Era um vestido longo, de veludo azul.
Possuindo dois pares de alças, que seguravam
um amplo decote que desnudava totalmente as costas.
Na frente, a parte de cima do vestido era bem justa ao corpo.
O vestido era bem
decotado, nem possuía mangas.
O único comprimento era o da longa saia do vestido.
Não
tinha grandes adornos, era um vestido de noite, mas era bem simples.
Totalmente comprido, macio, o tecido era de um azul claro, discreto.
Uma bela
roupa!
A saia do vestido era levemente larga e possuía algumas pregas, dando liberdade de
movimento, e a altura do mesmo, permitia ver um sapato delicado durante os passos de
dança.
Um vestido desses é ótimo para ser usado em festas formais onde a elegância é o que
conta.
Daí, vestidos longos serem tão chiques e clássicos.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
Para um ano novo...
Agora que piso nesta areias barrentas de um longo dia de lamaçal, sinto que em
breve novo ano irá começar.
O refluxo do mar que com as ondas vai e vem, quebrando na margem da praia, os respingos d’água na roupa, rosas brancas carregadas em mãos que ansiosas esperam para se despedir do antigo velho ano.
Sete pulos nas sete ondas do mar.
A chuva de fogos no céu ilumina a praia e a noite dos passantes, lua de prata que banha o mar.
Fogos, muitos fogos, verdadeira cascata.
Uma réstia de luz que ilumina os últimos minutos que se encerra.
Ritual, todos se preparam para este grande momento, seja em forma de comidas, roupas e festas.
Nunca esquecendo-se de comer três colheradas de lentilhas, saborear, sete uvas e guardar as sementes embrulhadas num papel dentro da carteira.
Tudo isso para que a sorte traga um ano venturoso e cheio de riquezas, nem sempre espirituais ou abarcando o sentido metafórico da palavra.
Momento mágico que se celebra todos os anos de maneira quase sempre idêntica, como se fora um verdadeiro ritual.
Pena que nem tudo que se espera deste momento aconteça, mas isto só depende de nós.
Depende de nossa vontade e do nosso espírito, começando a partir dos sonhos que é onde tudo começa.
A todos um rico e próspero Ano Novo!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
O refluxo do mar que com as ondas vai e vem, quebrando na margem da praia, os respingos d’água na roupa, rosas brancas carregadas em mãos que ansiosas esperam para se despedir do antigo velho ano.
Sete pulos nas sete ondas do mar.
A chuva de fogos no céu ilumina a praia e a noite dos passantes, lua de prata que banha o mar.
Fogos, muitos fogos, verdadeira cascata.
Uma réstia de luz que ilumina os últimos minutos que se encerra.
Ritual, todos se preparam para este grande momento, seja em forma de comidas, roupas e festas.
Nunca esquecendo-se de comer três colheradas de lentilhas, saborear, sete uvas e guardar as sementes embrulhadas num papel dentro da carteira.
Tudo isso para que a sorte traga um ano venturoso e cheio de riquezas, nem sempre espirituais ou abarcando o sentido metafórico da palavra.
Momento mágico que se celebra todos os anos de maneira quase sempre idêntica, como se fora um verdadeiro ritual.
Pena que nem tudo que se espera deste momento aconteça, mas isto só depende de nós.
Depende de nossa vontade e do nosso espírito, começando a partir dos sonhos que é onde tudo começa.
A todos um rico e próspero Ano Novo!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
É Natal
Período de comemorações, grande cerimônia com comes e bebes, vestidos longos
talhando e definindo o corpo das mulheres.
A ceia enfeitando a mesa decorada, toalha de renda, velas, carnes fartas, ao fundo o som de música natalina, cantigas de natal.
Só que para este momento acontecer em grande estilo, é necessário sonhar com ele por muito tempo e preparar-se para a vivência deste grande momento.
Nas casas a decoração prenuncia que o bom tempo virá, com luzes e lâmpadas que acendem e apagam, enfeites de porta e toda a cidade iluminada com a luz do natal.
