Pensando no que fazer, o rapaz ficou por horas trancado no quarto. Quando finalmente pensou em uma solução, decidiu lavar o corpo de Madalena.
Sequioso de criar um ambiente que justificasse a morte da mulher, o rapaz, utilizando-se de luvas, limpou o cadáver. Depois, vasculhando os pertences de Madalena, percebeu que poderia simular que ela se suicidara.
Lourival então, utilizando-se de um lençol, torcendo-o conseguiu transformá-lo em uma espécie de corda improvisada. Em seguida com o auxílio de uma cadeira, fixou o lençol no teto. Por fim, colocou o pescoço de Madalena na corda improvisada.
Tranqüilo, pensou que assim, todos acreditariam na hipótese de suicídio.
Enquanto isso, aproveitando que ninguém ouvira a discussão, Lourival, resolveu sair escondido da residência. Ao perceber que nem os empregados estavam na casa, o rapaz, fugindo pelo jardim, conseguiu se evadir da residência, sem que ninguém percebesse.
Quando retornou a casa, uma viatura policial estava estacionada na frente do portão principal.
Lourival, ao ver a viatura, fingindo preocupação, perguntou logo que entrou na residência, a uma das empregadas, o que estava acontecendo.
Cremilda, impressionada com o que ocorrera, comentou que a patroa fora encontrada morta. Afirmando ser difícil acreditar que ela se suicidara, comentou que os policiais, proibiram todos os empregados de entrarem no quarto.
Lourival ao ouvir isso, fingindo espanto, perguntou:
-- A senhora está brincando comigo. Não está? Que brincadeira de mal gosto é essa?
Cremilda, insistindo em dizer que Madalena estava morta, tratou logo de adverti-lo que os policiais lhe encheriam de perguntas.
O rapaz, que parecia atordoado, comentou que não estava entendendo nada.
Cremilda então, tomada de curiosidade, perguntou ao rapaz, se eles não haviam discutido.
Lourival, dizendo que não, deixou a empregada surpresa.
A mulher comentando que a morte da patroa era muito estranha, afirmou que Madalena era uma mulher muito decidida para resolver as coisas desta maneira.
O rapaz, ainda demonstrando confusão mental, respondeu que Madalena andava muito estranha ultimamente.
Cremilda, surpresa com o comentário, perguntou:
-- Estranha como?
Lourival, aparentando estar chocado com a notícia da morte de Madalena, respondeu que ela não era a mesma de antes. Alegando que nos últimos tempos ela vinha adotando atitudes incoerentes, afirmou que Madalena estava disperdiçando muito dinheiro e destratando alguns amigos.
Cremilda ao ouvir as palavras de Lourival, comentou surpresa, que nunca percebera nada.
Nisso um dos policiais, descendo a escada, dirigindo-se ao rapaz, perguntou-lhe seu nome.
Lourival então respondeu.
O policial, percebendo que se tratava do marido da vítima, avisou-o de que estava intimado a comparecer à delegacia na manhã seguinte.
Lourival ao receber a intimação, respondeu:
-- Está certo! Amanhã estarei lá.
Nisso o policial se despediu.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Poesias
quinta-feira, 3 de junho de 2021
OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO - CAPÍTULO 29
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