Desde o início, o processo de ocupação de Diadema teve um fator fundamental: sua
localização geográfica entre o litoral – a Vila de São Vicente – e o planalto – a Vila de São
Paulo de Piratininga.
Foi a existência de uma via de ligação entre São Bernardo e Santo Amaro, que
proporcionou a chegada de uns poucos moradores ainda no século XVIII.
As Avenidas
Antonio Piranga e Piraporinha, originaram-se desses caminhos primitivos.
Até a década de 40, a região de Diadema era constituída por quatro povoados
pertencentes a São Bernardo: Piraporinha, Eldorado, Taboão e Vila Conceição.
Dispersos, eles eram ligados apenas por caminhos precários.
Cada um tinha sua vida
própria.
Piraporinha próximo a São Bernardo, o Taboão, também ligado pela proximidade
a São Bernardo e a São Paulo, pela Avenida Água Funda.
O Eldorado, que guardava
características muito próprias, graças à Represa Billings, vinculava-se mais a São Paulo e
à região de Santo Amaro.
E finalmente a Vila Conceição, formada pelas chácaras
pertencentes ao loteamento da Empresa Urbanista Vila Conceição.
Em 1925, com a criação da Represa Billings, a região do Eldorado passou a
despertar o interesse de moradores da capital, que buscavam opções de lazer.
Nos anos 30, os irmãos Camargo, donos das terras, resolveram melhorar a ligação
com a Vila Conceição (centro) por meio da abertura da atual Avenida Alda até o Parque
Sete de Setembro.
O trajeto até o centro foi completado pelo senhor Alberto Simões Moreira.
Nessa estrada passaram a transitar carros de boi, cavalos, automóveis e a primeira
jardineira que fazia o itinerário Eldorado – Vila Conceição – Praça da Árvore (SP).
Apesar da proximidade geográfica com a Capital, até os anos 50 a cidade, pouco
sentiu os efeitos das transformações produzidas pela industrialização em São Paulo.
Até então, Diadema não tinha nenhuma importância econômica regional.
Foi nas
cidades localizadas ao longo da ferrovia Santos – Jundiaí, principal via de circulação de
mercadorias na época, que ocorreu a expansão industrial paulista até a década de 40,
especialmente em São Caetano, Santo André e Mauá.
Após a década de 50, o sistema de escoamento da produção, feito até então pelos
eixos ferroviários, entrou em declínio, e o governo passou a optar pelos circuitos rodoviários.
A Via Anchieta, inaugurada em 1947, representou uma nova fase da industrialização
paulista, e da implantação do capitalismo no Brasil.
Em São Bernardo, ao longo dessa estrada, instalaram-se grandes indústrias
multinacionais, e em Diadema, principalmente pequenas e médias empresas nacionais que
produziam, na sua maioria, objetos complementares para as multinacionais.
Em 1948, com a Lei nº 233, criou-se o Distrito de Diadema.
As transformações ocorridas a partir dos anos 50 na região do ABCD paulista –
abertura de estradas, industrialização, migrações, novos loteamentos, crescimento das
cidades – despertaram o interesse das lideranças políticas da região de Diadema.
Havia o entendimento de que a mudança de distrito, para município favoreceria o
desenvolvimento do lugar.
A Vila Conceição, liderou o movimento pela emancipação local.
Além de contar com
as lideranças políticas mais interessadas na questão, o vilarejo encontrava-se bastante
isolado de São Bernardo, sentindo particularmente a falta de infra-estrutura e serviços
básicos.
Contudo, os moradores de Piraporinha, Taboão e Eldorado eram, na sua maioria,
desfavoráveis ao movimento.
Por isso, foi a conjugação de vários fatores que determinou a emancipação políticoadministrativa de Diadema, como a expansão urbana e industrial paulista em direção ao
ABC, por exemplo, a articulação de políticos da localidade, como o Professor Evandro
Caiaffa Esquível, com lideranças de influência no âmbito estadual, como o jurista Miguel
Reale e a intensa participação dos moradores da Vila Conceição, na Campanha da
Emancipação.
Aprovado o processo de emancipação pela Assembléia Legislativa, ocorreu o
plebiscito no dia 24 de dezembro de 1958.
As pessoas residentes há mais de dois anos no local, votariam a favor ou contra a
emancipação. Participaram cerca de 300 eleitores e a emancipação venceu por pequena
margem, apenas 36 votos.
Assim, em 1959 realizaram-se as primeiras eleições para os poderes Executivo e
Legislativo do município de Diadema.
E no dia 10 de janeiro de 1960, com a posse do
Primeiro Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, instalou-se oficialmente o novo município. *
*Secretaria de Comunicação de Diadema. Baseado no material produzido pelo Centro de Memória
de Diadema.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de Diadema e internet.