Quando utilizava o ônibus para voltar da escola, sempre que voltava a noite, ficava apreciando as luzes da cidade que aquela hora já se recolhia.
As luzes deixavam parcialmente visíveis as construções, praticamente apagadas, mas ainda assim era um espetáculo bonito de se ver.
Me sentia uma criatura noturna avistando este espetáculo.
Quando estudava em São Caetano voltando para Santo André, avistava a Prefeitura, o Teatro Municipal – em estilo arquitetônico moderno – , o centro todo iluminado da cidade, o antigo Mappin e a Avenida Pereira Barreto.
Enfim, uma grande quantidade de paisagens.
Quando voltava a pé da escola, no tempo do natal – já estudando em Santo André – , podia apreciar deslumbrada, a beleza da decoração natalina das casas e das ruas.
Um esplendor!
É nessa época que as luzes se fazem mais presentes.
Mas agora que estou estudando a noite na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo e posso novamente apreciar tal espetáculo, só que visto de outro ângulo.
Posso ver o Paço Municipal, e suas janelas acesas e o canhão de luz ao lado, a bela praça com chafariz que enfeita a prefeitura, uma opulenta igreja que fica bem próxima, e logo adiante um belo shopping com um enorme relógio na fachada nova da construção.
Pequenos trechos de uma vida, a minha vida que não pára e está sempre mudando.
O tempo transcorre e não é sempre o mesmo, as águas nunca param no mesmo lugar, elas correm e mudam seu percurso.
O natal mostra a passagem do tempo e portanto este nunca será o mesmo.
Utilizam-se das sementes de romã, das uvas ou de qualquer fruta com ritual, mas o natal nunca será o mesmo por que nós vamos estar diferentes.
Fique bem no ano que vem!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
A ceia enfeitando a mesa decorada, toalha de renda, velas, carnes fartas, ao fundo o som de música natalina, cantigas de natal.
Só que para este momento acontecer em grande estilo, é necessário sonhar com ele por muito tempo e preparar-se para a vivência deste grande momento.
Nas casas a decoração prenuncia que o bom tempo virá, com luzes e lâmpadas que acendem e apagam, enfeites de porta e toda a cidade iluminada com a luz do natal.
Quando utilizava o ônibus para voltar da escola, sempre que voltava a noite, ficava apreciando as luzes da cidade que aquela hora já se recolhia.
As luzes deixavam parcialmente visíveis as construções, praticamente apagadas, mas ainda assim era um espetáculo bonito de se ver.
Me sentia uma criatura noturna avistando este espetáculo.
Quando estudava em São Caetano voltando para Santo André, avistava a Prefeitura, o Teatro Municipal – em estilo arquitetônico moderno – , o centro todo iluminado da cidade, o antigo Mappin e a Avenida Pereira Barreto.
Enfim, uma grande quantidade de paisagens.
Quando voltava a pé da escola, no tempo do natal – já estudando em Santo André – , podia apreciar deslumbrada, a beleza da decoração natalina das casas e das ruas.
Um esplendor!
É nessa época que as luzes se fazem mais presentes.
Mas agora que estou estudando a noite na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo e posso novamente apreciar tal espetáculo, só que visto de outro ângulo.
Posso ver o Paço Municipal, e suas janelas acesas e o canhão de luz ao lado, a bela praça com chafariz que enfeita a prefeitura, uma opulenta igreja que fica bem próxima, e logo adiante um belo shopping com um enorme relógio na fachada nova da construção.
Pequenos trechos de uma vida, a minha vida que não pára e está sempre mudando.
O tempo transcorre e não é sempre o mesmo, as águas nunca param no mesmo lugar, elas correm e mudam seu percurso.
O natal mostra a passagem do tempo e portanto este nunca será o mesmo.
Utilizam-se das sementes de romã, das uvas ou de qualquer fruta com ritual, mas o natal nunca será o mesmo por que nós vamos estar diferentes.
Fique bem no ano que vem!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Mãe
Por um dia feliz, que só acontece uma vez por ano, parabenizo-te por esta presente
data que não é comum como as outras.
Um dia que é especial exatamente por sua grandeza.
