Poesias

sexta-feira, 19 de junho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 19

CAPÍTULO 19

Sobre a Mãe-da-Seringueira, o pajé contou:
Fantasma amazônico, protetor da seringa, seringueira (Hevea brasilienses, Muell).
Espécie de caapora:19

“Dizem que o Amazonas
É um lugar arriscado,
Além das feras que tem
É muito mal-assombrado

Tem a mãe-da-seringueira,
Uma visão feiticeira
Que faz o homem azalado.

Quando se vai tirar o leite
Augura o aviso mau
Sai na frente o freguês
A cortar também o pau

Todo leite que tirar
Não dá para um mingau!”

19 (Luís da Câmara Cascudo, Geografia dos Mitos Brasileiros, 433).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 18

CAPÍTULO 18 

A seguir, o pajé começou a conta a ‘Lenda da Mãe-da-Peste’:
Para os indígenas todas as coisas, entidades e forças têm origem feminina, uma mãe, a Ci e é natural que as calamidades não escapem à lógica folclórica.
Há indicação da Mãe-da-Peste, em Belém, quando uma epidemia de febre amarela invadira a região.17
“Algumas pessoas contaram que durante várias tardes sucessivas, antes de irromper a febre, a atmosfera era densa, e que um escuro nevoeiro, acompanhado de forte bodum (mau cheiro), que ia de rua em rua.
Este vapor inútil, procura dissuadi-los da convicção de que ele fosse precursor da pestilência”.18

17 Henry Walter Bates ainda encontrou, na cidade de Belém, em 1851, referências a esta entidade.
18 O Naturalista no Rio Amazonas, 1.º, 371, S. Paulo, 1944.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 17

CAPÍTULO 17 

Após esta breve narrativa, o pajé passou a contar sobre a Mãe Lua.
Mãe-da-Lua/ Urutau/ Jurutau (Caprimulgidae), é uma ave noturna.
Seu canto melancólico e estranho, lembrando uma gargalhada de dor, cercou-a de misterioso prestígio assombrador.
Está rodeada de lendas superstições, espavorindo a gente do campo, personalizando fantasmas e visagens pavorosas.
Só quem haja ouvido o grito da mãe-da-lua, pode medir a impressão sinistra e desesperada, que ele provoca durante a noite.
A jurutauí, um pouco menor, mas também chamada mãe-da-lua (Nyctibius jamaicensis), tem aplicação curiosa contra a sedução sexual.
“A pele da ave noctívaga jurutauí preserva as donzelas das seduções e faltas desonestas.
Conta-se que antigamente matavam para isso uma destas aves e tiravam a pele que, seca ao sol, servia para nela assentarem as filhas, justamente nos três primeiros dias do início da puberdade.
Parece que esta posição era guardada por três dias, durante os quais as matronas da família vinham saudar a moça, aconselhando-a a ser honesta.
No fim desses dias, a donzela saía curada, isto é, invulnerável à tentação das paixões desonestas, a que seu temperamento, destarte modificado pudesse atrair.16
A guarani Nheambiú transformou-se em urutau por ter morrido seu amado Quimbae.
Noutra lenda (do Rio Araguaia, entre os carajás) Imaeró se mudou nessa ave, porque Taina-Can (estrela-d’alva) preferiu sua irmã Denaquê para esposa.

16 José Veríssimo registrou: Cenas da Vida Amazônica, 62, Lisboa, 1886. Veríssimo adianta que esse cerimonial fora abolido e que se limitada a varrer as penas de urutauí ou jurutauí.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 16

CAPÍTULO 16

 Porém, no dia seguinte, como já era de se esperar, na hora combinada, lá estava o pajé, aguardando a aproximação dos índios, para que então, finalmente, pudesse começar a contar suas novas histórias.
Dessa forma, quando todos os índios da tribo se aproximaram, ele começou a dizer:
-- Aproveitando então, que todos estão reunidos, vou começar contando a ‘Lenda do Macunaima’:
O Macunaima e não Macunaíma, é uma entidade divina para os macuxis, acavais, arecunas, taulipangues, indígenas caraíbas.
Além disso, a tradução da Bíblia para o idioma caraíba divulgou Macunaima como sinônimo de Deus.13
Criador dos animais, vegetais e humanos, Macunaima é gêmeo de Pia, vingadores de sua mãe, morta pelos tigres, filhos de Konaboáru, a Rã da Chuva, e que mora nas Plêiades.14
Com o passar dos tempos e convergências de tradições orais entre as tribos, interdependência cultural decorrentes de guerras, viagens, permutas de produtos, Macunaima foise tornando herói, centro de um ciclo etiológico, zoológico.
Personagem essencial de aventuras e episódios reveladores do seu espírito inventivo, inesgotável de recursos mágicos, criando os homens de cera e depois de barro, esculpindo animais, transformando os inimigos em pedras, que ainda guardam a forma primitiva.
Tornou-se um misto de astúcia, maldade instintiva e natural, de alegria zombeteira e feliz.
É o herói das histórias populares contadas nos acampamentos e aldeados indígenas, fazendo rir e pensar, um pouco despido dos atributos de deus olímpico, poderoso e sisudo.15