Poesias
sábado, 11 de abril de 2020
História de Diadema
Marcadores:
ABC Paulista,
Grande ABC,
Grande São Paulo,
História,
Literatura,
Luciana Celestino dos Santos,
Ordem Alfabética,
Prosa,
Prosa Poética,
Região Metropolitana
Hino Autonomista de São Caetano do Sul
Letra e Música: Dr. Arnaldo Vianna
I
São Caetano do Sul teu valor
Deverá ser cantado com ardor
Pelo teu nobre povo generoso
Forte, Bravo, Culto e Operoso.
II
Pois que sendo em tamanho menor
É em tudo quase sempre o maior
Foste obra de heróico imigrante
Que por ti deixou a Pátria distante.
III
Teu progresso é algo sensacional
Tua pujança é fato excepcional
E autônomo terás mais ascensão
E o respeito de toda Nação.
Estribilho
São Caetano do Sul, ei avante
Teu porvir será sempre brilhante.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.
I
São Caetano do Sul teu valor
Deverá ser cantado com ardor
Pelo teu nobre povo generoso
Forte, Bravo, Culto e Operoso.
II
Pois que sendo em tamanho menor
É em tudo quase sempre o maior
Foste obra de heróico imigrante
Que por ti deixou a Pátria distante.
III
Teu progresso é algo sensacional
Tua pujança é fato excepcional
E autônomo terás mais ascensão
E o respeito de toda Nação.
Estribilho
São Caetano do Sul, ei avante
Teu porvir será sempre brilhante.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.
Marcadores:
ABC Paulista,
Grande ABC,
Grande São Paulo,
História,
Literatura,
Luciana Celestino dos Santos,
Ordem Alfabética,
Prosa,
Prosa Poética,
Região Metropolitana
Hino do Centenário
Música: Edmar de Agostinho
Letra: Antônio Carlos Rocha
"São Caetano do Sul
Meu pedaço de chão
Meu pequeno gigante.
São Caetano do Sul
Meu amor, com razão,
Por você é constante.
Não existe céu
Como o que existe aqui.
Nem existe um povo
Mais unido, mais feliz.
Meu São Caetano
Tão grande, tão lindo
Tão cheio de amor e de paz.
Meu São Caetano
Quem já lhe conhece
Não pode esquecê-lo jamais.
Meu São Caetano do Sul
É bom ser um dos filhos seus.
Nascer em seus braços
Ó meu São Caetano
Na certa é benção de Deus.
São Caetano do Sul
Meu pedaço de chão
Meu pequeno gigante.
No ano do seu Centenário
Todos nós lhe desejamos
Um Feliz Aniversário
São Caetano, Parabéns!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.
Letra: Antônio Carlos Rocha
"São Caetano do Sul
Meu pedaço de chão
Meu pequeno gigante.
São Caetano do Sul
Meu amor, com razão,
Por você é constante.
Não existe céu
Como o que existe aqui.
Nem existe um povo
Mais unido, mais feliz.
Meu São Caetano
Tão grande, tão lindo
Tão cheio de amor e de paz.
Meu São Caetano
Quem já lhe conhece
Não pode esquecê-lo jamais.
Meu São Caetano do Sul
É bom ser um dos filhos seus.
Nascer em seus braços
Ó meu São Caetano
Na certa é benção de Deus.
São Caetano do Sul
Meu pedaço de chão
Meu pequeno gigante.
No ano do seu Centenário
Todos nós lhe desejamos
Um Feliz Aniversário
São Caetano, Parabéns!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.
Marcadores:
ABC Paulista,
Grande ABC,
Grande São Paulo,
História,
Literatura,
Luciana Celestino dos Santos,
Ordem Alfabética,
Prosa,
Prosa Poética,
Região Metropolitana
Hino de São Caetano
Música: Roberto Manzo
Letra: José de Almeida Filho
(Instituído pela Lei Municipal n.º 549, de 23/08/1955)
"São Caetano pequeno gigante
Sob um céu estrelado e de anil
És cidade, trabalho, és progresso
És infante do nosso Brasil.
Do passado nos resta lembrança
De heróis que souberam te erguer
Para frente, para frente
São Caetano, tu tens que crescer.
Do triângulo, jóia rara
Dá exemplo de teu vigor
E tua luta não pára
É grande o teu valor. (Bis)
Mais e mais chaminés se levantam
Apitos fazem-se ouvir
Do trabalho é tua glória
De grandeza será teu provir.
No futuro será monumento.
Brasil saberá te eleger
Para frente, para frente
São Caetano, tu tens que crescer.
Do triângulo, jóia rara...etc. (Estribilho)
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.
Letra: José de Almeida Filho
(Instituído pela Lei Municipal n.º 549, de 23/08/1955)
"São Caetano pequeno gigante
Sob um céu estrelado e de anil
És cidade, trabalho, és progresso
És infante do nosso Brasil.
Do passado nos resta lembrança
De heróis que souberam te erguer
Para frente, para frente
São Caetano, tu tens que crescer.
Do triângulo, jóia rara
Dá exemplo de teu vigor
E tua luta não pára
É grande o teu valor. (Bis)
Mais e mais chaminés se levantam
Apitos fazem-se ouvir
Do trabalho é tua glória
De grandeza será teu provir.
No futuro será monumento.
