A seguir, em 1530, chegaram ao Brasil, os primeiros escravos.
Vendidos em escala crescente por traficantes portugueses, eles se tornaram a grande
massa trabalhadora na economia colonial.
Os escravos africanos, substituíram os escravos
indígenas, que eram eficientes na extração do pau-brasil mas não na agricultura.
Com isso, nos primeiros tempos da colonização, a abundância de pau-brasil e as
primeiras trocas com os indígenas que habitavam o Brasil, marcaram o início da exploração
econômica da nova colônia.
Inteiramente voltada para o mercado externo, a economia colonial se organizou de
forma a complementar à da metrópole, produzindo tudo o que ela precisava e comprando
dela tudo o que necessitava.
Assim, ao longo do século XVI, as fazendas e os engenhos de cana-de-açúcar se
espalharam pelo Nordeste, e, em menor escala, cresceu também a cultura do algodão e do
tabaco.
Como os índios não se adaptaram ao trabalho na lavoura, foram trazidos escravos
da África.
Desta forma, o ciclo econômico seguinte foi o da mineração, que atingiu o auge no
final do século XVII e contribuiu para transferir o eixo do desenvolvimento do país, para a
atual região Sudeste.
Em 1532, Martim Afonso de Souza, líder da primeira expedição de colonização das
terras brasileiras, funda São Vicente, a Primeira vila da colônia, no atual estado de São
Paulo.
E introduz no país, o cultivo da cana-de-açúcar.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
sábado, 15 de fevereiro de 2020
DAS VOLTAS DO MUNDO - CAPÍTULO 12
E assim, na semana seguinte, Leonora estava novamente freqüentando a escola.
Para alegria de Fábio, Leonora se mostrava cada vez mais interessada nas aulas, e apesar de ter perdido algumas delas, graças a dedicação e as aulas particulares que o mesmo estava ministrando para ela, a garota estava conseguindo acompanhar as aulas.
Sim, Fábio, passou a freqüentar a casa da moça, com bastante assiduidade.
Por diversas vezes, passou tardes inteiras lhe dando explicações sobre a matéria que havia perdido.
E assim, mesmo quando Fabíola, Sandra ou Sabrina estavam presentes, Fábio só tinha olhos para Leonora.
Muito embora as três garotas fizessem de tudo para chamar sua atenção, seu foco era Leonora.
Por conta disso, as três viviam fazendo insinuações sobre a moça.
Insistentemente, as três comentavam que o professor estava interessado demais nos estudos dela.
Curiosas, chegavam a se perguntar, qual seria a intenção do professor ao ajudar a moça que menos precisava de ajuda, a estudar?
Mas os questionamentos paravam por aí.
Até por que o mesmo, nunca deixou uma pergunta sem resposta.
Assim, talvez o professor ajudasse Leonora, somente por que era uma pessoa prestativa.
Contudo, nem sempre que o rapaz ía a casa da moça, as três estavam presentes.
Algumas vezes, ele e Leonora ficaram a sós na sala, entretidos com a matéria.
De tão aplicada aos estudos, Fábio, chegou diversas vezes a comentar, que se ela quisesse, poderia se tornar professora.
Afinal ela tinha jeito para isso.
Mas Leonora desconversava.
Até porque, a garota ainda tinha muito tempo para se decidir.
Portanto, não havia necessidade de se ter pressa.
Com isso, durante alguns dias, Fábio, passou as tardes com a moça.
De tão encantado com sua dedicação e seu temperamento doce, Fábio comentou com ela, que sentiria saudades das tardes que passou na casa dela, quando não precisasse mais aparecer por lá.
Mas a moça, ao ouvir isso, disse que não haveria problema nenhum, se ele a visitasse por outros motivos.
Além disso, ela também poderia conhecer a casa dele.
Quanto a isso, não havia impedimento.
Fábio ao ouvir isso, ficou extremamente feliz.
Mas, ressabiado, perguntou?
-- Tem certeza?
Leonora então, assentiu com a cabeça, concordando:
-- Claro que tenho. Além disso, foi extremamente gentil de sua parte, se oferecer para explicar novamente uma matéria que o senhor já explicou em classe.
-- Que isso, não foi nada de mais!
-- Foi sim! – insistiu a moça.
E assim, coube ao rapaz explicar a moça, onde morava.
Enquanto Fábio explicava a Leonora como fazer para chegar à sua casa, Dona Leonilde, prestativa como sempre, apareceu na sala trazendo consigo, dois copos com suco de laranja, bem como dois saborosos sanduíches para eles.
Interessada nos estudos da filha, chegou até a perguntar:
-- Como estão indo?
-- Bem. – respondeu a filha.
Com isso, Dona Leonilde voltou para cozinha.
Diante de tanta gentileza de ambas as partes, só restou a Fábio, comentar:
-- Muito gentil sua mãe.
-- É verdade. – concordou Leonora.
-- Tão gentil quanto a filha. – emendou o rapaz.
Ao ouvir o comentário, Leonora ficou um pouco sem graça.
Contudo, conseguiu ainda dizer que só fazia o que a boa educação exigia.
Mas Fábio insistiu em dizer que a moça era uma verdadeira dama.
Muito gentil, discreta.
Bem diferente da maioria das moças de sua idade.
No entanto, apesar de lisonjeiros os comentários do professor, Leonora não achava que seu comportamento tinha algo de especial.
Muito pelo contrário.
Se considerava igual a todas as garotas de sua idade.
Mas para Fábio, não era assim.
Leonora era realmente especial.
Todavia, apesar da agradável companhia, o rapaz precisava voltar para casa.
Por isso ao verificar o adiantado da hora, desculpou-se e comentou que precisava ir para casa.
Afinal, dentro de poucas horas, deveria estar na faculdade.
-- Então o senhor está cursando ainda a faculdade? – perguntou Leonora, interessada.
-- Sim, estou no quarto ano. – respondeu ele.
-- Curioso. Então quem está na faculdade, pode ministrar aulas?
-- Pode.
-- Mas isso não é comum? É?
-- Não. Realmente não é. Mas antes de dar aulas neste colégio, eu já fui assistente de um professor, lá da faculdade. Foi ele, inclusive, que me indicou para ministrar aulas no colégio em que você estuda.
-- Interessante. – comentou Leonora.
A moça então, percebendo que ele precisava ir, despediu-se.
Fábio, desculpou-se e saiu.
Antes porém, o professor comentou que poderiam conversar sobre o assunto no dia seguinte e pedindo novamente desculpas por estar com pressa, insistiu que deveria ir.
E assim, como das outra vezes, Leonora acompanhou-o até a porta, onde mais uma vez se despediram.
Depois, entrou em casa e levou seus livros para o quarto.
Enquanto isso Fábio, como de costume, tomou um banho, trocou de roupa, jantou e caminhou até o ponto de ônibus.
Estava indo para a faculdade.
Ao lá chegar, comentou com os colegas, que dentro em breve, teria que apresentar o trabalho.
Assim, precisavam acertar os últimos detalhes sobre o tema do mesmo.
Diante disso, enquanto a aula não começava, o grupo passou a discutir alguns detalhes sobre o trabalho.
Animados, começaram a planejar a apresentação, bem como a encadernação que seria feita, para o trabalho.
Dedicados, um deles, empenhado com o trabalho, resolveu datilografar todo o conteúdo e depois, mandar encadernar.
Quando após alguns dias Fábio viu o trabalho escrito, praticamente pronto, comentou com os amigos que estava perfeito.
A seguir, com o início das aulas, os rapazes se acomodaram na sala e acompanhando as explanações dos professores, ficaram na faculdade.
Nisso, Leonora voltou a freqüentar a escola.
Fábio, ao ver a moça na sala de aula, ficou bastante satisfeito.
De tão feliz, chegou até a comentar com a classe que ela havia voltado.
Desejando-lhe boas vindas, e recomendou-lhe que continuasse estudando bastante.
