No ano de 1870, fazendeiros, políticos, jornalistas e intelectuais lançaram no Rio de
Janeiro, o Manifesto Republicano, defendendo um regime Presidencialista, representativo e
descentralizado.
Apesar da vitória na Guerra do Paraguai, o ônus econômico, social e
político fortaleceu as reações ao regime.
A Monarquia entrou em declínio, e as idéias
Republicanas disseminaram-se, mesmo com o pouco sucesso eleitoral de seus candidatos.
O
Império incompatibilizou-se com a aristocracia escravista, mas os abolicionistas, que
consideravam as medidas antiescravidão muito tímidas, uniram-se aos republicanos.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
domingo, 8 de março de 2020
A Guerra do Paraguai
Entre 1865 à 1870, irrompeu a Guerra do Paraguai entre a aliança formada pelo
Brasil, Argentina e Uruguai.
Os conflitos na região ocorreram em razão da disputa pela estratégica região do Rio da Prata.
Em dezembro de 1864, o ditador paraguaio Francisco Solano Lópes, ordenou a invasão da província de Mato Grosso.
O primeiro ano da guerra foi de ofensiva paraguaia, que abriu várias frentes na fronteira com o Brasil – do estado de Mato Grosso até o Rio Grande do Sul.
Contando com a neutralidade da Argentina, Solano Lópes rumou em direção ao Uruguai.
Mas, em 1865, Brasil, Argentina e Uruguai firmaram o Tratado da Tríplice Aliança.
Daí em diante o Império Brasileiro contra-atacou.
Solano Lópes recuou, e o Paraguai foi invadido em 1866 pelo General argentino Bartolomeu Mitre.
A contra-ofensiva cresceu nos dois anos seguintes, sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
Em 1869, os soldados da aliança entraram em Assunção, capital do Paraguai.
Solano Lópes foi morto no ano seguinte em Cerro Corá, no norte paraguaio.
Nessa terrível batalha, a maior guerra da América do Sul, quase dois terços da população foram dizimados.
No tocante aos Voluntários da Pátria, estes eram homens pobres, mulatos e negros, que formaram os famosos batalhões.
Convocados para combater como soldados, participaram os escravos da nação – africanos trazidos ilegalmente para o país –, que estavam sob a guarda do império e receberiam a alforria, para serem transformados em soldados.
Esse esforço de mobilização foi necessário, por que o Paraguai a princípio, tinha efetivos maiores que as forças da aliança.
Os caudilhos da Argentina e do Uruguai e as elites dirigentes do Império Brasileiro, haviam se unido e usavam o conflito para consolidar seu poder interno.
Todavia, terminado o maior conflito armada da América do Sul, os negros brasileiros vitoriosos, se recusaram a permanecer na condição de escravos.
Esta resistência deu grande impulso ao movimento abolicionista.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Os conflitos na região ocorreram em razão da disputa pela estratégica região do Rio da Prata.
Em dezembro de 1864, o ditador paraguaio Francisco Solano Lópes, ordenou a invasão da província de Mato Grosso.
O primeiro ano da guerra foi de ofensiva paraguaia, que abriu várias frentes na fronteira com o Brasil – do estado de Mato Grosso até o Rio Grande do Sul.
Contando com a neutralidade da Argentina, Solano Lópes rumou em direção ao Uruguai.
Mas, em 1865, Brasil, Argentina e Uruguai firmaram o Tratado da Tríplice Aliança.
Daí em diante o Império Brasileiro contra-atacou.
Solano Lópes recuou, e o Paraguai foi invadido em 1866 pelo General argentino Bartolomeu Mitre.
A contra-ofensiva cresceu nos dois anos seguintes, sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
Em 1869, os soldados da aliança entraram em Assunção, capital do Paraguai.
Solano Lópes foi morto no ano seguinte em Cerro Corá, no norte paraguaio.
Nessa terrível batalha, a maior guerra da América do Sul, quase dois terços da população foram dizimados.
No tocante aos Voluntários da Pátria, estes eram homens pobres, mulatos e negros, que formaram os famosos batalhões.
Convocados para combater como soldados, participaram os escravos da nação – africanos trazidos ilegalmente para o país –, que estavam sob a guarda do império e receberiam a alforria, para serem transformados em soldados.