13 A oeste do “plateau” da serra Roraima e Alto Rio Branco, na Guiana Brasileira. Makonàima Yakwarri otoupu tona poropohru; o espírito de Deus pairava sobre as águas (Gênese, 1, 2).
14 (Gilberto Antolínez, Hacia el Índio y su Mundo, 170, Caracas, 1946).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%AAiades Plêiades.
15 Theodor Koch-Grunberg, 1872-1924, reuniu a melhor e maior coleção de aventuras de Macunaima nessa fase popularesca, no Vom Roroima Zum Orinoco (Ergebnisse Einer Rise in Nordbrasilien und Venezuela in den Jahren, 1911-1913), n.º II, Berlin, 1917. Algumas dessas estórias foram traduzidas pelo Dr. Clemente Brandenburger e publicadas na Revista de Arte e Ciência, n.º 9, março de 1925, Rio de Janeiro (“Lendas Índias da Guiana Brasileira”). Denominou um romance de Mário de Andrade de Macunaíma. O herói sem nenhum caráter. Rapsódia, São Paulo, 1928.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 15

CAPÍTULO 15 

Ao ouvirem isso, os curumins ficaram desapontados.
Isso por que, apesar do adiantado das horas, as crianças ficaram tão fascinadas com as lendas e histórias contadas pelo pajé, que não faziam questão nenhuma de irem dormir.
Aliás, foi por conta da curiosidade e extremo interesse das crianças em conhecer as lendas e costumes indígenas, que o pajé se estendeu, contando suas histórias.
Os curumins, sequiosos por conhecerem as lendas e mistérios dos índios, insistentemente pediam-lhe para contar mais e mais histórias, e ele, enlevado pelo interesse das crianças, acabou se estendendo.
Porém, já era tarde e todos tinham que dormir.
Diante, disso, argumento nenhum, convenceria o pajé a mudar de idéia.
Afinal, já era muito tarde.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 14

