E assim, quando o jovem professor entrou na classe e começou a ministrar sua aula,
Leonora, acompanhou atentamente a aula.
Enquanto o professor falava da Expansão Ultramarina, a jovem, atenta a aula,
procurava anotar, tudo o que de importante, era falado.
Com isso, o professor pôde perceber, que a moça estava bem.
E em assim, percebendo, continuou a aula.
"-- Somente após a formação de um Estado Nacional Português é que as navegações
ganharam impulso.
Isso por que, apesar de somente a partir do século XV, com o
desenvolvimento das caravelas, é que o país passou a se expandir.
Neste mesmo século, a
Europa apresentava um quadro de denso crescimento populacional; deslocamento dos servos
do campo para a cidade; desenvolvimento urbano; escassez de produtos agrícolas e
ampliação comercial.
Essa ampliação exigia a expansão em busca de novos mercados
produtores e consumidores.
Para complicar, o Mar Mediterrâneo estava dominado econômica
e comercialmente pelas cidades Italianas, em especial Veneza.
Por isso, uma Europa,
necessitada de novas mercadorias, impulsionou Portugal a enfrentar os desafios do oceano, para muito além de sua costa, em direção ao sul do Atlântico.
Essas, viagens, ficaram
historicamente conhecidas como as Grandes Navegações.
Foi o momento da Expansão
Ultramarina."
E nisso, Leonora, continuava a anotar as explanações do professor.
Enquanto isso, Fábio, continuava explicando, que a queda de Constantinopla nas
mãos dos turcos em 1453, e o fechamento da rota terrestre por onde onde passavam os
produtos vindos do Oriente, estimularam mais ainda a busca de um caminho marítimo para
as Índias.
Contudo, os passos foram lentos.
Em 1415, houve a conquista de Ceuta, na África,
importante base dos mercadores muçulmanos.
Este foi o primeiro porto do Atlântico fora da
Europa.
Entre 1416 e 1431, aconteceu a conquista das Ilhas da Madeira e dos Açores.
Dois
arquipélagos do Atlântico entre a Europa e a África.
Já em 1434, ocorreu o avanço sobre o
Cabo Bojador.
Tal passagem, foi decisiva para a conquista definitiva da África.
Entre o período de 1440 a 1480, veio a conquista de várias ilhas, entre elas a de Cabo
Verde e Porto Príncipe, e regiões do Continente Africano, como Guiné e Angola.
Em 1487,
o navegador Bartolomeu Dias, dobrou o Cabo da Boa Esperança, no sul da África.
Trata-se
da passagem do Atlântico para o Oceano Índico.
Já em 1498, Vasco da Gama chegou às
Índias.
E por fim, em 1500, o Brasil foi descoberto, por Pedro Álvares Cabral.
Como se podia denotar, a cada conquista, ou avanço sobre o oceano, somavam-se
novas experiências e conhecimentos.
Assim, com a conquista das regiões Africanas e Asiáticas, bem como a instalação de
entrepostos comerciais, para as atividades mercantis, Portugal tornava-se a nação mais rica e
de comércio mais organizado e lucrativo, de toda a Europa do século XV.
As Índias, representaram uma conquista importante para os cofres portugueses, pois de lá
vinham a especiarias, pedras preciosas, marfins, perfumes, açúcar, ouro, prata, tecidos,
madeira e porcelana.
Tudo para suprir as imperiosas necessidades econômicas européias.
A
rota das Índias pelo Atlântico era muito mais lucrativa do que pelo Mediterrâneo, que incluía
um longo trecho por terra.
A primeira viagem de Vasco da Gama foi exemplar para a economia portuguesa.
Com
esta viagem, obteve-se um lucro de 6000% (seis mil por cento).
Veneza, por exemplo, jogava
no mercado europeu, 420 mil libras de pimenta por ano.
Vasco da Gama, por sua vez, com
apenas um navio, jogou 200 mil libras no mesmo mercado.
As viagens pelo Atlântico eram
mais longas, mas os lucros compensavam, à medida que as transações comerciais cresciam.
Na última década do século XV, Portugal e Espanha eram as duas maiores potências
econômicas da Europa.
A importância de tais reinos, pôde ser medida pelo Tratado de
Tordesilhas, assinado em 1494, com a aprovação do Papa, em que ambos dividiam entre si o
mundo conhecido ou o que viesse a ser conhecido.
As terras encontradas a leste seriam de
Portugal, e as terras a oeste, seriam da Espanha.
No entanto, o mais importante ainda não fora dito.
O que fizera Portugal se lançar ao
mar e conquistar tanto poder e prestígio?
Para responder essa pergunta, foi preciso falar um pouco, do período que antecedera
a tudo isso.
E assim, o professor começou a falar:
"-- A partir do século XII, com a realização das Cruzadas, estas possibilitaram aos
Europeus entrarem em contato com povos diferentes.
As viagens pelo Mediterrâneo, as lutas
entre Católicos, Muçulmanos e Bizantinos, acarretaram muitas transformações no cenário
Europeu, com o aperfeiçoamento de técnicas de guerra, mudança de hábitos alimentares, novas palavras no vocabulário, e principalmente, o aperfeiçoamento de técnicas marítimas.
Ao longo dos séculos XIV, XV e XVI, os Europeus perceberam que a ajuda divina e da
Igreja, não eram suficientes para suas vidas.
Era necessário também, um esforço pessoal nos
empreendimentos comerciais, na produção agrícola, no domínio da natureza e no
conhecimento de técnicas marítimas.
Enfim, os homens começavam a acreditarem em si
mesmos.
Com isso, o Teocentrismo Medieval, dava lugar ao Antropocentrismo
Renascentista.
O homem passava agora, a ser a medida de todas as coisas.
Por isso mesmo,
no século XV, os Portugueses criaram a Escola Naval de Sagres.
Quando o infante Dom
Henrique a fundou, foi dado um passo decisivo para as Navegações Portuguesas no Atlântico.
Esta escola, reuniu os maiores estudiosos do mundo Europeu em técnicas de navegação e
lançou ao mar pelo menos um navio por ano para se fazer estudos sobre o oceano, fazer
mapas e anotar as posições das estrelas para guiar os navegadores.
E assim, enquanto explica o surgimento da navegação portuguesa, Fábio aproveitava
para observar o comportamento de Leonora.
Atenta, procurava como sempre, anotar os
detalhes mais importantes da aula.
O professor, portanto, ao vê-la prestando atenção em sua explanação, ficou aliviado,
e continuou a aula.
Assim passou a dizer que as tais viagens, eram extremamente perigosas.
Por isso,
antes dos navegadores se aventurarem no mar, todos os tripulantes do navio, precisavam
assinar o livro de óbitos."
Ao ouvirem isso, os alunos ficaram impressionados.
Um deles chegou até a exclamar:
-- Que loucos!
Com isso, o professor retomou as explicações:
"-- Sim. E mesmo diante da morte, eles não capitulavam.
Desejosos por encontrar
riquezas em outras paragens, sem temor da morte, lançavam-se ao mar, em suas embarcações.
Além disso, a primeira expedição comercial às Índias, sob o comando de Pedro Álvares
Cabral, em 1500 – encerrando o século XV –, foi o marco definitivo das conquistas do país.
Nessa época, reuniu-se a maior e mais bem organizada frota para chegar às Índias.
Cabral,
ao partir no dia 8 de março, o fazia com treze embarcações e mil e quinhentos homens.
Como
única recomendação, o Rei Dom Manuel, só pedia ao navegante, que se afastasse o máximo
possível das águas conhecidas para descobrir um caminho mais rápido para as Índias.
No
entanto, desse afastamento, resultaram vários equívocos.
No dia 21 de abril, avistaram sinais
de terra.
No dia seguinte pela manhã, avistaram um monte.
Como era semana da páscoa,
deram-lhe o nome de Monte Pascoal.
No dia 23 seguiram os primeiros contornos e
descobriram que não estavam nas Índias, por que os tradutores conheciam a língua do
Oriente, e ao lá aportarem, estes não compreendiam o que os habitantes da terra falavam.
Assim, fora descoberta a Ilha de Vera Cruz, que depois passou a ser chamada de Terra de
Santa Cruz e por fim, Brasil.
Estava descoberto o Brasil.
Mas, no dia 1º de maio, a despeito
disso, os navegadores decidiram continuar a viagem em direção as Índias.
Por isso, uma nau
voltou a Portugal, anunciando a nova terra descoberta.
Para encerrar a aula, o professor, recitou um poema de Fernando Pessoa.
“Ó Mar Salgado, quanto de teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”"
Ao término da récita, foi entusiasticamente aplaudido pela classe.
Mas ainda não era terminada a aula.
Por isso, continuou dizendo:
"-- Agradeço a todos, mas ainda tenho o que dizer. Esses versos ressaltam a força que
o oceano tinha sobre a vida dos portugueses. Além disso, o lema da Escola de Sagres, e dos
navegantes dos mares, era: “Navegar é preciso, viver não é preciso”.
Isso explica o enorme
interesse dos portugueses sobre o mar. O mar lhes trouxe riqueza e grandeza, e isso para eles,
era muito mais importante, do que suas próprias vidas."
E assim, a aula terminou.
Encantadas com a poesia, mais uma vez as garotas tiveram uma oportunidade de
conversar com o professor.
Elogiando sua aula, e comentando que ficaram encantadas com a poesia de Fernando
Pessoa, mais do que depressa, pediram a Fábio, para que lhes desse uma cópia do poema.
Este, educadamente, se prontificou a lhes trazer.
Contudo, como tinha pressa, tratou de se despedir das alunas e sair da classe.
Ao retornar para casa, acabou encontrando Leonora pelo caminho.
Ao vê-la tão vivaz e contente, ficou satisfeito.
Por isto, quando se aproximou da moça,
comentou:
-- Gostei de ver sua atenção durante a aula. Ah, seria um gosto se todos os meus
alunos fossem assim como você.
Ao ouvir isto, Leonora ficou deveras lisonjeada.
Por isso agradeceu as palavras de
Fábio:
-- Obrigada. É muita gentileza sua dizer isso. Mas tenho que discordar do senhor em
um ponto. Existem inúmeros alunos e alunas dedicadas nesta escola.
Foi então que ele respondeu:
-- Eu sei que você não é minha única aluna dedicada. Existem outros. Mas ainda assim
são poucos. E isso é uma pena. Muitos alunos não fazem a menor idéia do quão são
importantes estes anos de estudos. Não sabem o que estão perdendo com tamanho
desinteresse pelos estudos, e no dia em que perceberem isso, talvez já não dê mais para
recuperar isso.
-- É. Eu sei. Muitas das minhas colegas não se interessam pelos estudos. Entendem
que essas horas que ficam na escola, é um período em que têm que fazer sacrifícios.
-- Sim. Isso é uma pena.
Silêncio.
Sem ter o que dizer, os dois caminharam em silêncio.
Constrangidos, não sabiam mais sobre o que falar.
Foi então que Leonora, observando que algumas meninas faziam sinais para que se
aproximasse, desculpou-se e despediu-se do professor.
Foi conversar com as amigas.
Nisso, Fábio continuou caminhando, em direção a sua casa.
Estava feliz com os últimos acontecimentos.
Os alunos deixaram de implicar com sua pessoa, todos estavam prestando atenção às
suas explanações, e Leonora. Ah!, Leonora.