Esse esforço de mobilização foi necessário, por que o Paraguai a princípio, tinha efetivos maiores que as forças da aliança.
Os caudilhos da Argentina e do Uruguai e as elites dirigentes do Império Brasileiro, haviam se unido e usavam o conflito para consolidar seu poder interno.
Todavia, terminado o maior conflito armada da América do Sul, os negros brasileiros vitoriosos, se recusaram a permanecer na condição de escravos.
Esta resistência deu grande impulso ao movimento abolicionista.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Extinção do Tráfico Negreiro e a Economia Cafeeira
No ano de 1850, o governo de Dom Pedro II extinguiu definitivamente o tráfico de
escravos com a Lei Eusébio de Queirós, elaborada pelo Ministro da Justiça.
Esse ato fortaleceu o Império, e fez diminuir as preocupações e pressões internas.
Aos poucos, os imigrantes europeus assalariados, substituiram os escravos no mercado de trabalho, principalmente nas fazendas de café, em expansão.
Foi nesse período que as primeiras mudas de café chegaram ao Brasil, contrabandeadas da Guiana Francesa por Francisco de Melo Palheta, em 1727.
E foi assim, que as primeiras plantações se multiplicaram e, em meados do século XIX, o café ocupava parte das terras de antigas lavouras de cana-de-açúcar e de algodão, além de grande porção do chamado Oeste Paulista.
Essa vigorosa expansão da cafeicultura, foi resultado do crescimento do consumo nos Estados Unidos e na Europa, e da crise que simultaneamente atingiu importantes regiões produtoras, como Haiti, Ceilão (atual Sri Lanka) e Java, na Indonésia.
Com o preço em alta nos mercados consumidores, o novo produto tornou-se muito atraente e havia, no Brasil, terras e escravos subutilizados em outras lavouras, além de solos novos e férteis, como a terra roxa do interior paulista.
Com a interrupção definitiva do tráfico de escravos africanos em 1850, surgiu o primeiro problema: escassez de mão-de-obra.
A solução encontrada foi a vinda de imigrantes estrangeiros.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Esse ato fortaleceu o Império, e fez diminuir as preocupações e pressões internas.
Aos poucos, os imigrantes europeus assalariados, substituiram os escravos no mercado de trabalho, principalmente nas fazendas de café, em expansão.
Foi nesse período que as primeiras mudas de café chegaram ao Brasil, contrabandeadas da Guiana Francesa por Francisco de Melo Palheta, em 1727.
E foi assim, que as primeiras plantações se multiplicaram e, em meados do século XIX, o café ocupava parte das terras de antigas lavouras de cana-de-açúcar e de algodão, além de grande porção do chamado Oeste Paulista.
Essa vigorosa expansão da cafeicultura, foi resultado do crescimento do consumo nos Estados Unidos e na Europa, e da crise que simultaneamente atingiu importantes regiões produtoras, como Haiti, Ceilão (atual Sri Lanka) e Java, na Indonésia.
Com o preço em alta nos mercados consumidores, o novo produto tornou-se muito atraente e havia, no Brasil, terras e escravos subutilizados em outras lavouras, além de solos novos e férteis, como a terra roxa do interior paulista.
Com a interrupção definitiva do tráfico de escravos africanos em 1850, surgiu o primeiro problema: escassez de mão-de-obra.
A solução encontrada foi a vinda de imigrantes estrangeiros.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Revolta Praieira
Durante os anos de 1848 à 1850, ocorreu a Revolta Praeira.
Ela teve início quando setores radicais do Partido Liberal pernambucano, reunidos em torno do jornal Diário Novo, na Rua da Praia, no Recife, conhecidos como Praieiros, condenaram a destituíção do governador da província, Antônio Chimorro da Gama.
Ele era o opositor dos Guabirus, o mais poderoso grupo da aristocracia e da burguesia mercantil ligado ao Partido Conservador.
Com inspiração liberal e federalista e liderados por militares e políticos, os Praieiros começaram em Olinda, uma rebelião contra o novo governo provincial.
Com isso, o movimento se espalhou rapidamente por toda Zona da Mata Pernambucana.
Em 1849, os insurretos lançaram o Manifesto ao Mundo e defenderam o voto livre e universal, a liberdade de imprensa, a independência dos poderes constituídos, a extinção do Poder Moderador, o Federalismo, e a nacionalização do comércio de varejo.