CAPÍTULO 14 

Com isso, o pajé passou a falar sobe o Jurupari.9
O Jurupari, é um ente sobrenatural visita os homens em sonhos e causa aflições tanto maiores, quanto trazendo-lhes a faculdade da voz.
Esta concepção que poderá ser a que criaram as amas-de-leite, amalgamando as superstições indígenas, com as de além-mar, tanto vindas da África como da Europa, não é a do nosso indígena.
Para ele Jurupari é o legislador, o filho da virgem sem cópula, pela virtude do sumo da cucura do mato, e que veio mandado pelo Sol, para reformar os costumes da terra, a fim de poder encontrar nela uma mulher perfeita, com o que o Sol possa casar.
Jurupari, conforme contam, ainda não encontrou, e embora ninguém saiba onde, continua a procurá-la, e só voltará ao céu quando a tiver encontrado.
Jurupari é, pois, o antenado lendário, o legislador divinizado, que se encontra como base em todas as religiões e mitos primitivos.
Quando ele apareceu, eram as mulheres que mandavam, e os homens obedeciam, o que era contrário às leis do Sol.
Ele tirou o poder das mãos das mulheres, e o restituiu aos homens e, para que estes aprendessem a ser independentes daquelas, instituiu umas festas, em que somente os homens podem tomar parte, e uns segredos que somente podem ser conhecidos por estes.10
As mulheres que os surpreendem, devem morrer; e em obediência desta lei, morreu Ceuci a própria mãe de Jurupari.
Ainda assim, nem todos os homens conhecem o segredo; só o conhecem os iniciados, os que, chegados à puberdade, derem prova de saber suportar a dor, serem seguros e destemidos.
Os usos, leis e preceitos ensinados por Jurupari e conservados pela tradição ainda hoje professados e escrupulosamente observados por numerosos indígenas da bacia do Amazonas, e embora tudo leve a pensar que Jurupari é um mito Tupi-Guarani, todavia, tenho visto praticadas suas leis por tribos das mais diversas proveniências, e em todo o caso largamente influíram e, pode-se afirmar, influem ainda em muitos lugares do nosso interior sobre usos e costumes atuais, o não conhecê-las, tem decerto produzido mais mal-entendidos, enganos e atritos do que geralmente se pensa.
Ao mesmo tempo, porém, tem permitido, como tem-se dito mais de uma vez, ocasião de observar pessoalmente, que ao lado das leis e costumes trazidos pelo cristianismo e civilização européia, subsistem ainda uns tantos usos e costumes, que embora mais ou menos conscientemente praticados, indicam quão era forte a tradição indígena.
Quanto à origem do nome, aceita-se a explicação que ela foi dada por um velho tapuio, a quem objetava ter sido afirmado que o nome de Jurupari quer dizer “o gerado da fruta” - Intimãã, Iurupari céra onheên putáre o munha iané iurú pari uá.
Nada disso.
O nome de Jurupari quer dizer que fez o fecho da nossa boca.
Vindo, portanto, de iuru boca e pari aquela grade de talas com que se fecham os igarapés e bocas de lagos, para impedir que o peixe saia ou entre.11
A origem Tupi-Guarani do mito é discutível.
Foi divulgado, à força d’armas, no Rio Negro, pelos indígenas da raça Aruaca, vindos do Norte.
É, geograficamente, o mito mais prestigioso, com vestígios vivos em quase todas as tribos.
É um deus legislador e reformador, puro, sóbrio, discursador, exigente no ritual sagrado.
Jurupari-demônio é uma imagem da catequese católica do séc. XVI.
D. Frederico Costa, Bispo do Amazonas, na “Pastorai”, documento de informação etnográfica, não aceitou o satanismo de Jurupari, de quem expôs os oito mandamentos:
1º A mulher deverá conservar-se virgem até a puberdade;
2º Nunca deverá prostituir-se e há de ser sempre fiel a seu marido;
3º Após o parto da mulher, deverá o marido abster-se de todo o trabalho e de toda a comida, pelo espaço de uma lua, a fim de que a força dessa lua passe para a criança;
4º O chefe fraco será substituído pelo mais valente da tribo;
5º O tuxaua (chefe) poderá ter tantas mulheres quantas puder sustentar;
6º A mulher estéril do tuxaua será abandonada e desprezada;
7º O homem deverá sustentar-se com o trabalho de suas mãos;
8º Nunca a mulher poderá ver Jurupari, a fim de castigá-la de algum dos três defeitos nela dominantes: incontinência, curiosidade e facilidade em revelar segredos”.
Os indígenas não adoravam Jurupari.
Um bispo escreveu:
“Parece também evidente que houve erro em identificar Jurupari com o demônio”.
Nenhum demônio possuirá as exigências morais de Jurupari.
O reformador instituiu nas cerimônias instrumentos musicais de sopro, especialmente uma longa trombeta de paxiúba, que um som cavernoso e profundo.
As mulheres não podem, sob pena de morte, ouvir sequer esse som.
Nem os instrumentos musicais, máscaras e outros apetrechos das danças de Jurupari podem ser vistos por mulher e mesmo rapaz não iniciado.12
Com isso o pajé, ao dar-se conta do adiantado da hora, mandou todos os índios se recolherem, pois mais um dia iria se iniciar e todos precisavam trabalhar.

9 Jurupari, o demônio, o espírito mau, segundo todos os dicionários e os missionários, exceção feita do Padre Tastevin. “A palavra jurupari parece corrutela de jurupoari”, escreve Couto de Magalhães em nota da segunda parte do Selvagem, que ao pé da letra traduziríamos - boca mão sobre: tirar da boca. Montoia (Tesoro) traz esta frase: - che jurupoari - tirou-me a palavra da boca. O Dr. Batista Caetano traduz a palavra: “Ser que vem à nossa rede, isto é, ao lugar onde dormimos.” 
10 Concepção patriarcal da época.
11 (Stradelli, Vocabulário da Língua Geral, 497-498). Explicação que me satisfaz, porque de um lado caracteriza a parte mais saliente do ensinamento de Jurupari, a instituição do segredo, e do outro lado, sem esforço se presta a mesma explicação nos vários dialetos Tupi-Guaranis, como se pode ver em Montoia, às vezes iuru e pari e às mesmas vozes em Batista Caetano. 
12 (Stradelli, “Legenda Dell’Jurupary,” Bolletino della Societá Geografica Italiana, terc. série, III, Luglio e segs., Roma, 1890, Em Memória de Stradelli, Manaus, 1936; Geografia dos Mitos Brasileiros, longo estudo sobre Jurupari; Renato Almeida, “Trombeta de Jurupari”, opus cit., 44-48). Stradelli estudou o mito, ouvindo indígenas e assistindo à cena do culto nos afluentes do rio Negro. 

