Poesias

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Saudosa Manhã

Um brinde.
O silêncio nos faz pensar no quanto de coisas que se deixa de brindar.
Em poucos minutos se ouve o tilintar dos copos tocando uns nos outros com seu cristal.
Todos se sentam e ouvem um breve relato, viagem antiga.
Agora neste momento declarado tão brilhante e luminoso, quero pedir que leiam estas palavras que estou explorando para descrever tal situação:
“Apaixonante.
O simples dia começar, e o sol aparecer e clarear o céu.
Posso observar de longe o morro alto enfeitando as rochas altaneiras e íngremes a beira-mar.
As falésias a encantar o morro isolado ao longe.
Feitiço do mar argento, cor de prata, por reflexos da luz da lua.
Nesse ponto de vista é belíssimo, de uma grandeza inominável.
A areia fofa e macia refletindo os clarões do dia e da noite, o mar bravio que se irrompe em ondas violentamente.
Arroja contra a areia seu ímpeto destruidor, constrói sulcos na areia e forma a morada de animais marinhos.
Ao longe o vôo solitário de uma gaivota.
Creio eu, que todo este espetáculo foi feito para nós, ledo engano.
Isso só serve para mostrar o quanto nós somos arrogantes e pretenciosos.
A beleza, a natureza, nada disso foi feito para nós e sim para enriquecer a nossa vida.
Ainda no morro, o morro, velho morro, se observa a colocação de fortes que em tempos mais antigos, serviram como proteção contra eventuais invasões estrangeiras.
Dentro desse forte se observa a beleza de suas construções.
Muitas delas datam do século XVI e mostram a opulência do período.
No interior do forte, canhões primitivos cercam estas antigas construções e reforçam a idéia de que este é um ponto estratégico para uma conquista militar.
O morro possibilita uma visão privilegiada deste litoral agreste, rude e indócil.
Em tempos remotos sua imensidão possibilitou a muitos navegantes sem rumo a sua visão na imensidão do mar e serviu como bússola orientadora.
Talvez por isso, muitas pessoas o chamem de farol.
Próximo a este lugar existe um lugarejo onde as pessoas vivem da pesca.
Tudo isso remonta a origem de muitos lugares.
O mar, eterno mar.
As águas revoltas indo e voltando, trazendo vida.
Os coqueiros balançando parecem acenar para quem os vê.
Tudo funcionando harmoniosamente como se fosse um precioso bailado.
Tremulam ao sabor da coreografia dos ventos.
O vento salobro, como gosto e cheiro de maresia.
Na areia, depósito do sal do mar, existem conchas das mais variadas formas.
Muitas delas já sem seu hóspede, morador.
A vida se mostra aí, verdadeiramente selvagem.
Como diriam os evolucionistas, somente os mais fortes saem vivos destas batalhas!
No mar existe uma grande diversidade de seres vivos: pólipos, seres dotados de um corpo em forma de guarda-chuva, moluscos – o polvo, por exemplo –, peixes, crustáceos como camarões etc.
E tudo isso mostra a grandeza da vida...”

Fim do relato.
Tudo transcorreu de maneira tão lenta e suave que ninguém notou que o tempo passou.
A manhã surgiu e por trás do relato tão rico que se formou pela beleza de seus detalhes, está uma doce azulada e luminosa manhã. Ao abrir das janelas se pode sentir o suave bafejar do dia, os sons benfazejos dos pássaros que cantam tornando a manhã mais cálida.
Mais um dia que começa.
Feliz Ano 2000

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

O Vento

O vento ao soprar para nós pesadamente sua brisa, sentiu um leve tremular de suas lembranças. Contou-me que ele, num dia triste, ousara se lançar contra sua natureza.

Lembro-me bem de sua melancolia ao dizer estas palavras:
“Certa vez, ocorreu-me a idéia de não fazer soprar nenhuma brisa, durante um longo dia.
Senti uma pontada de superioridade por estar contrariando minha natureza.
O dia foi passando, a tarde chegando e o frio se encontrando...
Por um momento tive a sensação de que tinha um dever a cumprir, fazer ventar profundamente para que as folhas de uma velha árvore caíssem.
Mas qual o quê! Senti-me inferiorizado por tão humilde tarefa e não realizei-a.
Fiquei sossegado deslizando discretamente sobre o ar, delicadamente feito para as pessoas respirarem.
Passei por muitos lugares.
Conheci nas minhas etéreas andanças a brisa do soprar leve e refrescante, etc., e fiquei maravilhado ao saber que eu era o vento, que às vezes violentamente, soprava altaneiro, grandes quantidades de ar frio.
A brisa do mar sentiu-se encantada de estar ao lado de tão nobre figura e quis conhecer mais sobre mim.
Contei-lhe sobre o inverno que ela conhecia, apesar de viver na beira do mar, entre outras coisas.
Ao final da tarde, depois da longa conversa, disse-lhe adeus e voltei para o meu lugar.
Cheguei suavemente para que ninguém notasse que estive ausente.
Ao voltar, dei-me conta de algo havia mudado para todos, só que eu, não dera valor àquilo tudo.
O mundo não parou só porque eu não executei minha tarefa e ninguém se deu conta de que eu não estava ali.
E eu fiquei só.
Pairei na solidão fria e gélida que nos alcança quando estamos tristes.
Senti-me desolado, olhava em volta e ninguém reparava em mim.
Nem os passarinhos se recolheram para mais tarde rumarem para outras paragens.
Enraivecido soltei um forte vento.
Rajadas de ar frio fizeram as pessoas tremerem.
Aí me dei conta de que a natureza quer é que a vida siga seu ritmo e não que forças se lancem contra ela.
O problema é que eu não soube valorizar meu trabalho e fui severamente repreendido por isto.
Por isso, uma coisa te digo, nunca despreze o que é teu, por que é tudo que você tem.
É a sua vida e isso ninguém poderá tirar de você...”