Brasil saberá te eleger
Para frente, para frente
São Caetano, tu tens que crescer.
Do triângulo, jóia rara...etc. (Estribilho)
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.
Marcadores:
ABC Paulista,
Grande ABC,
Grande São Paulo,
História,
Literatura,
Luciana Celestino dos Santos,
Ordem Alfabética,
Prosa,
Prosa Poética,
Região Metropolitana
Símbolos locais
Produzido pelo artista Salvador Thaumaturgo, o brasão segue a codificação
heráldica (conjunto de emblemas) de origem portuguesa.
Segundo o autor a cor verde representa o primitivo Campo de Piratininga e o vermelho, o sangue derramado para a sua conquista e, por analogia, as cores da bandeira da Península Itálica, que forneceu o maior contingente dos fundadores do antigo povoado.
A engrenagem de ouro, símbolo tradicional da indústria, representa a vida atual do município.
O nome Di Thiène identifica São Caetano Di Thiène, Padroeiro da cidade.
A coroa mural de ouro é o símbolo da independência municipal.
Os dizeres no filete azul fazem lembrar as datas da fundação e do histórico plebiscito.
O brasão do município foi instituído pela Lei n.º 72, de 10 de março de 1950.
A lei aprovou o brasão, mas não tratou da bandeira, embora Salvador Thaumaturgo tenha também apresentado o projeto: fundo azul, no centro um losango branco com o brasão do município e suas cores – o ouro, no entanto, foi substituído pela cor amarelo.
Uma comissão, criada pelo então Prefeito Ângelo Raphael Pellegrino, decidiu adotar o projeto do artista para a bandeira, que foi promulgada pela Lei n.º 356, de julho de 1953.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.
Segundo o autor a cor verde representa o primitivo Campo de Piratininga e o vermelho, o sangue derramado para a sua conquista e, por analogia, as cores da bandeira da Península Itálica, que forneceu o maior contingente dos fundadores do antigo povoado.
A engrenagem de ouro, símbolo tradicional da indústria, representa a vida atual do município.
O nome Di Thiène identifica São Caetano Di Thiène, Padroeiro da cidade.
A coroa mural de ouro é o símbolo da independência municipal.
Os dizeres no filete azul fazem lembrar as datas da fundação e do histórico plebiscito.
O brasão do município foi instituído pela Lei n.º 72, de 10 de março de 1950.
A lei aprovou o brasão, mas não tratou da bandeira, embora Salvador Thaumaturgo tenha também apresentado o projeto: fundo azul, no centro um losango branco com o brasão do município e suas cores – o ouro, no entanto, foi substituído pela cor amarelo.
Uma comissão, criada pelo então Prefeito Ângelo Raphael Pellegrino, decidiu adotar o projeto do artista para a bandeira, que foi promulgada pela Lei n.º 356, de julho de 1953.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano do Sul e internet.
Marcadores:
ABC Paulista,
Grande ABC,
Grande São Paulo,
História,
Literatura,
Luciana Celestino dos Santos,
Ordem Alfabética,
Prosa,
Região Metropolitana
São Caetano Di Thiène – Progresso, trabalho e luta
A história de São Caetano liga-se ao descobrimento do Brasil.
A Vila de Santo André, fundada por João Ramalho em 1553, mais tarde foi abandonada e acabou destruída em 1560.
Era uma área habitada por fazendeiros, tropeiros e carreiros que trabalhavam no transporte de mercadorias entre o porto e o Planalto.
Algumas das fazendas eram propriedade de Bandeirantes.
Em 1631, o Capitão Duarte Machado doou aos padres Beneditinos, o sítio que possuía no Tijucuçu. Anos mais tarde, em 1671, Fernão Dias Paes Leme, bandeirante conhecido sob a alcunha de “O Caçador de Esmeraldas”, arrematou em leilão, outro sítio vizinho e também o doou aos padres.
Assim, se formou a Fazenda São Caetano, onde, além de pequenas plantações, os padres mantinham uma olaria para fazer os tijolos, lajotas e telhas de que necessitavam para a construção do Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo.
Em 1868, iniciou-se um novo período na vida da antiga Fazenda São Caetano, com a inauguração da Estrada de Ferro Inglesa São Paulo Railway Company.
Logo depois, o Governo Imperial adquiriu as terras de São Caetano, para instalar um dos Núcleos Coloniais, que objetivavam incentivar a imigração européia e, com isso, minorar os efeitos da evasão da mão-de-obra agrícola.
O da Fazenda São Caetano foi o primeiro a ser inaugurado.
Em 29 de junho de 1877, algumas famílias de imigrantes embarcaram no vapor Europa, no porto de Gênova, com destino ao Brasil.
O primeiro grupo de italianos, integrado por 28 famílias, chegou ao Núcleo Colonial em 28 de julho de 1877.
A instalação aconteceu com a presença de Sebastião José Pereira, presidente da Província e do engenheiro Leopoldo José da Silva, da Comissão de Terras e Colonização.