“Primavera aconteceu nesta vida, fazendo desabrochar flores e pássaros que cantam e encantam pela vida.
Esses pássaros que fazem seus ninhos no alto das árvores com gravetos e folhagens verdes, entrelaçando-se, formam um quente e aconchegante ninho onde envolvem e protegem seus filhotes do frio, das tempestades e intempéries.
Nesse ninho com amor e carinho que se enche de calor da ave mãe que dá de comer aos seus filhotes.
Voa longe enfrentando perigos para trazer-lhes alimento vivo com o qual brincam antes de comer.
Mais tarde aprendem a voar no rastro de sua mãe que lhes ensina os mistérios da arte.
Voar é vida em movimento que se desdobra em outras vidas repletas de movimento, buscando novas formas.
Isso também é conhecer um admirável mundo novo que se descortina em vales e cascatas diante dos nossos olhos.
Uma paisagem magnífica.
Depois vem a friagem do outono que se despede em flor, desaquecendo o calor da vida, entristecendo o dia que se azula em tons de degradê.”
A você, minha mãe te ofereço este poema.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Um dia que é especial exatamente por sua grandeza.
“Primavera aconteceu nesta vida, fazendo desabrochar flores e pássaros que cantam e encantam pela vida.
Esses pássaros que fazem seus ninhos no alto das árvores com gravetos e folhagens verdes, entrelaçando-se, formam um quente e aconchegante ninho onde envolvem e protegem seus filhotes do frio, das tempestades e intempéries.
Nesse ninho com amor e carinho que se enche de calor da ave mãe que dá de comer aos seus filhotes.
Voa longe enfrentando perigos para trazer-lhes alimento vivo com o qual brincam antes de comer.
Mais tarde aprendem a voar no rastro de sua mãe que lhes ensina os mistérios da arte.
Voar é vida em movimento que se desdobra em outras vidas repletas de movimento, buscando novas formas.
Isso também é conhecer um admirável mundo novo que se descortina em vales e cascatas diante dos nossos olhos.
Uma paisagem magnífica.
Depois vem a friagem do outono que se despede em flor, desaquecendo o calor da vida, entristecendo o dia que se azula em tons de degradê.”
A você, minha mãe te ofereço este poema.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
Noite
A noite escurecida de um longo carnaval, confetes se espalham pelo ambiente ao
sabor do vento que sussurra noites mil, marchinhas inesquecíveis.
A lua risonha, murmura baixinho, não fazendo barulho para o astro rei não acordar de seu sonho profundo, zangado por causa da folia que por cá ocorre todos os anos numa repetição sem fim.
Ah! Carnavais Antigos, os velhos te saúdam com saudade dos tempos idos do carnaval de rua, tempos de melindrosas e pierrôs, colombinas, as fantasias tradicionais, detalhes delicados, lindos babados, o confete e a serpentina que se espalham pelo salão ao sabor do vento, derramando-se pelas ruas.
As mocinhas ricamente fantasiadas, das mais variadas formas, o rosto carregado de maquiagem, o olhar lânguido, envolvente...
Depois, ao terminar a passagem dos carros pela rua, o desfile de cortejos e também o espaço aberto, o banho noturno no mar, as fantasias de crepom que se desfazem na água.
O entrudo, a guerra de água e farinha.
Dizem os mais velhos, carnaval assim não mais existe.
Agora a realidade.
A apoteose de um longo passear, desfile de cores, penas e plumas, grandes adornos, figuras mitológicas, representações do enredo, shows de fumaça e fogo.
Tudo agora é right-tech, altos recursos para agradar a platéia agora delirante diante do desfile de imagens, mulheres semi-nuas, muitas sem corpo para fazerem isso, pura exibição de um momento efêmero que se extinguirá com a mesma rapidez com que as horas velozes do tempo passam, levando até mesmo a beleza de um momento tão mágico e fantástico.
O Carnaval, O Maior Espetáculo da Terra.
Encerro aqui o meu relato deste artefato.
