Poesias

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Penha

A Religiosidade dos Bandeirantes 
Nos anos 1600, o padre licenciado, Mateus Nunes de Siqueira e seu irmão, o padre Jacinto Nunes de Siqueira, possuíam uma próspera fazenda, onde havia um grande curral e uma igreja. 
Beneficiados pela generosidade dos católicos, que doavam bens inventariados à igreja, e pela própria benevolência dos citados religiosos, a igreja e a fazenda, eram consideradas as mais belas e ricas de São Paulo.
No local, que se transformou em um populoso Bairro Paulistano, foi dado o nome de Nossa Senhora da Penha. 
Há uma lenda de um francês, devoto de Virgem Maria, que, ao dar pelo desaparecimento temporário, e posterior encontro da imagem da santa, radicou-se na região, acreditando ser aquele um lugar abençoado. 
O nome Penha, é uma adaptação do nome francês de Nossa Senhora do Monte, uma vez que a palavra Penha, significa rocha ou penhasco. 
A influência dos franceses residentes em São Paulo, é outra explicação para o lugar ser conhecido popularmente como Penha de França.
Por esta região, muitos bandeirantes procuravam índios, com o objetivo de escravizá-los ou catequizá-los. 
Destaca-se a atuação do bandeirante seiscentista Domingos Leme, possuidor de sesmarias recebidas, em 1643, do capitão mor Francisco da Fonseca Falcão. 
As sesmarias, eram terras abandonadas, que eram distribuídas aos imigrantes, que se dispusessem a cultivá-las.
Outro bandeirante radicado na região, foi Amador Bueno da Veiga, possuidor de grande extensão de terras desde Guarulhos até a Penha, ao longo do Vale do Rio Tietê.
O Bairro tem grande extensão territorial, e é limitado pelo Ribeirão Aricanduva, estendendo-se até São Miguel Paulista e, do outro lado, até o município de Guarulhos.
Uma Lei Provincial de 1880, fez a Penha pertencer ao Município de Guarulhos. 
A decisão, porém, durou pouco tempo : a população exigiu a reintegração ao município de São Paulo, em maio de 1886.
As procissões com a imagem de Nossa Senhora da Penha, ocorriam com muita freqüência. 
As correntes humanas vinham de todos os pontos da cidade de São Paulo, o que contribuiu para a melhoria do leito das Avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia. 
Isso ajudou a estimular o progresso da região do Brás, e de todo o caminho até a Penha.
Finalmente, as grandes transformações econômicas e sociais do século XX, e o crescimento populacional, trouxeram o tradicional e religioso Bairro da Penha, à conurbação com o resto da cidade de São Paulo, "que não pode parar", como diz o dito popular. 
Atualmente, o Bairro da Penha é um dos mais populosos de São Paulo, com intenso comércio, Shopping Centers, Faculdades, e residências de padrão médio. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos

Pacaembu e seu traçado Inovador

No início do século XX, o Pacaembu era um vale coberto de vegetação e terras, constantemente sujeitas a inundações. 
Durante os primeiros séculos da colonização, a área pertencia aos jesuítas. 
Quando estes foram expulsos do país, em meados do século XVIII, o Pacaembu virou uma região isolada, ocupada por escravos, e bandos de desordeiros. 
Somente no século XIX, as terras foram desapropriadas e divididas em chácaras e sítios. pacaembu.htmpacaembu.htm
O projeto de urbanização da Cia. City, iniciado em 1913, provocou muita polêmica, por causa do traçado sinuoso que acompanha as curvas de níveis, característica do urbanismo inglês. 
Somente em 1925, a Prefeitura Municipal deu sua aprovação ao projeto, e autorizou a City a iniciar as obras. 
Estabeleceu ainda a exigência da loteadora executar a canalização do ribeirão existente. 
Depois da obra, surgiu a Avenida Pacaembu.
O grande sucesso de comercialização do loteamento, fez a empresa adquirir outros terrenos vizinhos, transformando-os no Bairro do Pacaembuzinho, localizado entre a Rua Cardoso de Almeida, e a Avenida Sumaré, próximo à Avenida Doutor Arnaldo. 
Já em 1935, a City efetuou a doação de uma área de 75.000 m2, para a construção de um Estádio de Futebol. 
Construído pela municipalidade em 1940, o Estádio do Pacaembu foi, anos depois, denominado Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho.
A Avenida Pacaembu, transformada por lei em Corredor Comercial, abriga atualmente empresas prestadoras de serviço (imobiliárias, escritórios de advocacia, consultórios médicos) e comércio especializado, como agências de automóveis, móveis e tapetes.
Pela presença de muitas árvores frutíferas, o Pacaembu atrai pássaros como sabiás, bem-te-vis, periquitos, sanhaços e colibris. 
Além disso, o Bairro é uma região de muitas nascentes. 
Em boa parte das casas, essas nascentes podem ser encontradas e visitadas, por conta da água mineral e potável que oferecem.