Faziam parte da primeira leva de imigrantes, da Província de Treviso, os seguintes chefes de família: Antonio Gallo, Antonio Martorelli, Antonio Garbelotto, Caetano Garbelotti, Celeste Pantallo, Domenico Bottan, Domenico Perin, Eliseo Leoni, Emílio Rossi, Francesco Bortolini, Francesco Fiorotti, Francesco De Martini, Filippe Roveri, Giácomo Dalcin, Giovanni Moretti, Giuseppe Braido, Giovanni Perucchi, Giovani De Nardi, Giovanni Thomé, Giuseppe De Savi, Giuseppe Salla, Luigi D’Agostini, Modesto Castelotti, Natale Furlan, Pietro Pessotti, Paolo Martorelli, Pasquale Cavana e Tommaso Thomè.
Seis meses depois, chegava o segundo grupo de imigrantes, da Província de Mântua, com os seguintes chefes de família: Luigi Baraldi, Francesco Coppini, Isacco Coppini, Francesco Carnevalle, Francesco Ferrari, Modello Dionisio, Gennaro Luciani, Giovanni Vicentini, Francesco Modesto, Eugenio Modesto e Domenico Vicentini.
A presença dos colonos e a proposta do governo de fornecer-lhes alimentação por dois anos em troca do que produzissem, abriram novas perspectivas para o núcleo.
A posse definitiva das terras de São Caetano deu-se em 1880.
Os habitantes do núcleo dedicaram-se, num primeiro momento, ao trabalho agrícola e cultivo das videiras.
O interesse dos trabalhadores, foi logo despertado pela várzea compreendida entre os rios Tamanduateí e dos Meninos, local rico em excelente argila.
Imediatamente começaram a aparecer os primeiros estabelecimentos que se dedicaram ao fabrico de telhas, tijolos e louças, seguindo a tradição dos antigos monges Beneditinos.
Data de 1758 a notícia inicial da existência de olarias na região, mas foi no ano de 1793 que se instalou a primeira indústria de telhas e tijolos em grande escala.
Quando, em 1895, surgiu a necessidade de material para o construção do Museu do Ipiranga, e a olaria do senhor Giuseppe Ferrari forneceu o material necessário para a grande obra.
Em 1889, efetuou-se o recenseamento local, tendo-se verificado a existência de 322 pessoas, distribuídas em 92 lotes de terra, além de muitos outros imigrantes que aguardavam no barracão da sede da fazenda, onde estavam estabelecidos há dois anos – a distribuição de novos lotes a serem cultivados.
Isso indica a enorme atividade existente em São Caetano, que progredia com rapidez e, em 1896, já se tornava um dos grandes centros produtores da Província de São Paulo.
A história político-administrativa de São Caetano acompanhou, em parte, seu desenvolvimento econômico.
Em 1901, o território que até então pertencia ao Município de São Paulo, foi anexado ao recém-criado Município de São Bernardo do Campo.
Em 1905, São Caetano era elevado a categoria de Distrito Fiscal.
A fixação das primeiras indústrias coincidiu com a ascensão a Distrito de Paz, em 1916.
Em 1924, o Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, dava ao núcleo a sua primeira Paróquia e seu primeiro Vigário.
A vila transformava-se em cidade.
A Indústria Pamplona, foi a primeira fábrica instalada, vindo a seguir a fábrica de Formicida Paulista, de Serafim Constantino.
A primeira sociedade de caráter social e filantrópico, foi a Sociedade Beneficente Príncipe di Napoli, em 1891; a segunda, a União Operária Internacional de São Caetano.
A primeira manifestação pela autonomia deu-se em 1928, liderada pelo engenheiro Armando de Arruda Pereira.
O São Caetano Jornal foi criado para divulgar a idéia emancipacionista, convocando os moradores do Distrito de São Caetano, para votar em seus próprios candidatos a Vereador e Juiz de Paz, nas eleições daquele ano.
Os resultados não foram os esperados: em 15 de janeiro de 1929, o Coronel Saladino Cardoso Franco era reeleito, pela sexta vez, Prefeito do Município de São Bernardo, e São Caetano continuaria a ser um de seus distritos.
O movimento, portanto, foi malsucedido.
Na década de 40, o sonho da emancipação voltou a empolgar os sancaetanenses, dando origem à segunda tentativa de obter a autonomia.
O Jornal de São Caetano e a Sociedade Amigos de São Caetano, lideraram o movimento em 1947.
A Assembléia Legislativa do Estado, recebeu abaixo-assinado com 5.197 assinaturas solicitando a realização de um plebiscito.
A reivindicação foi atendida e a consulta popular foi realizada em 24 de outubro de 1948.
Foram apurados 8.463 votos a favor da autonomia de São Caetano, e 1.029 votos contrários.
Em 24 de dezembro daquele ano, o Governador do Estado de São Paulo, Adhemar de Barros, ratificou a decisão dos sancaetanenses, homologando a criação do Município de São Caetano do Sul, efetivada a 1º de janeiro de 1949.