Esta estava acompanhando sua aula com toda a
atenção.
Enfim, após enfrentar alguns problemas com seus alunos, e a chateação por ter sido
repreendido por Seu Rubens, finalmente estava tendo momentos bons.
Ao perceber o contentamento do filho, Dona Irene se alegrou.
Isso por que, já fazia
algum tempo que ela não via Fábio tão animado assim.
Por isso, encorajada com a alegria do filho, insistiu com a história da formatura.
Quando percebeu a manobra da mãe, ficou logo aborrecido:
-- Pronto. Já não posso contar nenhuma boa novidade, que a senhora vem com essa
conversa de baile. Já não conversamos sobre isso?
Mas Dona Irene não desistiu de seus planos.
Queria por queria que seu filho
participasse da formatura.
Afinal, ele era seu único filho e durante muito tempo sonhou com
isso.
De tão obcecada que estava com a idéia, chegou até a perguntar:
-- Fábio. Mas o que te custa satisfazer um pequeno capricho de uma mãe? Eu só estou
te pedindo um pequeno favor. Não estou te pedindo algo que deverá seguir a vida inteira.
Está certo? O que te custa? O que é a breve alegria de uma mãe?
Ao proferir estas palavras, Dona Irene sentiu que começou a sensibilizar o filho.
Este ao ouvir o que ela disse, respondeu que:
-- Ei mãe. Eu não posso prometer que vou participar da formatura. Mas quero que
saiba de uma coisa. Prometo que vou pensar com carinho na sua proposta. Está bem? Só não
posso garantir que a minha resposta será positiva. Está bem?
No que ela concordou.
Entretanto, Fábio fez a mãe prometer que não tocaria mais no assunto, enquanto ele
não se decidisse sobre o que fazer.
Afinal, havia muito tempo ainda para pensar nisso.
Assim,
não havia razão para pressa.
Com isso, o rapaz conseguiu um pouco de tempo.
E assim, sossegadamente pode almoçar, para logo em seguida, dirigir-se a seu quarto
e durante toda tarde, ficar estudando.
Estudando e pensando em Leonora, e na conversa que tiveram enquanto os dois
voltavam para suas respectivas casas.
Sim, caminharam juntos por algum tempo.
Mas, foram interrompidos pelos chamados
das colegas dela.
Enquanto se distraía com a lembrança da moça, Dona Irene entrou repentinamente
em seu quarto.
O rapaz, distraído que estava, nem percebeu a presença da mãe.
Era como se ele
estivesse em outro planeta.
Por isso, Dona Irene, tomou todo o cuidado para lhe chamar.
Mas mesmo cautelosa,
ao chamá-lo para a atender uma ligação, acabou o assustando.
Fábio distraído que estava, ao ser chamado por Dona Irene para atender um
telefonema, deu um pulo da cadeira em que estava sentado.
Dona Irene então, percebendo que assustou o filho desculpou-se e avisou-lhe de que
tinha uma ligação para atender.
Nisso o rapaz levantou-se e foi até o telefone, atender a ligação.
Era a turma da
faculdade ligando para informá-lo de que a reunião do grupo se realizaria antes da aula.
Com isso, depois que desligou o telefone, retornou para seu quarto e continuou os
seus estudos.
Dona Irene por sua vez, ao notar que seu filho estava distraído, começou a especular
sobre o que faria ele ficar perdido em seus pensamentos.
Afinal de contas o rapaz adorava
estudar e nunca foi de ficar alheio ao que ocorria ao seu redor.
Sim, realmente, o comportamento de Fábio, dava o que pensar.
Mais atenta, Dona Irene, passou a prestar mais atenção em seu filho.
Por isso, durante o jantar – que teve que apressar, dada a hora em seu filho iria para a
escola –, aproveitou para lhe perguntar se além do que havia contado à tarde, quando retornou
do colégio, havia algo mais, que ele havia esquecido de lhe falar.
Fábio, cauteloso e desconfiado com a pergunta da mãe, respondeu que havia contado
todas as novidades, e procurando desconversar, disse que tinha que se apressar, ou acabaria
chegando tarde na faculdade.
Assim Dona Irene percebeu, que não seria nada fácil descobrir o que estava
acontecendo.
Mas, como é de se esperar, o segredo não ficaria muito tempo escondido.
Entretanto, este é um assunto para mais adiante.
Agora o que interessa é contar que o rapaz foi até a faculdade, conforme o combinado
e lá, conversando com seus amigos, aproveitou para descobrir a melhor maneira de dividirem
o trabalho que estavam preparando.
Na discussão com o grupo, ficou estabelecido que ele cuidaria da apresentação do
trabalho, enquanto o restante do pessoal, cuidaria da redação do mesmo.
Contudo Fábio, por trabalhar como professor, se comprometeu a ajudá-los a organizar
o trabalho.
Assim, quando chegou em casa, antes mesmo de dormir, teve o cuidado de dar uma
olhada nos livros que tinha em casa.
Dona Irene, ao perceber que o filho ainda não tinha ido dormir, aconselhou-o:
-- Vá se deitar, já esta tarde para você ficar aí, olhando estes livros. Deixe isso para
amanhã.
No que ele respondeu:
-- Já estou indo. Só vou olhar uma coisa e depois eu vou dormir.
E assim procedeu.
Contudo, empolgado que ficou com o trabalho, só foi dormir as duas da manhã.
Mas, ao contrário do que sua mãe esperava, Fábio levantou-se na hora certa para ir
trabalhar.
Animado que estava, ao sair de casa disse a mãe, que talvez demorasse um pouco
para voltar, já que iria aproveitar o tempo na escola, para pesquisar na biblioteca sobre o
assunto de seu trabalho.
E assim, quando saiu de casa, foi direto para a escola.
Enquanto caminhava, encontrou Leonora, acompanhada de suas amigas.
Leonora, ao notar a presença do professor, logo o cumprimentou.
Fábio por sua vez,
respondeu o cumprimento.
Com isso, as duas garotas que a acompanhavam, encantadas com a presença do jovem
professor, aproveitaram para perguntarem sobre as dúvidas que tinham.
Mas este, em percebendo que as garotas queriam arrumar assunto para uma longa conversa, simplesmente
disse:
-- Olhe garotas, eu não quero ser indelicado com as senhoritas, mas eu aconselho as
duas a me procurarem no horário da aula para fazerem suas perguntas, está bem? Aqui
andando, observando esta bela praça, eu só quero me distrair um pouco. Daqui alguns
minutos eu posso responder a todas as perguntas. Certo? Vocês não ficam chateadas, não é
mesmo?
-- Não. – responderam.
E assim, continuou caminhando.
Percebendo que o silêncio se instalara, resolveu então, perguntar as moças se estas
gostavam de estudar no colégio.
As duas moças então, responderam que sim.
Já Leonora, ao dar resposta, comentou que já estudou em outros colégios.
Fábio curioso, perguntou-lhe então, se havia morado em outra cidade.
Leonora respondeu-lhe então, que sim.
Já havia morado em duas outras cidades.
-- Então você não nasceu aqui? – perguntou novamente o professor.
-- Não. Mas já faz quase três anos que eu moro aqui. E o senhor, nasceu aqui?
-- Sim, eu nasci aqui. E também já estudei naquele colégio em que vocês estudam.
-- Ah, sim? Que interessante. – comentaram as duas colegas de Leonora.
Nisso, acabaram chegando no colégio.
Fábio então, despediu-se das garotas e foi até a sala dos professores.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
Vagas
Uma boa ideia perdida, não regressa mais
Voa para longe, em busca de campos mais férteis
E voos mais duradouros
Um texto perdido, um tema perdido
Não tem retorno
Permanece no campo morredouro
Ou talvez parta para novos rumos,
A ser trabalhado por melhores mãos
Uma boa ideia, não volta nunca mais
Para sempre perdida
Sempre lembrada
Embora não se saiba exatamente como
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Voa para longe, em busca de campos mais férteis
E voos mais duradouros
Um texto perdido, um tema perdido
Não tem retorno
Permanece no campo morredouro
Ou talvez parta para novos rumos,
A ser trabalhado por melhores mãos
Uma boa ideia, não volta nunca mais
Para sempre perdida
Sempre lembrada
Embora não se saiba exatamente como
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
AS CANÇÕES DE MINHA HISTÓRIA
As vitrines com suas belas roupas,
Acessórios e enfeites a adornarem as vidraças
Cenário em contraste com os carros as passar
As passadas apressadas dos pedestres
Todos a correr em busca de um sonho
Sucesso e realização profissional
Money no bolso, é tudo o que todos querem
Que venha a vida com suas mil possibilidades
Se for ficar, que fique comigo
Vamos cultivar a flor do Lácio
Posto que atração, é um trator, um motor,
A fundir nossos universos
Materializando nossos pensamentos
A voragem de nossas idéias não concretizadas
Em São Paulo, passeios pela mais Paulista das avenidas
Em seus faróis que logo se abrirão
E os carros ganharão as ruas da cidade
Passarão pelas ruas, ladeados por imensos arranha-céus
Só quem não te conhece,
Para não admirar-te os encantos
Na cidade onde todos ocupados estão
Em acumular dinheiros,
A contar o vil metal
Por isto, a todos se recomenda
Cuidado com o perigo nas esquinas
E o rio de asfalto e gente,
A germinar pelos caminhos,
Ora sombrios,
Da grande cidade
Oceano de concreto, em um mar de paredes
Seus Manoéis, uns audazes, outros nem tanto
A trafegar pela famosa avenida
Que um dia, detentora de imponentes palacetes
Resolveu um dia, exilar seus casarões
A abrigar hoje uma construção amarela,
Berço de cultura e poesia
Cenário de encantamento e deleite!
Em contraste as paredes acolhedoras,
De uma casa de conhecimento;
O vento de maio, a invadir os ares,
A permear e a envolver a atmosfera,
Com seus frios tons gélidos
A caminhar e a correr pela cidade inconstante,
Assim como nossos pais
Outrora caipiras, romeiros do coração,
E da saudade e de um sertão, que não volta mais
Quantas tardes fagueiras a pescar
Da casinha distante a cuidar,
Das plantações, as colheitas, as matas,
As brincadeiras a beira dos rios
Os passarinhos a cantar,
Com suas penas, suas cores, multicores
Os riozinhos amigos,
Cenários de tantas histórias
Dos encontros e das despedidas
De gente que chega, de gente que vai
Das pessoas que vão, das gentes que ficam
Dos abraços partidos,
Das lágrimas vertidas,
Os olhos cheios d’água
A lacrimar por um tempo já passado,
Distante, e que não volta mais
A saudade, triste palavra
A lembrar a nós todos
Tantas histórias de vida
Tanta tristeza, tantas belas coisas
Tanto passado para na memória se guardar
Histórias reveladas, outras tantas a jazerem
Somente sendo despertadas por eventos inesperados
Pois no meio da noite, a se esperar
Nunca poderemos esquecer-nos
De todos os que daqui partiram
Pois a vida é maior do que a canção
E uma canção é apenas um fragmento,
Da vida de qualquer pessoa
Só quem não te conhece,
Não se apercebe disto
Veleidades das frágeis mentes
Que ficam a vagar
Em cenário distante,
Sem rompantes de a tudo mudar
Quantos caminhos a percorrer
Quantas encruzilhadas por se desfazer
Tantas pedras no caminho
Pedregulhos mil
Falsas pistas a nos desviar,
Dos caminhos que a verdade levam!