O Carnaval.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
A lua risonha, murmura baixinho, não fazendo barulho para o astro rei não acordar de seu sonho profundo, zangado por causa da folia que por cá ocorre todos os anos numa repetição sem fim.
Ah! Carnavais Antigos, os velhos te saúdam com saudade dos tempos idos do carnaval de rua, tempos de melindrosas e pierrôs, colombinas, as fantasias tradicionais, detalhes delicados, lindos babados, o confete e a serpentina que se espalham pelo salão ao sabor do vento, derramando-se pelas ruas.
As mocinhas ricamente fantasiadas, das mais variadas formas, o rosto carregado de maquiagem, o olhar lânguido, envolvente...
Depois, ao terminar a passagem dos carros pela rua, o desfile de cortejos e também o espaço aberto, o banho noturno no mar, as fantasias de crepom que se desfazem na água.
O entrudo, a guerra de água e farinha.
Dizem os mais velhos, carnaval assim não mais existe.
Agora a realidade.
A apoteose de um longo passear, desfile de cores, penas e plumas, grandes adornos, figuras mitológicas, representações do enredo, shows de fumaça e fogo.
Tudo agora é right-tech, altos recursos para agradar a platéia agora delirante diante do desfile de imagens, mulheres semi-nuas, muitas sem corpo para fazerem isso, pura exibição de um momento efêmero que se extinguirá com a mesma rapidez com que as horas velozes do tempo passam, levando até mesmo a beleza de um momento tão mágico e fantástico.
O Carnaval, O Maior Espetáculo da Terra.
Encerro aqui o meu relato deste artefato.
O Carnaval.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Brisa do mar
A brisa do mar soprando ao longe, o mar escorrendo entre a areia e a espuma, que
se esparrama pela praia.
Um coqueiro maltratado balança ao sabor do vento.
As ondas enfurecidas elevam as águas verdes deste mar bravio.
Flores adormecidas no fundo deste mar bravio.
As mais belas cores, formas, as anêmonas que presas à rochas imersas não afloram sua beleza a superfície.
Peixes também variados competem em cor e beleza com as flores exóticas.
Ondas agitam o mar, transformando-o em ira e espuma.
Atrasa-se perante os caprichos de Iara, a nossa mãe d’água, que adormece nas profundezas do oceano.
Iara cultivou essas lindas flores para que elas crescessem no reino de Netuno.
O rei dos mares ordenou que se espalhassem as flores vivas.
Por sua vontade, muitas começaram a fazer cambalhotas e a se locomoverem andando em várias direções, outras continuaram presas às rochas.
Águas-vivas e caravelas que, com sua beleza encantam e ferem, vieram na direção do Oceano Atlântico.
Observaram as flores e mostraram também sua beleza ameaçadora, enquanto a vida marítima continuava em seu curso natural.
Aqui, na areia do mar... o mar se entrega ao domínio da lua, que com seus movimentos influencia o mar.
Mar que apaixonado nunca pensou em se libertar do encanto.
A lua em companhia das estrelas, derrama luz por sobre a escuridão do mar.
Um lindo clarão onde se pode avistar os rochedos ao longe, ilhas além mar que enfeitam o mesmo de mistério e sonho.
Quem terá sido o criador de toda essa maravilha?
Ninguém saberá responder tal pergunta, sem antes desvendar os mistérios do mar.
Uma aparição, uma figura humana surge das águas envoltas em sombras... seria a Iara, a mãe d’água?
Talvez, pois suas formas lembravam a de uma mulher, de cintura muito fina e delicada, longos cabelos negros balançando ao vento.
A forma humana se aproximava lentamente, de maneira que quem a visse poderia admirar os seus suaves contornos.
A certa hora a figura ganhou formas nítidas, ganhou luminosidade.
Uma forma de mulher que impressionou a todos os pescadores que a observavam.
Depois de um certo tempo, a mulher foi se afastando até sumir na profundeza das águas, num silêncio perturbador...
*Iara como deusa dos mares. Trata-se de uma licença poética, já que ela está vinculada aos rios e não aos mares.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Um coqueiro maltratado balança ao sabor do vento.
