Em 1922, o Presidente Epitácio Pessoa nomeou um civil para o Ministério da
Guerra, causando agitação nos quartéis do Rio de Janeiro.
A jovem oficialidade contestou
a vitória de Artur Bernardes, candidato oficial à Presidência.
O governo fechou o Clube
Militar e prendeu seu presidente, o Marechal Hermes da Fonseca.
Parte da guarnição do
Forte de Copacabana rebelou-se, e o governo mandou bombardear o local, decretando
Estado de Sítio.
Após frustradas negociações, 17 militares e um civil, que se tornaram
conhecidos como Os Dezoito do Forte, deixaram o quartel e enfrentaram as forças legalistas.
Os revoltosos, com exceção de Eduardo Gomes e Siqueira Campos, foram mortos.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
sábado, 14 de março de 2020
A Guarda Nacional
Em 1831, com a criação da Guarda Nacional, os coronéis nordestinos começaram a
aparecer.
Em plena crise da regência, a Guarda Nacional nasceu para garantir a ordem interna nas províncias e áreas longe do poder central.
Seus comandantes, que atingiram até a patente de coronel, eram os grandes proprietários rurais, que recrutavam os milicianos entre empregados, agregados e população pobre em geral.
Eles combateram quilombos, perseguiram negros fugitivos e expulsam posseiros e índios das grandes fazendas.
Com a República, a Guarda Nacional foi extinta, mas os Coronéis mantiveram o poder em suas terras e em áreas de grande influência.
Eles garantiam a eleição de candidatos ao governo federal e estadual, fizeram propaganda, controlaram o voto não secreto e a apuração.
Trocaram favores por votos, prática que se apoiava nas velhas relações paternalistas nascidas na sociedade colonial.
Isso fez dos Coronéis, peças fundamentais para o sucesso da Política dos Governadores, esquema montado pelo Presidente Campos Salles.
Todo esse poder só começou a se extinguir com a urbanização e a industrialização do país, que teve início a partir de 1930.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Em plena crise da regência, a Guarda Nacional nasceu para garantir a ordem interna nas províncias e áreas longe do poder central.
Seus comandantes, que atingiram até a patente de coronel, eram os grandes proprietários rurais, que recrutavam os milicianos entre empregados, agregados e população pobre em geral.
Eles combateram quilombos, perseguiram negros fugitivos e expulsam posseiros e índios das grandes fazendas.
Com a República, a Guarda Nacional foi extinta, mas os Coronéis mantiveram o poder em suas terras e em áreas de grande influência.
Eles garantiam a eleição de candidatos ao governo federal e estadual, fizeram propaganda, controlaram o voto não secreto e a apuração.
Trocaram favores por votos, prática que se apoiava nas velhas relações paternalistas nascidas na sociedade colonial.
Isso fez dos Coronéis, peças fundamentais para o sucesso da Política dos Governadores, esquema montado pelo Presidente Campos Salles.
Todo esse poder só começou a se extinguir com a urbanização e a industrialização do país, que teve início a partir de 1930.
Luciana Celestino dos Santos
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O Tenentismo
Durante os anos de 1922 à 1927, a insatisfação de setores militares com os governos
e a República Velha, fez surgir movimentos de insurreição que explodiram no Rio de Janeiro,
em 1922; em São Paulo, em 1924; e continuaram até 1927 com a luta da Coluna Prestes, no
interior do Brasil.
As Revoltas Tenentistas manifestavam os interesses da baixa e média oficialidade, e os tenentes se tornaram importante núcleo de oposição a oligarquias e ao sistema republicano vigente.
Pregavam a moralização da política e a volta das liberdades, defendiam o capital nacional e a restauração das forças militares.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
As Revoltas Tenentistas manifestavam os interesses da baixa e média oficialidade, e os tenentes se tornaram importante núcleo de oposição a oligarquias e ao sistema republicano vigente.
Pregavam a moralização da política e a volta das liberdades, defendiam o capital nacional e a restauração das forças militares.
Luciana Celestino dos Santos
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A Revolta do Contestado
Entre os anos de 1912 à 1916, ocorreu violento conflito social no Contestado, região
oeste de Santa Catarina, na divisa com o Paraná, em área de terra disputada pelos dois
estados.
