Poesias

segunda-feira, 20 de julho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 85

CAPÍTULO 85

E assim, entre passeios e conversas com os nativos da região, os turistas puderam conhecer diversas lendas.
Entre elas, a da Mãe do Ouro.
Era assim.
A busca do ouro e pedras preciosas escaldou a mente de muita gente em tempos idos em nosso Brasil.
Nas arremetidas pelos sertões, os grotões foram vasculhados pelos batedores, as grimpas desmontadas pelos garimpeiros e a areia faiscante, faiscada pelos faiscadores, que embora arrojados, viviam em solidão.
A solidão que lhes criou o medo.
E o medo deu asas à imaginação, criando as lendas.
O fogo-fátuo, que se desprende da ossada dos animais mortos com um chuvisco que caía, cria a Mãe do Ouro, o Boitatá dos índios, cobra de fogo, que corisca no céu.
Basta um deslocamento do fogo-fátuo para que, ou corram de medo dele, ou creiam que no lugar de onde saiu, existam tesouros escondidos.
Por isso, naquela caverna por onde as águas do rio das Garças desaparece, mora a Mãe do Ouro.
No lusco-fusco da tarde ela sai de seu esconderijo, porque não gosta da luz do sol.
Assim, quando os primeiros vagalumes saem zanzando no torpor da tarde que se esvai, a Mãe do Ouro se desentoca da gruta noturna onde mora.
Ela vive no meio da pedraria preciosa, dos brilhantes, ametistas, rubis, berilos, turquesas, safiras, onde tem o seu leito encantado.
Ao sair da gruta, de sua cabeleira luzente, como as estrelas, vão caindo dela pingos de luz pelo chão.
Quando os pingos tocam a terra, transformam-se em pedras preciosas da cor dessa luz.
São pedras igualzinhas às que a Mãe do Ouro tem em seu leito na gruta.
Feliz é a mulher que, ao ver a Mãe do Ouro na sua trajetória pelo céu, enquanto um pingo de luz vai caindo, antes de tocar o chão, fizer-lhe um pedido.
O pedido será atendido, e a mulher passará a pertencer, para sempre, à Mãe do Ouro.
Daí, todas as noites de lua cheia, ao dormir, sem que ninguém perceba, deixará a pele de seu corpo na cama onde está dormindo, e sairá para aparecer no Palácio da Mãe do Ouro, lá na gruta, para gozar das festas e delícias permanentes que ali existem: música, canto, dança, amor, alegria.
Ao penetrar na gruta, seu corpo é coberto por um traje vaporoso, magnífico.
Mas, embora os trajes sejam vistosos, ricos, translúcidos, ninguém pode falar com a outra, nem se tocar.
Caso tal aconteça, virará carvão.
Além disso, embora as grutas sejam profundas, onde a luz do sol não penetra, há muita luminosidade que a pedraria preciosa lhe empresta.
Parece um dia - dia de luz suave e repousante.
Cada salão da gruta é mais bonito do que o outro, e cada qual de uma cor.
As estalactites têm reflexos ofuscantes, e as cores variam a cada instante.
As águas do rio que penetram terra adentro cantam uma sinfonia sem fim, de uma suavidade ímpar.
Somente os gênios das águas podem possuir as mulheres encantadas que vão para a gruta.
O leito macio do rio é o leito dessa noite nupcial.
Quando o galo canta pela primeira vez, as mulheres encantadas saem da gruta, como se fossem um nevoeiro de nuvens brancas, voltam para suas casas, para retornar à sua pele e continuar a vida normalmente.69

69 Texto de Alceu Maynard Araújo. Brasil, histórias, costumes e lendas – São Paulo: Editora Três Ltda, s/data.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 84