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Lapa e Alto da Lapa

As grandes transformações Urbanas 
Um dos bairros mais antigos de São Paulo, a Lapa cresceu mais significativamente durante o século XX, especialmente pela presença da ferrovia, e pelo fluxo de imigrantes europeus que trabalhavam nas indústrias da região.
Anteriormente, o Bairro era de difícil acesso. 
Com o surgimento de inúmeras olarias na região, a municipalidade viu-se obrigada a construir caminhos para atender ao fluxo de trabalhadores e da produção. 
Como decorrência do processo de concentração e crescimento demográfico, as pequenas propriedades rurais, foram cedendo lugar a vilas e residências voltadas para a grande massa de imigrantes, principalmente italianos, que escolhiam o Bairro para morar. lapa.htmlapa.htm
No início da década de 1920, o perfil predominantemente operário do bairro sofreu grande transformação, com a implantação dos loteamentos Alto da Lapa e Bela Aliança, voltados para as classes média e média-alta. 
A Cia. City, que adquirira uma gleba de mais de 2 milhões de m2, desenvolveu simultaneamente os dois novos Bairros, com a concepção urbanística do inglês Barry Parker: jardins internos, traçado sinuoso de ruas, e existência de praças e intensa arborização.
Em regime de comodato, a Cia. City atendeu a um pedido da Associação Cristã de Moços (ACM), entidade de origem britânica, cedendo uma área de terreno no Alto da Lapa, para a instalação de uma sede para o desenvolvimento de suas atividades.
A partir da década de 70, com a Lei de Zoneamento, a Prefeitura Municipal de São Paulo criou condições para o surgimento de empreendimentos residenciais verticais. 
As incorporadoras viram na região da Lapa, um pólo de grande interesse, e lançaram no mercado vários prédios de apartamentos destinados às classes média e média-alta, em Bairros como a Vila Hamburguesa e a Vila Leopoldina, que circundam os Bairros da Companhia City, ainda com as características originais.
 
Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

Jardim América- O Primeiro dos Bairros Jardins

A implantação do Jardim América representou, para a Cidade de São Paulo, a adoção do conceito de Cidade-Jardim, como modelo máximo de qualidade de vida. 
As Cidades-Jardim, "garden cities", surgiram na Inglaterra como resultado dos estudos desenvolvidos pelo filósofo e escritor Ebenezer Howard, no sentido de encontrar novos paradigmas urbanos e sócio-econômicos, para a Europa do início da era Vitoriana. jamerica.htmjamerica.htm
A Companhia City, fundada em 1912 com o nome de "City of São Paulo Improvements and Freehold Land Company Limited", contratou os urbanistas ingleses Barry Parker e Raymond Unwin, para o projeto do Bairro de Jardim América. 
Antes disso, a City havia adquirido duas áreas de aproximadamente 960.000 m2, localizadas na antiga Chácara Bela Veneza, e na Freguesia da Consolação. 
Eram áreas inóspitas e inundadas em boa parte do ano... 
Este foi o primeiro desafio que os urbanistas britânicos enfrentaram: transformar várzeas, em um bairro nobre.
O projeto original do Jardim América, previa uma grande praça central, com quatro ruas em diagonais, uma avenida principal de acesso aos lotes, e 11 jardins internos, que integrariam os terrenos, com suas futuras construções, através de jardins de uso comum. 
A idéia, entretanto, encontrou dificuldades de aceitação. 
Foram necessárias adaptações, fazendo com que alguns jardins passassem a ter um uso semi-publico, com acessos através de vielas.
Em 1913, iniciaram-se as obras. 
Sua execução durou mais de 20 anos, com a conclusão somente em 1929. 
Protegido pelas restrições de uso do solo, criadas pela Cia. City, foram estabelecidas regras que regulamentavam o gabarito, os afastamentos laterais, e recuos de fundo e de frente, o que na época consistia em procedimentos inovadores. 
Assim, houve longas negociações entre a empresa loteadora e a Prefeitura do Município, pleiteando melhorias como iluminação pública, e serviços de transporte coletivo. 
A Companhia City também doou os terrenos onde se instalou o Clube Paulistano, e a Sociedade Harmonia de Tênis, com o objetivo de estimular a prática de esportes. 
Além disso, foi cedido terreno para a construção da Igreja Nossa Senhora do Brasil.
Hoje, o Jardim América é um dos Bairros residenciais mais nobres, da Cidade de São Paulo. 
A presença de clubes tradicionais, caracteriza o perfil do Bairro. 
Na vizinhança do Bairro, os Shoppings Iguatemi e Paulista, além do comércio sofisticado situado nas imediações, proporcionam a seus moradores, grandes facilidades comerciais. 
O traçado diferenciado das ruas do Bairro e a grande arborização, levaram o Jardim América ao tombamento pelo Condephaat. 
Essa medida pretende evitar sua descaracterização, preservando-o como referência de qualidade de vida urbana no Brasil. 