Depois dessas palavras, o vento ficou longamente pensando, pensando e... Finalmente se despediu. Foi ao longe executar sua tarefa que tão dura era, de lançar frio, onde antes havia calor para que as pessoas se voltem para si mesmas e não deixem de fazer o que lhes faz bem.
Para que não vivam como pássaros sem asas que não podem voar, nem para perto, nem para longe, muito menos sonhar em voar...

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde citada a fonte.

Fazenda dos Coqueiros em Bananal

Ao fazer um passeio por tal fazenda.
Deparei-me com ricas histórias de vidas.
Tudo começou com um casarão construído em 1855. Em tal época retrato da riqueza e opulência dos Barões do Café. Construção que muito faustosa devia ser. A fazenda, outrora imensa, possuía um amplo terreiro para secar café.
Café, ouro negro plantando na Serra que circunda a antiga construção. Plantado e colhido por escravos. Lavado em um tanque de pedras, onde passava por várias etapas de manejo. E secado no terreirão.
A fazenda, é acessada por ampla escadaria de pedras, de onde os antigos Barões, observavam o trabalho dos escravos.
Hoje está descaracterizada, com móveis modernos, mesclada com móveis ou reproduções de objetos antigos.
Propriedade adquirida em segunda aquisição por outra família. Onde atualmente, é cuidada pelos descendentes destes proprietários segundos.
Cercado de pessoas interessadas na conservação do casarão e do entorno. A família também realiza pesquisas, além de receber contribuições, ou melhor, doações de móveis e objetos antigos.
Com ricas histórias, informações, doações.
Ao lá chegar, recepcionada fui por familiar dos donos segundos da propriedade. E depois, um professor, de nome Ângelo, nos guiou a visita.
Recepção como nos antigos tempos, com água de rosas, despejadas de um vaso de louça em uma tina.
Utensílios acomodados em uma ampla mesa redonda e antiga, trabalhada e em madeira de lei. As mãos lavadas, foram enxutas com uma toalha.
Na entrada, um espaço para colocar chapéus.
Em outro móvel, instrumentos utilizados nas torturas dos escravos. Grilhões vários, correntes, objetos que lembravam arreios de animais. Segundo o guia, uma vez agrilhoado, o escravo, nunca mais se veria sem os ferros.
Caso fugisse, logo seria visto pelo Capitão do Mato e logo capturado. Negros, “escravos”, escravizados estigmatizados.
Triste lembrança dos tempos de escravidão.
Em dado momento, um robusto tijolo, é mostrado como forma de demonstrar como foi construído o casarão. E impressiona pela sua espessura.
Em cristaleiras várias, objetos de várias épocas. Fruto de doações, contribuições.
Em uma sala, a junção de vários ambientes, de várias e diferentes épocas. Contando até com gramofone da década de quarenta.
Em uma das mesas, objetos de pratas, ou imitações destes.
A demonstração do que era uma alcova. Quarto sem janelas.
O guia informou em explanação, que o quarto era trancado por fora. Para que a visita não ficasse a bisbilhotar a residência.
Durante a noite, uma visita providenciada era, para companhia lhe fazer. A qual a noite no quarto ficava.
O escravo responsável por tal empresa, passou para a história como alcoviteiro.
Em tal ambiente, cama de casal, cômoda, guarda-roupa, louça para lavar o rosto e penico.
E por falar em alcova, foram mostrados outros três ambientes assemelhados. Num dos quartos, havia uma velha mala de madeira, um baú e mais alguns objetos.
Em um dos ambientes, um quarto para as mulheres que haviam acabado de parir e ficavam de resguardo. Sem janelas, como o quarto para visitas.
No caso de familiar, aí o tratamento era bem diverso.
O familiar ficava em um quarto próximo aos proprietários do casarão.
Numa das alcovas, uma ancestral dos segundos proprietários, permaneceu boa parte de sua vida encerrada em seu quarto. Lá, teceu uma linda colcha que hoje enfeita a cama de memórias.
De acordo com uns, era tida por louca, por outros, como uma mulher à frente de seu tempo.
Segundo o guia que guiou a visita por este museu vivo de memórias, só não ficavam trancados dentro do quarto, as visitas próximas: parentes e amigos muito chegados.
Durante a visitação, o guia informou que por muito tempo, não houve preocupação em preservar e por esta razão, muitas construções foram desfeitas, e muitas fazendas destruíram suas senzalas, transformaram -se em hotéis.
E, consoante esta linha de pensamento, uma capela que havia no local foi destruída.
Além de outras construções, como uma senzala para os escravos de fora.
Ao longo do passeio, deparamo-nos com uma sala de jantar, com diversas mesas e louças.
Em todos os ambientes, tábuas de madeira originais.
Em alguns pontos, pode se ver o chão abaixo da casa, pelas fendas e frestas das tábuas.