A primeira eleição para os cargos públicos, no mês de março seguinte, escolheu Ângelo Raphael Pellegrino, Primeiro Prefeito e constituiu a primeira Câmara de Vereadores, ocorrendo a posse dos Poderes Executivo e Legislativo no dia 3 de abril de 1949.
Em 30 de dezembro de 1953, foi criada a Comarca, instalada no dia 3 de abril de 1955.
Os prefeitos de São Caetano foram os seguintes:
De 3 de abril de 1949 a 3 de abril de 1953, Ângelo Raphael Pellegrino, sem VicePrefeito;
De 4 de abril de 1953 a 3 de abril de 1957, Anacleto Campanella (Vice-Prefeito: Jacob João Lorenzini);
De 4 de abril de 1957 a 3 de abril de 1961, Oswaldo Samuel Massei (Vice-Prefeito: Lauro Garcia);
De 4 de abril de 1961 a 3 de abril de 1965, Anacleto Campanella (Vice-Prefeito: Lauro Garcia);
De 4 de abril de 1965 a 3 de abril de 1969, Hermógenes Walter Braido (VicePrefeito: Odilon de Souza Melo);
16 De 5 de abril de 1969 a 31 de janeiro de 1973, Oswaldo Samuel Massei (VicePrefeito: Antonio Russo);
De 31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977, Hermógenes Walter Braido (VicePrefeito: Argemiro de Barros Araújo);
De 1º de janeiro de 1977 a 15 de janeiro de 1982, Raimundo da Cunha Leite (VicePrefeito: João Dal’Mas);
De 15 de maio de 1982 a 31 de janeiro de 1983, João Dal’Mas;
De 1º de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988, Hermógenes Walter Braido (Vice-Prefeito: Lavinho de Carvalho);
De 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992, Luiz Olinto Tortorello (VicePrefeito: João Tessarini);
De 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996, Antonio José Dall’Anese (VicePrefeito: Iliomar Darronqui);
De 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000 e de 1º de janeiro de 2001 em diante também, Luiz Olinto Tortorello (Vice-Prefeito: Sílvio Torres).
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano e internet.
A Vila de Santo André, fundada por João Ramalho em 1553, mais tarde foi abandonada e acabou destruída em 1560.
Era uma área habitada por fazendeiros, tropeiros e carreiros que trabalhavam no transporte de mercadorias entre o porto e o Planalto.
Algumas das fazendas eram propriedade de Bandeirantes.
Em 1631, o Capitão Duarte Machado doou aos padres Beneditinos, o sítio que possuía no Tijucuçu. Anos mais tarde, em 1671, Fernão Dias Paes Leme, bandeirante conhecido sob a alcunha de “O Caçador de Esmeraldas”, arrematou em leilão, outro sítio vizinho e também o doou aos padres.
Assim, se formou a Fazenda São Caetano, onde, além de pequenas plantações, os padres mantinham uma olaria para fazer os tijolos, lajotas e telhas de que necessitavam para a construção do Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo.
Em 1868, iniciou-se um novo período na vida da antiga Fazenda São Caetano, com a inauguração da Estrada de Ferro Inglesa São Paulo Railway Company.
Logo depois, o Governo Imperial adquiriu as terras de São Caetano, para instalar um dos Núcleos Coloniais, que objetivavam incentivar a imigração européia e, com isso, minorar os efeitos da evasão da mão-de-obra agrícola.
O da Fazenda São Caetano foi o primeiro a ser inaugurado.
Em 29 de junho de 1877, algumas famílias de imigrantes embarcaram no vapor Europa, no porto de Gênova, com destino ao Brasil.
O primeiro grupo de italianos, integrado por 28 famílias, chegou ao Núcleo Colonial em 28 de julho de 1877.
A instalação aconteceu com a presença de Sebastião José Pereira, presidente da Província e do engenheiro Leopoldo José da Silva, da Comissão de Terras e Colonização.
Faziam parte da primeira leva de imigrantes, da Província de Treviso, os seguintes chefes de família: Antonio Gallo, Antonio Martorelli, Antonio Garbelotto, Caetano Garbelotti, Celeste Pantallo, Domenico Bottan, Domenico Perin, Eliseo Leoni, Emílio Rossi, Francesco Bortolini, Francesco Fiorotti, Francesco De Martini, Filippe Roveri, Giácomo Dalcin, Giovanni Moretti, Giuseppe Braido, Giovanni Perucchi, Giovani De Nardi, Giovanni Thomé, Giuseppe De Savi, Giuseppe Salla, Luigi D’Agostini, Modesto Castelotti, Natale Furlan, Pietro Pessotti, Paolo Martorelli, Pasquale Cavana e Tommaso Thomè.
Seis meses depois, chegava o segundo grupo de imigrantes, da Província de Mântua, com os seguintes chefes de família: Luigi Baraldi, Francesco Coppini, Isacco Coppini, Francesco Carnevalle, Francesco Ferrari, Modello Dionisio, Gennaro Luciani, Giovanni Vicentini, Francesco Modesto, Eugenio Modesto e Domenico Vicentini.