CAPÍTULO 84

Assim, os cinco viajantes, rumaram em direção ao Pará.
Lá, no Museu Paraense Emílio Goeldi, puderam novamente estabelecer contato com a região amazônica.
Visitaram também, o Teatro da Paz – considerada uma das mais belas construções da capital, inaugurada no ano de 1878.
É realmente uma construção imponente.
Conheceram a Catedral de Belém, o Palácio Velho, na Travessa Dom Bosco, que abriga o Instituto Lauro Sodré.
Aproveitando a ocasião, acompanharam a Procissão do Círio de Nazaré.
Realizada na segunda semana de outubro, é considerada uma das maiores manifestações da fé católica no Brasil.
Desta forma desde de 1793 o Círio de Nazaré se repete em Belém e homenageia a padroeira do Pará.
Nesta celebração, prédios e barcos são enfeitados com bandeirinhas coloridas, que reproduzem a história do aparecimento da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, no mesmo local onde está hoje situada a basílica de Nazaré.
Reza a lenda que a santa foi encontrada e levada para a casa de um pescador.
Todavia, no dia seguinte a santa voltou a aparecer no mesmo local e a fazer milagres.
Tal fato se repetiu por várias vezes.
Dessa forma, nos últimos anos, milhões de fiéis tem participado da procissão.
Romeiros pagam promessas, carregam cruzes, entre outras coisas.
A tradição é tão forte que a festa é considerada o Natal dos paraenses e termina sempre com um grande almoço em família, onde não falta o pato tucupi.
Com isso os turistas, convidados por um dos moradores da cidade para almoçar na casa deles, não se fizeram de rogados.
Rapidamente aceitaram o convite.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 83