Em dois armários: louças diversas e penicos de porcelana. Que de tão ricos, eram confundidos com sopeiras. Louças com duas asas para segurar e penicos com uma apenas.
Também foram mencionadas as escarradeiras.
O guia mostrou-nos uma cozinha com modificações: como um forno para pizza.
Mas também havia um forno a lenha, além de panelas de ferro.
Ao longo do ambiente, uma máquina de costura com pedal, um moinho para processar mandioca etc. Na casa, em um dos seus corredores, ferros de passar, antigos.
Também havia um “banheiro”, com dois buracos, e um rio logo abaixo.
Embaixo da casa, uma senzala baixa, onde os escravos, ou melhor, escravizados, andavam curvados. Segundo informações, para que não houvesse hierarquia entre os negros escravizados.
Nos fundos da casa, corre um rio, também utilizado como instrumento de tortura dos escravos.
Isto porque, houve um tempo em que não era lucrativo escravos mortos.
Mas nem por isto, os castigos corporais deixaram de existir.
Ora, os negros eram amarrados de ponta cabeça para servirem de exemplo.
Cumpre destacar que mesmo com a preocupação em preservar a propriedade, novas construções surgiram.
Uma pequena criação de gado, entre outras coisas.
O guia estabeleceu a diferença entre os escravos de casa e os escravos de fora.
Havia diferenças inclusive no tratamento.
Segundo o guia, os escravos de casa eram criados para vigiar os negros de fora e delatá-los em caso de fuga.
Cultura perversa onde um era jogado contra o outro. Sutis formas de manipulação e controle.
Na parte externa da casa, um pelourinho usado para torturar os escravos. Onde os mesmos ficavam amarrados, presos.
Quanta história, quanta pesquisa, para se descobrir ricas histórias de tanto sofrimento!
Entrelaçadas com a história da própria família, que concordou em abrir mão de parte das terras, para preservar o casarão e restaurá-lo.
Isto porque, um irmão não possuía interesse no casarão.
Em seguida, empreenderam pesquisas para reconstituir a história do lugar. Além de descobrirem as características originais, construtivas do imóvel, visando restaurá-lo.
Contudo, o restauro do imóvel é oneroso, e as coisas são lentas.
Segundo o guia, os procedimentos para o tombamento não foram levados a efeito ainda, porque a partir deste momento, não poderão ser alteradas, as características do imóvel.
Salientou que ainda não foram descobertas todas as características do imóvel.
Também comentou que o gramado em frente ao imóvel, já fora um calçamento de pedras.
Salientou que em se escavando o terreno, se poderá ver o calçamento original.
Em outra construção, nos servimos de café, é de muitas outras histórias.
A fazenda foi cenário de várias novelas da Globo, sendo reformada para tanto.
A proprietária, Beth, contou que ganhou réplicas de pinturas de artistas famosos. Também ganhou pinturas de “Vovó Catarina”, retratando os tristes tempos da escravidão.
Atentou para o termo escravos, quando o correto seria, negros que foram escravizados.
Contou a história de sua tia, e de como radiestesistas captaram com seus equipamentos, uma energia pesada em um dos quartos, onde vivera esta parente.
Chegou a falar que um radiestesista cego, trabalhou para de certa forma, recompor a energia do lugar. Relatou a história de negros, que carregando os excretos de seus donos, ficavam manchados, devido à acidez da urina, passando a ser conhecidos como tigres.
A senhora também contou a história de uma entidade, que relatou histórias do lugar, as quais foram confirmadas ao pesquisar uma documentação em Areias.
Relatou sua preocupação na preservação da história dos negros, sempre esquecidos.
Durante a visitação, foi nos contada a história das negras que amamentavam os filhos da sinhá. E então os filhos das escravas e dos senhores eram criados mais ou menos juntos. Sendo as crianças negras, um “brinquedo” dos brancos.
Daí seguia a linhagem dos escravos de casa.
Segundo Ângelo, a casa serviu como uma espécie de mercado de escravos, onde os mesmos ficavam escondidos até serem encaminhados para “suas fazendas”.
Os negros com bons dentes e canelas finas eram objeto de cobiça dos fazendeiros, por os considerarem, melhores para o trabalho.
Famílias eram separadas. Uma tristeza!
O guia comentou que na construção original, nas paredes internas da casa, havia papéis de parede. Contudo, no momento, as paredes estavam pintadas de branco.
Foi salientado que algumas construções originais se perderam e outras novas foram construídas.
O que não compromete o passeio, e o mergulho feito na história.
Afinal, os proprietários da fazenda se preocupam com a história, e não com a beleza.
Independente disto, adorei o passeio. Linda viagem pela história deste país tão desconhecido chamado Brasil.
Salve Fazenda dos Coqueiros em Bananal. Aparecida do Norte, estado de São Paulo, dias 08 e 09 de agosto de 2018.