A presença dos colonos e a proposta do governo de fornecer-lhes alimentação por dois anos em troca do que produzissem, abriram novas perspectivas para o núcleo.
A posse definitiva das terras de São Caetano deu-se em 1880.
Os habitantes do núcleo dedicaram-se, num primeiro momento, ao trabalho agrícola e cultivo das videiras.
O interesse dos trabalhadores, foi logo despertado pela várzea compreendida entre os rios Tamanduateí e dos Meninos, local rico em excelente argila.
Imediatamente começaram a aparecer os primeiros estabelecimentos que se dedicaram ao fabrico de telhas, tijolos e louças, seguindo a tradição dos antigos monges Beneditinos.
Data de 1758 a notícia inicial da existência de olarias na região, mas foi no ano de 1793 que se instalou a primeira indústria de telhas e tijolos em grande escala.
Quando, em 1895, surgiu a necessidade de material para o construção do Museu do Ipiranga, e a olaria do senhor Giuseppe Ferrari forneceu o material necessário para a grande obra.
Em 1889, efetuou-se o recenseamento local, tendo-se verificado a existência de 322 pessoas, distribuídas em 92 lotes de terra, além de muitos outros imigrantes que aguardavam no barracão da sede da fazenda, onde estavam estabelecidos há dois anos – a distribuição de novos lotes a serem cultivados.
Isso indica a enorme atividade existente em São Caetano, que progredia com rapidez e, em 1896, já se tornava um dos grandes centros produtores da Província de São Paulo.
A história político-administrativa de São Caetano acompanhou, em parte, seu desenvolvimento econômico.
Em 1901, o território que até então pertencia ao Município de São Paulo, foi anexado ao recém-criado Município de São Bernardo do Campo.
Em 1905, São Caetano era elevado a categoria de Distrito Fiscal.
A fixação das primeiras indústrias coincidiu com a ascensão a Distrito de Paz, em 1916.
Em 1924, o Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, dava ao núcleo a sua primeira Paróquia e seu primeiro Vigário.
A vila transformava-se em cidade.
A Indústria Pamplona, foi a primeira fábrica instalada, vindo a seguir a fábrica de Formicida Paulista, de Serafim Constantino.
A primeira sociedade de caráter social e filantrópico, foi a Sociedade Beneficente Príncipe di Napoli, em 1891; a segunda, a União Operária Internacional de São Caetano.
A primeira manifestação pela autonomia deu-se em 1928, liderada pelo engenheiro Armando de Arruda Pereira.
O São Caetano Jornal foi criado para divulgar a idéia emancipacionista, convocando os moradores do Distrito de São Caetano, para votar em seus próprios candidatos a Vereador e Juiz de Paz, nas eleições daquele ano.
Os resultados não foram os esperados: em 15 de janeiro de 1929, o Coronel Saladino Cardoso Franco era reeleito, pela sexta vez, Prefeito do Município de São Bernardo, e São Caetano continuaria a ser um de seus distritos.
O movimento, portanto, foi malsucedido.
Na década de 40, o sonho da emancipação voltou a empolgar os sancaetanenses, dando origem à segunda tentativa de obter a autonomia.
O Jornal de São Caetano e a Sociedade Amigos de São Caetano, lideraram o movimento em 1947.
A Assembléia Legislativa do Estado, recebeu abaixo-assinado com 5.197 assinaturas solicitando a realização de um plebiscito.
A reivindicação foi atendida e a consulta popular foi realizada em 24 de outubro de 1948.
Foram apurados 8.463 votos a favor da autonomia de São Caetano, e 1.029 votos contrários.
Em 24 de dezembro daquele ano, o Governador do Estado de São Paulo, Adhemar de Barros, ratificou a decisão dos sancaetanenses, homologando a criação do Município de São Caetano do Sul, efetivada a 1º de janeiro de 1949.
A primeira eleição para os cargos públicos, no mês de março seguinte, escolheu Ângelo Raphael Pellegrino, Primeiro Prefeito e constituiu a primeira Câmara de Vereadores, ocorrendo a posse dos Poderes Executivo e Legislativo no dia 3 de abril de 1949.
Em 30 de dezembro de 1953, foi criada a Comarca, instalada no dia 3 de abril de 1955.