E um sol de arrebol, a nos esperar
As estradas falsas,
A nos afastar do verdadeiro caminho
Rostos embrutecidos,
A esconder tanta luz e mistério
São tantas canções e emoções expressas
Em letras melodiosas e poéticas
Negra nuvem a passar,
Apartando as dores e as tristezas da vida
Deitada no sofá, a ouvir baladas insanas
Buana, Buana,
E um cabelo à la garçon
Como uma fina chuva de vento
A embalar os sonhos infantis
Lembranças escritas nos páramos
Terrenos pedregosos de modesta cobertura vegetal,
De um amor sem fim,
Pela vida, com sua porfia
Contenda pertinaz com as palavras,
Os mistérios de seu lidar
A seguir de trem pela estação da vida
A contemplar a chegada do verão
Na estação da luz
Quantas paisagens a se observar
Quantos passeios para se fazer
Caminhadas
Lembrar das ruas, seus ramalhetes
Abraços, de um sonho a mais
Que não faz nada mal
Anjo
Pensamentos, na casa,
Apartamentos perdidos na cidade
Da cidade que todos conhecem,
Desconhecendo
Luz e pedras!
A desvendar seus olhares,
Neste véu escuro,
A desfolhar os mistérios da cidade
Construções grandiosas,
Monumentos
Parques, estátuas, pombos
Leituras enfindas
Caminhar ao som de canções
As canções me alcançar
Coração civil,
De uma interessada estudante,
A ter saudades de seu tempo de escola
Na estrada do sol,
A caminhar de manhã
Sem relva, sem orvalho, sem flores
Amparada por suave brisa
Até se chegar a um sonho de planeta
A contemplar um profundo mar azul
Todo o azul do mar,
A perder a visão em tão hipnótico cenário
Tanto tempo eu sei
A pensar, a sonhar, a viver
Carrossel a girar em seu sol
Como um país todo em flor
Músicas a construírem novas realidades
Em se ter na vida simplesmente
Uma casinha com janela,
A contemplar um lindo nascer do sol
Luz do sol, a ser cuidadosamente
Elaborada pelas flores,
Através da seiva das plantas,
Das fagueiras manhãs
Tardes frias de se ver,
Oceano de se olhar
Que saudade da Serra do Luar
E poder voltar para se contar
Tantas viagens feitas,
Tantas coisas para se mencionar
Canções para se ouvir,
Descobrir e apreciar
Continuo a caminhar
Longas passadas ...
Um sonho de valsa a nos embalar!
Estas são, algumas das canções de minha história
Vivência onde não se cabe apenas uma canção
Para uma pessoa que não tem apenas,
Uma música em sua vida!
Pois todas em grande ou pequena parte,
Lembram os passos, os caminhos,
Os tropeços de uma jornada
E assim, todas, são as canções
Da minha vida,
Todas as belas melodias que me encantam,
Assim, como outras tantas serão
Como a lembrar de passagens da vida:
Água de beber
Sede viver
Eu era criança,
E hoje você o é!
Viver as noites com sol ...
E entender o que a rosa diz ao rouxinol
A singeleza das pequenas coisas!
E o solstício, fenômeno de longos dias
Em virtude da inclinação do eixo terrestre,
Rivalizado com o efeito das noites,
Sem brumas e sem escuridade,
Para além das Américas ou da Europa,
Onde o sol não se põe por longas horas,
Longos dias, eternamente iluminados
Música a entoar pelos caminhos
Ecoando pelos dial’s dos rádios
A permanecer por longos tempos
Em profusa sintonia
A contar uma romântica história
Músicas, e mais músicas!
Todas as fazerem parte de nossas vidas,
Como se feitas fossem para nós,
Sendo então, feitas para nós
Dirigem-se como flechas aos seus destinos,
Sempre certeiras
São as flores do jardim de nossa existência
A perfumar as nossas vidas
Com o frêmito de muitas emoções
Mil vidas que compartilhamos,
De alguma forma,
Sentidas e vividas por nós!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
*arrebol
substantivo masculino
1. cor avermelhada do crepúsculo.
2. POR METONÍMIA - a hora em que o sol está surgindo ou sumindo no horizonte.
*porfia
substantivo feminino
1. contenda de palavras; discussão, disputa, polêmica. "adorava uma p. calorosa"
2. qualidade do que é persistente; insistência, perseverança, tenacidade.
*pertinaz
adjetivo de dois gêneros
que demonstra muita tenacidade; persistente.
*frêmito
substantivo masculino
1. som estrepitoso, ruído surdo; estrondo, bramido, estrugido. "f. dos trovões"
2. som frouxo, mas áspero
Conforme consulta ao Google - Dicionário.
*páramoˈ parɐmu
nome masculino
1. campo solitário, raso e deserto
2. lugar ermo e desabrigado
3. campos das altas montanhas (3000 a 4000 metros de altitude) da América do Sul
4. abóbada celeste; firmamento
5. cume; ponto mais alto.
Acessórios e enfeites a adornarem as vidraças
Cenário em contraste com os carros as passar
As passadas apressadas dos pedestres
Todos a correr em busca de um sonho
Sucesso e realização profissional
Money no bolso, é tudo o que todos querem
Que venha a vida com suas mil possibilidades
Se for ficar, que fique comigo
Vamos cultivar a flor do Lácio
Posto que atração, é um trator, um motor,
A fundir nossos universos
Materializando nossos pensamentos
A voragem de nossas idéias não concretizadas
Em São Paulo, passeios pela mais Paulista das avenidas
Em seus faróis que logo se abrirão
E os carros ganharão as ruas da cidade
Passarão pelas ruas, ladeados por imensos arranha-céus
Só quem não te conhece,
Para não admirar-te os encantos
Na cidade onde todos ocupados estão
Em acumular dinheiros,
A contar o vil metal
Por isto, a todos se recomenda
Cuidado com o perigo nas esquinas
E o rio de asfalto e gente,
A germinar pelos caminhos,
Ora sombrios,
Da grande cidade
Oceano de concreto, em um mar de paredes
Seus Manoéis, uns audazes, outros nem tanto
A trafegar pela famosa avenida
Que um dia, detentora de imponentes palacetes
Resolveu um dia, exilar seus casarões
A abrigar hoje uma construção amarela,
Berço de cultura e poesia
Cenário de encantamento e deleite!
Em contraste as paredes acolhedoras,
De uma casa de conhecimento;
O vento de maio, a invadir os ares,
A permear e a envolver a atmosfera,
Com seus frios tons gélidos
A caminhar e a correr pela cidade inconstante,
Assim como nossos pais
Outrora caipiras, romeiros do coração,
E da saudade e de um sertão, que não volta mais
Quantas tardes fagueiras a pescar
Da casinha distante a cuidar,
Das plantações, as colheitas, as matas,
As brincadeiras a beira dos rios
Os passarinhos a cantar,
Com suas penas, suas cores, multicores
Os riozinhos amigos,
Cenários de tantas histórias
Dos encontros e das despedidas
De gente que chega, de gente que vai
Das pessoas que vão, das gentes que ficam
Dos abraços partidos,
Das lágrimas vertidas,
Os olhos cheios d’água
A lacrimar por um tempo já passado,
Distante, e que não volta mais
A saudade, triste palavra
A lembrar a nós todos
Tantas histórias de vida
Tanta tristeza, tantas belas coisas
Tanto passado para na memória se guardar
Histórias reveladas, outras tantas a jazerem
Somente sendo despertadas por eventos inesperados
Pois no meio da noite, a se esperar
Nunca poderemos esquecer-nos
De todos os que daqui partiram
Pois a vida é maior do que a canção
E uma canção é apenas um fragmento,
Da vida de qualquer pessoa
Só quem não te conhece,
Não se apercebe disto
Veleidades das frágeis mentes
Que ficam a vagar
Em cenário distante,
Sem rompantes de a tudo mudar
Quantos caminhos a percorrer
Quantas encruzilhadas por se desfazer
Tantas pedras no caminho
Pedregulhos mil
Falsas pistas a nos desviar,
Dos caminhos que a verdade levam!
E um sol de arrebol, a nos esperar
As estradas falsas,
A nos afastar do verdadeiro caminho
Rostos embrutecidos,
A esconder tanta luz e mistério
São tantas canções e emoções expressas
Em letras melodiosas e poéticas
Negra nuvem a passar,
Apartando as dores e as tristezas da vida
Deitada no sofá, a ouvir baladas insanas
Buana, Buana,
E um cabelo à la garçon
Como uma fina chuva de vento
A embalar os sonhos infantis
Lembranças escritas nos páramos
Terrenos pedregosos de modesta cobertura vegetal,
De um amor sem fim,
Pela vida, com sua porfia
Contenda pertinaz com as palavras,
Os mistérios de seu lidar
A seguir de trem pela estação da vida
A contemplar a chegada do verão
Na estação da luz
Quantas paisagens a se observar
Quantos passeios para se fazer
Caminhadas
Lembrar das ruas, seus ramalhetes
Abraços, de um sonho a mais
Que não faz nada mal
Anjo
Pensamentos, na casa,
Apartamentos perdidos na cidade
Da cidade que todos conhecem,
Desconhecendo
Luz e pedras!
A desvendar seus olhares,
Neste véu escuro,
A desfolhar os mistérios da cidade
Construções grandiosas,
Monumentos
Parques, estátuas, pombos
Leituras enfindas
Caminhar ao som de canções
As canções me alcançar
Coração civil,
De uma interessada estudante,
A ter saudades de seu tempo de escola
Na estrada do sol,
A caminhar de manhã
Sem relva, sem orvalho, sem flores
Amparada por suave brisa
Até se chegar a um sonho de planeta
A contemplar um profundo mar azul
Todo o azul do mar,
A perder a visão em tão hipnótico cenário
Tanto tempo eu sei
A pensar, a sonhar, a viver
Carrossel a girar em seu sol
Como um país todo em flor
Músicas a construírem novas realidades
Em se ter na vida simplesmente
Uma casinha com janela,
A contemplar um lindo nascer do sol
Luz do sol, a ser cuidadosamente
Elaborada pelas flores,
Através da seiva das plantas,
Das fagueiras manhãs
Tardes frias de se ver,
Oceano de se olhar
Que saudade da Serra do Luar
E poder voltar para se contar
Tantas viagens feitas,
Tantas coisas para se mencionar
Canções para se ouvir,
Descobrir e apreciar
Continuo a caminhar
Longas passadas ...
Um sonho de valsa a nos embalar!
Estas são, algumas das canções de minha história
Vivência onde não se cabe apenas uma canção
Para uma pessoa que não tem apenas,
Uma música em sua vida!
Pois todas em grande ou pequena parte,
Lembram os passos, os caminhos,
Os tropeços de uma jornada
E assim, todas, são as canções
Da minha vida,
Todas as belas melodias que me encantam,
Assim, como outras tantas serão
Como a lembrar de passagens da vida:
Água de beber
Sede viver
Eu era criança,
E hoje você o é!
Viver as noites com sol ...
E entender o que a rosa diz ao rouxinol
A singeleza das pequenas coisas!