Luciana Celestino dos Santos
É autorizada a reprodução, desde que citada a fonte.















Andanças

“São, São Paulo,
Meu amor ...
São oito milhões de habitantes...
Porém com todo o defeito
Te carrego no meu peito...”

“Na Paulista os faróis já vão abrir
E um milhão de estrelas prontas
Pra invadir, os Jardins...
Manhãs frias de abril
Se a avenida exilou seus casarões
Quem reconstruiria nossas ilusões...
Você sabe quantas noites ...
Eu te procurei
Nestas ruas onde andei...
Quantas fronteiras ele já cruzou
De um mundo inteiro de uma só cidade...”

Os últimos passos que dei
Os últimos caminhos por onde andei
Neste ano tão movimentado
Em São Paulo conheci ruas
Percorri caminhos...

Na Rua Pires da Mota
Avistei construções antigas
Belas edificações
No Largo Nossa Senhora da Conceição
Um belo parque,
Espaçoso e com uma bela vista
Ao lado um prédio imponente,
Na cor salmão
Onde, de suas amplas varandas,
Se pode vislumbrar a beleza do cenário

Também neste lugar
Se pode ver casas abandonadas
Um desalento
Mas também se pode ver
Muitas coisas belas,
Como uma igreja
Toda em tijolo a vista

Na Praça Santo Agostinho
Temos um lindo colégio,
Ladeado por outra magnífica construção
Ao lado, canteiros com plantas
Uma constante na cidade
Que nunca pára

Na Rua Vergueiro
Mais maravilhas
Pois tem alguns monumentos
Uma igreja, a qual se pode alcançar,
Subindo as escadarias
E um museu que mostra
Todo em vidro e tons vermelhos,
Um pedaço da história desta cidade,

São Paulo de Piratininga
Nesta região temos ainda um hospital
E uma intrigante escultura
Em concreto

No Ipiranga às margens do riacho
Onde a idealização de nossa independência
Transcorreu,
O grito de liberdade ecoou
No Riacho do Ipiranga
No lugar onde hoje
Está situada Praça do Monumento
Dom Pedro I proclamou
A Independência desta,
Nossa terra tão querida
Tão bem descrita em lindas canções

Nesta praça
Um imponente monumento
Com escadarias, esculturas
E uma ampla vista da paragem
Nos dá dimensão do cenário
Que o nosso Imperador primeiro
Avistou
Lindo, tão lindo lugar
Nesta praça, que mais parece um parque

Dada suas dimensões colossais,
Está uma pequena casa
Simples e de pé direito baixo
Em cima de um morro
Do qual se descortina o cenário
Da Independência
Logo adiante, está o Museu do Ipiranga
Uma construção erigida em homenagem
A Independência do Brasil

Neste lugar histórico
Temos ainda o Parque da Independência
Com árvores, plantas, muitas plantas...
Ladeando esse imponente cenário,
Está o Museu Natural

A Faculdade São Marcos, é um belo
E imponente prédio
Possuí duas unidades na região
Todas belíssimas,
Instaladas em prédios antigos

Nesta região, a da Avenida Nazaré
Existem inúmeras construções antigas
Belos prédios preservados
Como o prédio do Instituto Sagrada Família
Com seus jardins em estilo francês
Assemelhados aos jardins do Museu do Ipiranga
Onde viveu e morreu Madre Paulina
Segundo anúncios

Do outro lado, temos um Sesi
E mais alguns recantos aprazíveis
Desta encantadora cidade
Que de tão grande
Às vezes intimida

Com isso...
No centro da cidade
Em São Paulo
Há muitos prédios históricos
Muita beleza e muita história
Pena que nem tudo esteja
Bem conservado!

