Poesias

domingo, 8 de março de 2020

Balaiada

Durante os anos de 1838 à 1841, disputas regionais alimentaram rebeliões populares nas províncias.
Uma delas foi a Balaiada, ocorrida no Maranhão, e em parte do Ceará e do Piauí.
Surgiu quando os liberais, Bem-te-vis do Maranhão, lançaram uma campanha contra o controle das eleições dos Prefeitos, e por parte do Executivo provincial.
Com isso eles queriam reduzir o poder dos grandes proprietários de terras Conservadores, os Cabanos.
A campanha acirrou as disputas locais envolvendo também, as camadas populares.
Foi chamada de Balaiada, porque um de seus líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, era apelidado Balaio.
No início de 1840 chegou ao Maranhão o novo Presidente e chefe militar da província, o Coronel Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias), nomeado pela regência objetivando conter os rebeldes.
Com isso, no ano seguinte, encerrou-se o conflito.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

A II Regência

Durante o ano de 1837, sentindo-se incapaz de superar a crise política nacional, o Regente Feijó renunciou.
No ano seguinte, o pernambucano Pedro de Araújo Lima foi eleito para a II Regência Una.
Com isso, as dificuldades e os desentendimentos aumentaram, e a antiga base de apoio do regime, formada pelos Chimangos, dividiu-se entre os Partidos Liberal e Conservador.
Esse período, 1837 à 1840, foi marcado pelo endurecimento e centralização política e pelo afastamento dos Liberais Exaltados (Farroupilhas).

Luciana Celestino dos Santos
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Sabinada

Entre 1837 à 1838, setores políticos da província ligados aos liberais radicais e à maçonaria defenderam os ideais federativos contra o centralismo monárquico.
Isso fez nascer na Bahia, um movimento autonomista denominado Sabinada, liderado por Francisco Sabino Vieira.
Os revoltosos denunciaram a ilegitimidade do regime e proclamaram a República Baiense, prevista para durar até a maioridade de Dom Pedro II.
Em 1838, porém, os rebeldes foram cercados por tropas legalistas e derrotados.

Luciana Celestino dos Santos
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sábado, 7 de março de 2020

Cabanagem

A cabanagem entre os anos de 1835 até 1840, foi uma das maiores rebeliões do período regencial. De caráter popular, teve a participação de moradores pobres das cidades e dos vilarejos ribeirinhos, chamados de Cabanos – índios, negros e mestiços.
A revolta começou em 1835 com o assassinato de duas das principais autoridades da Província do Pará: o presidente e o comandante de armas.
Com isso os chefes Cabanos formaram um grupo revolucionário, líderado pelo fazendeiro Clemente Malcher, e anunciaram a autonomia da província até a maioridade de Dom Pedro II.
Contudo, divergências internas provocaram conflitos entre os Cabanos.
Malcher foi substituído por um líder popular, Francisco Vinagre.
Enquanto isso, com o apoio de mercenários ingleses, tropas imperiais entraram em Belém.
Em seguida os rebeldes retomaram a capital, e um governo ainda mais radical liderado por Eduardo Angelim proclamou a Independência do Pará.
Nos últimos três anos do conflito, cerca de 30 mil cabanos morreram.
E em 1840 terminou a revolta.

Luciana Celestino dos Santos
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Revolução Farroupilha

No período entre os anos de 1835 à 1845, aconteceu a maior rebelião já ocorrida no Brasil durante a regência.
A Revolta dos Farrapos, que se estendeu do Rio Grande do Sul até Santa Catarina.
Os Farrapos eram os Liberais Exaltados, partidários do regime federativo e republicano, que se insurgiram contra o governo central e pleitearam autonomia para suas províncias.
A revolta teve início quando o Deputado Federalista e Coronel das milícias, Bento Gonçalves da Silva destituiu, em 1835, o Presidente da Província e com a ajuda popular, neutralizou as reações legalistas.
Porto Alegre foi, em seguida, retomada pelas forças imperiais, e os revoltosos avançaram para o interior do Rio Grande do Sul e para Santa Catarina, onde contaram com o apoio de Giuseppe Garibaldi.
Porém, no ano de 1842, Luís Alves de Lima (futuro Duque de Caxias) reorganizou as tropas legalistas e começou a negociar com os insurretos, que depois de sucessivas derrotas e desentendimentos entre suas lideranças, aceitaram a paz em fevereiro de 1845.

Luciana Celestino dos Santos
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Marquês de Pombal

Em 1755, o Marquês de Pombal fundou a Companhia Geral do Comércio do Grão Pará e do Maranhão (1755) e a Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba (1759) para reforçar a atividade agroexportadora e extrativista do Norte e Nordeste, um pouco abandonada em razão da mineração do ouro e do diamante nas Minas Gerais.
No ano de 1759, o Marquês de Pombal decretou a expulsão dos jesuítas do Brasil e de Portugal pelo seu envolvimento na Guerra Guaranítica.
Sua alegação era de que a companhia se tornara quase tão poderosa quanto o Estado, ocupando funções e atribuições mais políticas do que religiosas.
Até mesmo setores da própria igreja admitiram que os jesuítas deram excessiva proteção aos nativos.
Com isso, além de fechar a instituição no Império Português, o Marquês de Pombal, mudou os estatutos dos colégios e das missões e impôs a eles direções leigas.
Em 1759, o sistema de Capitanias Hereditárias foi extinto também por Marquês de Pombal.
As Capitanias que ainda não haviam voltado para as mãos da Coroa Portuguesa, foram compradas ou mesmo confiscadas.
No ano de 1763, o Marquês de Pombal realizou a transferência do Governo Geral pra o Rio de Janeiro.
Um dos fatores que contribuíram para esta decisão foi a necessidade de ter o centro administrativo mais próximo das regiões da mineração.
Ademais, os conflitos mais freqüentes com os vizinhos espanhóis nas regiões Oeste e Sul reforçaram a necessidade da mudança.

Luciana Celestino dos Santos
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Os Sete Povos das Missões

Em 1750, o Tratado de Madri reconheceu, com base no direito de posse da terra por quem a usa (uti posidetis), a presença luso-brasileira na maioria dos territórios brasileiros desbravados e em fase de ocupação.
No Norte e no Centro-Oeste não houve dificuldade em acertar limites, em decorrência do pequeno interesse espanhol nas regiões.
No Sul, no entanto, a negociação foi conturbada.
A Espanha, exigiu o controle do Rio da Prata, por sua importância econômica e estratégica.
Em razão disso, aceitou a Colônia de Sacramento em troca da manutenção da fronteira brasileira no atual Rio Grande do Sul.
Como conseqüência, os jesuítas espanhóis e os índios guaranis de Sete Povos das Missões foram forçados a se transferirem para o outro lado do Rio Uruguai.
Em 1754 até 1756, os guaranis de Sete Povos das Missões se recusaram a deixar suas terras no território do Rio Grande do Sul, o que acarretou a eclosão da Guerra Guaranítica.
Em resposta à posição indígena, os castelhanos, vindos de Buenos Aires e Montevidéu, e os luso-brasileiros, vindos do Rio de Janeiro sob o comando do general Gomes Freire, entraram pelo Rio Jacuí combatendo os guaranis missioneiros que tentavam impedir a demarcação da fronteira.
Com isso, em 1756, os Sete Povos das Missões foram dominados.

Luciana Celestino dos Santos
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