Nessa época, depois de um longo período de calmaria, o policial que acompanhava a moça, foi dispensado.
Fábio, que já visitava com bastante regularidade a casa da moça, foi quem se encarregou de levá-la até a escola.
Como a casa não ficava muito longe da sua, o rapaz alegou que não seria incômodo nenhum levar Leonora até o portão de sua residência na hora de voltar.
A moça sem jeito, relutou bastante, até que diante dos argumentos do professor, acabou concordando.
Para ajudar, sua mãe Leonilde simpatizou com o rapaz.
A mulher, sem imaginar que essa amizade levaria a outros planos de relacionamento, consentia que sua filha saísse acompanhada pelo rapaz.
Acreditando que Leonora estaria segura, nunca ofereceu resistência a aproximação de Fábio.
Seu Clóvis no entanto, ao saber que Leonora e Fábio estavam sempre juntos o tempo inteiro, ficou primeiramente desconfiado.
Acreditando que o professor estava paquerando a filha, demorou algum tempo para que Leonilde o convencesse a não levar a mal a amizade dos dois.
Diante das explicações da mulher, o homem acabou concordando e deixando um pouco de lado sua desconfiança.
Porém, com o passar do tempo, Seu Clóvis, desconfiado da aproximação do rapaz, passou a ele mesmo a ir buscar sua filha.
Fábio por sua vez, ocupado com a faculdade e o emprego de professor, passou com o tempo, a ficar cada vez menos com Leonora.
Nervoso com o dia da apresentação, que se aproximava, o rapaz aproveitava para ficar até mais tarde na biblioteca da escola estudando.
Certa vez, ficou até tão tarde que, sem que se desse conta, uma tempestade desabou e ele só foi perceber quando viu o barulho da chuva caindo pesadamente sobre a terra.
O rapaz ao ver a chuva, resolveu esperar um pouco antes de sair.
No entanto, mesmo esperando a chuva não amainou.
Fábio então, percebendo que não adiantaria esperar a chuva passar, resolveu ir embora para casa. Como morava perto dali, o rapaz acreditou que não haveria problema nenhum em pegar um pouco de chuva.
E assim decidido, saiu da escola.
Sem guarda-chuva, enfrentou um tempo fechado.
Como chovia muito, o rapaz levou algum tempo para chegar em casa.
Ao chegar em casa, encharcado, Dona Irene, espantada, mandou que ele tirasse toda a roupa molhada.
Prevenindo-o de que ele poderia pegar um resfriado por conta da chuva, o rapaz desdenhou o remédio que ela preparou para ele tomar e dizendo-se cansado, comentou com ela que iria dormir.
Como ainda chovia forte, o rapaz decidiu não ir até a faculdade.
Contudo, como o tempo melhorou um pouco, Fábio, lembrando-se do trabalho, resolveu ir até lá.
Ao chegar na faculdade, descobriu que não haveria aula.
Em razão da forte chuva, um dos postes de iluminação da rua foi arrancando, prejudicando o regular funcionamento da faculdade.
Fábio, então, voltou para casa.
Ao voltar, uma garoa fina, pegou-o no meio do caminho.
Quando chegou em casa, novamente desabou um temporal.
Dona Irene comentou, impressionada:
-- Nossa! Foi a conta certa. Se você tivesse demorado mais um pouco pra voltar, teria novamente se molhado.
-- Eu voltei cedo, por que não teve aula. Fui lá a toa. – respondeu sentando-se no sofá.
-- Eu já imaginava. Diante do ocorrido esta tarde, não havia como ter aula.
Fábio então, um pouco desanimado, aproveitou para ver um pouco de televisão.
Irene ao se aproximar dele, notou que suas roupas estavam um pouco molhadas.
Percebendo isso, mandou que o rapaz tirasse aquelas roupas e as colocasse para lavar.
Teimoso, Fábio comentou que as roupas não estavam tão molhadas assim e que não era caso para pôr para lavá-las.
Irene censurou-o com os olhos.
Fábio, percebendo que havia perdido, resolveu ceder.
Novamente trocou de roupa e colocou a roupa úmida no varal.
Meia-hora depois, o rapaz decidiu dormir.
No dia seguinte, sentindo um pouco de febre, o rapaz foi proibido por sua mãe, de sair de casa. Avisando então Seu Rubens que seu filho não iria trabalhar, a mãe do rapaz causou uma tremenda comoção na escola.
Isso por que, as turmas que teriam aula com ele no dia, não ficaram nem um pouco satisfeitas com sua ausência.
Leonora, ao tomar conhecimento da notícia, assim que pôde, ligou para a casa do rapaz e perguntando o que havia acontecido, ouviu da boca de Irene, que Fábio havia tido febre.
Preocupada a moça perguntou se era algo sério.
Irene, percebendo o interesse, respondeu que não.
Leonora então, ficou tranqüila.
Irene curiosa, perguntou-lhe o nome:
-- Leonora.
Ao ouvir a resposta, a mulher, percebendo que a moça era amiga do rapaz, convidou-a para fazer uma visita mais tarde.
Leonora então prometeu que assim que pudesse, daria uma passada na casa do rapaz.
Gentil, Irene disse-lhe que estaria aguardando-a.
Desligando o telefone, foi até o quarto do filho para lhe perguntar se estava precisando de alguma coisa.
Como o rapaz dormia, Irene resolveu não incomodar.
Mais tarde Leonora, preocupada, visitou o rapaz.
Atônita, a moça assim que chegou da escola almoçou, trocou de roupa e imediatamente se dirigiu a casa do amigo.
Fábio, em conversas anteriores, havia contado a Leonora que morava não muito longe dali.
A moça, curiosa, tratou logo de pegar o endereço e o telefone.
Assim, quando precisasse, saberia como contatá-lo.
Preocupada, assim que chegou na casa de Fábio, foi logo perguntando a Dona Irene se ele estava melhor.
A mulher, percebendo a preocupação de Leonora, assegurou que tudo estava bem.
Curiosa, ao ver a moça, não parou de fazer perguntas a seu respeito.
Perguntando se ela morava há muito tempo na cidade, descobriu que a moça, já havia morado em outras localidades.
Interessada em conhecer melhor Leonora, Irene não se cansava de fazer perguntas.
Leonora, educadamente, muito embora estivesse um pouco incomodada com tantas perguntas, respondeu a todas elas.
Irene então, percebendo que estava deixando Leonora constrangida, desculpou-se e atenta, tratou logo de levar a moça até o quarto do rapaz.
Leonora, ao perceber que Irene a levaria até seu quarto, comentou que não havia necessidade de incomodar o rapaz.
Irene ao notar o constrangimento da moça, respondeu que não havia problema nenhum nela entrar no quarto do rapaz.
Isso por que, estando ela presente em casa, Leonora não tinha com o que se preocupar.
A moça, percebendo que Irene a interpretara mal, resolveu se explicar.
Dizendo que não era o que poderiam falar o que a preocupava, comentou que não queria era incomodar Fábio.
A mulher ao ouvir as palavras da moça, sorriu.
Percebendo a preocupação da moça, fez questão de que a mesma entrasse no quarto para ver que tudo estava bem.
E assim, Leonora adentrou o quarto do rapaz.
Fábio, estava com muita febre.
Sentindo o corpo todo dolorido, dormia a sono solto.
Depois de tomar alguns remédios, administrados por sua mãe, o rapaz dormia o sono dos justos.
Leonora, ao vê-lo dormindo, ficou a observá-lo.
Irene, notando que a moça precisava ficar sozinha com seu filho, resolveu sair sorrateiramente do quarto.
Sob a desculpa de que precisava preparar algo para a moça comer, foi até a cozinha preparar o café da tarde.
Leonora, contemplando o rapaz, depois de algum tempo, finalmente percebeu que estava sozinha.