As ondas enfurecidas elevam as águas verdes deste mar bravio.
Flores adormecidas no fundo deste mar bravio.
As mais belas cores, formas, as anêmonas que presas à rochas imersas não afloram sua beleza a superfície.
Peixes também variados competem em cor e beleza com as flores exóticas.
Ondas agitam o mar, transformando-o em ira e espuma.
Atrasa-se perante os caprichos de Iara, a nossa mãe d’água, que adormece nas profundezas do oceano.
Iara cultivou essas lindas flores para que elas crescessem no reino de Netuno.
O rei dos mares ordenou que se espalhassem as flores vivas.
Por sua vontade, muitas começaram a fazer cambalhotas e a se locomoverem andando em várias direções, outras continuaram presas às rochas.
Águas-vivas e caravelas que, com sua beleza encantam e ferem, vieram na direção do Oceano Atlântico.
Observaram as flores e mostraram também sua beleza ameaçadora, enquanto a vida marítima continuava em seu curso natural.
Aqui, na areia do mar... o mar se entrega ao domínio da lua, que com seus movimentos influencia o mar.
Mar que apaixonado nunca pensou em se libertar do encanto.
A lua em companhia das estrelas, derrama luz por sobre a escuridão do mar.
Um lindo clarão onde se pode avistar os rochedos ao longe, ilhas além mar que enfeitam o mesmo de mistério e sonho.
Quem terá sido o criador de toda essa maravilha?
Ninguém saberá responder tal pergunta, sem antes desvendar os mistérios do mar.
Uma aparição, uma figura humana surge das águas envoltas em sombras... seria a Iara, a mãe d’água?
Talvez, pois suas formas lembravam a de uma mulher, de cintura muito fina e delicada, longos cabelos negros balançando ao vento.
A forma humana se aproximava lentamente, de maneira que quem a visse poderia admirar os seus suaves contornos.
A certa hora a figura ganhou formas nítidas, ganhou luminosidade.
Uma forma de mulher que impressionou a todos os pescadores que a observavam.
Depois de um certo tempo, a mulher foi se afastando até sumir na profundeza das águas, num silêncio perturbador...
*Iara como deusa dos mares. Trata-se de uma licença poética, já que ela está vinculada aos rios e não aos mares.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
‘Ano Novo Vida Nova’
No ano que se passou, quantas loucuras vieram, que nem de todas me recordo.
Céu de anil, todo azul, tão perto está de um passado.
Livros, livros e mais livros, tantas coisas para aprender.
Li tudo com muito interesse, até o que não interessava.
Assuntos interessantes descobri, coisas que nem sequer imaginava.
Meu horizonte, que imaginava tão amplo, se alargou ainda mais, abrangendo aspectos da vida que eu não conhecia.
Muitas coisas que planejei não se acertaram, mas tudo bem, neste ano posso fazer melhor.
Descobri a beleza das superstições para enfeitiçar mais ainda esta data cheia de magia que é o período de transposição entre o novo e o velho, o reveillon.
Período de preparação para a entrada em um novo ano, época de procura por frutas que dêem sorte para o ano que começa, por exemplo.
Romãs que adoçam o ano novo que começa.
Sua semente guardada, serve como garantia de que o novo ano será esplendoroso, com a mais completa realização dos mínimos desejos.
Nove uvas são degustadas e suas sementes cuidadosamente guardadas para sorte do ano que será bom.
Ou melhor ainda, segundo alguns, o número de uvas a ser saboreado deve ser doze, por que estará representando os doze meses do ano.
Comer lentilhas, dando três colheradas generosas para que o ano seja mágico, acreditando na cabala do número mágico.
Nesta época surgem receitas de fartura, correntes para começar bem o ano.
Receitas de boa sorte aparecem aos borbotões, como jogar alfazema no mar (arbusto aromático), com doce e suave cheiro que perfumam os caminhos.
Rosas brancas para a paz, vermelhas para o amor, amarelas para a sabedoria.
As roupas, conforme as lendas, também dizem muito sobre o futuro, pois a cor indica como será o novo ano.