Passeando pela cidade, avistando
Os mais diversos cenários
Pela janela do ônibus, vi o Clube do Ipiranga
As principais ruas de São Caetano,
O shopping da cidade
Assim como vários logradouros de Santo André,
Igrejas, comércios etc.

Na Avenida Paulista
Onde fui no começo do ano
Um pedaço da Europa
Suas calçadas amplas
Rivalizam com as ruas repletas de automóveis

Nos faróis, os carros surgem com suas lanternas,
Numa explosão de cores
Lá está uma bela casa
Parece-me do século XIX
A qual ainda resiste
Apesar da sanha devorada da avenida
Que insiste em tudo transformar
Em metal e concreto,
Com seus prédios reluzentes e altíssimos
É ali que está o Masp e o Parque Trianon

No centro da cidade
Temos o Viaduto do Chá,
O Vale do Anhangabaú,
O Prédio da antiga companhia de luz
Que virou shopping,
O Copan, o Terraço Itália,
O Edifício do Banespa,
O Edifício Martinelli
A Praça da República
Com sua ampla área verde
A qual já foi cenário de um crime
Não fosse seu estado de abandono
Seria um convite a um belo passeio

Já no Pátio do Colégio...
Andanças
Foi neste cenário onde se desenrolou
O surgimento da cidade
No Mosteiro São Bento

Construído com os tijolos
Feitos em São Caetano,
Na Fazenda dos monges beneditinos
Um pedaço da história
O ABC, antes de ter esse nome
Exportou gente e trabalho para
À São Paulo de antanho
Santo André, São Bernardo e São Caetano
São cidades ligadas entre si
Numa rica simbiose

E ainda em São Paulo
Temos igrejas, conventos
Belos prédios antigos
Parques como o da Água Branca,
O da Luz, próximo
A Estação Inglesa de mesmo nome
Sim, em Sampa temos bairros ingleses
Construídos pelos construtores das estradas de ferro
Que cortam parte do estado
Ainda na região da Luz,
Temos a Rua São Caetano,
Famosa pelo comércio de vestido de noivas

Um Museu Sacro, e um posto da Polícia Militar
Bem como outras igrejas
Já o Parque Ibirapuera,
Inaugurado há cinqüenta anos
É um exemplo da conciliação
Entre a modernidade e a beleza
Seu chafariz em meio a um lago
É um dos cartões postais da cidade
Próximo dali, está o Obelisco
Imponente torre-monumento
E o Monumento aos Bandeirantes
Também conhecido como O Empurra
Onde a nossa herança racial
Arrasta um barco
Como que irmanados
Num mesmo propósito

Na Rua José Paulino,
Uma tradicional área de comércio
Tão famosa como a Rua Vinte e Cinco de Março
Conhecida por seu comércio popular
Em São Paulo é que começa a estrada de ferro
Que corta parte do interior do estado
A Estrada de Ferro – Sorocabana
Próximo dali está o antigo
Prédio do Dops
Cenário da vergonha
De um tempo nebuloso
E que hoje abriga um Museu

Em outro ponto da cidade
Próximo a Rua Major Quedinho
Temos a Biblioteca Mário de Andrade
Outra belíssima construção da cidade
Temos ainda, a Ladeira da Memória,
Com pinturas feitas em azulejos portugueses
Na última vez que passei por ali
Sua fachada estava pichada
Uma pena!

Na Via Funchal,
A via da erva doce...
Os largos que permeiam a cidade
A Rua Libero Badaró com seus prédios antigos
A Rua Maria Paula, a Rua Direita
Os primeiros tempos da cidade
Saudade ...

Sebos, a cidade tem muitos sebos, bibliotecas,
Museus e livrarias
São Paulo é pujante e plural
Rica, divide espaço com outras importantes,
Cidades da região metropolitana
São Paulo, templo dos bandeirantes
Homens duros e cruéis
Que desbravaram o nosso Brasil
Ajudando e muito a torná-lo o que
Hoje ele é!
Viva São Paulo!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

MARESIA

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3 de julho de 2011 às 15:14

Maravilhas de um mundo sem fim
Propenso a muitas misturas
Sensações de mistérios
Questiúnculas de um viver sem sentido

Tantos méritos em viver em paz
Resoluções a se tomar
Repositório das melhores esperanças

Belas manhãs a raiar
Lindo sol a espreitar
Envolto a nuvens
Eis que surge
Prazenteiro
A banhar os mares, de luz

O sol, o céu, o sal e o mar
Caminho de matas, mangue
Águas vivas a beirarem as ondas
Perigosas, com suas células urticantes

Cores vivas, caravelas
Gelatinosas formas
Siris, com suas tenazes
A se abrigarem nas areias do mar

Quantas formas de vida
A pulularem
Netuno a abençoar tão maravilhosas criaturas!