Os prefeitos de São Caetano foram os seguintes:
De 3 de abril de 1949 a 3 de abril de 1953, Ângelo Raphael Pellegrino, sem VicePrefeito;
De 4 de abril de 1953 a 3 de abril de 1957, Anacleto Campanella (Vice-Prefeito: Jacob João Lorenzini);
De 4 de abril de 1957 a 3 de abril de 1961, Oswaldo Samuel Massei (Vice-Prefeito: Lauro Garcia);
De 4 de abril de 1961 a 3 de abril de 1965, Anacleto Campanella (Vice-Prefeito: Lauro Garcia);
De 4 de abril de 1965 a 3 de abril de 1969, Hermógenes Walter Braido (VicePrefeito: Odilon de Souza Melo);
16 De 5 de abril de 1969 a 31 de janeiro de 1973, Oswaldo Samuel Massei (VicePrefeito: Antonio Russo);
De 31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977, Hermógenes Walter Braido (VicePrefeito: Argemiro de Barros Araújo);
De 1º de janeiro de 1977 a 15 de janeiro de 1982, Raimundo da Cunha Leite (VicePrefeito: João Dal’Mas);
De 15 de maio de 1982 a 31 de janeiro de 1983, João Dal’Mas;
De 1º de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988, Hermógenes Walter Braido (Vice-Prefeito: Lavinho de Carvalho);
De 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992, Luiz Olinto Tortorello (VicePrefeito: João Tessarini);
De 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996, Antonio José Dall’Anese (VicePrefeito: Iliomar Darronqui);
De 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000 e de 1º de janeiro de 2001 em diante também, Luiz Olinto Tortorello (Vice-Prefeito: Sílvio Torres).
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Caetano e internet.
Marcadores:
ABC Paulista,
Grande ABC,
Grande São Paulo,
História,
Literatura,
Luciana Celestino dos Santos,
Ordem Alfabética,
Prosa,
Região Metropolitana
São Bernardo do Campo
O município de São Bernardo do Campo nasceu na Borda do Campo, na mesma
região onde existiu a histórica “Villa” de Santo André da Borda do Campo (1550 – 1560).
Sendo a região local de passagem, para aqueles que do Planalto se dirigiam ao Porto de Santos, em especial as “tropas” carregando mercadorias e que aqui faziam pouso, começou a se desenvolver na fazenda dos Monges Beneditinos, ao redor de uma capela por eles construída em 1717, um povoado, as margens do Ribeirão dos Meninos, região do atual Bairro Rudge Ramos (no local onde hoje está instalado o Carrefour Vergueiro).
Pelos primitivos e novos caminhos, pelas velhas fazendas, registraram-se a presença do português desbravador, do índio e do negro escravo.
Tendo-se formado e crescido em terras particulares dos Beneditinos, o povoado não pôde ser oficializado, sendo por isso transferido para outro trecho do velho Caminho do Mar, onde está hoje a Igreja Matriz (Largo da Matriz, na Rua Marechal Deodoro).
Esta transferência do povoado ocorreu em princípios do século XIX.
Ali, em 1812, de subúrbio da Capital, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia.
Em 1877 foi instalado, nas terras desapropriadas da fazenda dos Beneditinos, o Núcleo Colonial de São Bernardo, que vai dar nova vida a “Villa”.
Constituiu-se 15 linhas coloniais que posteriormente originaram os atuais bairros de São Bernardo do Campo.
A presença do imigrante, majoritariamente italiano, e predominante nesse fim de século XIX e início do século XX, contribuiu para ampliar a miscigenação.
O cultivo da terra era intensificado.
Plantou-se, colhou-se, fabricou-se, produziu-se...
Os campos foram sendo devastados, as matas derrubadas, as estradas alargadas, ruas corrigidas e calçadas, as vilas edificadas e casas construídas.
Ao final do século, por lei provincial de 12 de março de 1889, a Freguesia foi elevada a Município, cuja instalação ocorreu em maio de 1890.
O Município compreendia, então, praticamente todo o território do atual ABC.
O nome – São Bernardo – deveu-se a denominação da fazenda dos Monges Beneditinos, onde havia uma capela dedicada ao Santo, ao redor da qual surgiu o primitivo povoado de 1717.
Com a exploração da madeira, as serrarias apareceram, registrando a tendência industrial da “Villa”.
Desenvolveu-se a indústria moveleira, ao lado da têxtil.
Na década de 20, com a construção da represa Billings, alguns núcleos coloniais de imigrantes italianos formados no século XIX, foram atingidos por suas águas.
Os caminhos se proliferaram, não só como passagem, mas como expansão do processo de urbanização.
Os bairros foram se formando e se desdobrando em pequenas vilas e novos bairros.
O espaço do povoado se transformou na paisagem da cidade.
Apesar do desenvolvimento da sede do Município (atual São Bernardo do Campo), o Bairro da Estação (Santo André), em razão da Estação de Ferro inaugurada em 1867, conheceu um crescimento acelerado, com a implantação de várias indústrias.
Assim, Santo André começou a se destacar econômica e politicamente, tornando-se, em 1938, a sede do Município.
O nome do município foi mudado para Santo André, e São Bernardo tornou-se distrito.
Após muitas movimentações, em 1944 ocorreu a emancipação político – administrativa de São Bernardo.
O designativo “do Campo”, aplicado a São Bernardo, surgiu da instalação do atual município, em 1º de janeiro de 1945.
Hino Oficial: Nosso Município Música: João Silvério da Silva (João Gomes) Letra : Wallace Cockrane Simonsen
"Salve São Bernardo
Pedaço do meu Brasil,
Retomas o teu velho posto Impávido e varonil.