E o solstício, fenômeno de longos dias
Em virtude da inclinação do eixo terrestre,
Rivalizado com o efeito das noites,
Sem brumas e sem escuridade,
Para além das Américas ou da Europa,
Onde o sol não se põe por longas horas,
Longos dias, eternamente iluminados
Música a entoar pelos caminhos
Ecoando pelos dial’s dos rádios
A permanecer por longos tempos
Em profusa sintonia
A contar uma romântica história
Músicas, e mais músicas!
Todas as fazerem parte de nossas vidas,
Como se feitas fossem para nós,
Sendo então, feitas para nós
Dirigem-se como flechas aos seus destinos,
Sempre certeiras
São as flores do jardim de nossa existência
A perfumar as nossas vidas
Com o frêmito de muitas emoções
Mil vidas que compartilhamos,
De alguma forma,
Sentidas e vividas por nós!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
*arrebol
substantivo masculino
1. cor avermelhada do crepúsculo.
2. POR METONÍMIA - a hora em que o sol está surgindo ou sumindo no horizonte.
*porfia
substantivo feminino
1. contenda de palavras; discussão, disputa, polêmica. "adorava uma p. calorosa"
2. qualidade do que é persistente; insistência, perseverança, tenacidade.
*pertinaz
adjetivo de dois gêneros
que demonstra muita tenacidade; persistente.
*frêmito
substantivo masculino
1. som estrepitoso, ruído surdo; estrondo, bramido, estrugido. "f. dos trovões"
2. som frouxo, mas áspero
Conforme consulta ao Google - Dicionário.
*páramoˈ parɐmu
nome masculino
1. campo solitário, raso e deserto
2. lugar ermo e desabrigado
3. campos das altas montanhas (3000 a 4000 metros de altitude) da América do Sul
4. abóbada celeste; firmamento
5. cume; ponto mais alto.
A LUA, O TREM, A JORNADA, O CAMINHO
A lua com seus ornatos multiformes
Atuando de forma desconforme
Em altaneiro cenário abobadado
Ora se faz brancura,
Linda e redondamente branca
Aos poucos vai se findando,
Minguando dia a dia
Postando-se no céu de forma mais elevada
A fazer variadas poses
Como se caminhasse em seu firmamento
Dando passadas cada dia mais longas
Distanciando-se mais e mais dos olhares
De seus poucos admiradores e amantes apaixonados
Um céu carente de estrelas
Poucas ainda teimam em brilhar em seu firmamento
Mas iluminam o céu escuro
Breu profundo
A lua a mostrar suas formas
Arredondada, branca,
Ora manchada em negro manto de poluição
A diminuir suas formas, até sumir de nossos olhares
Inicialmente uma forma quase arredondada
A se desfazer aos poucos no horizonte
Linda em seu espetáculo noturno de transformar-se
A forma quase redonda, a diminuir os contornos
A ficar cada vez mais fina, mais esquálida
Até sumir nos céus
Obumbrada pelos movimentos de outros astros celestes
Nova configuração
Até novamente mostrar-se em seu formato cheio
Opulência branca
Mal posso esperar para admirar tanta beleza!
Natureza cíclica
E assim, a lua segue seu curso
Mostrando com suas transformações,
As mudanças por que passa o tempo
O tempo, sempre o tempo,
Cavalheiro tão inconstante
E o trem a atravessar as escuras e obscuras madrugadas
Em meu caminho de prédios antigos, construções abandonadas
Uma velha chaminé de fábrica,
A soltar um pouco de fumaça, durante os dias fugidios
Chaminés a me acompanharem em meus caminhos
Em quase todos os destinos que faço
São Paulo, São Caetano, Santo André
Troleibus a circular por caminhos de prédios novos,
E construções abandonadas
Promessas de melhores tempos,
Com melhores moradas para se habitar
Ao chegar na estação férrea
Aglomerado das gentes, a se ajuntar quando o trem se aproxima
Condução dos moradores do ABC,
Migrantes nordestinos em grande parte,
E outros naturais do lugar,
Como uma simples moradora,
Há muitos anos afastada, e agora ocupante de um espaço no trem
Trem de cenários abandonados,
Fábricas e galpões envelhecidos,
Telhados tortos, telhas caídas,
Mato a crescer por todos os cantos,
Por todas as paragens
A rivalizarem com as belas árvores frondosas, que ainda compõe o caminho
Para embelezar um pouco a vida árida dos viandantes
Por que percorrer o mundo, atravessar cidades,
Visualizar novas gentes
A dispersar o cenário lúgubre
É uma aventura de todos os dias
Viagem diária, migração pendular
A em pé permanecer,
E o trem a percorrer os trilhos de um tempo presente
Memórias de um tempo passado
Assaz distante, recuado num tempo de mudanças velozes
A tremular ao sabor dos trilhos imperfeitos
E os passageiros embalados pelo balançar inconstante do trem
Diariamente a aguardar o trem na plataforma
E a esperar que não ocorram transtornos
Com a multidão constante, a invadir os trens, e as escadas
Enxame de abelhas a invadir escada açucarada,
Como se fora favo de mel
O trem a rasgar a escuridão da noite
A vislumbrar o dia amanhecendo aos poucos
E a escuridão da noite, azular,
Em seus tons escuros, clareando aos poucos
Certos dias, um lindo amanhecer alaranjado
Com certos tons amarelos
Presenciar um belo amanhecer pela janela imensa
Abraçar um mundo de prédios
Construções contornadas pelos tons da madrugada,
Azuis a comporem a atmosfera,
Cada vez mais definida!
Azul marinho, a se tornar cada vez mais claro
Abrindo os caminhos para a manhã
E o trem a contornar caminhos,
A percorrer silos, entrepostos
Construções de tijolos à vista
Até chegar ao seu destino
E a despejar as gentes em uma nova plataforma
Lagoa de gente a inundar escadas e caminhos
E a lua cada vez mais clara,
A se dissolver na claridade do dia
A pegar metrôs, em suas linhas coloridas
Verde, azul e vermelha
Para finalmente se chegar em algum lugar
Em tempos mais escuros
Caminhos de breu,
Andados a passos rápidos,
Em direção ao destino
Em prédio, em ermo lugar nas manhãs, madrugadas escuras
Noites escuras
Ladeado a jardim com frutas,
Maciços de beri amarelos, árvores com flores amarelas
E o chão do caminho com pedras, paralelepípedos
Substituído por concretos em grande parte
E o sol a aquecer as tardes, e queimar as peles dos passantes
A ter por consolo, a suave brisa da tarde
Em domingo de manhã,
A realizar densas provas
São Paulo de outrora a dar o ar de sua graça
Em textos repletos de muita poesia
Pensamento povoado de intrincadas questões
E o voo das aeronaves a riscar os céus com constância
Diversas companhias a riscarem os ares
Assim como naves de pequeno porte
Céu azul, de densas nuvens a embelezarem a tarde azul
Lindo jardim a enfeitar saída de estacionamento
Lugar de acessos intrincados, complicados
Como num labirinto
Passeio em meio a shopping repleto de lojas vazias
A regalar-me com lauta refeição
Feita com muitas e saborosas iguarias
Mariscos; camarões; bolinhos caprichados; arroz com cenouras cortadas em diminutos pedaços, presuntos com igual corte; cenoura cortada, milho; peixe com alcaparras, medalhão de frango; camarão na moranga; suco de laranja
Regalado repasto
Um festival de sabores e de sensações maravilhosas!
A tarde, mais provas,
Na mais dura prova que é viver
Enfrentar a vida, para que assim se possa melhores caminhos escolher
De um viver poético e incessante
Cidade de prédios imensos, belas construções
Lugares aprazíveis
Assim como de lugares horríveis, feios, sujos, solitários, abandonados
Cenário de ricos e dolorosos contrastes
E assim, em meio a extenuante dia de dedicações
Em meio a interminável espera em meio a trânsito infernal
Sentar em meio ao gramado, em uma mureta
Banco improvisado
A multidão, lagoa das gentes, a se ajeitar no concreto duro das calçadas
A conversar para matar o tempo,
Ou esperar a vida passar, e a carona chegar
O regresso para o lar em meio a trânsito e engarrafamento
Em meio a cenário de ruas vazias, caminhos sinuosos,
Longas e imensas avenidas, oceano de carros
A chegar em casa para descansar,
Depois de muito labutar
Labuta que acontece de diversas formas no palco da vida
Trabalhar, estudar, aprender, conhecer, viver, sofrer
Realizar provas testes, escritas, estudos, ensinos,
As provas da vida
E a lua a ressurgir no palco da noite
A retratar as passagens do tempo
A sinalizar que tudo se transforma
Para permanecer constante
Afinal de contas:
Tudo nunca é sempre muito igual!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Atuando de forma desconforme
Em altaneiro cenário abobadado
Ora se faz brancura,
Linda e redondamente branca
Aos poucos vai se findando,
Minguando dia a dia
Postando-se no céu de forma mais elevada
A fazer variadas poses
Como se caminhasse em seu firmamento
Dando passadas cada dia mais longas
Distanciando-se mais e mais dos olhares
De seus poucos admiradores e amantes apaixonados
Um céu carente de estrelas
Poucas ainda teimam em brilhar em seu firmamento
Mas iluminam o céu escuro
Breu profundo
A lua a mostrar suas formas
Arredondada, branca,
Ora manchada em negro manto de poluição
A diminuir suas formas, até sumir de nossos olhares
Inicialmente uma forma quase arredondada
A se desfazer aos poucos no horizonte
Linda em seu espetáculo noturno de transformar-se
A forma quase redonda, a diminuir os contornos
A ficar cada vez mais fina, mais esquálida
Até sumir nos céus
Obumbrada pelos movimentos de outros astros celestes
Nova configuração
Até novamente mostrar-se em seu formato cheio
Opulência branca
Mal posso esperar para admirar tanta beleza!
Natureza cíclica
E assim, a lua segue seu curso
Mostrando com suas transformações,
As mudanças por que passa o tempo
O tempo, sempre o tempo,
Cavalheiro tão inconstante
E o trem a atravessar as escuras e obscuras madrugadas
Em meu caminho de prédios antigos, construções abandonadas
Uma velha chaminé de fábrica,
A soltar um pouco de fumaça, durante os dias fugidios
Chaminés a me acompanharem em meus caminhos
Em quase todos os destinos que faço
São Paulo, São Caetano, Santo André
Troleibus a circular por caminhos de prédios novos,
E construções abandonadas
Promessas de melhores tempos,
Com melhores moradas para se habitar
Ao chegar na estação férrea
Aglomerado das gentes, a se ajuntar quando o trem se aproxima
Condução dos moradores do ABC,
Migrantes nordestinos em grande parte,
E outros naturais do lugar,
Como uma simples moradora,
Há muitos anos afastada, e agora ocupante de um espaço no trem
Trem de cenários abandonados,
Fábricas e galpões envelhecidos,
Telhados tortos, telhas caídas,
Mato a crescer por todos os cantos,
Por todas as paragens
A rivalizarem com as belas árvores frondosas, que ainda compõe o caminho
Para embelezar um pouco a vida árida dos viandantes
Por que percorrer o mundo, atravessar cidades,
Visualizar novas gentes
A dispersar o cenário lúgubre
É uma aventura de todos os dias
Viagem diária, migração pendular
A em pé permanecer,
E o trem a percorrer os trilhos de um tempo presente
Memórias de um tempo passado
Assaz distante, recuado num tempo de mudanças velozes
A tremular ao sabor dos trilhos imperfeitos
E os passageiros embalados pelo balançar inconstante do trem
Diariamente a aguardar o trem na plataforma
E a esperar que não ocorram transtornos
Com a multidão constante, a invadir os trens, e as escadas
Enxame de abelhas a invadir escada açucarada,
Como se fora favo de mel
O trem a rasgar a escuridão da noite
A vislumbrar o dia amanhecendo aos poucos
E a escuridão da noite, azular,
Em seus tons escuros, clareando aos poucos
Certos dias, um lindo amanhecer alaranjado
Com certos tons amarelos
Presenciar um belo amanhecer pela janela imensa
Abraçar um mundo de prédios
Construções contornadas pelos tons da madrugada,
Azuis a comporem a atmosfera,
Cada vez mais definida!