Preto, segundo especialistas, jamais, fecha os caminhos da prosperidade.
Já o branco, que é a junção de todas as cores e portanto é o mais usado durante o ano novo, pois traz todos os desejos intrínsecos a cor.
O ano novo é o reinício de um novo ciclo, tudo novo.
Daí a esperança de um ano melhor.
Projetos que começam numa folha de papel, a ceia numa mesa ricamente arrumada, o arranjo de flores ao centro da mesa, pratos, copos, taças e talheres, juntos com a ceia generosa enfeitando a mesa.
Histórias de vida que começam no ano que se inicia.
Uma (história) que me faz pensar é aquela em que a pessoa diz que irá realizar o mesmo sonho todos os anos e não realiza, sempre deixando para depois.
Isto serve de exemplo para nós.
Não devemos fazer promessas que não podemos cumprir, devemos ser sinceros com nós mesmos.
Devemos ser persistentes com nossos sonhos e pensar grande, mas pensar o que está ao alcance, nem que se tenha que alcançar com luta.
Enfim, sonhar com o que é possível.
Sonho com uma praia com ondas espumantes invadindo a areia, um sol quente beijando delicadamente a água esverdeada do mar coberta de algas e de impurezas.
Barcos rasgando a praia de alto a baixo, escunas – barcos de passeio que navegam por entre ilhas, chegando até a desembarcar em algumas delas.
Alguns chapéus-de-praia balançando de acordo com o vai e vem dos ventos que sopram, (as vezes violentamente) murmúrios entre as folhas das árvores.
A brisa marítima que canta seus segredos e encanta a todos que permanecem na orla da praia durante a noite, bebericando um chopinho, ou então, reunidos, conversando animadamente, tomando um sorvete ou ainda bebendo uma batidinha de qualquer sabor que possa aparecer por lá.
Sei que estou com delongas, mas deveras, tenho muito o que contar e muitas vezes não sei como começar.
Um dia aprendo como tirar proveito de tamanha indecisão.
Agora só me resta ter saudade da praia, provavelmente não poderei freqüentá-la este ano, mas posso aproveitar e dar um passeio pela cidade.
Por acaso moro em Santo André, e por aqui tem muitas belezas.
Temos um museu de música que ainda não conheço, uma bela construção toda pintada de amarelo, o colégio Américo Brasiliense, em estilo neoclássico que está sendo restaurado, o centro da cidade, os shoppings que estão espalhados por todo o Grande ABC, sebos (lugares onde se vende livros e revistas antigos, sendo que alguns deles vendem até discos).
Posso ir até São Bernardo e até São Paulo, revisitar seu centro abandonado, mas ainda assim maravilhoso, com prédios antigos e o Vale do Anhangabaú.
Já conheci a Avenida Paulista, pedaço Nova Iorquino da cidade.
Nos jornais aparecem projetos que visam a recuperação do centro desta cidade que já foi conhecida como ‘a terra da garoa’.
Portanto pretendo aproveitar muito bem minhas férias conseguidas a duras penas, e que ainda não acabaram.
*Revendo este antigo texto, me pego a pensar que consegui realizar alguns pequenos desejos contidos ali. Que coisa boa.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Céu de anil, todo azul, tão perto está de um passado.
Livros, livros e mais livros, tantas coisas para aprender.
Li tudo com muito interesse, até o que não interessava.
Assuntos interessantes descobri, coisas que nem sequer imaginava.
Meu horizonte, que imaginava tão amplo, se alargou ainda mais, abrangendo aspectos da vida que eu não conhecia.
Muitas coisas que planejei não se acertaram, mas tudo bem, neste ano posso fazer melhor.
Descobri a beleza das superstições para enfeitiçar mais ainda esta data cheia de magia que é o período de transposição entre o novo e o velho, o reveillon.
Período de preparação para a entrada em um novo ano, época de procura por frutas que dêem sorte para o ano que começa, por exemplo.
Romãs que adoçam o ano novo que começa.
Sua semente guardada, serve como garantia de que o novo ano será esplendoroso, com a mais completa realização dos mínimos desejos.