Aproveitando a oportunidade, aproximou-se do rapaz, e colocando a mão em sua fronte, percebeu que ele ainda estava com um pouco de febre.
Fábio, ao perceber que uma mão tocava seu rosto, imediatamente acordou.
Surpreso, assim que abriu os olhos, percebeu que sua aluna, Leonora o observava.
Ainda sob o efeito dos remédios, perguntou a moça, o que ela fazia ali.
Leonora, meio sem jeito, comentou que ficou sabendo que ele estava doente e sentindo-se na obrigação de retribuir a gentileza que ele lhe fizera, resolveu visitá-lo.
Fábio, percebendo isso, resolveu levantar-se da cama.
Leonora, ao perceber o esforço de Fábio, pediu-lhe que não se levantasse.
O moço, ao notar o olhar preocupado da moça, atendeu ao seu pedido e permaneceu deitado em seu leito.
Nisso, Irene, chamando a moça para tomar um café, percebendo que o rapaz havia acordado, perguntou-lhe se queria comer alguma coisa.
Fábio respondeu que não.
Irene então, insistiu.
Dizendo que era muito importante que ele se alimentasse, ressaltou que isso era muito importante para sua recuperação.
Fábio porém, continuou insistindo em dizer que não estava com fome.
Leonora, percebendo o impasse, pediu a ele, que comesse, nem que fosse um pouco.
Pedindo com muito jeitinho e paciência, acabou convencendo-o de que deveria ao menos tomar um suco ou um leite.
Fábio ao concordar com o pedido de Leonora, pediu para que as duas o esperassem na copa.
Isso por que, o rapaz, ao perceber que recebia a visita da moça, resolveu tirar suas roupas de dormir e arrumando-se um pouco, trocou de roupa, penteou o cabelo e logo foi até a copa, comer um pouquinho.
Ao lá chegar, Irene não pôde deixar de comentar que ele estava muito bem.
Fábio agradeceu e foi logo pegando a leiteira.
Leonora percebendo isso, foi logo se oferecendo para colocar o leite em sua xícara.
Irene só observava os dois.
Sob a desculpa de que tinha que pegar mais alguns pães, a mulher voltou novamente para a cozinha, a fim de deixar os dois a sós.
Enquanto isso, o rapaz, que era servido por Leonora, só fazia agradecer cada gesto de gentileza de sua parte.
E a moça, além de lhe servir o leite, colocou açúcar no mesmo e cortando uma fatia de pão, foi logo colocando manteiga, e oferecendo ao rapaz.
Disfarçadamente, Irene observava os dois.
Feliz, parecia satisfeita com a moça.
Nisso Leonora, comentando que a mãe do rapaz estava demorando muito para retornar, fez com que Irene percebesse que sua ausência fora notada e que não podia demorar mais tempo para voltar a mesa.
Com isso a mulher tratou de pegar um pouco mais de pão e depois de algum tempo, retornou.
Educadamente, assim que voltou a copa, Irene ofereceu um pedaço de bolo para Leonora. Comentando que havia comido muito pouco, ao ver que a moça resistia, fez questão de ressaltar, que não aceitava recusas.
Leonora então, não teve outra alternativa senão aceitar um pedaço de bolo que foi cortado, especialmente para ela.
Agradecendo o oferecimento, tratou logo de comer a fatia.
Ao cortar o primeiro pedaço e levá-lo a boca, Leonora percebeu que o bolo estava muito bom.
Elogiando, comeu toda a fatia.
Após, conversou um pouco com o rapaz e sua mãe.
Dona Irene, comentando que precisava fazer umas compras, perguntou a moça se ela não podia ficar mais um pouco com Fábio.
Leonora, respondeu que precisava ir, mas ainda poderia ficar mais um pouco, desde que ela não demorasse muito.
Fábio achando que sua mãe, estava sendo inconveniente, disse que podia perfeitamente, ficar sozinho em casa.
Isso por que, já estava bem crescidinho para precisar de uma babá.
Dona Irene não se fez de rogada.
Mesmo diante da teimosia do filho, a mulher fez questão de dizer que ainda que ele tivesse trinta anos, ela não deixaria de ter cuidado com ele.
Assim, desculpando-se com Leonora, perguntou novamente se não seria problema para ela, ficar mais algum tempo por ali.
A moça respondeu novamente que não.
Com isso, Irene aproveitou para pegar uma sacola e foi até o mercado do bairro.
Enquanto isso, Leonora perguntava a Fábio se ele estava melhor, se gostaria de se deitar...
O rapaz, percebendo o constrangimento da moça, respondeu então, que estava tudo bem com ele.
E assim, conversando com a moça, comentou que não precisava se deitar.
Não agora.
Leonora sorriu.
Fábio observando o semblante dela, comentou que ela estava muito bem.
A moça agradeceu.
Comentando que sem sua valiosa ajuda, ela teria muito com o que se preocupar, agradeceu a gentileza.
Fábio, comentou então, que não fora nada de mais.
Irene, aproveitando a oportunidade, resolveu comprar alguns legumes e verduras.
Visando deixá-los algum tempo sozinhos, aproveitou para comprar tudo o que precisava.
Só depois de quase cinqüenta minutos voltou para casa.
Com isso, a mulher ao entrar em casa, foi logo perguntando se havia demorado muito.
Fábio, segurando as mãos de Leonora, respondeu desalentado que não.
Leonora então, percebendo que havia ficado muito tempo por lá, resolveu se despedir.
Irene prestativa, foi logo perguntando se ela não queria ficar mais um pouco.
Leonora, respondeu que já havia ficado tempo demais.
Além disso, alegando que tinha que estudar ainda, comentou que precisava voltar para casa.
Fábio e Irene então, despediram-se da moça e a levaram até o portão.
Ao vê-la partir, Irene comentou com o filho:
-- Bela moça essa Leonora! Educada, gentil. É!, meu filho, vejo que você fez uma boa escolha.
Fábio ao ouvir o comentário da mãe, não gostou nem um pouco da brincadeira.
Alegando que a moça era sua aluna, respondeu a mãe que ela estava criando fantasias em cima de algo que não era nada demais.
Irene riu.
O moço, irritado, entrou em casa.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Para alegria de Fábio, Leonora se mostrava cada vez mais interessada nas aulas, e apesar de ter perdido algumas delas, graças a dedicação e as aulas particulares que o mesmo estava ministrando para ela, a garota estava conseguindo acompanhar as aulas.
Sim, Fábio, passou a freqüentar a casa da moça, com bastante assiduidade.
Por diversas vezes, passou tardes inteiras lhe dando explicações sobre a matéria que havia perdido.
E assim, mesmo quando Fabíola, Sandra ou Sabrina estavam presentes, Fábio só tinha olhos para Leonora.
Muito embora as três garotas fizessem de tudo para chamar sua atenção, seu foco era Leonora.
Por conta disso, as três viviam fazendo insinuações sobre a moça.
Insistentemente, as três comentavam que o professor estava interessado demais nos estudos dela.
Curiosas, chegavam a se perguntar, qual seria a intenção do professor ao ajudar a moça que menos precisava de ajuda, a estudar?
Mas os questionamentos paravam por aí.
Até por que o mesmo, nunca deixou uma pergunta sem resposta.
Assim, talvez o professor ajudasse Leonora, somente por que era uma pessoa prestativa.
Contudo, nem sempre que o rapaz ía a casa da moça, as três estavam presentes.
Algumas vezes, ele e Leonora ficaram a sós na sala, entretidos com a matéria.
De tão aplicada aos estudos, Fábio, chegou diversas vezes a comentar, que se ela quisesse, poderia se tornar professora.
Afinal ela tinha jeito para isso.
Mas Leonora desconversava.
Até porque, a garota ainda tinha muito tempo para se decidir.
Portanto, não havia necessidade de se ter pressa.
Com isso, durante alguns dias, Fábio, passou as tardes com a moça.