Azul marinho, a se tornar cada vez mais claro
Abrindo os caminhos para a manhã
E o trem a contornar caminhos,
A percorrer silos, entrepostos
Construções de tijolos à vista
Até chegar ao seu destino
E a despejar as gentes em uma nova plataforma
Lagoa de gente a inundar escadas e caminhos
E a lua cada vez mais clara,
A se dissolver na claridade do dia
A pegar metrôs, em suas linhas coloridas
Verde, azul e vermelha
Para finalmente se chegar em algum lugar
Em tempos mais escuros
Caminhos de breu,
Andados a passos rápidos,
Em direção ao destino
Em prédio, em ermo lugar nas manhãs, madrugadas escuras
Noites escuras
Ladeado a jardim com frutas,
Maciços de beri amarelos, árvores com flores amarelas
E o chão do caminho com pedras, paralelepípedos
Substituído por concretos em grande parte
E o sol a aquecer as tardes, e queimar as peles dos passantes
A ter por consolo, a suave brisa da tarde
Em domingo de manhã,
A realizar densas provas
São Paulo de outrora a dar o ar de sua graça
Em textos repletos de muita poesia
Pensamento povoado de intrincadas questões
E o voo das aeronaves a riscar os céus com constância
Diversas companhias a riscarem os ares
Assim como naves de pequeno porte
Céu azul, de densas nuvens a embelezarem a tarde azul
Lindo jardim a enfeitar saída de estacionamento
Lugar de acessos intrincados, complicados
Como num labirinto
Passeio em meio a shopping repleto de lojas vazias
A regalar-me com lauta refeição
Feita com muitas e saborosas iguarias
Mariscos; camarões; bolinhos caprichados; arroz com cenouras cortadas em diminutos pedaços, presuntos com igual corte; cenoura cortada, milho; peixe com alcaparras, medalhão de frango; camarão na moranga; suco de laranja
Regalado repasto
Um festival de sabores e de sensações maravilhosas!
A tarde, mais provas,
Na mais dura prova que é viver
Enfrentar a vida, para que assim se possa melhores caminhos escolher
De um viver poético e incessante
Cidade de prédios imensos, belas construções
Lugares aprazíveis
Assim como de lugares horríveis, feios, sujos, solitários, abandonados
Cenário de ricos e dolorosos contrastes
E assim, em meio a extenuante dia de dedicações
Em meio a interminável espera em meio a trânsito infernal
Sentar em meio ao gramado, em uma mureta
Banco improvisado
A multidão, lagoa das gentes, a se ajeitar no concreto duro das calçadas
A conversar para matar o tempo,
Ou esperar a vida passar, e a carona chegar
O regresso para o lar em meio a trânsito e engarrafamento
Em meio a cenário de ruas vazias, caminhos sinuosos,
Longas e imensas avenidas, oceano de carros
A chegar em casa para descansar,
Depois de muito labutar
Labuta que acontece de diversas formas no palco da vida
Trabalhar, estudar, aprender, conhecer, viver, sofrer
Realizar provas testes, escritas, estudos, ensinos,
As provas da vida
E a lua a ressurgir no palco da noite
A retratar as passagens do tempo
A sinalizar que tudo se transforma
Para permanecer constante
Afinal de contas:
Tudo nunca é sempre muito igual!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Faz de Teu Sonho A Bandeira de Tua Vida!
Faz de teu sonho a bandeira de tua vida
Pendão de tua existência!
Lute por seus ideais, acredite em suas possibilidades!
O mundo é uma estrada de infinitas possibilidades
E o teu sonho só não pode ser menor que o seu mundo!
E vivendo e sonhando, seguimos nossas vidas
E de sonho em sonho, vamos construindo nossas realidades
E assim sigo sonhando
E pisando em poeira de estrelas, tropeçando nas fantasias
Delineando novos encantamentos, e novos sonhos ...
Sonho um sonho irrealizado
Encontro marcado em um cenário azulado
Repleto de luar
Atmosfera vaporosa a enfeitar,
Uma bela morada
Com seus quartos arrumados,
Colcha a emoldurar a cama,
Objetos guarnecem o quarto com bibelôs e criatividade
Além de inventividade e beleza
Ao fundo no quintal banhado pelo luar
Uma moça que percorrera os cômodos da casa
E apreciara os pequenos detalhes de um quarto especial
Avista um vulto
É um alguém que a espera,
Diz uma voz que não se sabe de onde vem
E moça com seu lindo vestido
Lindo vestido claro, de longa saia, alças
Sai em direção ao quintal, o jardim
A jovem aproxima-se do vulto
Indiviso em meio a noite
E o vulto aparece
Mostra sua face, seu semblante, suas vestes
Estende sua mão a jovem
E embalados, ficam a valsar sob a luz da lua
A moça segura a barra do vestido,
E com a outra mão, segura a mão do moço
De longe, alguém parece observar a cena
Do casal dançando, unidos ...
Em outro devaneio
Uma moça procura um jovem, em meio a simplórias construções
Procura, procura ...
Em dado momento, um moço aparece
A garota parece conhecê-lo
Caminham unidos ...
E os sonhos prosseguem turvos, indefiníveis, indecifráveis!
Sonho sonhos de casas, construções
Sonhos de passados distantes
Histórias vivificantes
E entre os sonhos etéreos inconclusos
Há os sonhos de um mundo melhor, uma vida melhor
A fazerem de nossas vidas, um norte
Bandeira de nossas existências
Obra de arte de tua existência!
Sonhos de ideais, alegrias e mortes
Simbólicas mortes!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Pendão de tua existência!
Lute por seus ideais, acredite em suas possibilidades!
O mundo é uma estrada de infinitas possibilidades
E o teu sonho só não pode ser menor que o seu mundo!
E vivendo e sonhando, seguimos nossas vidas
E de sonho em sonho, vamos construindo nossas realidades
E assim sigo sonhando
E pisando em poeira de estrelas, tropeçando nas fantasias
Delineando novos encantamentos, e novos sonhos ...
Sonho um sonho irrealizado
Encontro marcado em um cenário azulado
Repleto de luar
Atmosfera vaporosa a enfeitar,
Uma bela morada
Com seus quartos arrumados,
Colcha a emoldurar a cama,
Objetos guarnecem o quarto com bibelôs e criatividade
Além de inventividade e beleza
Ao fundo no quintal banhado pelo luar
Uma moça que percorrera os cômodos da casa
E apreciara os pequenos detalhes de um quarto especial
Avista um vulto
É um alguém que a espera,
Diz uma voz que não se sabe de onde vem
E moça com seu lindo vestido
Lindo vestido claro, de longa saia, alças
Sai em direção ao quintal, o jardim
A jovem aproxima-se do vulto
Indiviso em meio a noite
E o vulto aparece
Mostra sua face, seu semblante, suas vestes
Estende sua mão a jovem
E embalados, ficam a valsar sob a luz da lua
A moça segura a barra do vestido,
E com a outra mão, segura a mão do moço
De longe, alguém parece observar a cena
Do casal dançando, unidos ...
Em outro devaneio
Uma moça procura um jovem, em meio a simplórias construções
Procura, procura ...
Em dado momento, um moço aparece
A garota parece conhecê-lo
Caminham unidos ...
E os sonhos prosseguem turvos, indefiníveis, indecifráveis!
Sonho sonhos de casas, construções
Sonhos de passados distantes
Histórias vivificantes
E entre os sonhos etéreos inconclusos
Há os sonhos de um mundo melhor, uma vida melhor
A fazerem de nossas vidas, um norte
Bandeira de nossas existências
Obra de arte de tua existência!
