Poesias

sexta-feira, 19 de junho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 35

CAPÍTULO 35

 Ao falar sobre o ‘Cavalo do Rio’, o pajé disse:
É um cavalo encantado que domina o rio São Francisco.
Tem um poder quase igual ao Caboclo do Rio, perseguindo embarcações, virando-as, alagando a carga, empobrecendo aqueles a quem dedica sua antipatia.
Ouvem-lhe os relinchos atordoadores e a bulha rítmica das patadas nas margens.
O melhor amuleto afugentador do Cavalo do Rio, é sua própria representação na proa da embarcação.
Falando nisso, na “embarcação, pesadíssima muitas vezes, com a guarnição, o toldo, a cordoalha, a carga e a cabeça de cavalo, recurva e grotesca, a desafiar, guiadora, os maus-olhados da viagem.”37

DICIONÁRIO:
cordoalha - substantivo feminino
1. reunião de cordas de vários tipos; cordame, cordoada.
2. comércio de cordas; cordoaria.

37 Noraldino Lima alude a essa crendice (No Vale das Maravilhas, 127, Belo Horizonte, 1925).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 34

CAPÍTULO 34

 Ao falar do Cavalo Fantasma, comentou:
-- Ninguém o vê, mas o sente pelas passadas firmes. Uma luz clara, que dele emana, desenha na rua o seu vulto... As pisadas tornam-se mais fortes, assim como também a luz, à proporção que o cavalo se aproxima do observador (ou vidente). Diminui o clarão e o ruído dos passos, à medida que dele se afasta o animal. Passeia em certas, sempre a horas caladas de certas noites.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 33

CAPÍTULO 33


 Quando foi falar no Cavalo de Três Pés, o pajé contou, que é um animal assombroso que apavora nas estradas desertas.
“É um cavalo sem cabeça, com asas e três pés, que aparece à noite nas encruzilhadas, correndo, dando coices e voando...
É um cavalo sem a pata dianteira, que imprime no barro três pegadas fundas, ataca os viajantes pelas estradas; e aquele que pisar em seu rastro será imensamente infeliz.
É uma das transformações do Saci, em forma de cavalo de três pés, que corre pelas estradas assustando todos os que encontra.”36

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 32

CAPÍTULO 32 

A seguir, veio a baila a ‘Lenda do Canhoto’:
Canhoto, nome do diabo, um dos mais populares e ligado, na maioria dos casos, aos acontecimentos amorosos, seduções, bastardia.
Apesar do nome, canhoto, esquerdo, desastrado, é um demônio hábil na sua especialidade conquistadora.
“O Canhoto!
Monstro com o dom de transformar-se em cavalheiro capaz de seduzir a melhor dama, mas sem poder dissimular dois pés de pato, amplos e feios, duende explosivo que arrebentava, em cacos, diante de qualquer cruz, deixando, com o estampido muito grande, uma nuvem azulada e um cheirinho de enxofre.”35

35 Luís Edmundo (O Rio de Janeiro no Tempo dos Vice-Reis, 340, Rio de Janeiro, 1932).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 31

CAPÍTULO 31 

A seguir, passou a falar do Bradador: Berrador, Barrulheiro, Bicho Barulhento.34
Que ninguém ainda viu, porém, cuja voz se ouve à noite, e que é tão perverso que mata aquele que o vir.
O Bradador no Brasil ainda não tomou forma especial, ou não se decidiu pelas que lhe apontam, os assombrados ouvintes de seus berros horrendos.

34 Bradador. Mito do interior de São Paulo e de Santa Catarina.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 30

CAPÍTULO 30

Com isso, passou a falar do Arranca-Língua.33
Nas cidades chamam-no de King-Kong.
Outro nome com o qual é chamado, é o de Bicho-Homem.
Seria um tipo humano, peludo, escuro, que se alimentava das línguas das vacas.
Este é, pois, seu malefício, pois dizima rebanhos inteiros para comer somente a língua.
Ataca desferindo urros paralizantes.
Deixa pegadas nítidas, de aproximadamente quarenta e oito centímetros.

33 O Arranca-Língua, é um monstro dos sertões do Estado de Goiás.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 29

CAPÍTULO 29

 Ao comentar sobre o Anhangá, e disse:
-- O Anhangá, é um mito dos índios brasileiros, a alma errante (tupi ang), que tomava o aspecto de fantasma ou de duende, vagando pelos campos e florestas:
Há vários tipos, como mira-anhanga, tatu-anhanga, suaçu-anhanga, tapira-anhanga e até pirarucu-anhanga - isto é, aparição de gente, de tatu, de veado, de boi e de pirarucu.
Em geral, não era benfazejo.
Sua simples lembrança trazia pavor ao silvícola e ao homem simples do campo.
Era a própria corporificação do medo informe, do pavor do desconhecido e do mistério da noite.
É um dos mitos mais antigos do Brasil.
O Anhanga, segundo a tradição, metamorfoseava-se mais em veado.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.

Luciana Celestino dos Santos
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