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL - PARTE 1 – A REGIÃO NORDESTE - CAPÍTULO 33

CAPÍTULO 33 

E assim o fizeram.
Depois, foram conhecer a Praia de Itapuã.
Situada no final da orla, ficou famosa ao virar tema de Vinícius de Moraes e Dorival Caymmi.
Subdividida em Placaford, Sereia e Farol.
Nesta praia, seu trecho mais disputado é o que fica a caminho do farol.
Na Praia de Piatã, os turistas se divertiram muito com seus coqueiros, areia amarelada e ondas fracas.
No Jardim de Alá, o gramado tomado pelo coqueiral inspira pequeniques à beira-mar.
Pequenique este, que os turistas, ao visitarem a praia, trataram logo de providenciar.
À noite, com a lua, a inspiração é maior.
Porém, como ainda tinham muitos lugares para conhecer, os turistas não passearam de noite na praia.
Mas no dia seguinte, mais do que depressa, foram conhecer a Praia Pituba.
Com muitas pedras na areia amarela e um lindo e um Jardim dos Namorados à beira-mar, o local, era um convite aos casais.
Todavia, os cinco rapazes estavam sozinhos, por isso mesmo só curtiram a praia.
Assim, mais tarde, passearam pela Praia de Amaralina.
Aproveitando suas águas, se divertiram por algumas horas.
Depois, foram comer um acarajé, num dos inúmeros quiosques que ficam na praia.
No Rio Vermelho, os turistas puderam ver os baianos oferecendo prendas a Iemanjá, num famoso ritual da cultura afro-brasileira.
Durante a cerimônia, barcos levam oferendas para a rainha do mar, também conhecida como Mãe d’água.
É a senhora dos ventos, das tempestades e dos destinos dos que se lançam ao mar, recebendo homenagens.
Ela também é conhecida como Nossa Senhora da Conceição.
Em Ondina, os turistas se deslumbraram com suas piscinas naturais e seus jardins com coqueiros.
Além disso, a região possuí muitos bons hotéis.
Passeando pelo Farol da Barra, no começo da Baía de Todos os Santos, o pôr-do-sol é espetacular e o mar, forte, muito bom para surfe.
Os turistas, aproveitando o ensejo, surfaram um pouco.
Já o Porto da Barra, é uma enseada de águas calmas, considerado o melhor banho de mar de Salvador.
Nesta praia, um painel de azulejos mostra a chegada do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, ocorrida aqui.
Atentos, os turistas observaram cada detalhe do lugar.
Depois, aproveitando para conhecer a Baía de Todos os Santos, fizeram um belíssimo passeio de barco.
Esta baía, considerada a maior do Brasil, possuí uma superfície de mil e cem quilômetros quadrados e cinqüenta e cinco belas ilhas para serem visitadas.
Lá, os turistas os mergulharam em praias primitivas, onde segundo contam, há vários barcos naufragados.
No dia seguinte, os turistas, visitando a Praia de Itaparica, se impressionaram com suas dimensões.
Isso por que a praia possuí trinta e cinco quilômetros.
Lá, condomínios residenciais, luxuosas casas de veraneio e construções coloniais do povoado fundado por jesuítas em 1560, convivem harmoniosamente.
Os turistas então, passeando de balsa, avistaram mais de vinte praias na região.
Estão nesta relação, a Praia de Gameleira, Mar Grande, Cacha-Prego, Penha, entre outras.
À certa altura, se avista a famosa Fonte da Bica com sua água mineral famosa. Sua costa oriental é ladeada por bancos de areia e manguezais. Próximo dali, fica Passos, um pequeno povoado, bem como as Praias da Pontinha e Ponta do Padre.
Na Praia de Frades, muitos coqueiros, mata atlântica, lagos, cachoeiras e vilas de pescadores.
Os turistas também, aproveitaram para conhecer o Parque do Abaeté.
Lá uma lagoa escura, cantada por Caymmi e Caetano Veloso ganhou quatrocentos hectares urbanizados, com restaurantes, quiosques com água de coco, acarajé e doces típicos.
Nesse lugar, as lavadeiras lavavam pilhas de roupas à beira da lagoa.
Com o tempo, foram para no tanque.
Foram vinte e cinco tanques construídos pelo governo na Casa da Lavadeira.
Isso por que o sabão poluía e matava os peixes.
Outra atração do lugar é a Casa da Música.