De tão encantado com sua dedicação e seu temperamento doce, Fábio comentou com ela, que sentiria saudades das tardes que passou na casa dela, quando não precisasse mais aparecer por lá.
Mas a moça, ao ouvir isso, disse que não haveria problema nenhum, se ele a visitasse por outros motivos.
Além disso, ela também poderia conhecer a casa dele.
Quanto a isso, não havia impedimento.
Fábio ao ouvir isso, ficou extremamente feliz.
Mas, ressabiado, perguntou?
-- Tem certeza?
Leonora então, assentiu com a cabeça, concordando:
-- Claro que tenho. Além disso, foi extremamente gentil de sua parte, se oferecer para explicar novamente uma matéria que o senhor já explicou em classe.
-- Que isso, não foi nada de mais!
-- Foi sim! – insistiu a moça.
E assim, coube ao rapaz explicar a moça, onde morava.
Enquanto Fábio explicava a Leonora como fazer para chegar à sua casa, Dona Leonilde, prestativa como sempre, apareceu na sala trazendo consigo, dois copos com suco de laranja, bem como dois saborosos sanduíches para eles.
Interessada nos estudos da filha, chegou até a perguntar:
-- Como estão indo?
-- Bem. – respondeu a filha.
Com isso, Dona Leonilde voltou para cozinha.
Diante de tanta gentileza de ambas as partes, só restou a Fábio, comentar:
-- Muito gentil sua mãe.
-- É verdade. – concordou Leonora.
-- Tão gentil quanto a filha. – emendou o rapaz.
Ao ouvir o comentário, Leonora ficou um pouco sem graça.
Contudo, conseguiu ainda dizer que só fazia o que a boa educação exigia.
Mas Fábio insistiu em dizer que a moça era uma verdadeira dama.
Muito gentil, discreta.
Bem diferente da maioria das moças de sua idade.
No entanto, apesar de lisonjeiros os comentários do professor, Leonora não achava que seu comportamento tinha algo de especial.
Muito pelo contrário.
Se considerava igual a todas as garotas de sua idade.
Mas para Fábio, não era assim.
Leonora era realmente especial.
Todavia, apesar da agradável companhia, o rapaz precisava voltar para casa.
Por isso ao verificar o adiantado da hora, desculpou-se e comentou que precisava ir para casa.
Afinal, dentro de poucas horas, deveria estar na faculdade.
-- Então o senhor está cursando ainda a faculdade? – perguntou Leonora, interessada.
-- Sim, estou no quarto ano. – respondeu ele.
-- Curioso. Então quem está na faculdade, pode ministrar aulas?
-- Pode.
-- Mas isso não é comum? É?
-- Não. Realmente não é. Mas antes de dar aulas neste colégio, eu já fui assistente de um professor, lá da faculdade. Foi ele, inclusive, que me indicou para ministrar aulas no colégio em que você estuda.
-- Interessante. – comentou Leonora.
A moça então, percebendo que ele precisava ir, despediu-se.
Fábio, desculpou-se e saiu.
Antes porém, o professor comentou que poderiam conversar sobre o assunto no dia seguinte e pedindo novamente desculpas por estar com pressa, insistiu que deveria ir.
E assim, como das outra vezes, Leonora acompanhou-o até a porta, onde mais uma vez se despediram.
Depois, entrou em casa e levou seus livros para o quarto.
Enquanto isso Fábio, como de costume, tomou um banho, trocou de roupa, jantou e caminhou até o ponto de ônibus.
Estava indo para a faculdade.
Ao lá chegar, comentou com os colegas, que dentro em breve, teria que apresentar o trabalho.
Assim, precisavam acertar os últimos detalhes sobre o tema do mesmo.
Diante disso, enquanto a aula não começava, o grupo passou a discutir alguns detalhes sobre o trabalho.
Animados, começaram a planejar a apresentação, bem como a encadernação que seria feita, para o trabalho.
Dedicados, um deles, empenhado com o trabalho, resolveu datilografar todo o conteúdo e depois, mandar encadernar.
Quando após alguns dias Fábio viu o trabalho escrito, praticamente pronto, comentou com os amigos que estava perfeito.
A seguir, com o início das aulas, os rapazes se acomodaram na sala e acompanhando as explanações dos professores, ficaram na faculdade.
Nisso, Leonora voltou a freqüentar a escola.
Fábio, ao ver a moça na sala de aula, ficou bastante satisfeito.
De tão feliz, chegou até a comentar com a classe que ela havia voltado.
Desejando-lhe boas vindas, e recomendou-lhe que continuasse estudando bastante.
Nessa época, depois de um longo período de calmaria, o policial que acompanhava a moça, foi dispensado.
Fábio, que já visitava com bastante regularidade a casa da moça, foi quem se encarregou de levá-la até a escola.
Como a casa não ficava muito longe da sua, o rapaz alegou que não seria incômodo nenhum levar Leonora até o portão de sua residência na hora de voltar.
A moça sem jeito, relutou bastante, até que diante dos argumentos do professor, acabou concordando.
Para ajudar, sua mãe Leonilde simpatizou com o rapaz.
A mulher, sem imaginar que essa amizade levaria a outros planos de relacionamento, consentia que sua filha saísse acompanhada pelo rapaz.
Acreditando que Leonora estaria segura, nunca ofereceu resistência a aproximação de Fábio.
Seu Clóvis no entanto, ao saber que Leonora e Fábio estavam sempre juntos o tempo inteiro, ficou primeiramente desconfiado.
Acreditando que o professor estava paquerando a filha, demorou algum tempo para que Leonilde o convencesse a não levar a mal a amizade dos dois.
Diante das explicações da mulher, o homem acabou concordando e deixando um pouco de lado sua desconfiança.
Porém, com o passar do tempo, Seu Clóvis, desconfiado da aproximação do rapaz, passou a ele mesmo a ir buscar sua filha.
Fábio por sua vez, ocupado com a faculdade e o emprego de professor, passou com o tempo, a ficar cada vez menos com Leonora.
Nervoso com o dia da apresentação, que se aproximava, o rapaz aproveitava para ficar até mais tarde na biblioteca da escola estudando.
Certa vez, ficou até tão tarde que, sem que se desse conta, uma tempestade desabou e ele só foi perceber quando viu o barulho da chuva caindo pesadamente sobre a terra.
O rapaz ao ver a chuva, resolveu esperar um pouco antes de sair.
No entanto, mesmo esperando a chuva não amainou.
Fábio então, percebendo que não adiantaria esperar a chuva passar, resolveu ir embora para casa. Como morava perto dali, o rapaz acreditou que não haveria problema nenhum em pegar um pouco de chuva.
E assim decidido, saiu da escola.
Sem guarda-chuva, enfrentou um tempo fechado.
Como chovia muito, o rapaz levou algum tempo para chegar em casa.
Ao chegar em casa, encharcado, Dona Irene, espantada, mandou que ele tirasse toda a roupa molhada.
Prevenindo-o de que ele poderia pegar um resfriado por conta da chuva, o rapaz desdenhou o remédio que ela preparou para ele tomar e dizendo-se cansado, comentou com ela que iria dormir.
Como ainda chovia forte, o rapaz decidiu não ir até a faculdade.
Contudo, como o tempo melhorou um pouco, Fábio, lembrando-se do trabalho, resolveu ir até lá.
Ao chegar na faculdade, descobriu que não haveria aula.
Em razão da forte chuva, um dos postes de iluminação da rua foi arrancando, prejudicando o regular funcionamento da faculdade.
Fábio, então, voltou para casa.
Ao voltar, uma garoa fina, pegou-o no meio do caminho.
Quando chegou em casa, novamente desabou um temporal.
Dona Irene comentou, impressionada:
-- Nossa! Foi a conta certa. Se você tivesse demorado mais um pouco pra voltar, teria novamente se molhado.