CAPÍTULO 83

 Ao sobrevoarem a Ilha de Marajó, avistaram grandes campos verdejantes, bem como vaqueiros cavalgando nesta paisagem.
Nessa oportunidade, o piloto aproveitou para comentar com os passageiros que esses vaqueiros eram em grande parte, fazendeiros.
Vestidos com trajes típicos, são característicos da região.
Além disso, os turistas puderam ainda, avistar uma criação de bufálos, numa das inúmeras fazendas da região.
Os turistas também puderam conhecer o Lago do Arari, e o Rio de mesmo nome.
Segundo informações do próprio piloto da aeronave, o lago está condenado ao desaparecimento.
A ilha, localizada na foz do Amazonas, possuí uma topografia tranqüila, sem grandes acidentes geográficos.
Na porção oriental da ilha, puderam conhecer o que muitos chamam de Delta interior do Amazonas.
Este delta compreende, a região dos Furos de Breves, que faz a ligação entre os rios Paraná e Amazonas, a região do Aramá e do Codajás, e a região de Laguna e das baías, que mantém contato somente com o Rio Pará.
Com isso, ao término de alguns dias, retomaram a viagem prosseguindo em direção ao Pará, terra de grandes festas e manifestações culturais.
Das alturas, puderam se dar conta da beleza da região que imediatamente os encantou.
Das alturas puderam ver o Rio Trombetas, afluente do Rio Amazonas, que nasce na Serra Acaraí, no Pará.
Do monomotor puderam avistar ainda, a região da Serra dos Carajás, onde é feita a extração de minério de ferro, bem como o beneficiamento do material.
Nessa mesma região, puderam ver de longe, uma usina de beneficiamento de minério de manganês.
Ademais, viram também a Estrada de Ferro Carajás.
Quando finalmente desceram, puderam visitar o Porto bem como o Mercado de Ver o Peso, à margem da baía do Guajará, importante atração turística da cidade de Belém.
Nesse ponto da cidade, uma ampla área verde se descortina, convidando os turistas para um gostoso passeio pela região.
Além disso, neste mercado se encontra muitos objetos de cerâmica popular á venda, por preços bastante acessíveis.
Por esta razão Lúcio e Flávio, interessado em levar lembranças para seus familiares, fizeram questão de comprar algumas das cerâmicas.
Destarte, caminhando por mais alguns lugares, conheceram várias ruas da cidade velha de Belém.
O lugar, repleto de casarões antigos, levava os turistas para uma viagem pela história do Brasil.
Em Santarém, conheceram um magnífico casarão, todo decorado com azulejos.
Passeando pela região, os turistas conheceram a Catedral de Nossa Senhora da Conceição.
A edificação, começou a ser construída em 1791 e foi modificada ao longo dos anos.
Possuí o famoso crucifixo de ferro doado em 1846 pelo cientista alemão Von Martius, um dos maiores estudiosos da flora brasileira.
Com um metro e sessenta e dois centímetros de altura, o crucifixo foi a forma encontrada por Von Martius, para agradecer o fato de ter escapado de um naufrágio no Rio Amazonas, perto de Santarém.
A seguir, os cinco viajantes foram conhecer a Igreja São Raimundo Nonato.
A igreja, simples, foi erguida entre os anos de 1926 a 1940, traz resquícios do estilo colonial em seus traços.
Na praça há um modesto mas bonito monumento em homenagem aos índios e escravos santarenos.
No Solar do Barão de Santarém, os turistas puderam vislumbrar uma construção do início do século XIX, com três andares, portas e janelas arredondadas, e considerado um dos edifícios coloniais mais antigos da cidade.
Aproveitando a oportunidade, os turistas foram ver a loja de artesanato Muiraquitã, ao lado, construída na mesma época, com relógio de sol no alto.
No Porto de Santarém, os rapazes puderam ver os barcos que vão para Manaus, assim como os navios que viajam pelo mundo inteiro.
Neste porto, sempre há muita madeira para ser embarcada para a Europa.
Ao fundo, vê-se a Ponta Negra, última nesga de terra que separa os Rios Tapajós e Amazonas.
Caminhando pela orla da cidade, os turistas se aproximaram do Rio Tapajós.
Lá conheceram um pouco da história da região.