Sonhos de ideais, alegrias e mortes
Simbólicas mortes!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
VIVERES HISTÓRICOS
Cruzeiros a singrar os mares
Aventuras vividas em meio aos cruzados
Grandes embarcações construídas em madeira
A abrigar muitas histórias, muitas vidas
As naus com suas velas enfunadas, a percorrer os mares
Ao sabor de grandes conquistas, e novas descobertas
As missões religiosas, em busca da expansão imperial
A dizimar povos, as gentes
Destruir legados
Tudo em nome da sanha conquistadora
Enrustida em missão religiosa
Como os jesuítas a catequizarem os índios
A ensinarem a doutrina cristã
De um salvador que se tornara a luz do mundo
E deixara um grande exemplo de doação e humildade
Índios que viviam de modos livres
A exporem suas vergonhas,
Como nos dizeres da carta
Famosa correspondência epistolar de Pero Vaz de Caminha
Caminha em busca de novas rotas para as especiarias
Cravo, gengibre e noz moscada
Especiarias a mudarem os rumos da história
E a denominar índios,
Os habitantes da terra descoberta
Especiarias destinadas a melhorarem o gosto dos alimentos
A tornar o paladar e o sabor dos alimentos, mais agradável
Não descobriram a rota das Índias,
Conforme esperavam
Mas descobriram uma terra maravilhosa
De matas verdejantes, verde exuberante
Lindas e fartas fontes de água e de vida
Céu azul, forte e claro
Com índios desnudos,
A se pintarem com tintas naturais
A se enfeitarem com a beleza das penas das aves da terra
Como se fora a primeira criação divina
A viverem em aldeias, a dormirem em ocas
A caçarem e a pescar
A deslumbrarem os aventureiros europeus
Todos cheios de vestimentas, calçolas, sapatos, camisas, colas, chapéus rebuscados
Portugueses protocolares
A sofrerem com o calor da terra
Doentes da longa viagem do mar
Acometidos de escorbuto, e outras doenças, além de piolhos
Muitos perecendo em longa viagem
A enfrentarem borrascas, desvios de rotas, entre outros percalços
Além de brigas e desentendimentos
Convés e proa, popa
Bombordo e estibordo, sul e oeste
Coordenadas cartográficas
Grandes navegações
Índios e índias a deslumbrarem os olhos admirados dos portugueses
Acostumados aos preceitos cristãos,
Assolados pela culpa do pecado original
E distantes da pureza inocente,
De não se ter vergonha do próprio corpo
Acometidos pelas imposições da sociedade
A viverem nos conformes dos reclamos sociais
Em tributo a amizade,
Ofereceram bugiarias aos índios
Bijuterias, colares, espelhos, entre outras tranqueiras
Em troca da árvore de madeira nobre, abundante no país
Mais tarde denominado Pau Brasil
Que em razão de sua cor vermelha,
Era utilizada no tingimento das peças,
Das ricas indumentárias europeias
Árvore fartamente explorada
Tanto ao ponto de chegar ao seu quase esgotamento
Planta que deu nome a esta terra de contrastes
Em sua rota errática,
Europeus se deslumbraram com os primeiros sinais de terra
Terra à vista, a gritar
Após meses a desbravarem mares inóspitos
Perdidos em um oceano de água
Tendo por instrumentos náuticos a bússola e o astrolábio
Bem como as cartas náuticas
E a lua e sua constelação de estrelas, por farol
Dura a vida de marinheiro
Dura a vida de aventureiro
A despedir-se dos parentes no cais do porto
Os quais acenavam-lhes tristemente,
Sem a certeza de que algum dia, tornariam a vê-los
Hoje alhures, alheados em algum lugar perdido
Em um oceano de monstros e tormentas
Quem sabe um dia, a se encontrar algures
Em algum lugar de ventura
Os mortos desta vida de desditas
Terrifica aventura,
Por muitos, desacreditada
E a terra a ser avistada
Aos poucos se pareceu ilha
Por breve instante,
Acreditaram haver chegado as Índias
Terra que com tanta luta,
Mais tarde conquistaram
Ao se aproximarem as naus,
Pouco a pouco puderam notar, tratar-se
De um lugar maravilhoso
Terra deslumbrante
Com suas praias de águas limpas e plantas exuberantes
A serem levados ao líder da tribo
E a negociar madeira,
Em troca de quinquilharias, bugigangas
Que tanto encantaram os índios
E os portugueses,
Levaram toras e mais toras de madeira
Para o velho continente
Caminha, a escrever maravilhas da terra recém-descoberta
As aves, exuberantes e coloridas,
Com seu canto canoro
A entoar sonoro,
Na densidade das matas
Floresta tropical, com árvores frondosas, folhas e flores várias
Variedades antes nunca vistas
Cenário diverso da frieza europeia
Com índios a se banharem em rios, lagos e cachoeiras
A brincarem entre si
As mulheres a prepararem os alimentos
A criarem ornamentos de penas
O pajé a cuidar das doenças da tribo,
A realizar os rituais, as danças e os rituais de iniciação
A mulheres a moldarem o barro,
A fazerem cuias e vasos
A confeccionarem cestas de palha,
Nas tramas que elaboravam
Abrigando-se em suas ocas,
Cujo aglomerado, formavam a taba
Adoravam Tupã, entre outras divindades
Contemplavam a lua, Jaci
E possuíam várias formas do falar
Os índios guerreavam entre si
Lutavam e se combatiam
Haviam índios canibais
E índios aculturados,
Que se aliavam aos portugueses, em suas batalhas
Santo André foi fundado por índio, Cacique Tibiriçá, sua filha Bartira,
E um português, chamado João Ramalho
A formarem a Vila de Santo André da Borda do Campo
A qual fora abandonada, dez anos depois de fundada
E pouco tempo depois, de ter sido alçada a condição de Vila
Reconhecida oficialmente como tal
Índios que sofreram o opróbrio da escravidão
Que foram aculturados, nos moldes europeus
E catequizados por jesuítas
Os quais utilizaram sua força de trabalho,
Para a construção da terra Brasil
Índios que guerreavam ao lado dos portugueses,
Contra os portugueses
Que fizeram sua história
Aprenderam a ler e a escrever,
Que adotaram os costumes dos brancos
Que sofreram com suas doenças
Que eram milhões e hoje são poucos
Muitos lutam para preservar sua história
A grande maioria alijada
Muitos sofrendo com o tráfico de drogas,
Com a falta de uma divisão clara de terras
Sem rumo, vagando de um lado para o outro
Outros articulados, e engajados e novas lutas sangrentas
Em tempos de antanho,
A caçarem e a pescarem
A viverem seus rituais,
A ouvirem os ensinos de seu cacique
A beberem o cauim
Bebida preparada com a fermentação do milho mastigado
A brincarem, a nadarem nas águas exuberantes do Brasil
A mais tarde, plantarem grãos
Vivendo em ocas de palha
Sem roupas para cobrir as vergonhas
Livres em sua oca, sem móveis
A caminharem pelas matas
A contemplarem a natureza e apreciarem o canto dos pássaros
A cultivarem as lendas, como a da vitória-régia
Jovem e bela índia, que encantada pela beleza da lua,
Ao vê-la refletida nas águas, atirou-se no lago, em busca de sua companhia
Vindo a se transformar em linda flor
A qual passou a ter este nome, em homenagem a uma rainha
E assim, pela tradição oral, para sendo criadas,
Histórias diversas para se explicar a origem do mundo,
E os propósitos da natureza
(Na Idade Medieval
Em contraste com os tempos coloniais)
As Cruzadas a cruzarem o oriente
A conquistarem outras terras, outras plagas, outras gentes
Para a cobiça dos bravos portugueses
E os navios a singrarem os mares
E o tempo dando saltos
Cada vez maiores
E os cruzados e os cruzeiros,
A moeda se tornarem
E cruzeiros, empreendimento comercial se tornar
Navios imensos e luxuosos a cortarem com constância,
As águas do nem sempre cristalino mar
Houve tempo, em que piratas
Percorreram mares brasileiros
A fazerem das suas, por estas plagas
Pelo litoral
A explorarem o Pau Brasil,
Assim como o fizeram, os portugueses
E a terror provocarem nos moradores destas paragens
Brasil, terra que aos poucos,
Passou a ser colonizada
Povoada pelos brancos portugueses
Tornando-se terra habitada
E refugio de muitos forasteiros
Sem poder industrializar-se
Adquirindo produtos manufaturados de outras plagas
E a industrialização aqui a tardar
E quando ocorreu,
De forma modesta,
Com cafeicultores a investir em outras atividades
Adquirindo casarões na Avenida Paulista
Tecelagens, fábricas, entre outras atividades
E os operários a trabalharem por longas horas em máquinas
Greves a ocorrerem,
E este estado de coisas a denominado ser:
Caso de Polícia, nos dizeres do presidente Washington Luís
Leis a serem redigidas,
Regulamentando jornadas, férias
Uma lei denominada Eloy Chaves,
A se preocupar com um sistema de previdência
E o apito da fábrica de tecidos
A todos conclamar para o trabalho
A fiar em teares, confeccionando tecidos
Tempos antigos
A andarem de bonde,
E em cortiços viverem
Sindicatos,
Lutas por melhores condições laborativas
Industrialização tardia em terras tupiniquins
Viveres históricos
Lidos e aprendidos nos livros de história
Vividos e contados ao sabor das passadas,
Pinceladas e escritas por alguém inspirado ou não
A contar as glórias e inglórias desta terra apaixonante
Palco de independência memorável retratada,
Em quadro magistral de Pedro Américo
Onde um Dom Pedro galante, ergue sua espada
A bradar em alto e claro som
Independência ou morte!
Pena ser a realidade tão diversa
Com direito a mal estar
E declaração de independência as margens de um riacho
Outrora de água límpidas e cristalinas
Hodiernamente tristemente esquecido, espremido e poluído
Ao lado dali, um casebre
Casinha modesta intitulada “Casa do Grito”
Famosa construção, tal como a conhecida “Casa de Pedra”
Localizada próxima a antiga Estrada de Santos
Onde supostamente
Dom Pedro I e sua amada Domitila de Castro do Canto e Melo,
Encontravam-se furtivamente
Muito embora,
A edificação tenha sido erigida,
Tempos após o falecimento de ambos
Quem sabe o fora,
Palco de encontro de almas amantes?
Estrada Velha, antiga Calçada do Lorena
A homenagear com estátuas,
O centenário da independência do Brasil
Resquícios de um passado que insiste em se fazer presente
Ainda que nas menores coisas
Brasil, terra boa e gostosa
Viveres históricos
Viva a história, viva o Brasil
Quem sabe um dia, saberemos ufanar
Ufa!
E pensar que ainda,
Tem tanta coisa para se desvendar!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
*alheado
adjetivo
1. que se transferiu; cedido.
2. absorto nos próprios pensamentos; distraído, desatento.
*algures
advérbio
em alguma parte, em algum lugar.
*alhures
advérbio
em outro lugar, em outra parte.
Conforme consulta ao Google.