-- Eu voltei cedo, por que não teve aula. Fui lá a toa. – respondeu sentando-se no sofá.
-- Eu já imaginava. Diante do ocorrido esta tarde, não havia como ter aula.
Fábio então, um pouco desanimado, aproveitou para ver um pouco de televisão.
Irene ao se aproximar dele, notou que suas roupas estavam um pouco molhadas.
Percebendo isso, mandou que o rapaz tirasse aquelas roupas e as colocasse para lavar.
Teimoso, Fábio comentou que as roupas não estavam tão molhadas assim e que não era caso para pôr para lavá-las.
Irene censurou-o com os olhos.
Fábio, percebendo que havia perdido, resolveu ceder.
Novamente trocou de roupa e colocou a roupa úmida no varal.
Meia-hora depois, o rapaz decidiu dormir.
No dia seguinte, sentindo um pouco de febre, o rapaz foi proibido por sua mãe, de sair de casa. Avisando então Seu Rubens que seu filho não iria trabalhar, a mãe do rapaz causou uma tremenda comoção na escola.
Isso por que, as turmas que teriam aula com ele no dia, não ficaram nem um pouco satisfeitas com sua ausência.
Leonora, ao tomar conhecimento da notícia, assim que pôde, ligou para a casa do rapaz e perguntando o que havia acontecido, ouviu da boca de Irene, que Fábio havia tido febre.
Preocupada a moça perguntou se era algo sério.
Irene, percebendo o interesse, respondeu que não.
Leonora então, ficou tranqüila.
Irene curiosa, perguntou-lhe o nome:
-- Leonora.
Ao ouvir a resposta, a mulher, percebendo que a moça era amiga do rapaz, convidou-a para fazer uma visita mais tarde.
Leonora então prometeu que assim que pudesse, daria uma passada na casa do rapaz.
Gentil, Irene disse-lhe que estaria aguardando-a.
Desligando o telefone, foi até o quarto do filho para lhe perguntar se estava precisando de alguma coisa.
Como o rapaz dormia, Irene resolveu não incomodar.
Mais tarde Leonora, preocupada, visitou o rapaz.
Atônita, a moça assim que chegou da escola almoçou, trocou de roupa e imediatamente se dirigiu a casa do amigo.
Fábio, em conversas anteriores, havia contado a Leonora que morava não muito longe dali.
A moça, curiosa, tratou logo de pegar o endereço e o telefone.
Assim, quando precisasse, saberia como contatá-lo.
Preocupada, assim que chegou na casa de Fábio, foi logo perguntando a Dona Irene se ele estava melhor.
A mulher, percebendo a preocupação de Leonora, assegurou que tudo estava bem.
Curiosa, ao ver a moça, não parou de fazer perguntas a seu respeito.
Perguntando se ela morava há muito tempo na cidade, descobriu que a moça, já havia morado em outras localidades.
Interessada em conhecer melhor Leonora, Irene não se cansava de fazer perguntas.
Leonora, educadamente, muito embora estivesse um pouco incomodada com tantas perguntas, respondeu a todas elas.
Irene então, percebendo que estava deixando Leonora constrangida, desculpou-se e atenta, tratou logo de levar a moça até o quarto do rapaz.
Leonora, ao perceber que Irene a levaria até seu quarto, comentou que não havia necessidade de incomodar o rapaz.
Irene ao notar o constrangimento da moça, respondeu que não havia problema nenhum nela entrar no quarto do rapaz.
Isso por que, estando ela presente em casa, Leonora não tinha com o que se preocupar.
A moça, percebendo que Irene a interpretara mal, resolveu se explicar.
Dizendo que não era o que poderiam falar o que a preocupava, comentou que não queria era incomodar Fábio.
A mulher ao ouvir as palavras da moça, sorriu.
Percebendo a preocupação da moça, fez questão de que a mesma entrasse no quarto para ver que tudo estava bem.
E assim, Leonora adentrou o quarto do rapaz.
Fábio, estava com muita febre.
Sentindo o corpo todo dolorido, dormia a sono solto.
Depois de tomar alguns remédios, administrados por sua mãe, o rapaz dormia o sono dos justos.
Leonora, ao vê-lo dormindo, ficou a observá-lo.
Irene, notando que a moça precisava ficar sozinha com seu filho, resolveu sair sorrateiramente do quarto.
Sob a desculpa de que precisava preparar algo para a moça comer, foi até a cozinha preparar o café da tarde.
Leonora, contemplando o rapaz, depois de algum tempo, finalmente percebeu que estava sozinha.
Aproveitando a oportunidade, aproximou-se do rapaz, e colocando a mão em sua fronte, percebeu que ele ainda estava com um pouco de febre.
Fábio, ao perceber que uma mão tocava seu rosto, imediatamente acordou.
Surpreso, assim que abriu os olhos, percebeu que sua aluna, Leonora o observava.
Ainda sob o efeito dos remédios, perguntou a moça, o que ela fazia ali.
Leonora, meio sem jeito, comentou que ficou sabendo que ele estava doente e sentindo-se na obrigação de retribuir a gentileza que ele lhe fizera, resolveu visitá-lo.
Fábio, percebendo isso, resolveu levantar-se da cama.
Leonora, ao perceber o esforço de Fábio, pediu-lhe que não se levantasse.
O moço, ao notar o olhar preocupado da moça, atendeu ao seu pedido e permaneceu deitado em seu leito.
Nisso, Irene, chamando a moça para tomar um café, percebendo que o rapaz havia acordado, perguntou-lhe se queria comer alguma coisa.
Fábio respondeu que não.
Irene então, insistiu.
Dizendo que era muito importante que ele se alimentasse, ressaltou que isso era muito importante para sua recuperação.
Fábio porém, continuou insistindo em dizer que não estava com fome.
Leonora, percebendo o impasse, pediu a ele, que comesse, nem que fosse um pouco.
Pedindo com muito jeitinho e paciência, acabou convencendo-o de que deveria ao menos tomar um suco ou um leite.
Fábio ao concordar com o pedido de Leonora, pediu para que as duas o esperassem na copa.
Isso por que, o rapaz, ao perceber que recebia a visita da moça, resolveu tirar suas roupas de dormir e arrumando-se um pouco, trocou de roupa, penteou o cabelo e logo foi até a copa, comer um pouquinho.
Ao lá chegar, Irene não pôde deixar de comentar que ele estava muito bem.
Fábio agradeceu e foi logo pegando a leiteira.
Leonora percebendo isso, foi logo se oferecendo para colocar o leite em sua xícara.
Irene só observava os dois.
Sob a desculpa de que tinha que pegar mais alguns pães, a mulher voltou novamente para a cozinha, a fim de deixar os dois a sós.
Enquanto isso, o rapaz, que era servido por Leonora, só fazia agradecer cada gesto de gentileza de sua parte.
E a moça, além de lhe servir o leite, colocou açúcar no mesmo e cortando uma fatia de pão, foi logo colocando manteiga, e oferecendo ao rapaz.
Disfarçadamente, Irene observava os dois.
Feliz, parecia satisfeita com a moça.
Nisso Leonora, comentando que a mãe do rapaz estava demorando muito para retornar, fez com que Irene percebesse que sua ausência fora notada e que não podia demorar mais tempo para voltar a mesa.
Com isso a mulher tratou de pegar um pouco mais de pão e depois de algum tempo, retornou.
Educadamente, assim que voltou a copa, Irene ofereceu um pedaço de bolo para Leonora. Comentando que havia comido muito pouco, ao ver que a moça resistia, fez questão de ressaltar, que não aceitava recusas.
Leonora então, não teve outra alternativa senão aceitar um pedaço de bolo que foi cortado, especialmente para ela.
Agradecendo o oferecimento, tratou logo de comer a fatia.
Ao cortar o primeiro pedaço e levá-lo a boca, Leonora percebeu que o bolo estava muito bom.
Elogiando, comeu toda a fatia.