Os Praieros, receberam adesão da população urbana pobre e atacaram o Recife com quase 2,5 mil combatentes, mas foram rechaçados.
A rebelião foi derrotada no começo de 1850.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada fonte.
Ela teve início quando setores radicais do Partido Liberal pernambucano, reunidos em torno do jornal Diário Novo, na Rua da Praia, no Recife, conhecidos como Praieiros, condenaram a destituíção do governador da província, Antônio Chimorro da Gama.
Ele era o opositor dos Guabirus, o mais poderoso grupo da aristocracia e da burguesia mercantil ligado ao Partido Conservador.
Com inspiração liberal e federalista e liderados por militares e políticos, os Praieiros começaram em Olinda, uma rebelião contra o novo governo provincial.
Com isso, o movimento se espalhou rapidamente por toda Zona da Mata Pernambucana.
Em 1849, os insurretos lançaram o Manifesto ao Mundo e defenderam o voto livre e universal, a liberdade de imprensa, a independência dos poderes constituídos, a extinção do Poder Moderador, o Federalismo, e a nacionalização do comércio de varejo.
Os Praieros, receberam adesão da população urbana pobre e atacaram o Recife com quase 2,5 mil combatentes, mas foram rechaçados.
A rebelião foi derrotada no começo de 1850.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada fonte.
Parlamentarismo
Em 1847, num período de pouca contestação à Monarquia, foi instituído o
Parlamentarismo, e o governo passou a ser exercido pelo Ministério com base na maioria parlamentar.
Foi criado o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, que, indicado por Dom Pedro II, organizou o Ministério e tornou-se responsável pelo Poder Executivo.
Todavia, o Ministério seria substituído, se o partido perdesse a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados.
Na prática, a decisão era do Imperador, que a qualquer momento podia dissolver a Câmara e convocar novas eleições.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Foi criado o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, que, indicado por Dom Pedro II, organizou o Ministério e tornou-se responsável pelo Poder Executivo.
Todavia, o Ministério seria substituído, se o partido perdesse a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados.
Na prática, a decisão era do Imperador, que a qualquer momento podia dissolver a Câmara e convocar novas eleições.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
A Bill Aberdeen
No ano de 1845, o Parlamento Britânico, aprovou a Bill Aberdeen, lei que deu a
Marinha de Guerra Inglesa o direito de perseguir e aprisionar os navios negreiros,
chamados de tumbeiros, em qualquer ponto do Atlântico.
A partir daí, o tráfico tornou-se muito arriscado e pouco lucrativo.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
A partir daí, o tráfico tornou-se muito arriscado e pouco lucrativo.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
O Golpe da Maioridade
Em 1840, os regentes não conseguiram solucionar as disputas partidárias, as
diferenças econômicas, a dispersão populacional e as desigualdades que ameaçavam a
unidade do país.
Assim, tanto o Partido Conservador, no poder com o regente Pedro de Araújo Lima, quanto o Liberal, na oposição, decidiram antecipar a maioridade de Dom Pedro II, com 14 anos.
Com isso, a antecipação da maioridade do Imperador Dom Pedro II, ficou conhecida como Golpe da Maioridade.
Nos primeiros dez anos, o regime monárquico, estabilizou-se.
As derrotas das insurreições ocorridas durante a regência pacificou as províncias e o Governo Central contra o Poder Moderador, deu ao monarca a palavra final, com a restauração do Conselho de Estado.
No ano seguinte, Dom Pedro II foi coroado Imperador do Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Assim, tanto o Partido Conservador, no poder com o regente Pedro de Araújo Lima, quanto o Liberal, na oposição, decidiram antecipar a maioridade de Dom Pedro II, com 14 anos.
Com isso, a antecipação da maioridade do Imperador Dom Pedro II, ficou conhecida como Golpe da Maioridade.
Nos primeiros dez anos, o regime monárquico, estabilizou-se.
As derrotas das insurreições ocorridas durante a regência pacificou as províncias e o Governo Central contra o Poder Moderador, deu ao monarca a palavra final, com a restauração do Conselho de Estado.
No ano seguinte, Dom Pedro II foi coroado Imperador do Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Assinar:
Postagens (Atom)