Aventuras vividas em meio aos cruzados
Grandes embarcações construídas em madeira
A abrigar muitas histórias, muitas vidas
As naus com suas velas enfunadas, a percorrer os mares
Ao sabor de grandes conquistas, e novas descobertas
As missões religiosas, em busca da expansão imperial
A dizimar povos, as gentes
Destruir legados
Tudo em nome da sanha conquistadora
Enrustida em missão religiosa
Como os jesuítas a catequizarem os índios
A ensinarem a doutrina cristã
De um salvador que se tornara a luz do mundo
E deixara um grande exemplo de doação e humildade
Índios que viviam de modos livres
A exporem suas vergonhas,
Como nos dizeres da carta
Famosa correspondência epistolar de Pero Vaz de Caminha
Caminha em busca de novas rotas para as especiarias
Cravo, gengibre e noz moscada
Especiarias a mudarem os rumos da história
E a denominar índios,
Os habitantes da terra descoberta
Especiarias destinadas a melhorarem o gosto dos alimentos
A tornar o paladar e o sabor dos alimentos, mais agradável
Não descobriram a rota das Índias,
Conforme esperavam
Mas descobriram uma terra maravilhosa
De matas verdejantes, verde exuberante
Lindas e fartas fontes de água e de vida
Céu azul, forte e claro
Com índios desnudos,
A se pintarem com tintas naturais
A se enfeitarem com a beleza das penas das aves da terra
Como se fora a primeira criação divina
A viverem em aldeias, a dormirem em ocas
A caçarem e a pescar
A deslumbrarem os aventureiros europeus
Todos cheios de vestimentas, calçolas, sapatos, camisas, colas, chapéus rebuscados
Portugueses protocolares
A sofrerem com o calor da terra
Doentes da longa viagem do mar
Acometidos de escorbuto, e outras doenças, além de piolhos
Muitos perecendo em longa viagem
A enfrentarem borrascas, desvios de rotas, entre outros percalços
Além de brigas e desentendimentos
Convés e proa, popa
Bombordo e estibordo, sul e oeste
Coordenadas cartográficas
Grandes navegações
Índios e índias a deslumbrarem os olhos admirados dos portugueses
Acostumados aos preceitos cristãos,
Assolados pela culpa do pecado original
E distantes da pureza inocente,
De não se ter vergonha do próprio corpo
Acometidos pelas imposições da sociedade
A viverem nos conformes dos reclamos sociais
Em tributo a amizade,
Ofereceram bugiarias aos índios
Bijuterias, colares, espelhos, entre outras tranqueiras
Em troca da árvore de madeira nobre, abundante no país
Mais tarde denominado Pau Brasil
Que em razão de sua cor vermelha,
Era utilizada no tingimento das peças,
Das ricas indumentárias europeias
Árvore fartamente explorada
Tanto ao ponto de chegar ao seu quase esgotamento
Planta que deu nome a esta terra de contrastes
Em sua rota errática,
Europeus se deslumbraram com os primeiros sinais de terra
Terra à vista, a gritar
Após meses a desbravarem mares inóspitos
Perdidos em um oceano de água
Tendo por instrumentos náuticos a bússola e o astrolábio
Bem como as cartas náuticas
E a lua e sua constelação de estrelas, por farol
Dura a vida de marinheiro
Dura a vida de aventureiro
A despedir-se dos parentes no cais do porto
Os quais acenavam-lhes tristemente,
Sem a certeza de que algum dia, tornariam a vê-los
Hoje alhures, alheados em algum lugar perdido
Em um oceano de monstros e tormentas
Quem sabe um dia, a se encontrar algures
Em algum lugar de ventura
Os mortos desta vida de desditas
Terrifica aventura,
Por muitos, desacreditada
E a terra a ser avistada
Aos poucos se pareceu ilha
Por breve instante,
Acreditaram haver chegado as Índias
Terra que com tanta luta,
Mais tarde conquistaram
Ao se aproximarem as naus,
Pouco a pouco puderam notar, tratar-se
De um lugar maravilhoso
Terra deslumbrante
Com suas praias de águas limpas e plantas exuberantes
A serem levados ao líder da tribo
E a negociar madeira,
Em troca de quinquilharias, bugigangas
Que tanto encantaram os índios
E os portugueses,
Levaram toras e mais toras de madeira
Para o velho continente
Caminha, a escrever maravilhas da terra recém-descoberta
As aves, exuberantes e coloridas,
Com seu canto canoro
A entoar sonoro,
Na densidade das matas
Floresta tropical, com árvores frondosas, folhas e flores várias
Variedades antes nunca vistas
Cenário diverso da frieza europeia
Com índios a se banharem em rios, lagos e cachoeiras
A brincarem entre si
As mulheres a prepararem os alimentos
A criarem ornamentos de penas
O pajé a cuidar das doenças da tribo,
A realizar os rituais, as danças e os rituais de iniciação
A mulheres a moldarem o barro,
A fazerem cuias e vasos
A confeccionarem cestas de palha,
Nas tramas que elaboravam
Abrigando-se em suas ocas,
Cujo aglomerado, formavam a taba
Adoravam Tupã, entre outras divindades
Contemplavam a lua, Jaci
E possuíam várias formas do falar
Os índios guerreavam entre si
Lutavam e se combatiam
Haviam índios canibais
E índios aculturados,
Que se aliavam aos portugueses, em suas batalhas
Santo André foi fundado por índio, Cacique Tibiriçá, sua filha Bartira,
E um português, chamado João Ramalho
A formarem a Vila de Santo André da Borda do Campo
A qual fora abandonada, dez anos depois de fundada
E pouco tempo depois, de ter sido alçada a condição de Vila
Reconhecida oficialmente como tal
Índios que sofreram o opróbrio da escravidão
Que foram aculturados, nos moldes europeus
E catequizados por jesuítas
Os quais utilizaram sua força de trabalho,
Para a construção da terra Brasil
Índios que guerreavam ao lado dos portugueses,
Contra os portugueses
Que fizeram sua história
Aprenderam a ler e a escrever,
Que adotaram os costumes dos brancos
Que sofreram com suas doenças
Que eram milhões e hoje são poucos
Muitos lutam para preservar sua história
A grande maioria alijada
Muitos sofrendo com o tráfico de drogas,
Com a falta de uma divisão clara de terras
Sem rumo, vagando de um lado para o outro
Outros articulados, e engajados e novas lutas sangrentas
Em tempos de antanho,
A caçarem e a pescarem
A viverem seus rituais,
A ouvirem os ensinos de seu cacique
A beberem o cauim
Bebida preparada com a fermentação do milho mastigado
A brincarem, a nadarem nas águas exuberantes do Brasil
A mais tarde, plantarem grãos
Vivendo em ocas de palha
Sem roupas para cobrir as vergonhas
Livres em sua oca, sem móveis
A caminharem pelas matas
A contemplarem a natureza e apreciarem o canto dos pássaros
A cultivarem as lendas, como a da vitória-régia
Jovem e bela índia, que encantada pela beleza da lua,
Ao vê-la refletida nas águas, atirou-se no lago, em busca de sua companhia
Vindo a se transformar em linda flor
A qual passou a ter este nome, em homenagem a uma rainha
E assim, pela tradição oral, para sendo criadas,
Histórias diversas para se explicar a origem do mundo,
E os propósitos da natureza
(Na Idade Medieval
Em contraste com os tempos coloniais)
As Cruzadas a cruzarem o oriente
A conquistarem outras terras, outras plagas, outras gentes
Para a cobiça dos bravos portugueses
E os navios a singrarem os mares
E o tempo dando saltos
Cada vez maiores
E os cruzados e os cruzeiros,
A moeda se tornarem
E cruzeiros, empreendimento comercial se tornar
Navios imensos e luxuosos a cortarem com constância,
As águas do nem sempre cristalino mar
Houve tempo, em que piratas
Percorreram mares brasileiros
A fazerem das suas, por estas plagas
Pelo litoral
A explorarem o Pau Brasil,
Assim como o fizeram, os portugueses
E a terror provocarem nos moradores destas paragens
Brasil, terra que aos poucos,
Passou a ser colonizada
Povoada pelos brancos portugueses
Tornando-se terra habitada
E refugio de muitos forasteiros
Sem poder industrializar-se
Adquirindo produtos manufaturados de outras plagas
E a industrialização aqui a tardar
E quando ocorreu,
De forma modesta,
Com cafeicultores a investir em outras atividades
Adquirindo casarões na Avenida Paulista
Tecelagens, fábricas, entre outras atividades
E os operários a trabalharem por longas horas em máquinas
Greves a ocorrerem,
E este estado de coisas a denominado ser:
Caso de Polícia, nos dizeres do presidente Washington Luís
Leis a serem redigidas,
Regulamentando jornadas, férias
Uma lei denominada Eloy Chaves,
A se preocupar com um sistema de previdência
E o apito da fábrica de tecidos
A todos conclamar para o trabalho
A fiar em teares, confeccionando tecidos
Tempos antigos
A andarem de bonde,
E em cortiços viverem
Sindicatos,
Lutas por melhores condições laborativas
Industrialização tardia em terras tupiniquins
Viveres históricos
Lidos e aprendidos nos livros de história
Vividos e contados ao sabor das passadas,
Pinceladas e escritas por alguém inspirado ou não
A contar as glórias e inglórias desta terra apaixonante
Palco de independência memorável retratada,
Em quadro magistral de Pedro Américo
Onde um Dom Pedro galante, ergue sua espada
A bradar em alto e claro som
Independência ou morte!
Pena ser a realidade tão diversa
Com direito a mal estar
E declaração de independência as margens de um riacho
Outrora de água límpidas e cristalinas
Hodiernamente tristemente esquecido, espremido e poluído
Ao lado dali, um casebre
Casinha modesta intitulada “Casa do Grito”
Famosa construção, tal como a conhecida “Casa de Pedra”
Localizada próxima a antiga Estrada de Santos
Onde supostamente
Dom Pedro I e sua amada Domitila de Castro do Canto e Melo,
Encontravam-se furtivamente
Muito embora,
A edificação tenha sido erigida,
Tempos após o falecimento de ambos
Quem sabe o fora,
Palco de encontro de almas amantes?
Estrada Velha, antiga Calçada do Lorena
A homenagear com estátuas,
O centenário da independência do Brasil
Resquícios de um passado que insiste em se fazer presente
Ainda que nas menores coisas
Brasil, terra boa e gostosa
Viveres históricos
Viva a história, viva o Brasil
Quem sabe um dia, saberemos ufanar
Ufa!
E pensar que ainda,
Tem tanta coisa para se desvendar!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
*alheado
adjetivo
1. que se transferiu; cedido.
2. absorto nos próprios pensamentos; distraído, desatento.
*algures
advérbio
em alguma parte, em algum lugar.
*alhures
advérbio
em outro lugar, em outra parte.
Conforme consulta ao Google.
Andanças
Andanças
“São, São Paulo,
Meu amor ...
São oito milhões de habitantes...
Porém com todo o defeito
Te carrego no meu peito...”
“Na Paulista os faróis já vão abrir
E um milhão de estrelas prontas
Pra invadir, os Jardins...
Manhãs frias de abril
Se a avenida exilou seus casarões
Quem reconstruiria nossas ilusões...
Você sabe quantas noites ...
Eu te procurei
Nestas ruas onde andei...
Quantas fronteiras ele já cruzou
De um mundo inteiro de uma só cidade...”
Os últimos passos que dei
Os últimos caminhos por onde andei
Neste ano tão movimentado
Em São Paulo conheci ruas
Percorri caminhos...
Na Rua Pires da Mota
Avistei construções antigas
Belas edificações
No Largo Nossa Senhora da Conceição
Um belo parque,
Espaçoso e com uma bela vista
Ao lado um prédio imponente,
Na cor salmão
Onde, de suas amplas varandas,
Se pode vislumbrar a beleza do cenário
Também neste lugar
Se pode ver casas abandonadas
Um desalento
Mas também se pode ver
Muitas coisas belas,
Como uma igreja
Toda em tijolo a vista
Na Praça Santo Agostinho
Temos um lindo colégio,
Ladeado por outra magnífica construção
Ao lado, canteiros com plantas
Uma constante na cidade
Que nunca pára
Na Rua Vergueiro
Mais maravilhas
Pois tem alguns monumentos
Uma igreja, a qual se pode alcançar,
Subindo as escadarias
E um museu que mostra
Todo em vidro e tons vermelhos,
Um pedaço da história desta cidade,
São Paulo de Piratininga
Nesta região temos ainda um hospital
E uma intrigante escultura
Em concreto
No Ipiranga às margens do riacho
Onde a idealização de nossa independência
Transcorreu,
O grito de liberdade ecoou
No Riacho do Ipiranga
No lugar onde hoje
Está situada Praça do Monumento
Dom Pedro I proclamou
A Independência desta,
Nossa terra tão querida
Tão bem descrita em lindas canções
Nesta praça
Um imponente monumento
Com escadarias, esculturas
E uma ampla vista da paragem
Nos dá dimensão do cenário
Que o nosso Imperador primeiro
Avistou
Lindo, tão lindo lugar
Nesta praça, que mais parece um parque
Dada suas dimensões colossais,
Está uma pequena casa
Simples e de pé direito baixo
Em cima de um morro
Do qual se descortina o cenário
Da Independência
Logo adiante, está o Museu do Ipiranga
Uma construção erigida em homenagem
A Independência do Brasil
Neste lugar histórico
Temos ainda o Parque da Independência
Com árvores, plantas, muitas plantas...
Ladeando esse imponente cenário,
Está o Museu Natural
A Faculdade São Marcos, é um belo
E imponente prédio
Possuí duas unidades na região
Todas belíssimas,
Instaladas em prédios antigos
Nesta região, a da Avenida Nazaré
Existem inúmeras construções antigas
Belos prédios preservados
Como o prédio do Instituto Sagrada Família
Com seus jardins em estilo francês
Assemelhados aos jardins do Museu do Ipiranga
Onde viveu e morreu Madre Paulina
Segundo anúncios
Do outro lado, temos um Sesi
E mais alguns recantos aprazíveis
Desta encantadora cidade
Que de tão grande
Às vezes intimida
Com isso...
No centro da cidade
Em São Paulo
Há muitos prédios históricos
Muita beleza e muita história
Pena que nem tudo esteja
Bem conservado!