Após, conversou um pouco com o rapaz e sua mãe.
Dona Irene, comentando que precisava fazer umas compras, perguntou a moça se ela não podia ficar mais um pouco com Fábio.
Leonora, respondeu que precisava ir, mas ainda poderia ficar mais um pouco, desde que ela não demorasse muito.
Fábio achando que sua mãe, estava sendo inconveniente, disse que podia perfeitamente, ficar sozinho em casa.
Isso por que, já estava bem crescidinho para precisar de uma babá.
Dona Irene não se fez de rogada.
Mesmo diante da teimosia do filho, a mulher fez questão de dizer que ainda que ele tivesse trinta anos, ela não deixaria de ter cuidado com ele.
Assim, desculpando-se com Leonora, perguntou novamente se não seria problema para ela, ficar mais algum tempo por ali.
A moça respondeu novamente que não.
Com isso, Irene aproveitou para pegar uma sacola e foi até o mercado do bairro.
Enquanto isso, Leonora perguntava a Fábio se ele estava melhor, se gostaria de se deitar...
O rapaz, percebendo o constrangimento da moça, respondeu então, que estava tudo bem com ele.
E assim, conversando com a moça, comentou que não precisava se deitar.
Não agora.
Leonora sorriu.
Fábio observando o semblante dela, comentou que ela estava muito bem.
A moça agradeceu.
Comentando que sem sua valiosa ajuda, ela teria muito com o que se preocupar, agradeceu a gentileza.
Fábio, comentou então, que não fora nada de mais.
Irene, aproveitando a oportunidade, resolveu comprar alguns legumes e verduras.
Visando deixá-los algum tempo sozinhos, aproveitou para comprar tudo o que precisava.
Só depois de quase cinqüenta minutos voltou para casa.
Com isso, a mulher ao entrar em casa, foi logo perguntando se havia demorado muito.
Fábio, segurando as mãos de Leonora, respondeu desalentado que não.
Leonora então, percebendo que havia ficado muito tempo por lá, resolveu se despedir.
Irene prestativa, foi logo perguntando se ela não queria ficar mais um pouco.
Leonora, respondeu que já havia ficado tempo demais.
Além disso, alegando que tinha que estudar ainda, comentou que precisava voltar para casa.
Fábio e Irene então, despediram-se da moça e a levaram até o portão.
Ao vê-la partir, Irene comentou com o filho:
-- Bela moça essa Leonora! Educada, gentil. É!, meu filho, vejo que você fez uma boa escolha.
Fábio ao ouvir o comentário da mãe, não gostou nem um pouco da brincadeira.
Alegando que a moça era sua aluna, respondeu a mãe que ela estava criando fantasias em cima de algo que não era nada demais.
Irene riu.
O moço, irritado, entrou em casa.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Outros Tempos - O Descobrimento do Brasil
Na tarde de 22 de abril de 1500, a esquadra de dez naus, três caravelas e cerca de 1,2 mil
homens comandada pelo navegador português Pedro Álvares Cabral atingiu o litoral sul da
Bahia, na região da atual cidade de Porto Seguro.
O desembarque aconteceu no dia seguinte, 45 dias após a partida de Portugal, e, em 26 de abril, foi rezada a primeira missa no território.
Cabral oficializou a posse das terras brasileiras pela Coroa portuguesa no dia 1º de maio, com a celebração da segunda missa diante de uma cruz marcada com o brasão real.
No dia 2, a esquadra continuou sua viagem para as Índias.
Em 1501, uma frota de apenas três navios foi enviada para Portugal para explorar a nova terra. Américo Vespúcio foi um dos integrantes do grupo e fez algumas das anotações mais importantes da viagem.
A expedição margeou a costa brasileira do Rio Grande do Norte até a altura de Cananéia (SP) e deu nome aos acidentes geográficos litorâneos.
Durante essa viagem, Vespúcio constatou que o território descoberto não era uma ilha, e sim parte de um grande continente.
Os exploradores verificaram também a abundância de pau-brasil, madeira valorizada na Europa para uso no tingimento dos tecidos.
O descobrimento do Brasil foi um dos momentos marcantes do processo de expansão marítima e comercial portuguesa nos séculos XV e XVI.
Para aumentar sua atuação política e comercial, Portugal voltou-se para o Oceano Atlântico, explorando primeiramente as ilhas próximas do país e a costa africana.
Com o apoio da burguesia mercantil e da nobreza, o Estado desenvolveu uma poderosa estrutura de navegação e comércio, dirigida inicialmente pelo Infante Dom Henrique.
No começo, obtiveram da África ouro, marfim e escravos.
Mais tarde, trouxeram da Índia as lucrativas especiarias.
Depois de 1942, a crescente disputa dos reinos europeus pelas terras do continente americano impulsionou os descobrimentos e a colonização do Novo Mundo.
Chamado primeiramente de Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz, levou algum tempo para que passasse a se denominar Brasil.
Contudo, não obstante isso, muitos historiadores dizem que a descoberta do Brasil, não foi acidental.
Isso porque, Portugal sabia da existência de terras à oeste desde a chegada de Colombo a América, e por isso mesmo já havia garantido parte delas pelo Tratado de Tordesilhas.
Além disso, seus navegadores conheciam bem as correntes do Atlântico Sul.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
O desembarque aconteceu no dia seguinte, 45 dias após a partida de Portugal, e, em 26 de abril, foi rezada a primeira missa no território.
Cabral oficializou a posse das terras brasileiras pela Coroa portuguesa no dia 1º de maio, com a celebração da segunda missa diante de uma cruz marcada com o brasão real.
No dia 2, a esquadra continuou sua viagem para as Índias.
Em 1501, uma frota de apenas três navios foi enviada para Portugal para explorar a nova terra. Américo Vespúcio foi um dos integrantes do grupo e fez algumas das anotações mais importantes da viagem.
A expedição margeou a costa brasileira do Rio Grande do Norte até a altura de Cananéia (SP) e deu nome aos acidentes geográficos litorâneos.
Durante essa viagem, Vespúcio constatou que o território descoberto não era uma ilha, e sim parte de um grande continente.
Os exploradores verificaram também a abundância de pau-brasil, madeira valorizada na Europa para uso no tingimento dos tecidos.
O descobrimento do Brasil foi um dos momentos marcantes do processo de expansão marítima e comercial portuguesa nos séculos XV e XVI.
Para aumentar sua atuação política e comercial, Portugal voltou-se para o Oceano Atlântico, explorando primeiramente as ilhas próximas do país e a costa africana.
Com o apoio da burguesia mercantil e da nobreza, o Estado desenvolveu uma poderosa estrutura de navegação e comércio, dirigida inicialmente pelo Infante Dom Henrique.
No começo, obtiveram da África ouro, marfim e escravos.
Mais tarde, trouxeram da Índia as lucrativas especiarias.
Depois de 1942, a crescente disputa dos reinos europeus pelas terras do continente americano impulsionou os descobrimentos e a colonização do Novo Mundo.
Chamado primeiramente de Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz, levou algum tempo para que passasse a se denominar Brasil.
Contudo, não obstante isso, muitos historiadores dizem que a descoberta do Brasil, não foi acidental.
Isso porque, Portugal sabia da existência de terras à oeste desde a chegada de Colombo a América, e por isso mesmo já havia garantido parte delas pelo Tratado de Tordesilhas.
Além disso, seus navegadores conheciam bem as correntes do Atlântico Sul.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Outros Tempos - Tratado de Tordesilhas
Nos idos de 1494, foi firmado um acordo entre Portugal e Espanha que dividiu o
mundo a partir de um meridiano, 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde.
Pelo acordo Portugal ficava com as terras à leste e a Espanha, com as terras à oeste.
Desta forma, o dois países estabeleceram os limites dos territórios descobertos.