Neste lugar tem até o Ford 29 que puxou o primeiro trio-elétrico, criado por Dodô em 1950.
No Parque Florestal do Pituaçu, os turistas conheceram a Praia de Pituaçu.
Lá a atração é o Espaço Mário Cravo, com mais de oitocentos trabalhos do artista baiano, entre gravuras, pinturas e esculturas.
Dias antes, os turistas puderam apreciar a Festa de Reis ou Festa da Lapinha, como também é conhecida.
Durante os festejos, os turistas visitaram o presépio da Igreja da Lapinha e a apresentação de Ternos de Reis.
Trata-se de uma tradição portuguesa temperada com molho caboclo.
Na Festa do Bonfim, os turistas participaram de novenas, missas e festas de largo, que antecipam a lavagem da famosa igreja.
Os turistas também puderam ver a Lavagem da Igreja de Itapuã, feita quinze dias antes do Carnaval.
De Piatã à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, viram afoxés e blocos carnavalescos.
No final da cerimônia, os turistas tomaram água na escadaria do templo.
Na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, uma procissão, que saí do local, vira festa de largo para louvar a padroeira da Bahia.
Durante a Procissão dos Navegantes, os turistas, avistaram centenas de embarcações seguindo a galeota com o Senhor dos Navegantes.
No dia 31 de dezembro, a festa vira reveillon popular.
Ao apreciarem o carnaval, os turistas puderam se dar conta da loucura baiana.
Trios elétricos, afoxés, blocos afros e cordões, arrastam multidões entre a Praça Principal e o Bairro de Olinda.
A animação corre solta no Farol da Barra e na Praça Castro Alves, onde na madrugada de terça-feira ocorre o encontro dos mais famosos trios-elétricos.
Os turistas, que quiseram desfilar no bloco do Olodum, tiveram que se associar e comprar uma fantasia.
Mais tarde, ‘saíram na pipoca’, pulando com todos os trios que apareceram.
Nos dias que se seguiram, os turistas, percorreram as principais praias do litoral baiano.
Em Porto Sauípe, por exemplo, os turistas avistaram uma pequena vila de pescadores e inúmeras casas de veraneio.
A praia, é cheia de coqueiros, dunas e ondas fortes.
Atravessando de barco o Rio Sauípe, os turistas avistaram uma área para banho, formada na barra, durante a maré baixa.
Já na Praia do Forte, conhecida como a Polinésia brasileira, os turistas puderam apreciar as belezas do lugar com todo o conforto.
A praia badaladíssima e com uma tremenda infra-estrutura, é considerada uma das melhores da região.
Possuí doze quilômetros de praias com coqueiros, recifes e muitas atrações ecológicas.
Além disso, a preservação da paisagem é garantida por um rigoroso controle urbanístico, quem corta um coqueiro, é obrigado a plantar quatro.
Na Praia do Conde, o Pantanal baiano, tem quarenta quilômetros de praias, dunas, manguezais e lagoas.
Em Baía do Itapirucu, vale a pena passear de barco até o Rio do Cavalo Ruço, que forma uma lagoa de águas cristalinas excelente para banhos.
Já a Praia do Sítio é a mais animada, com infra-estrutura de pousadas e restaurantes.
Em Barra do Itariri, os turistas aproveitaram as belezas do lugar, para mais do que depressa, curtir a praia e tirar algumas fotos.
Lá existe, um pequeno povoado de pescadores encravado num cenário deslumbrante de dunas, coqueiros, manguezais e arrecifes.
Ademais, antes de desaguar num mar de águas transparentes, o Rio Itariri faz uma bela e insinuante curva.
Um braço do Rio Itapirucu atravessa a região e reproduz paisagens do pantanal, com muitas garças negras e alguns jacarés, sempre tímidos e difíceis de se ver.
Ao passarem por Imbassaí, os turistas se sentiram na obrigação de parar.
Esta praia, procuradíssima nos fins-de-semana, fica a noventa quilômetros de Salvador, oferece banhos de água doce e salgada – nas piscinas de águas mornas formadas por arrecifes à beira-mar.
No Rio Barroso, paralelo à praia, e na cachoeira do Rio Imbassaí, os turistas se deliciaram em suas águas.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
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