O odor das praias
O sal do mar
A atmosfera a levantar
Nuvens de sal,
A maresia a encher a atmosfera
De uma nuvem branca
Salínea nuvem, a nos envolver

Passos na areia
O vai e vem das ondas
Suas espumas brancas
Ondas a invadir o espaço
Causando espanto e encantamento

Alguns passantes, a coletar conchinhas
Bivalves, grandes, pequenas
Diversos formatos
Róseas, com corais
Moluscos

Conchas,
A enfeitarem as areias douradas da praia
A se insculpirem nas areias
Discretas

Gaivotas a rondar as águas
A voarem com suas imensas asas abertas
A se alimentarem dos seres
Que vivem a habitar as conchas
Dura luta pela sobrevivência
Da alimentar cadeia

Neste paraíso
Repleto de encantos mil
Entrâncias e reentrâncias
Rios com águas frias
Cores vermelhas, ferruginosas
Matas preservadas em redor
Faixa de areia
Quiosques ao longe

Barcos ao longe
Trazem histórias de luta
Sobreviver
Pescar
Jogam suas redes no mar

Embarcações coloridas
Construções singelas em madeira
Repletas de cores
A surgirem dos ribeiros
A ganharem o mar
Galhardos, enfrentam o mar
A afastarem-se da costa

As garças brancas a se aproximarem dos rios
Bravia correnteza
Buscando novos ares
Em companhia de outras aves do lugar

Corujas a pernoitar
Sempre atentas, vigilantes
Vagalumes a brilharem
Na noite das moitas
Lugares mal iluminados

Os sóis em mil tons
Amarelos, laranjas
Entrecobertos por nuvens brancas
Envoltas em um céu ainda azulado

Convidar para despertar
Um lindo lusco-fusco vespertino
Alvorada de um novo dia

As serras com seu tapete verdejante
A verdura das matas e a recobrir ilhas
Pedras a enfeitarem a saída dos rios
Correnteza
O ir e vir das vagas
Nas manhãs madrugadeiras

Nuvens tão baixas a envolverem as matas
A encobrirem a serra
O mistério a se desvendar 

Passeio pelas praianas cidades
Ladeando as matas
Nas estradas, muitos manacás para se contemplar

A represa magnífica
Dotada de um imenso azul
Circundada pelo verde
Imenso oceano de água doce
Ao longo da estrada
Árvores com amarelas flores

Quando chove
O vento se faz presente
Intenso

O frio também afasta veranistas
As brumas de uma manhã
Que ainda não se fez mostrar
Quanto dia ainda para acontecer
Quanto sol ainda, para se brilhar

A cidade simpática
Acolhedora
Com seu comércio organizado
A igreja e a bela praça da matriz

O boulevard
Centrinho comercial
Restaurantes
A noite, na praça central, muitos quiosques de madeira
Belas bijuterias a serem vendidas
Brilho, cores e beleza
Artesanato de conchas
Comes e bebes
Nas construções singelas
Com seus belos telhados a lembrarem um portal

Noite, bela noite
A lua, em suas mais diversas formas
Algumas estrelas

Noite escura
Mistério
Na escura noite da cidade

No jardim, novas flores
Trazidas de um distante
Passeio no CEAGESP
Universo das flores

Em formatos diversos
Cores, folhas, belezas e encantos mil
Quiosques repletos de flores, plantas
Carroceiros

Tulipas de cores diversas
Hortências de variados matizes
Folhagens mil, azaléias
Dálias as mais coloridas
Begônias, entre outras espécies
Cores, muitas cores

Muito verde, tons róseos,
Liláses, amarelo, vermelho, branco
Flores azuis
Margaridas de tons diversos
Girassóis, manacás
Ao largo, árvores floridas
Imenso galpão
Mundo de encantamento e magia 

Na floricultura da simpática cidade praiana
Primaveras de cores diversas
Hibisco amarelo
Suculentas viçosas,
Vistosas

Em caminhadas pelos arrabaldes
Muitas bromélias
Ruínas, de uma antiga igreja
Terreno preservado
Histórica riqueza

Colibris a beijarem as flores
Abelhas a passearem
Lindas e coloridas borboletas
Formosos seres a percorrerem os jardins
A namorarem as flores
Com suas asas multi-cor

As tardes livres a ouvir músicas
Em algumas das mais sublimes formas
Do humano pensamento
Quanto encantamento a se ilustrar

A maresia a tudo envolver
O sabor e o cheiro do mar
A evolver
Linda história de amor
Começa a acontecer 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Intempéries

https://www.facebook.com/notes/159897697412306/

6 de julho de 2011 às 20:57

Desolação, 
Desencanto
Triste ocaso das horas
Desinteresse
Intolerância
Os agentes da ignorância
A se perpetuarem mundo afora

Cansaço
Desta vida seca e vazia
Destas pessoas duras,
Empedernidas,
Sem nenhum alento no coração

Sinto pena
Profundo pesar
Pelo fato do mundo
Estar como está

Que pena que todos fechados estão
Para o respeito e a consideração
Que pena!