Tratado este conhecido como Tratado de Tordesilhas.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Pelo acordo Portugal ficava com as terras à leste e a Espanha, com as terras à oeste.
Desta forma, o dois países estabeleceram os limites dos territórios descobertos.
Tratado este conhecido como Tratado de Tordesilhas.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Outros Tempos - Brasil Brasileiro Brasil.
Pindorama.
Terra dos papagaios.
De beleza sem igual.
Dos nossos céus azuis, das nossas matas virgens, do nosso ouro abundante.
Da natureza exuberante com muitas matas e aves mui coloridas.
Palco de inúmeros e sangrentos conflitos.
Mas primeiramente contemos sua origem.
A Colonização Portuguesa
No século XV, as frotas portuguesas avançaram pelo Atlântico Sul com o objetivo de descobrir novas rotas marítimas e áreas de exploração mercantil.
Em sua busca por ouro, marfim, escravos e especiarias, Portugal passou a navegar regularmente pela costa da África, organizou benfeitorias no continente e chegou enfim à Ásia, estabelecendo comércio com a Índia.
O Brasil, situado no outro lado do Atlântico, foi encontrado em 1500 como resultado desse movimento de expansão marítima e comercial.
Sua ocupação e exploração, retardadas em razão da maior importância econômica do Oriente, se impuseram a partir da década de 1530, por conta do assédio de outros europeus ao território, atraídos pelo pau–brasil.
Inicialmente por meio das capitanias e, depois, do governo geral, Portugal lançou as bases de uma colônia na América.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Terra dos papagaios.
De beleza sem igual.
Dos nossos céus azuis, das nossas matas virgens, do nosso ouro abundante.
Da natureza exuberante com muitas matas e aves mui coloridas.
Palco de inúmeros e sangrentos conflitos.
Mas primeiramente contemos sua origem.
A Colonização Portuguesa
No século XV, as frotas portuguesas avançaram pelo Atlântico Sul com o objetivo de descobrir novas rotas marítimas e áreas de exploração mercantil.
Em sua busca por ouro, marfim, escravos e especiarias, Portugal passou a navegar regularmente pela costa da África, organizou benfeitorias no continente e chegou enfim à Ásia, estabelecendo comércio com a Índia.
O Brasil, situado no outro lado do Atlântico, foi encontrado em 1500 como resultado desse movimento de expansão marítima e comercial.
Sua ocupação e exploração, retardadas em razão da maior importância econômica do Oriente, se impuseram a partir da década de 1530, por conta do assédio de outros europeus ao território, atraídos pelo pau–brasil.
Inicialmente por meio das capitanias e, depois, do governo geral, Portugal lançou as bases de uma colônia na América.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Fragmentos
Férias I
Neste instante recordo me de antigas férias que tivemos.
Sempre conhecendo ou revisitando as praias.
Conhecemos Ilha Bela, no litoral de São Paulo, quando então fizemos vários passeios de balsa pela região.
Infelizmente, não tivemos a fortuna de conhecermos as várias cachoeiras que fazem parte de sua natureza, e que segundo fontes, são mais de trezentas.
Também dizem que existem propriedades rurais na ilha, além de pousadas, belas praias em seu lado mais escondido, além de casas para alugar na época de temporada.
Do lado mais visitado da ilha, as praias não são tão vistosas.
A maioria está repleta de algas marinhas, em conseqüência do grande número de iates e veleiros que resolvem ficar neste lugar.
Mas independente disto é um belo lugar, onde existem ótimas construções, tanto para serem alugadas para os veranistas, quanto para morada dos ilhéus.
Alguns provavelmente, só vão para lá em época de temporada.
Mas também deve haver moradores fixos nessas paragens...
Férias II
Prosseguindo-se o passeio, paramos então em outra ilha, pagamos um ingresso e juntamo-nos a um guia de turismo e passamos a conhecer com detalhes a história do lugar.
Aquela ilha fora um forte.
Em tempo de guerra, canhões protegiam a ilha.
O guia ironizou dizendo que os canhões não protegiam a ilha.
Dado o alcance dos tiros, não havia como atingirem embarcações a grande distância.
Ademais, o guia disse que existia um árvore para o enforcamento, entre outras coisas curiosas.
Nessa ilha haviam várias construções, uma delas era o Forte, outra era a prisão.
Além de haver uma escadaria que levava até essas construções, havia ainda um túnel, que o guia afirmava que quem o atravessava mudava de sexo...
Tu Te Tornas Eternamente Responsável Por Aquilo Que Cativas
Dizem que muitas coisas pelas quais passamos durante a vida nos servem de ensinamento ou de preparação para as dificuldades futuras.
A todo momento na vida fazemos escolhas.
Muitas coisas na vida acontecem sem que possamos compreender o significado.
Mas como dizem, tudo na vida passa, e que na vida as agruras e os sofrimentos são inevitáveis.
Não é possível viver sem que haja algum obstáculo a ser transposto, alguma dificuldade a ser superada.
Muitas vezes as dificuldades são inevitáveis, embora o viver seja belo...
Festa da Ressurreição
• Consoante o que está exposto nas Escrituras Sagradas, a Paixão e Morte de Cristo coincidiu com a festa em que os judeus comemoravam a libertação do cativeiro egípcio, e com isso, vários costumes e símbolos daquela festa passaram a fazer parte dessa festa cristã.
A origem do nome Páscoa, vem do equivalente hebreu Pesah.
Entre os saxões, o nome indica uma associação com o Eostur-monath, mês de abril, data em que se comemorava a morte do inverno e a recuperação da vida, portanto culto intimamente ligado a Ressurreição.
Páscoa, tradição que deriva de várias tradições, sendo a cristã, celebrando a ressurreição de Cristo, a mais conhecida.
Na Páscoa, os cristãos celebram a ressurreição de Jesus, o Cristo, ocorrida três dias após a sua crucificação.
• Com relação a alguns rituais, os teutônicos são provavelmente responsáveis por certos costumes populares encontrando fortes raízes nos festivais que os antigos povos germânicos e do Norte da Europa faziam para celebrar a chegada da Primavera.
Ostara ou Eostre, é a deusa teutónica da Primavera, geralmente representada envolta em flores e acompanhada de coelhos e ovos.
Deusa da renovação, da alegria e do regresso da fertilidade à natureza, é marcada por este equinócio.
As línguas germânicas e de outras raízes, evidenciam a ligação da celebração à deusa Ostara: em inglês, Páscoa diz-se “Easter”, em alemão “Ostern”.
A própria palavra Ostara significa algo como “luz crescente” ou “luz que se eleva”, sendo por isso conhecida como “deusa do amanhecer” e “deusa da Aurora”.
• Com isto, oferecem-se ovos de galinha pintados de diversas cores a familiares e amigos, para lhes desejar bênçãos e prosperidade na nova estação.
Ás vezes, também se enterraram ovos nas terras de cultivo, para boas colheitas.
Com efeito, o costume de oferecer ovos pintados é antigo, ocorrendo em diferentes datas, acreditando que o costume advenha da Grécia, e do Egito.
Ovos, símbolo da Ressurreição, e que após foram substituídos por ovos de chocolate.
E os coelhos representando a fertilidade, a prosperidade...
Feliz Páscoa.
Lumen Iures
Para começar, ontem quando eu estava relendo algumas matérias de uma revista antiga, que possuía guardada entre meus pertences, ocorreu-me a idéia de possuir um diário.
No entanto, nunca tive disciplina para manter um “recuerdo”, tão precioso quanto este.
Sempre fui muito indisciplinada.
Tudo começava com um grande entusiasmo e depois se esmorecia como se fora brisa.
Mas agora, quero novamente tentar.
Prometo que me dedicarei mais aos meus escritos, há muito abandonados.
Yo creo que seras bueno para mi.
Ademais, mal não me fará.
Sempre quis ter um diário e sempre admirei quem tinha disciplina para fazê-lo.
Mas eu mesma nunca consegui realizá-lo...