Nove uvas são degustadas e suas sementes cuidadosamente guardadas para sorte do ano que será bom.
Ou melhor ainda, segundo alguns, o número de uvas a ser saboreado deve ser doze, por que estará representando os doze meses do ano.
Comer lentilhas, dando três colheradas generosas para que o ano seja mágico, acreditando na cabala do número mágico.
Nesta época surgem receitas de fartura, correntes para começar bem o ano.
Receitas de boa sorte aparecem aos borbotões, como jogar alfazema no mar (arbusto aromático), com doce e suave cheiro que perfumam os caminhos.
Rosas brancas para a paz, vermelhas para o amor, amarelas para a sabedoria.
As roupas, conforme as lendas, também dizem muito sobre o futuro, pois a cor indica como será o novo ano.
Preto, segundo especialistas, jamais, fecha os caminhos da prosperidade.
Já o branco, que é a junção de todas as cores e portanto é o mais usado durante o ano novo, pois traz todos os desejos intrínsecos a cor.
O ano novo é o reinício de um novo ciclo, tudo novo.
Daí a esperança de um ano melhor.
Projetos que começam numa folha de papel, a ceia numa mesa ricamente arrumada, o arranjo de flores ao centro da mesa, pratos, copos, taças e talheres, juntos com a ceia generosa enfeitando a mesa.
Histórias de vida que começam no ano que se inicia.
Uma (história) que me faz pensar é aquela em que a pessoa diz que irá realizar o mesmo sonho todos os anos e não realiza, sempre deixando para depois.
Isto serve de exemplo para nós.
Não devemos fazer promessas que não podemos cumprir, devemos ser sinceros com nós mesmos.
Devemos ser persistentes com nossos sonhos e pensar grande, mas pensar o que está ao alcance, nem que se tenha que alcançar com luta.
Enfim, sonhar com o que é possível.
Sonho com uma praia com ondas espumantes invadindo a areia, um sol quente beijando delicadamente a água esverdeada do mar coberta de algas e de impurezas.
Barcos rasgando a praia de alto a baixo, escunas – barcos de passeio que navegam por entre ilhas, chegando até a desembarcar em algumas delas.
Alguns chapéus-de-praia balançando de acordo com o vai e vem dos ventos que sopram, (as vezes violentamente) murmúrios entre as folhas das árvores.
A brisa marítima que canta seus segredos e encanta a todos que permanecem na orla da praia durante a noite, bebericando um chopinho, ou então, reunidos, conversando animadamente, tomando um sorvete ou ainda bebendo uma batidinha de qualquer sabor que possa aparecer por lá.
Sei que estou com delongas, mas deveras, tenho muito o que contar e muitas vezes não sei como começar.
Um dia aprendo como tirar proveito de tamanha indecisão.
Agora só me resta ter saudade da praia, provavelmente não poderei freqüentá-la este ano, mas posso aproveitar e dar um passeio pela cidade.
Por acaso moro em Santo André, e por aqui tem muitas belezas.
Temos um museu de música que ainda não conheço, uma bela construção toda pintada de amarelo, o colégio Américo Brasiliense, em estilo neoclássico que está sendo restaurado, o centro da cidade, os shoppings que estão espalhados por todo o Grande ABC, sebos (lugares onde se vende livros e revistas antigos, sendo que alguns deles vendem até discos).
Posso ir até São Bernardo e até São Paulo, revisitar seu centro abandonado, mas ainda assim maravilhoso, com prédios antigos e o Vale do Anhangabaú.
Já conheci a Avenida Paulista, pedaço Nova Iorquino da cidade.
Nos jornais aparecem projetos que visam a recuperação do centro desta cidade que já foi conhecida como ‘a terra da garoa’.
Portanto pretendo aproveitar muito bem minhas férias conseguidas a duras penas, e que ainda não acabaram.
*Revendo este antigo texto, me pego a pensar que consegui realizar alguns pequenos desejos contidos ali. Que coisa boa.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Assinar:
Postagens (Atom)