Isso por que, ao lado do rio, há sobrados geminados 58 construídos no século XIX, com fachada de azulejos portugueses, platibandas e cores vivas.
Porém, de vez em quando se vê uma construção moderna.
Do outro lado do rio há uma animada feira livre com peixes e produtos regionais.
Feira essa que os turistas fizeram questão de conhecer.
No Centro Cultural João Fona, na Praça de Santarém, os turistas se admiraram com uma construção de 1867.
Nessa época, passou a ser a sede da Câmara Municipal.
Com as sucessivas reformas, foi perdendo suas características originais para se adaptar ao presídio, fórum, prefeitura e outros órgãos que sediou até virar espaço cultural, com acervo de cerâmicas tapajós arqueológicas.
Lá estão peças com até dez mil anos de idade.
Há ainda, uma urna funerária indígena ainda com restos mortais.
Passeando pelo Mercado Ano 2000, os turistas encontraram peixes.
Entre eles, tucunaré, pirapitinga, aracu, tambaqui, pirarucu, surubim e centenas de outros.
Além de frutas como acerola, taperebá, inajá e dezenas de espécies de bananas.
No Mirante do Tapajós, situado no topo de uma colina no centro da cidade, uma fantástica vista se descortina do encontro das águas do Rio Tapajós e Amazonas.
De lá, os turistas também puderam ver a Ilha do Meio, formada por sedimentos trazidos dos dois rios.
Em Alter do Chão, os turistas conheceram a praia mais procurada do Rio Tapajós, a duas horas e meia de Santarém, de barco.
Lá tem ainda, uma pequena vila ribeirinha de apenas mil habitantes e fica encravada ao lado do enorme e calmo Lago Verde, formado por dois igarapés, que logo em seguida despejam suas águas no rio.
Na península de areia muito branca, se vê muito verde.
Lá, quem gosta de praia agitada fica na margem, nos bares.
Se a preferência for mais amena, como era o caso dos turistas, é o caso de se pegar uma canoa e ir até a ‘ilha’, que fica no encontro das águas do Tapajós e do Amazonas.
Além da aventura, o passeio reserva a opção de banhos de água morna (no Tapajós) ou fria (no Amazonas).
Conta a lenda que nas águas do Lago Verde podem ser achados muitos muiraquitãs.
Mais tarde os turistas foram visitar o Centro Cultural de Preservação das Artes Indígenas.
Trata-se de um interessante museu, que reúne objetos de mais de setenta tribos amazônicas, entre elas Caiapós, Carajás, Nhambiquaras, Txucahamães (a qual pertence o cacique Raoni), Ianomâmis e Jurunas.
Todo o acervo é original, feito por índios não aculturados.
As redes, cerâmicas, armas, cocares e muitos outros utensílios resumem a cultura das tribos da região.
Como era época do Festival Folclórico de Sairé, os turistas não perderam a oportunidade de conhecer a festa que se inspira no ritual indígena para saudar os navegadores portugueses e cujo símbolo é o sairé, um semicírculo de cipó torcido com três cruzes.
Esta foi a forma encontrada pelos índios para imitar os mastros das naus portuguesas e se aproximar dos colonizadores.
Os festejos começam com o Hino Nacional cantado em Tupi-Guarani, enquanto se fixa o mastro.
Depois é a vez da dança do Cruzador Tupi, uma representação da chegada portuguesa.
Além disso, há procissões acompanhadas de ladainhas, encenações de passagens bíblicas e competições esportivas.
A festa termina com almoço de confraternização só com comidas típicas da região.
Depois, os cinco rapazes foram visitar a Fordlândia e Belterra – duas criações de Henry Ford, que sonhou com um novo oeste americano em terras tupis.
Porém os caboclos não gostaram nem um pouco dos americanismos trazidos pelo empresário e se rebelaram.
Hoje Fordlândia é uma cidade fantasma e Belterra, uma pacata cidade do interior.
Por fim, os turistas, ao encerrarem o passeio pela cidade, aproveitaram para comprar cerâmica artesanal marajoara e artesanato indígena feito com palha de tucumã (palmeira da região), brinquedos de balata (espécie de borracha), plantas aromáticas, como o patchuli, na loja Muiraquitã.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 82