Salve São Bernardo do Campo e do nosso lar,
Que vê o raiar da aurora
Dos Contrafortes da Serra do Mar
Ó povo de São Bernardo Salve a tua liberdade
A nossa bela Vila
Volta outra vez a ser Cidade
Alerta ó gente nossa
Tua canção vem entoar,
Cantando a grande vitória
Que nossa terra acaba de alcançar
Custou mais veio
A justa reparação,
Nosso trabalho
Não foi em vão
Custou mais veio
A justa reparação
Por isso é que no peito
Bate mais forte o nosso coração."
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Bernardo e internet.
Sendo a região local de passagem, para aqueles que do Planalto se dirigiam ao Porto de Santos, em especial as “tropas” carregando mercadorias e que aqui faziam pouso, começou a se desenvolver na fazenda dos Monges Beneditinos, ao redor de uma capela por eles construída em 1717, um povoado, as margens do Ribeirão dos Meninos, região do atual Bairro Rudge Ramos (no local onde hoje está instalado o Carrefour Vergueiro).
Pelos primitivos e novos caminhos, pelas velhas fazendas, registraram-se a presença do português desbravador, do índio e do negro escravo.
Tendo-se formado e crescido em terras particulares dos Beneditinos, o povoado não pôde ser oficializado, sendo por isso transferido para outro trecho do velho Caminho do Mar, onde está hoje a Igreja Matriz (Largo da Matriz, na Rua Marechal Deodoro).
Esta transferência do povoado ocorreu em princípios do século XIX.
Ali, em 1812, de subúrbio da Capital, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia.
Em 1877 foi instalado, nas terras desapropriadas da fazenda dos Beneditinos, o Núcleo Colonial de São Bernardo, que vai dar nova vida a “Villa”.
Constituiu-se 15 linhas coloniais que posteriormente originaram os atuais bairros de São Bernardo do Campo.
A presença do imigrante, majoritariamente italiano, e predominante nesse fim de século XIX e início do século XX, contribuiu para ampliar a miscigenação.
O cultivo da terra era intensificado.
Plantou-se, colhou-se, fabricou-se, produziu-se...
Os campos foram sendo devastados, as matas derrubadas, as estradas alargadas, ruas corrigidas e calçadas, as vilas edificadas e casas construídas.
Ao final do século, por lei provincial de 12 de março de 1889, a Freguesia foi elevada a Município, cuja instalação ocorreu em maio de 1890.
O Município compreendia, então, praticamente todo o território do atual ABC.
O nome – São Bernardo – deveu-se a denominação da fazenda dos Monges Beneditinos, onde havia uma capela dedicada ao Santo, ao redor da qual surgiu o primitivo povoado de 1717.
Com a exploração da madeira, as serrarias apareceram, registrando a tendência industrial da “Villa”.
Desenvolveu-se a indústria moveleira, ao lado da têxtil.
Na década de 20, com a construção da represa Billings, alguns núcleos coloniais de imigrantes italianos formados no século XIX, foram atingidos por suas águas.
Os caminhos se proliferaram, não só como passagem, mas como expansão do processo de urbanização.
Os bairros foram se formando e se desdobrando em pequenas vilas e novos bairros.
O espaço do povoado se transformou na paisagem da cidade.
Apesar do desenvolvimento da sede do Município (atual São Bernardo do Campo), o Bairro da Estação (Santo André), em razão da Estação de Ferro inaugurada em 1867, conheceu um crescimento acelerado, com a implantação de várias indústrias.
Assim, Santo André começou a se destacar econômica e politicamente, tornando-se, em 1938, a sede do Município.
O nome do município foi mudado para Santo André, e São Bernardo tornou-se distrito.
Após muitas movimentações, em 1944 ocorreu a emancipação político – administrativa de São Bernardo.
O designativo “do Campo”, aplicado a São Bernardo, surgiu da instalação do atual município, em 1º de janeiro de 1945.
Hino Oficial: Nosso Município Música: João Silvério da Silva (João Gomes) Letra : Wallace Cockrane Simonsen
"Salve São Bernardo
Pedaço do meu Brasil,
Retomas o teu velho posto Impávido e varonil.
Salve São Bernardo do Campo e do nosso lar,
Que vê o raiar da aurora
Dos Contrafortes da Serra do Mar
Ó povo de São Bernardo Salve a tua liberdade
A nossa bela Vila
Volta outra vez a ser Cidade
Alerta ó gente nossa
Tua canção vem entoar,
Cantando a grande vitória
Que nossa terra acaba de alcançar
Custou mais veio
A justa reparação,
Nosso trabalho
Não foi em vão
Custou mais veio
A justa reparação
Por isso é que no peito
Bate mais forte o nosso coração."
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Texto extraído de matéria jornalísticas publicadas no Jornal Diário do Grande ABC, coluna do memorialista Ademir Médici, site da Prefeitura de São Bernardo e internet.
Marcadores:
ABC Paulista,
Grande ABC,
Grande São Paulo,
História,
Literatura,
Luciana Celestino dos Santos,
Ordem Alfabética,
Prosa,
Região Metropolitana
Assinar:
Postagens (Atom)