Passeando pela cidade, avistando
Os mais diversos cenários
Pela janela do ônibus, vi o Clube do Ipiranga
As principais ruas de São Caetano,
O shopping da cidade
Assim como vários logradouros de Santo André,
Igrejas, comércios etc.
Na Avenida Paulista
Onde fui no começo do ano
Um pedaço da Europa
Suas calçadas amplas
Rivalizam com as ruas repletas de automóveis
Nos faróis, os carros surgem com suas lanternas,
Numa explosão de cores
Lá está uma bela casa
Parece-me do século XIX
A qual ainda resiste
Apesar da sanha devorada da avenida
Que insiste em tudo transformar
Em metal e concreto,
Com seus prédios reluzentes e altíssimos
É ali que está o Masp e o Parque Trianon
No centro da cidade
Temos o Viaduto do Chá,
O Vale do Anhangabaú,
O Prédio da antiga companhia de luz
Que virou shopping,
O Copan, o Terraço Itália,
O Edifício do Banespa,
O Edifício Martinelli
A Praça da República
Com sua ampla área verde
A qual já foi cenário de um crime
Não fosse seu estado de abandono
Seria um convite a um belo passeio
Já no Pátio do Colégio...
Foi neste cenário onde se desenrolou
O surgimento da cidade
No Mosteiro São Bento
Construído com os tijolos
Feitos em São Caetano,
Na Fazenda dos monges beneditinos
Um pedaço da história
O ABC, antes de ter esse nome
Exportou gente e trabalho para
À São Paulo de antanho
Santo André, São Bernardo e São Caetano
São cidades ligadas entre si
Numa rica simbiose
E ainda em São Paulo
Temos igrejas, conventos
Belos prédios antigos
Parques como o da Água Branca,
O da Luz, próximo
A Estação Inglesa de mesmo nome
Sim, em Sampa temos bairros ingleses
Construídos pelos construtores das estradas de ferro
Que cortam parte do estado
Ainda na região da Luz,
Temos a Rua São Caetano,
Famosa pelo comércio de vestido de noivas
Um Museu Sacro, e um posto da Polícia Militar
Bem como outras igrejas
Já o Parque Ibirapuera,
Inaugurado há cinqüenta anos
É um exemplo da conciliação
Entre a modernidade e a beleza
Seu chafariz em meio a um lago
É um dos cartões postais da cidade
Próximo dali, está o Obelisco
Imponente torre-monumento
E o Monumento aos Bandeirantes
Também conhecido como O Empurra
Onde a nossa herança racial
Arrasta um barco
Como que irmanados
Num mesmo propósito
Na Rua José Paulino,
Uma tradicional área de comércio
Tão famosa como a Rua Vinte e Cinco de Março
Conhecida por seu comércio popular
Em São Paulo é que começa a estrada de ferro
Que corta parte do interior do estado
A Estrada de Ferro – Sorocabana
Próximo dali está o antigo
Prédio do Dops
Cenário da vergonha
De um tempo nebuloso
E que hoje abriga um Museu
Em outro ponto da cidade
Próximo a Rua Major Quedinho
Temos a Biblioteca Mário de Andrade
Outra belíssima construção da cidade
Temos ainda, a Ladeira da Memória,
Com pinturas feitas em azulejos portugueses
Na última vez que passei por ali
Sua fachada estava pichada
Uma pena!
Na Via Funchal,
A via da erva doce...
Os largos que permeiam a cidade
A Rua Libero Badaró com seus prédios antigos
A Rua Maria Paula, a Rua Direita
Os primeiros tempos da cidade
Saudade ...
Sebos, a cidade tem muitos sebos, bibliotecas,
Museus e livrarias
São Paulo é pujante e plural
Rica, divide espaço com outras importantes,
Cidades da região metropolitana
São Paulo, templo dos bandeirantes
Homens duros e cruéis
Que desbravaram o nosso Brasil
Ajudando e muito, a torná-lo o que
Hoje ele é!
Viva São Paulo!
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
“São, São Paulo,
Meu amor ...
São oito milhões de habitantes...
Porém com todo o defeito
Te carrego no meu peito...”
“Na Paulista os faróis já vão abrir
E um milhão de estrelas prontas
Pra invadir, os Jardins...
Manhãs frias de abril
Se a avenida exilou seus casarões
Quem reconstruiria nossas ilusões...
Você sabe quantas noites ...
Eu te procurei
Nestas ruas onde andei...
Quantas fronteiras ele já cruzou
De um mundo inteiro de uma só cidade...”
Os últimos passos que dei
Os últimos caminhos por onde andei
Neste ano tão movimentado
Em São Paulo conheci ruas
Percorri caminhos...
Na Rua Pires da Mota
Avistei construções antigas
Belas edificações
No Largo Nossa Senhora da Conceição
Um belo parque,
Espaçoso e com uma bela vista
Ao lado um prédio imponente,
Na cor salmão
Onde, de suas amplas varandas,
Se pode vislumbrar a beleza do cenário
Também neste lugar
Se pode ver casas abandonadas
Um desalento
Mas também se pode ver
Muitas coisas belas,
Como uma igreja
Toda em tijolo a vista
Na Praça Santo Agostinho
Temos um lindo colégio,
Ladeado por outra magnífica construção
Ao lado, canteiros com plantas
Uma constante na cidade
Que nunca pára
Na Rua Vergueiro
Mais maravilhas
Pois tem alguns monumentos
Uma igreja, a qual se pode alcançar,
Subindo as escadarias
E um museu que mostra
Todo em vidro e tons vermelhos,
Um pedaço da história desta cidade,
São Paulo de Piratininga
Nesta região temos ainda um hospital
E uma intrigante escultura
Em concreto
No Ipiranga às margens do riacho
Onde a idealização de nossa independência
Transcorreu,
O grito de liberdade ecoou
No Riacho do Ipiranga
No lugar onde hoje
Está situada Praça do Monumento
Dom Pedro I proclamou
A Independência desta,
Nossa terra tão querida
Tão bem descrita em lindas canções
Nesta praça
Um imponente monumento
Com escadarias, esculturas
E uma ampla vista da paragem
Nos dá dimensão do cenário
Que o nosso Imperador primeiro
Avistou
Lindo, tão lindo lugar
Nesta praça, que mais parece um parque
Dada suas dimensões colossais,
Está uma pequena casa
Simples e de pé direito baixo
Em cima de um morro
Do qual se descortina o cenário
Da Independência
Logo adiante, está o Museu do Ipiranga
Uma construção erigida em homenagem
A Independência do Brasil
Neste lugar histórico
Temos ainda o Parque da Independência
Com árvores, plantas, muitas plantas...
Ladeando esse imponente cenário,
Está o Museu Natural
A Faculdade São Marcos, é um belo
E imponente prédio
Possuí duas unidades na região
Todas belíssimas,
Instaladas em prédios antigos
Nesta região, a da Avenida Nazaré
Existem inúmeras construções antigas
Belos prédios preservados
Como o prédio do Instituto Sagrada Família
Com seus jardins em estilo francês
Assemelhados aos jardins do Museu do Ipiranga
Onde viveu e morreu Madre Paulina
Segundo anúncios
Do outro lado, temos um Sesi
E mais alguns recantos aprazíveis
Desta encantadora cidade
Que de tão grande
Às vezes intimida
Com isso...
No centro da cidade
Em São Paulo
Há muitos prédios históricos
Muita beleza e muita história
Pena que nem tudo esteja
Bem conservado!
Passeando pela cidade, avistando
Os mais diversos cenários
Pela janela do ônibus, vi o Clube do Ipiranga
As principais ruas de São Caetano,
O shopping da cidade
Assim como vários logradouros de Santo André,
Igrejas, comércios etc.
Na Avenida Paulista
Onde fui no começo do ano
Um pedaço da Europa
Suas calçadas amplas
Rivalizam com as ruas repletas de automóveis
Nos faróis, os carros surgem com suas lanternas,
Numa explosão de cores
Lá está uma bela casa
Parece-me do século XIX
A qual ainda resiste
Apesar da sanha devorada da avenida
Que insiste em tudo transformar
Em metal e concreto,
Com seus prédios reluzentes e altíssimos
É ali que está o Masp e o Parque Trianon
No centro da cidade
Temos o Viaduto do Chá,
O Vale do Anhangabaú,
O Prédio da antiga companhia de luz
Que virou shopping,
O Copan, o Terraço Itália,
O Edifício do Banespa,
O Edifício Martinelli
A Praça da República
Com sua ampla área verde
A qual já foi cenário de um crime
Não fosse seu estado de abandono
Seria um convite a um belo passeio
Já no Pátio do Colégio...
Foi neste cenário onde se desenrolou
O surgimento da cidade
No Mosteiro São Bento
Construído com os tijolos
Feitos em São Caetano,
Na Fazenda dos monges beneditinos
Um pedaço da história
O ABC, antes de ter esse nome
Exportou gente e trabalho para
À São Paulo de antanho
Santo André, São Bernardo e São Caetano
São cidades ligadas entre si
Numa rica simbiose
E ainda em São Paulo
Temos igrejas, conventos
Belos prédios antigos
Parques como o da Água Branca,
O da Luz, próximo
A Estação Inglesa de mesmo nome
Sim, em Sampa temos bairros ingleses
Construídos pelos construtores das estradas de ferro
Que cortam parte do estado
Ainda na região da Luz,
Temos a Rua São Caetano,
Famosa pelo comércio de vestido de noivas
Um Museu Sacro, e um posto da Polícia Militar
Bem como outras igrejas
Já o Parque Ibirapuera,
Inaugurado há cinqüenta anos
É um exemplo da conciliação
Entre a modernidade e a beleza
Seu chafariz em meio a um lago
É um dos cartões postais da cidade
Próximo dali, está o Obelisco
Imponente torre-monumento
E o Monumento aos Bandeirantes
Também conhecido como O Empurra
Onde a nossa herança racial
Arrasta um barco
Como que irmanados
Num mesmo propósito
Na Rua José Paulino,
Uma tradicional área de comércio
Tão famosa como a Rua Vinte e Cinco de Março
Conhecida por seu comércio popular
Em São Paulo é que começa a estrada de ferro
Que corta parte do interior do estado
A Estrada de Ferro – Sorocabana
Próximo dali está o antigo
Prédio do Dops
Cenário da vergonha
De um tempo nebuloso
E que hoje abriga um Museu
Em outro ponto da cidade
Próximo a Rua Major Quedinho
Temos a Biblioteca Mário de Andrade
Outra belíssima construção da cidade
Temos ainda, a Ladeira da Memória,
Com pinturas feitas em azulejos portugueses
Na última vez que passei por ali
Sua fachada estava pichada
Uma pena!
Na Via Funchal,
A via da erva doce...
Os largos que permeiam a cidade
A Rua Libero Badaró com seus prédios antigos
A Rua Maria Paula, a Rua Direita
Os primeiros tempos da cidade
Saudade ...
Sebos, a cidade tem muitos sebos, bibliotecas,
Museus e livrarias
São Paulo é pujante e plural
Rica, divide espaço com outras importantes,
Cidades da região metropolitana
São Paulo, templo dos bandeirantes
Homens duros e cruéis
Que desbravaram o nosso Brasil
Ajudando e muito, a torná-lo o que
Hoje ele é!
Viva São Paulo!
Luciana Celestino dos Santos
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