E pensar que o mundo
Bem melhor poderia ser
Apenas com um simples gesto
Atitude amistosa
Gestos gentis, atitudes delicadas

Quanto perdemos com a má educação
E as más escolhas feitas na vida
É pena!

Todavia, em que pese
Estas coisas brutas
Esta gente sem consideração
Estas coisas que magoam e ferem

Muitos melhores seres existem
A engrandecer este mundo,
Vasto e inóspito
A preenchê-lo de belezas,
Maravilhas e encantamento!

Que grande ventura
Por me descobrir brasileira
E que apesar de tantos defeitos
Brasileiro, ó povo!

É um povo de valor
Que busca transformar suas vidas
E muitos nesta busca,
A vida de outros também modificam

Amo os poetas
Em todos os gêneros
Cantadores dos livros,
Dos textos, das obras literárias,

Muitas imortalizadas
Outras tantas,
Em música transformadas
Quanta beleza
Este mundo mágico nos traz!

Em recente matéria
Porventura descobri
De eminente filósofo
Sua tese de que a música
É a essência e a explicação,
Do mundo

Em outras passagens
Afirmativas descobri
De que a música traz em si a matemática,
Em sua exatidão,
De idéias construídas

Música boa é exata,
Perfeita
Como a se encaixar
Da mais perfeita forma
Em nossas vidas

A muitas vezes,
Germinar em campo estéril
E a estimular boas idéias

Traz cor e vida
A muitas vidas insípidas e sem sentido
Música inspira,
Modifica,
Ilumina e ajuda a iluminar

Estimula a enxergar a vida,
Com novos olhos
Incrível façanha!

Sempre a nos estimular
A viver em um mundo melhor
Pitagórica filosofia,
Que creio eu,
Não ser desprovida de fundamento

A música salva,
As almas em desesperação
Como a literatura,
Ajuda a alimentar o espírito

Em suas delicadas letras
Suave melodia 
Ensinamentos, lições de vida,
Conselhos e admoestações
Como que a nos despertar
Para o mundo que nos cerca
A estimular, a criar

As canções,
Companheiras fiéis
Das horas de desalento,
Desânimo,
Da falta de coragem
Da vontade de muito se fazer,
Sem se saber,
Por onde começar

A estimular melhores pensamentos,
Posicionamentos
Quanta companhia nos faz!

A nos transportar
Para melhores paragens
Cenários de rara beleza
Encantamentos mil

Novas realidades a se revelar
Canções a celebrarem realidades
Muitas desconhecidas para mim

A falarem de velhas paineiras,
Em mourões,
Esteio, para se estender as cercas

O ipê amarelo,
A florir, obstaculizando o luar
As quiçaças de um sertão,
Sem condições para se plantar
As saudades de uma terra distante,
Os pássaros a cantar

Entre outras canções a dizer
Que mais devemos confiar em nós,
Do que esperar por vãs promessas
E dureza das realidades,
A perceber que nem todos
Verdadeiros são

O que se há de fazer!
Bons e maus há,
Neste desenfreado mundo,
E cabe a nós distingui-los,
Em uma terra de gente indistinta,
Apagada pela multidão

A massa indiferente,
E amorfa que nos acompanha em nossos passos,
Dando-nos a falsa impressão,
De que não estamos sós
Falsa assertiva,
Quimérica

Mundo cinzento,
Como na canção
Falta de verde,
De flores coloridas,
De plantas
Para alegrar o cenário triste

Talvez daí resida a necessidade
Quase primal, de bucolismo
De poesia,
E de natureza

A indiferença a nos rondar
Socorrei-nos por nos sentirmos tão indiferentes
Nesta vida monótona
Triste melopéia

Daí a necessidade de maiores conhecimentos,
Melhores leituras,
Emotivas canções,

Repertório afetivo
A embalar nossas vidas,
E a nos trazer encantamentos

A semear beleza por áridos campos
A germinar em campo frio
E quem sabe produzir bons frutos

Mas o campo é inóspito,
E difícil a semeadura
Mas ainda assim acredito
Que bons frutos se colherá,
Entre aqueles que dispostos estiverem,
A melhor viver

Que venham,
Pois embora difícil,
A colheita é farta e compensadora!

Bons auspícios,
Mensagens alvissareiras
Boa nova a se aproximar
Muitos sonhos a se realizar! 

Novas floradas a acontecerem,
Como na canção
Flores delicadas,
A cobrirem campos de aço
Assim, o quero! 