CAPÍTULO 82 

No Amapá, visitaram a Igreja São José.
A mais antiga da cidade, erigida em 1761.
A edificação, possuí traços coloniais na versão mais despojada dos jesuítas.
Ao avistarem o Trapiche, os turistas puderam ver o centenário ancoradouro de madeira que avança quinhentos metros sobre o Amazonas.
À sua volta, inúmeros bares.
No Marco Zero, os turistas subiram no monumento em honra à Linha do Equador.
Colocando um pé de cada lado, se fica nos dois hemisférios ao mesmo tempo.
Ao passarem pela Fazendinha, os turistas conheceram uma vila enfeitada com praias do Amazonas.
As águas calmas, boas para banho, foram convidativas para os viajantes.
Mais tarde, os cinco rapazes aproveitaram para passar num dos inúmeros bares e quiosques de palha que haviam no lugar.
No dia seguinte, foram visitar o Forte de São José.
Concluído em 1872, após dezoito anos de trabalho índio e escravo, é um dos cartões postais da cidade.
No Sítio Arqueológico do Pascoval, objetos domésticos e urnas funerárias de uma civilização indígena extinta, encantaram os turistas.
Depois, os turistas passearam pelo Curiaú.
Durante a construção do forte, os escravos formaram um quilombo, hoje a Vila de Curiaú, onde moram somente negros, com cultura quase intacta.
O lugar preserva um pedaço da floresta, com suas aves e plantas exóticas.
Lá, há um enorme lago de águas rasas, bom para banhos, onde se criam búfalos.
No Oiapoque, a noventa minutos de avião do Amapá, palafitas e ruas de terra na selva, estão marcadas por tradições indígenas, e envolvidas por florestas e rios verdes e transparentes na fronteira com a Guiana Francesa.
Lá índios, Galibis, Palicus e Caripunas desfilam com relógios digitais, jeans e camisetas.
É ali que fica o marco histórico, onde se lê ‘Aqui começa o Brasil’.
De barco, os rapazes chegaram à Cachoeira Gran Roche.
O lugar possuí piscinas naturais, corredeiras e praias.
Aproveitando o passeio, os turistas desceram o Rio Oiapoque, banhando-se em seus igarapés.
Na vizinha San Georges, na Guiana, vinhos e perfumes franceses estão expostos à venda.
No Laguinho e em Curiaú, um ritual de origem africana num ritmo cadenciado por tambores rústicos de madeira cavada, dão início ao Marabaixo.
Este ritual, mistura carimbó, baião, cantiga de roda e faz todo mundo dançar.
Nesse ritual, as mulheres cantam e rodopiam em vestidos coloridos, com uma flor na mão, tomadas por algum espírito brincalhão.
Já os homens jogam o corpo, em passos de capoeira.
O auge da folia é na Páscoa.
Na Festa de Santiago, a encenação da luta entre mouros e cristãos na África portuguesa, no século XVIII, atraí muitos turistas.
Lúcio, Fábio, Agemiro, Flávio e Felipe, aproveitando a oportunidade, também foram observar o espetáculo.
Nessa festa, os mouros dão alimentos envenenados aos cristãos e comemoram a vitória.
Disfarçados, os cristãos vão ao Baile de Máscaras para devolver o presente.
No dia seguinte ocorre a batalha.
Depois, os atores saem num grande círio.
Dias depois, os turistas, antes de prosseguirem em sua viagem pelo Brasil, conheceram mais uma das variantes sobre a ‘Lenda do Boto’.
Os macapenses, diziam que, em dias de festa, à meia-noite, ele vira um homem bonito e sensual.
Vestindo-se de branco e usando chapéu, seduz uma menina-moça e some.
É responsável por casamentos desfeitos e apontado como pai dos filhos de mães solteiras.
Logo após, partiram.
O próximo destino era Roraima.
Assim o foi.
Ao longe viram o cerrado, o Monte Roraima, o Lago Caracaranã e muitas fazendas.
Das alturas, também viram praias de água doce, em muitas delas haviam uma profusão de cajueiros, o que tornava o local bem pitoresco.
Encantados com a paisagem, os turistas não viam a hora de pousar.
Sequiosos de conhecer as construções da capital, Boa Vista, bem como ver as paisagens naturais de perto, os cinco rapazes estavam ansiosos para devassar a região.
 Por isso, quando finalmente pousaram, mais do que depressa, procuraram uma pousada para se hospedarem.
Quando conseguiram um lugar para ficar, exaustos com a viagem, aproveitaram para dormir um pouco.
Mais tarde, aproveitariam para percorrer os principais pontos da cidade.
Com isso, quando finalmente as horas se passaram, os cinco rapazes estavam mais do que prontos para o passeio.
Primeiramente, foram visitar a Catedral Cristo Redentor.
De arquitetura moderna, a nave se afunila no altar, e o teto é convexo – todo em madeira.
Depois de muito admirar a catedral, foram conhecer a Igreja de São Sebastião.
A igreja mais antiga da região, datada do século passado.
Foi capela da Fazenda Boa Vista do Rio Branco.
Em estilo barraco, está muito bem conservada.
Após, passaram pela Praia de Rio Branco.
A praia, de areias muito brancas na seca, é cercada de rica mata nativa, boa para passeios no meio da vegetação.
Com isso, quando os turistas chegaram, ao verem a beleza do lugar, mais do que depressa caíram na água, para depois caminhar no meio da vegetação.
Depois da caminhada, passaram pela Ponte Macuxi, onde puderam admirar a orla da cidade, e das colinas na região limítrofe com a Guiana.
No dia seguinte, passearam pelo Parque Anauá.
Este parque constitui-se em horto florestal com lago natural, parque aquático, pista de bicicross e forródromo.
Neste local, os turistas aproveitaram para passar algumas horas.
Depois rumaram em direção ao Museu de Roraima, onde puderam ver objetos indígenas e instrumentos de garimpo.
Em seguida, com o auxilio de um guia, rumaram em direção ao Monte Roraima.
Como se trata de um ponto muito distante da capital, os turistas tiveram que alugar um carro para percorrer a região.
Este monte na fronteira com a Venezuela e com a Guiana, oval e florido, desponta na selva, com mais de dois mil oitocentos e setenta e cinco metros de altura, quatorze quilômetros de extensão e sete quilômetros de largura.
No lado brasileiro, o monte tem seiscentos metros de parede azulada.
No platô de arenito – de quarenta quilômetros –, o tempo e o vento esculpiram bichos nas rochas e produziram fendas e abismos.
Além disso, segundo o guia, e de acordo com os índios Macuxis, o monte surgiu quando estranhos comeram as frutas de uma bananeira sagrada.
Como castigo, a natureza fez emergir do chão, entre chuvas, raios e trovões, um penhasco ornado por uma coroa de nuvens.
Com isso, depois de conhecerem a região, os turistas fizeram questão de conhecer uma aldeia Ianomâmi.
Percorrendo o rio Urariqüera de carro, seguiram o restante do caminho de barco.
Foram longos três dias de viagem.
Quando chegaram no Uraricaá, puderam presenciar cerimônias indígenas em plena selva.
Também puderam avistar araras coloridas, macacos, aves raras e até onças.
Por fim, conheceram a Pedra Pintada, onde viram a famosa pedra com inscrições milenares e misteriosas.
A pedra, leia-se, bloco de granito gigante, situa-se às margens do Rio Parimé.
Lá se encontram pinturas e inscrições rupestres pré-colombianas.
Alguns, chegam a acreditar que se tratam de inscrições fenícias de 2500 anos.
Depois do longo e demorado passeio pela região, retornaram para a capital.
Lá como último passeio, visitaram o Centro de Artesanato e compraram cestos de cipó e palha de buriti, além de algumas esculturas.
Após, prosseguiram com a viagem.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 76