Texto extraído da internet.
Luciana Celestino dos Santos 

domingo, 30 de agosto de 2020

Higienópolis - Um Bairro que Nasceu Nobre

No final do século XIX, dois imigrantes anglo-saxões, Martinho Buchard e Victor Nothman, formaram um grupo empresarial, e criaram um dos primeiros bairros residenciais nobres de São Paulo: Higienópolis. 
O Bairro viria a atrair os ricos fazendeiros de café do interior, que buscavam uma residência na capital. Além disso, a burguesia paulistana, composta por comerciantes e profissionais liberais, se interessou pelas mansões de Higienópolis. 
A prosperidade dos moradores. atraiu para o Bairro um comércio de luxo, com casas importadoras, livrarias, hotéis e ateliês de costura.
Situado no ponto mais alto da face norte do espigão da Paulista, o Bairro registrava um dos melhores climas da cidade. 
Além disso, o planejamento do Bairro incluía todas as melhorias higienistas da época. 
Daí sua denominação de Higienópolis , "cidade da higiene". higienopolis.htmhigienopolis.htm
Uma das mansões que ainda resistem em Higienópolis, é a "Vila Penteado". 
Ela recebe esse nome, porque foi construída, e serviu de residência para Antônio Álvares Penteado. Nascido em 1852, na cidade de Mogi Mirim, Álvares, era neto do fazendeiro Bernardo José Leite Penteado, de origem portuguesa
Ele se mudou para a capital, em torno de 1890. 
Foi então que adquiriu uma grande área de terreno no Bairro de Higienópolis, onde fez erguer uma residência no estilo art-nouveau, cercada de jardins, lago artificial, quadra de tênis, horta, cocheira, e dependências para empregados. 
Utilizada por várias décadas por seus familiares, o imóvel foi doado na década de 40, para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, a FAU-USP. 
Atualmente, a "Vila Penteado" é um edifício tombado, e abriga os cursos de pós graduação da FAU-USP.
Outra mansão de Higienópolis que guarda uma história peculiar, é a da família Prado. 
A "Vila Maria", na esquina da Avenida Higienópolis com a Rua Itambé, é um palacete em estilo neoclássico francês com bosques, lagos, e pomar especialmente projetados. 
Atualmente a propriedade é tombada pelo Patrimônio Histórico, e abriga o São Paulo Clube.
No início do século XX, uma tradição marcava o Bairro de Higienópolis: o corso. 
O evento consistia em um desfile de carros realizado no Carnaval, quando os "carnavalescos" fantasiados desfilavam, jogando confetes e serpentinas, para as pessoas que ficavam nas calçadas ou nas janelas. 
Inicialmente, o corso percorria toda a Avenida Higienópolis. 
Em torno de 1912, ele foi transferido para a Avenida Paulista, mais extensa, onde ficou até o início da década de 1950.
A Praça Buenos Aires, no centro do bairro de Higienópolis, é o principal espaço de lazer do Bairro. Como a maioria dos edifícios de apartamentos de Higienópolis foi construída entre as décadas de 1940 e 1960, uma época em que não eram obrigatórias as áreas livres, o Bairro se caracteriza por uma alta qualidade dos espaços públicos e, por conseqüência, um grande uso dos mesmos.
O Bairro ainda conta com instituições de ensino extremamente tradicionais na cidade, como o Colégio Sion, o Instituto Mackenzie e o Colégio Rio Branco. 
Mais recentemente, e contrariando a opinião de moradores conservadores do Bairro, foi inaugurado no ano de 2000 o Shopping Pátio Higienópolis, um dos mais modernos e movimentados da capital paulista. 

