunidade fora, quando elegemos um prefeito que há dois anos governa a cidade e não fez nada por ela.
Só espero que esta cidade não fique eternamente nas mãos de políticos desinteressados em resolver problemas da região.
Nas próximas eleições, espero sinceramente, que os eleitores estejam mais conscientes de seu poder de decisão.
Por que o resultado das eleições de 2004, foi, utilizando uma sábia expressão do eminente jornalista Bóris Casoy: Uma vergonha!
Contudo, deixemos as tristezas de lado, até por que, independente disso, o município é bonito, muito embora nem tudo esteja resolvido.
Agora, em época de Natal, falemos então das luzes e cores da cidade.
Das ruas ricamente ornamentadas, como a cerca de dois anos atrás, quando vi a Rua Caiubi, toda enfeitada com guirlandas e laçarotes vermelhos, bem como, com luzes cintilantes.
Brindemos às luzes, às cores, ao brilho.
Brindemos a beleza dos shoppings ricamente decorados para a ocasião, as árvores de Natal, as casas repletas de luzes e de enfeites.
Época de decorar a pinheiro – árvore símbolo da época – com bolas coloridas, sinos, brilhos, luzes coloridas e piscantes e tudo mais que a imaginação permitir.
Tempo de se montar presépios e enfeitar a entrada das casas.
De se colocar uma guirlanda na entrada do lar.
No centro da cidade temos também muitos enfeites.
Guirlandas brancas enfeitadas com pombas, mensagens de paz e sinos.
Em São Caetano, árvores de natal enfeitam algumas das principais ruas da cidade.
Uma beleza!
Todavia, não devemos nos esquecer do aniversariante da época.
Ele com toda certeza, é o mais importante da festa.
Não é mesmo?
Para mim, o Natal, é uma época em que se evoca coisas boas, um clima agradável, e muita felicidade.
 Vocês não concordam?!
Por fim, o nosso estóico berço de origem, a nossa querida vila quinhentista ... Santo André, você realmente é uma cidade magnífica.
Parabéns a você!
Feliz Natal.
Parabéns a todos o munícipes desta cidade, desde os nascidos até os que optaram por morar aqui.

Texto de Luciana Celestino dos Santos, redigido em 16 de novembro de 2004.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Efeméride Andreense

Santo André, comemora, anualmente, no dia 8 de abril, o aniversário de instalação oficial da Vila de Santo André da Borda do Campo e não do atual município.
Isso por que a vila quinhentista de João Ramalho, formada em 1550, oficializada em 8 de abril de 1553, chegou ao fim em 1560, quando seus moradores e autoridades, transferiram-se para o Pátio do Colégio, em São Paulo de Piratininga.
O município hoje, tem consciência de sua formação, portanto.
Seu ressurgimento data do ano de 1861, quando da formação do primeiro povoado local, no Alto da Serra, com o primitivo nome de Paranapiacaba – hoje parte integrante da cidade.
Até os idos de 1861, quando começou a ser formada Paranapiacaba, Santo André, possuía apenas uma população dispersa, que ocupava sítios e outras propriedades rurais, sem um sentimento de coletividade.
Em caso de problemas, a população acorria à sede da Freguesia de São Bernardo ou então, à Capital da Província.
E assim o tempo foi passando... Santo André, não se limita atualmente, ao Distrito de Capuava.
Há também, um avanço para fora do eixo do Vale do Tamanduateí, atingindo áreas de mananciais, onde a cidade incorpora e administra bairros ao longo da Represa Billings, Jardim e Parque das Garças, Jardim Joaquim, Eugênio de Lima, Rio Pequeno, etc., atingindo os antigos Campo Grande e Paranapiacaba.
Paranapiacaba é Santo André, assim como o são, os bairros do porte de uma Vila Bastos, ou Parque das Nações, estes mais centrais.
O Parque Novo Oratório, por exemplo, fica mais afastado do centro e também é parte integrante do município, assim como outros bairros.
Pobres ou não, compõe em vida e forma esta cidade!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de Santo André e internet.

Prefeitos de Santo André

1889 a 1891 João do Prado
1892 a 1896 Capitão José de Oliveira Cata Preta
1896 a 1897, e 1898 a 1904 Agenor de Camargo
1905 a 1907 João Batista de Oliveira Lima
1908 a 1910, e 1911 a 1913 Alfredo Luiz Fláquer
1914/15; 1916/19; 1920/22; 1923/24;1926/27; e 1928 Saladino Cardoso Franco
1930 Armando Setti
1931 Armando Arruda Pereira
1933 Justino Paixão
1934 a 1937 Felício Laurito
1938 Décio de Toledo Leite
1940 José de Carvalho Sobrinho
1947 Alfredo Maluf * (Armando Mazzo foi cassado pelo Supremo Tribunal Eleitoral antes de tomar posse)
1948 Antonio Fláquer
1951 Francisco A. A. Barone
1952 a 1955 Fioravante Zampol
1956 a 1959 Pedro Dell ‘Antonia
1960 Oswaldo Gimenez
1961 José Silveira Sampaio
1962 a 1963 Clovis Sidney Thon
1964 Lauro Gomes de Almeida
1964 a 1967 Fioravante Zampol
1968 a 1972 Newton da Costa Brandão
1973 a 1977 Antonio Pezzollo
1978 a 1982 Lincoln dos Santos Grillo
1983 a 1988 Newton da Costa Brandão
1989 a 1992 Celso Daniel 1993 a 1996
Newton da Costa Brandão 1997 a 2000
Celso Daniel 2001 a 2004
Celso Daniel * (nos últimos dois anos o cargo foi exercido pelo até então Vice–Prefeito, João Avamileno, em decorrência do assassinato do Prefeito em exercício)

Luciana Celestino dos Santos
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Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de Santo André e internet.

Praça Embaixador Pedro de Toledo, "Largo da Estátua"

É em torno deste eixo que a cidade se implantou, sem barreiras geográficas, ofuscada timidamente, vez ou outra, por estranhos e fisiológicos movimentos que tentavam, quebrar o que o antropólogo José Guilherme Magnani chamou de "a lógica do pedaço".1

1 Fonte: Secretaria de Planejamento. Sumário de Dados de Santo André 1996 (ano base 1995). Autor: ADEMIR MÉDICI é jornalista, membro do Grupo Independente de Pesquisadores da Memória do Grande ABC (GIPEM).

Luciana Celestino dos Santos
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Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de Santo André e internet.