* Anos depois, eu consegui redigir alguns diários, mas também após alguns anos, a prática foi novamente interrompida.
Luciana Celestino do Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Quando o Ano Novo vier
Cantarolando a sublime canção
Por onde andará o espírito da paz?
Sorrateiro, dedilha em verso e prosa
As alegrias de todos os tempos, todas as datas
Remontando a antigos templos
Tão longínquos e afastados no tempo
Que de eqüidistantes formam o círculo da vida
Nos trazendo a lembrança
Dos festejos e comemorações
A tudo fora dado começo
No momento em que
Se sobrepondo a certas comemorações pagãs
Ocorrera o nascimento do filho muito amado
O Filho de Deus
Que queria modificar o mundo
Assim...
Os outrora tão férteis festejos pagãos
Foram se despedindo de nossos calendários
As Saturnálias, em honra ao deus Saturno
Personificando a divindade, o tempo
Medida incomensurável da eternidade
As festas datadas do Antigo Império
Por certo tempo o deleite dos cidadãos de Roma
Grande Império formado
Tudo por conta da sanha conquistadora dos latinos
Despedida das honrarias do deus Sol
Festa mitraica, oriunda da religião persa
Em comemoração ao “Natalis Invict Solis”
O nascimento do vitorioso Sol
Festividade decorrente do solstício do inverno
Época em que o sol
Em virtude de se afastar de sua direção
Passa por uma maior declinação austral
Onde tudo cessa de se distanciar
Aproximando do Equador
As crendices dos celtas e outros povos bárbaros
Os cultos solares dos celtas e dos germanos
Que ofereceram em sacrifício
Suas pagãs comemorações
Por isso...
Por virtude do inverno do hemisfério norte
Em decorrência das noites longas e frias
Onde outrora eram ofertados os sacrifícios propriciatórios
Clamando o retorno da luz que os abandonara
Em resposta a tal temor
Que sempre pairou sobre os homens
É que se fora dado ensejo a celebrações pagãs
E, após, tudo foi afastado
Em virtude do surgimento do Cristianismo
Onde se pregava o nascimento de um messias
Quando o tão anunciado salvador nasceu
E sacrificou-se por nós
Fora criada uma data para celebrar seu nascimento
Em honra a tal fato
O Natal é comemorado em dezembro
Representando o nascimento de Jesus
A verdadeira Luz do mundo
Natal...
Frente a isso foram criadas alegorias
Como a árvore de Natal
De origem germânica,
Criada no tempo de São Bonifácio
Adotada para substituir os sacrifícios
Ao carvalho sagrado de Odin
Adotando-se uma árvore
Em honra ao Deus – menino
O presépio criado no século XIII por São Francisco de Assis
Representa a trajetória da família sagrada
Quando ao nascer do menino Jesus
Que tão pobre veio para ser a riqueza do mundo
Mas o ponto alto das festas natalinas
É a missa do galo, celebrada a meia-noite
Onde se comemora o nascimento de Cristo
O costume de se celebrar o Natal
Está enraizado em nossa cultura
Só que nem todos os povos o cultuam
No mais...
Agora é só esperar o brilho das árvores natalinas
O piscar de luzes coloridas enfeitando
Iluminando a cidade
Trazendo-nos o doce clima da felicidade
Pairando sobre as cidades
Nesses dias de luzes e cores piscantes
Coroando o Natal até chegar o Ano Novo
Que virá dando início a uma Nova Era
Ultimando...
Por fim a brisa
Que suave toca o Monte das Oliveiras
Onde Cristo fizera seu último sermão
Sendo depois imolado em sacrifício a nós
Vindo a morrer pregado na cruz
Esta mesma brisa que suave beija as frontes
Ela mesma que passa por nós
E nos traz a graça de vivermos um mundo melhor
Aqui se despede o espírito da paz
Que sorrateiro brincava conosco
Que trazendo-nos o tempo em suas idas e vindas
Nos fez coroados com sua lembrança
Assim, nada mais tenho a dizer
A não ser somente
Dar os meus votos de felicitações
A todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Por onde andará o espírito da paz?
Sorrateiro, dedilha em verso e prosa
As alegrias de todos os tempos, todas as datas
Remontando a antigos templos
Tão longínquos e afastados no tempo
Que de eqüidistantes formam o círculo da vida
Nos trazendo a lembrança
Dos festejos e comemorações
A tudo fora dado começo
No momento em que
Se sobrepondo a certas comemorações pagãs
Ocorrera o nascimento do filho muito amado
O Filho de Deus
Que queria modificar o mundo
Assim...
Os outrora tão férteis festejos pagãos
Foram se despedindo de nossos calendários
As Saturnálias, em honra ao deus Saturno
Personificando a divindade, o tempo
Medida incomensurável da eternidade
As festas datadas do Antigo Império
Por certo tempo o deleite dos cidadãos de Roma
Grande Império formado
Tudo por conta da sanha conquistadora dos latinos
Despedida das honrarias do deus Sol
Festa mitraica, oriunda da religião persa
Em comemoração ao “Natalis Invict Solis”
O nascimento do vitorioso Sol
Festividade decorrente do solstício do inverno
Época em que o sol
Em virtude de se afastar de sua direção
Passa por uma maior declinação austral
Onde tudo cessa de se distanciar
Aproximando do Equador
As crendices dos celtas e outros povos bárbaros
Os cultos solares dos celtas e dos germanos
Que ofereceram em sacrifício
Suas pagãs comemorações
Por isso...
Por virtude do inverno do hemisfério norte
Em decorrência das noites longas e frias
Onde outrora eram ofertados os sacrifícios propriciatórios
Clamando o retorno da luz que os abandonara
Em resposta a tal temor
Que sempre pairou sobre os homens
É que se fora dado ensejo a celebrações pagãs
E, após, tudo foi afastado
Em virtude do surgimento do Cristianismo
Onde se pregava o nascimento de um messias
Quando o tão anunciado salvador nasceu
E sacrificou-se por nós
Fora criada uma data para celebrar seu nascimento
Em honra a tal fato
O Natal é comemorado em dezembro
Representando o nascimento de Jesus
A verdadeira Luz do mundo
Natal...
Frente a isso foram criadas alegorias
Como a árvore de Natal
De origem germânica,
Criada no tempo de São Bonifácio
Adotada para substituir os sacrifícios
Ao carvalho sagrado de Odin
Adotando-se uma árvore
Em honra ao Deus – menino
O presépio criado no século XIII por São Francisco de Assis
Representa a trajetória da família sagrada
Quando ao nascer do menino Jesus
Que tão pobre veio para ser a riqueza do mundo
Mas o ponto alto das festas natalinas
É a missa do galo, celebrada a meia-noite
Onde se comemora o nascimento de Cristo
O costume de se celebrar o Natal
Está enraizado em nossa cultura
Só que nem todos os povos o cultuam
No mais...
Agora é só esperar o brilho das árvores natalinas
O piscar de luzes coloridas enfeitando
Iluminando a cidade
Trazendo-nos o doce clima da felicidade
Pairando sobre as cidades
Nesses dias de luzes e cores piscantes
Coroando o Natal até chegar o Ano Novo
Que virá dando início a uma Nova Era
Ultimando...
Por fim a brisa
Que suave toca o Monte das Oliveiras
Onde Cristo fizera seu último sermão
Sendo depois imolado em sacrifício a nós
Vindo a morrer pregado na cruz
Esta mesma brisa que suave beija as frontes
Ela mesma que passa por nós
E nos traz a graça de vivermos um mundo melhor
Aqui se despede o espírito da paz
Que sorrateiro brincava conosco
Que trazendo-nos o tempo em suas idas e vindas
Nos fez coroados com sua lembrança
Assim, nada mais tenho a dizer
A não ser somente
Dar os meus votos de felicitações
A todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Assinar:
Postagens (Atom)