Em 1912, um grande contingente de famílias pobres procurava terra e trabalho na região.
Eram desempregados da estrada de ferro recém-construída (ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul), ou então, gente expulsa das terras à beira da ferrovia, concedidas pelo governo a companhias colonizadoras e madeireiras.
Nesse mesmo ano apareceu por lá, o monge José Maria, pregador e curandeiro, que atraiu camponeses para Taquaruçu.
Expulsos de lá, eles se instalaram na Vila do Irani, no centro da região do Contestado.
Em novos combates, o monge morreu e surgiu a crença de seu retorno.
Em 1915, os líderes dessa irmandade político-religiosa lançaram um manifesto monarquista e anunciaram a guerra santa contra os coronéis, as companhias de terras e o governo.
Em 1916, a luta, que envolveu 20 mil rebelados, e terminou com a intervenção do exército, deixando 3 mil mortos.
As autoridades do Paraná e de Santa Catarina assinaram acordo de limites, e a disputa territorial se encerrou.
Luciana Celestino dos Santos
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Em 1912, um grande contingente de famílias pobres procurava terra e trabalho na região.
Eram desempregados da estrada de ferro recém-construída (ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul), ou então, gente expulsa das terras à beira da ferrovia, concedidas pelo governo a companhias colonizadoras e madeireiras.
Nesse mesmo ano apareceu por lá, o monge José Maria, pregador e curandeiro, que atraiu camponeses para Taquaruçu.
Expulsos de lá, eles se instalaram na Vila do Irani, no centro da região do Contestado.
Em novos combates, o monge morreu e surgiu a crença de seu retorno.
Em 1915, os líderes dessa irmandade político-religiosa lançaram um manifesto monarquista e anunciaram a guerra santa contra os coronéis, as companhias de terras e o governo.
Em 1916, a luta, que envolveu 20 mil rebelados, e terminou com a intervenção do exército, deixando 3 mil mortos.
As autoridades do Paraná e de Santa Catarina assinaram acordo de limites, e a disputa territorial se encerrou.
Luciana Celestino dos Santos
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A Revolta do Juazeiro
Nos idos de 1911, estourou um confronto armado entre as oligarquias cearenses e o
governo federal, conhecido como Revolta do Juazeiro.
O conflito teve início quando o padre Cícero Romão Batista, eleito prefeito de Juazeiro do Norte com o apoio dos grandes fazendeiros locais, promoveu o chamado Pacto dos Coronéis, para assegurar a permanência da família Acioli no governo cearense.
Dezessete dos principais chefes políticos da região do Cariri forçaram a Assembléia Legislativa a rejeitar o nome de Franco Rabelo, escolhido pelo presidente Hermes da Fonseca para governar o estado.
Para garantir a decisão, os fazendeiros armaram centenas de sertanejos, que rumaram para a capital, onde foram contidos por forças federais.
Franco Rabelo, renunciou e o Presidente da República nomeou o General Saturnino de Carvalho Interventor do estado.
Com isso, o padre Cícero, ou Padim Ciço, aumentou sua influência sobre a população sertaneja, que o considerava um santo milagroso.
Após sua morte, em 1934, essa fama se espalhou pelo Norte e Nordeste do país.
Luciana Celestino dos Santos
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O conflito teve início quando o padre Cícero Romão Batista, eleito prefeito de Juazeiro do Norte com o apoio dos grandes fazendeiros locais, promoveu o chamado Pacto dos Coronéis, para assegurar a permanência da família Acioli no governo cearense.
Dezessete dos principais chefes políticos da região do Cariri forçaram a Assembléia Legislativa a rejeitar o nome de Franco Rabelo, escolhido pelo presidente Hermes da Fonseca para governar o estado.
Para garantir a decisão, os fazendeiros armaram centenas de sertanejos, que rumaram para a capital, onde foram contidos por forças federais.
Franco Rabelo, renunciou e o Presidente da República nomeou o General Saturnino de Carvalho Interventor do estado.
Com isso, o padre Cícero, ou Padim Ciço, aumentou sua influência sobre a população sertaneja, que o considerava um santo milagroso.