Texto extraído de artigos da internet. 
Luciana Celestino dos Santos

Freguesia do Ó - A força da fé e da Tradição

A Freguesia do Ó, é um dos Bairros mais antigos de São Paulo. 
Durante muito tempo, a região serviu de passagem para os viajantes, que se dirigiam às cidades de Jundiaí e Campinas.
O primeiro núcleo populacional da Freguesia do Ó, teve início em 1580, quando o Bandeirante Manoel Preto, estabeleceu-se na região. 
O explorador português, extremamente religioso, e sua esposa, D. Agueda Rodrigues, fundaram uma capela na região, em 1610. 
A pequena construção recebeu o nome de N. Sra. da Esperança, ou da Expectação. 
Mais tarde, a capela passou a se chamar Nossa Senhora do Ó. 
Essa capela, destruída por um grande incêndio em 1896, foi reconstruída com recursos da população. 
O novo templo foi inaugurado em 1901, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó. freguesiao.htmfreguesiao.htm
No inicio do século XX, despertou-se o interesse da industria imobiliária pelo Bairro. 
Uma série de melhorias começou a ser feita nas várzeas do Rio Tietê. 
A Freguesia tornou-se um grande canteiro de obras para a construção de diversos loteamentos, e empresas industriais. 
As antigas chácaras e sítios se valorizaram rapidamente. 
Com o desenvolvimento, muitos Bairros novos surgiram no entorno da Freguesia do Ó: Vila Palmeira, Vila Siqueira, Moinho Velho, Vila Simões, Vila Cavaton, Itaberaba, Vila Bancária Munhoz, Vila São Vicente, Vila Albertina, e outros.
Localizado na zona norte da capital paulistana, o Bairro da Freguesia do Ó, é atualmente um dos mais populosos da cidade. 
Ali, conservam-se traços da tradição colonial, desde o uso de expressões tradicionais na linguagem local, até a manutenção de características coloniais, na arquitetura de suas construções.
 
Texto extraído de artigos da internet. 
Luciana Celestino dos Santos

Capela do Socorro

Originalmente integrada à região pertencente a Santo Amaro, a área conhecida como Socorro, foi desmembrada, no ano de 1938, por ato do Governador do Estado de São Paulo. 
Pelo fato de haver um município com o mesmo nome, e em razão da existência de uma antiga capela, o novo Bairro passou a ser denominado Capela do Socorro.
A região era constituída por uma grande várzea, constantemente inundada. 
Mesmo após a construção da represa Billings, a região continuou sendo uma vasta área pantanosa.
Até o começo do século XX, existiam no Bairro, muitas serrarias e olarias. 
Havia grande dificuldade de escoar seus produtos, pela falta de estradas. 
As madeiras eram embarcadas em transporte fluvial até certo ponto e, depois, seguiam pela ferrovia até o centro da cidade.
Somente após a abertura da Avenida Santo Amaro, que liga o Bairro à zona central de São Paulo, e o loteamento das chácaras que margeavam a linha do bonde, foram se formando os primeiros núcleos residenciais da zona sul.
Em 1940, o primeiro loteamento da região é aberto com o nome de seu proprietário: Claudino Klein. 
Até então, as ruas da região sul eram de terra, e somente a Avenida De Pinedo, era asfaltada.
Com a construção da represa de Guarapiranga, criaram-se condições para o desenvolvimento dos esportes náuticos, com veleiros e barcos a motor. 
Fundaram-se clubes como o Iate Clube São Paulo e o Santo Amaro Iate Clube. 
Para o atendimento a essas atividades, o Bairro passou a abrigar alguns estaleiros. 
Até hoje, eles prestam manutenção às embarcações. 
Aos poucos, a região da represa de Guarapiranga se consolidou como um ponto de recreação, com bares e restaurantes, e até mesmo a criação de uma pequena praia, conhecida como "Prainha".
O Autódromo de Interlagos, construído entre as represas Billings e Guarapiranga, na região vizinha à Capela do Socorro, é a sede do Grande Prêmio Brasil de "Formula 1". 
O evento coloca a região da Capela do Socorro, no mapa mundial de eventos esportivos famosos. 

Texto extraído de artigos da internet. 
Luciana Celestino dos Santos