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Ode a felicidade

https://www.facebook.com/notes/161595087242567/

10 de julho de 2011 às 22:21

Andanças em meio a arenosas estradas
A contemplar lua cheia enamorada,
Ladeada com o brilho das estrelas
Movimentos astrais

E o luar a tudo clarear
Habitáculo de mágicos momentos
Entre miríades de luzes, brilhos
Nuvens a envolver o luar

Caminhar de mãos dadas,
A contemplar um mar,
Banhado pela luz da lua

Nas mãos, singelas flores
Rosas rubras, para acompanhar
Como na saudosa canção

Caminhos, andanças
Passos, andar em direção ao nada,
Direções nunca certas
A deixar a rua deserta
Musa de inaudita beleza!

A humana beleza,
Em suas mais diversas formas
Mulheres e homens, seres, flores
A idealização de um mundo de belezas
Singeleza, delicadeza!

Em contraste a escuridão desfeita,
Pelo nascer do sol
Um vento solar,
Com sua suave brisa a emanar
Trazendo sonhos da Serra do Luar
Tendo a saudade por namorada!

A triste canção a adeus dizer a todos
Pois o amor de sua amada vida, já vai partir
Tendo sempre por companhia
Os seus passos a lhe acompanharem,
Ainda que por pensamento

Triste sina dos amados, dos amantes,
A viverem seu amor,
Apenas no campo ideal
Platônicos amores,
Alguns deles inventados!

O desfolhar das tardes invernais
O outono a nos assolar,
O inverno a nos enregelar as almas
Introspectiva estação do ano
A tudo gelar, com suas frias rajadas de vento

As folhas das árvores a cair,
Enrijecendo
Natureza desfolhada!

O vento de maio, a se afastar
Trazendo em seu bojo
As cores do inverno

A casa, a servir de abrigo para as frias tardes,
As manhãs congelantes, gélidas
As ruas escuras, as madrugadas vazias
E o caminhar lento, o vento cortante,
A tudo nos afastar!

Um livro por companhia
Mil coisas para se ler, se descobrir
Para se viver!

Mistérios a se desvendar
Mil coisas novas para se estudar
Trilhos a se percorrer
Com um coração a fazer mil viagens
Tendo outros a baterem,
A parados ficarem, na estação sentimento

Trabalho a se fazer
Tantas novas coisas a se conquistar
Tarefas a se executar
Tantas plagas por onde se passar
Cenários abruptamente transformados,
Em um tempo em que não tínhamos bicicleta!

Na televisão, novelas memoráveis,
Embaladas por belas canções
Casamento perfeito,
Entre o ás do sertão,
E o pamparriar do sinhá
Dona Beja, a todos encantar!

Na sintonia do rádio,
A estação saudade, a nos invadir o sentimento
Com as canções a ecoarem do outro lado do rádio
Como do outro lado da cidade a saber
Que vive alguém, sem saber,
Que eu vivo aqui também!     

E eu, quieta num canto,
Como que a pensar
E assim, como nos dizeres da música,
Penso, medito e me espanto!

Filosofia em que os entendedores dizem
Filosofiar é,
A arte de eternamente se admirar!

Em assim sendo,
Admirada estou, da plena capacidade
Que muitos tiveram,

De com seu pensamento explanar
E com as mais diversas palavras,
A mesma realidade explicar

Noite, a horas te espero,
Mas você não chega a meu coração
Ou terás chegado a noite dos dias,
Sem que eu me desse por mim?

As voltas que a vida dá,
Vida do jeito que for
A esperar por mim,
Espere que eu chego já,
Indo me encontrar,
De volta em meu aconchego!

E assim, todos os sentimentos e afetos,
Já cantados e decantados foram
Mas sempre há, algo novo para se criar
Novas formas para o mesmo se dizer,
Inspirando as mais belas criações
Construção e reconstrução
Sem nunca atrapalhar o tráfego!

A todos os dias,
Tudo de repetida forma, a ser feito
Cotidianas formas,
A serem quebradas pelo lúdico dos dias
As chaves jogadas,
Para um amanhã que é um novo dia,
Uma nova manhã!

Assim, como em uma Noite Equatorial
Vou sair outra vez,
E onde mora a trilha do meu silêncio,
Vou te buscar! 

Onde viver é afinar, o instrumento
E tudo é uma questão de manter,
A mente quieta, a espinha ereta,   
E o coração tranqüilo!

De uma pequenina borboleta
A sobrevoar um jardim de flores,
E em meio de flores a voar,
E a procurar, quem a queira!     

Rebelde criança
A abraçar uma cantiga, por onde passar!
Vestir de novo um casaco marrom
E com saudades, de muitas coisas se lembrar!

Um céu se faz contemplar
Em seus multi tons
Pois a vida, embora sofrida,
Difícil, árida,
É por assaz bela,
Para não ser vivida!

Não me impressiona, rios de dinheiro
Mas elegância, oh, beleza pura!
A Cor do Som, isto sim,
Os sons que a gente ouve,
Sim é, isto é, beleza pura!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.