Após sua morte, em 1934, essa fama se espalhou pelo Norte e Nordeste do país.
Luciana Celestino dos Santos
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segunda-feira, 9 de março de 2020
Revolta da Chibata
Em 1910, ocorreu a Revolta da Chibata, ou Revolta dos Marinheiros, em unidades
da Marinha no Rio de Janeiro.
Os rebelados queriam a aprovação do projeto de anistia em discussão no Congresso, para o cumprimento da lei de aumento de seus vencimentos, a redução da jornada de trabalho e o fim de castigos corporais na marinha.
Grupos de marinheiros liderados pelo gaúcho João Candido assumiram o controle de algumas embarcações da Marinha de Guerra, ancoradas na Baía de Guanabara, na madrugada de 22 para 23 de novembro.
O governo do presidente Hermes da Fonseca (1910 à 1914) prometeu, inicialmente, atender às reivindicações, mas acabou recusando conceder a anistia aos rebelados, reprimindo-os.
Como conseqüência, os revoltosos foram presos, e João Candido foi para as masmorras da Marinha.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Os rebelados queriam a aprovação do projeto de anistia em discussão no Congresso, para o cumprimento da lei de aumento de seus vencimentos, a redução da jornada de trabalho e o fim de castigos corporais na marinha.
Grupos de marinheiros liderados pelo gaúcho João Candido assumiram o controle de algumas embarcações da Marinha de Guerra, ancoradas na Baía de Guanabara, na madrugada de 22 para 23 de novembro.
O governo do presidente Hermes da Fonseca (1910 à 1914) prometeu, inicialmente, atender às reivindicações, mas acabou recusando conceder a anistia aos rebelados, reprimindo-os.
Como conseqüência, os revoltosos foram presos, e João Candido foi para as masmorras da Marinha.
Luciana Celestino dos Santos
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A Revolta da Vacina
No ano de 1904, o movimento popular conhecido como Revolta da Vacina, teve início
no Rio de Janeiro, após a aprovação da lei, que tornou obrigatória a vacinação contra a
varíola.
Cinco dias após, a oposição criou, a Liga Nacional contra a Vacina Obrigatória.
Surgiram conflitos entre populares, principalmente do Morro da Saúde, e a força policial.
Na raiz da revolta, estava a reurbanização do centro da cidade, feita pelo Presidente Pereira Passos, com o apoio do Presidente Rodrigues Alves.
A falta de saneamento básico do Rio de Janeiro, na época a maior cidade brasileira, deixava os 720 mil habitantes vulneráveis a epidemias de febre amarela, varíola e outras moléstias.
Por esta razão, uma reforma sanitária foi conduzida pelo cientista Osvaldo Cruz, Chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública.
Com isso, parte da população foi removida dos cortiços e morros centrais para bairros distantes e reagiram às medidas.
Os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se rebelaram contra o governo federal, que ordenou o bombardeio dos Morros da Saúde.
Em 16 de novembro, o Presidente revogou a lei e, no dia seguinte, a polícia, com a ajuda do Exército e da Marinha, ocupou o local, acabando com a revolta.
Luciana Celestino dos Santos
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Cinco dias após, a oposição criou, a Liga Nacional contra a Vacina Obrigatória.
Surgiram conflitos entre populares, principalmente do Morro da Saúde, e a força policial.
Na raiz da revolta, estava a reurbanização do centro da cidade, feita pelo Presidente Pereira Passos, com o apoio do Presidente Rodrigues Alves.
A falta de saneamento básico do Rio de Janeiro, na época a maior cidade brasileira, deixava os 720 mil habitantes vulneráveis a epidemias de febre amarela, varíola e outras moléstias.
Por esta razão, uma reforma sanitária foi conduzida pelo cientista Osvaldo Cruz, Chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública.
Com isso, parte da população foi removida dos cortiços e morros centrais para bairros distantes e reagiram às medidas.
Os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se rebelaram contra o governo federal, que ordenou o bombardeio dos Morros da Saúde.
Em 16 de novembro, o Presidente revogou a lei e, no dia seguinte, a polícia, com a ajuda do Exército e da Marinha, ocupou o local, acabando com a revolta.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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