CAPÍTULO 76

Também eles conheciam a ‘Lenda do Saci Pererê’. 65
Negrinho de um pé só, com uma carapuça vermelha e cachimbo na boca.
É uma espécie de duende que vive de noite, a perturbar os viajantes e tropeiros, pedindo fumo e fazendo-os errar os caminhos.
E mesmo nos dias atuais, entre os roceiros, coloca-se fumo para o Saci nos galhos de árvores a fim de afastar as suas diabruras.
Dizem que, de noite, faz trança nas crinas dos cavalos e costuma-se assobiar e gritar: "Saci Pererê, minha perna dói como o quê!".
Tudo que se encontra revirado, da noite para o dia, nas fazendas do interior, é atribuído a esse pitoresco demônio do folclore Brasileiro.
 Além disso, tem especial prazer em azedar o leite, gorar os ovos das galinhas e impedir o milho-picoca de rebentar.
Porém ali na região, onde os índios ainda vivem, o primitivo mito 66 do Saci-Pererê sobrevive sob forma do pássaro encantado Matinta Pereira, que traz desgraças e sofrimentos.
Porém, aos poucos, o Saci adquiriu feição de moleque brincalhão.
Outra transformação, que existe, e também é conhecida por alguns dos pescadores, é a versão de Romãozinho, também um negrinho notívago que faz estripulias nos terreiros e, às vezes, dentro das próprias casas.
Em torno desse personagem se formou uma lenda: Romãozinho era um negrinho desobediente e mau, que bateu em sua mãe, e foi condenado a perambular de noite pelos campos e matos.

65 Mito do folclore Brasileiro, bastante difundido de a Norte a Sul, através de inúmeras variantes: Saci Cererê, Saci Taperê, Mati Taperê, Matinta Pereira, Martim Tapirera e Martim Pererê.
O mito tem procedência ameríndia, de fonte tupi-guarani.
Teria sido, primitivamente, um mito ornitomórfico: pássaro encantado e, ainda hoje, em diversas versões, o saci é uma ave.
Porém depois, transformou-se, depois, em mito antropomórfico: um negrinho de um pé só.
De todas as formas esta última é a mais popular.
66 Ornitomórfico.

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Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 75

CAPÍTULO 75 

Após, comentaram sobre o Papa-Figo.
O Papa-Figo, é um duende do ciclo dos monstros assustadores de crianças.
Segundo alguns dos pescadores, alguns dos incautos que o viram em ação, comentam que: "havia ainda o papa-figo, homem que comia o fígado de menino.
Ainda hoje se afirma... que certo ricaço, não podendo se alimentar senão de fígados de crianças, tinha seus negros por toda parte, pegando menino em saco de estopa".
Trata-se de um velho sujo, horrível, esmolambado.
Entrega doces, brinquedos e a narração de histórias para atrair crianças à saída das escolas, ou aqueles cujas babás são distraídas ou namoradeiras.
Alguns comiam, mas outros vendiam a potentados doentes, o fígado de seus pequenos prisioneiros.
Esta lenda segundo eles, era conhecida na região, por que os mesmos não viviam tão distantes da cidade.

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Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 74

CAPÍTULO 74 

A seguir, descreveram Jaci.
Jaci - Ia-ci, a Lua, a mãe dos frutos, o mês lunar e também um ornato.
Irmã e esposa do Sol.
Merecia homenagens diferentes conforme a fase: Iaci omunhã (nova), Iaci icaua (cheia).
O cortejo lunar é formado pelo Saci-Pererê, o Boitatá, o Uratau e o Curupira.

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Luciana Celestino dos Santos
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