Poesias

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Dia de sorte


Novamente manhã, outrora noite, agora luz onde antes só havia a escuridão.
Que saudade tenho dos ventos que os novos tempos não trazem mais.
O futuro que permanece inalterado, sinto que devo mudar.
Agora que novo ano começa, faço planos para me animar.
Espero o brilho das conquistas.
Conquistas estas do cotidiano que se fazem esperar ansiosas por novas descobertas.
As flores já descobertas não fazem mais sentido.
Agora é a vez, quem sabe, do futuro,
para o qual nos preparamos durante muito tempo, nos desafiar com suas incertezas... os
novos projetos do ano que chega.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

É Natal

Período de comemorações, grande cerimônia com comes e bebes.
Vestidos longos talhando o corpo das mulheres.
A ceia enfeitando a mesa decorada, toalha de renda, velas, carnes fartas, o som da música natalina, cantigas de natal.
Só que para este momento acontecer em grande estilo é necessário sonhar com ele por muito tempo, preparar-se para a grande vivência deste momento.
Nas casas a decoração prenuncia que o bom tempo virá.
Luzes, lâmpadas que acendem e apagam, enfeites de porta, toda a cidade iluminada com a luz do Natal.
Quando utilizava o ônibus para voltar da escola, sempre que voltava a noite, ficava apreciando as luzes da cidade que aquela hora, já se recolhia.
Eram as luzes que deixavam parcialmente visíveis as construções, praticamente apagadas.
Mas ainda assim era um espetáculo bonito de se ver.
Me sentia uma criatura noturna avistando este espetáculo.
Agora que estou estudando a noite, posso novamente apreciar tal espetáculo, só que visto de outra cidade, portanto de outro ângulo.
Posso ver o Paço Municipal e suas janelas acessas, a bela praça com chafariz que enfeita a Prefeitura, uma opulenta igreja que fica próxima, e logo adiante um belo shopping com um enorme relógio na fachada nova da construção.
Pequenos trechos de uma vida, a minha vida que não pára e está sempre mudando.
O tempo que transcorre e não é sempre o mesmo.
As águas que nunca param no mesmo lugar, ao contrário, elas correm e mudam seu percurso.
O natal mostra a passagem do tempo e portanto este nunca será o mesmo.
Utilizando-se das sementes da romã, das uvas ou de qualquer outra fruta como ritual, o natal
nunca será o mesmo por que nós vamos estar diferentes.
Fique bem no ano que vem!

*E pensar que nada mais é feito desta forma.
Não há mais decoração natalina nas cidades, o shopping está com uma fachada nova, e na minha opinião, bem mais sem graça.
Acho que o Natal dos tempos de outrora, não mais existe, ou existe apenas em minha memória, uma pena.
Este adendo, é só pra relatar as mudanças nas comemorações de Natal, não tendo relação com o texto original.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde citada a fonte.

Pelo Telefone

Pelo telefone, ouço a voz de um ser noturno brindando com uma taça de champagne, às estrelas azuis, fazendo um convite de luzes no céu estampado, desses corpos cheios de luz.
Um nexo de som que explode pelos ares contrastando com a noite que espelha no
céu, a alegria de vozes distantes espalhadas no céu de sons.
As taças de vinho espalhadas pelo chão, completam a festa da despedida de um momento que irá passar, repleto da luz tão profunda, que só uma fraca luz diurna poderá modificá-la, dividindo a noite em dois extremos.
Um brinde a todos os momentos felizes vividos.
Um brinde ao céu que transparece a luz de uma sombra enfinda.
Boa noite as estrelas que se apagaram do poente.
Por que aí vem o dia com sua luz penetrante invadindo janelas e casas, e banhando balcões de luz.
A noite com suas estrelas descem para se despedirem e partir em direção ao firmamento.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Cenário


Vou começar a escrever sobre o momento que agora apresento.
“Um grande gramado verde no qual se estende um longo tapete vermelho, uma bela mesa farta, lindas flores espalhadas pelo jardim, uma moça, sentada numa delicada cadeira onde repousava seus longos cabelos enrolados, seus pés delicados, o corpo deslizando
sutilmente pela cadeira.
O corpo se desfalecendo em cansaço.
O vestido longo e quase a esconder os pés, em tom pêssego, com saia solta e pregueada e cintura justa com corpete e corselete, sem alças.
Por falar em mesa, devo lhe dizer que esta estava ricamente decorada, com belas flores a enfeitar, velas, bebidas, taças de cristal, vinhos, aperitivos.
Tudo estava perfeito.
Uma pessoa se aproximou com duas taças de champagne e uma garrafa da bebida.
Um brinde... a quem?
Nada ao menos para se saber.
Foi assim que a tarde transcorreu, e a noite se pôs em apresentação.
Um brinde a noite que desfigurava em sombras.
Foi assim que discorreu a noite sem lua.
A moça reclinada sobre uma cadeira dentro do salão, terminava por finalmente cair desfalecida no chão.
A noite escura e calma, transfigurava normalmente e solene declamava seu poema sem luz.
A luz torpe e arrocheada, como uma nuvem sombria e triste que invadia o salão e deixava uma luz mórbida pelo ambiente, derramada sob os móveis, as estátuas, as figuras sisudas e esculpidas, com muitos detalhes.
Um homem reclinado com a mão apoiada no queixo numa atitude contemplativa, um notório pensador.
Depois de alguns segundos... a noite se despedia vazia e assolada.
A luz do dia invadia o ambiente do salão, antes iluminado por um forte tom roxo.
Clara luz do sol.
A moça que adormecera no chão agora levanta-se.
Sua roupa, o vestido longo que trajava agora não estava mais em seu corpo.
Vestia uma linda camisola branca com a qual dormira.
A moça acordara transtornada e assustara-se com o ambiente.
Nesse instante abriu-se uma porta ao fundo do salão.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Flores de Outubro


Caminhando por entre as flores sinto a fragrância de seu perfume, o doce azulado
das violetas.
Azaléias que iluminam o jardim com suas cores e seu formato exuberante.
Róseos perfumes que inundam o jardim.
Jardim em que sinto o peso de meus passos que marcam o chão molhado de terra.
Ao fundo uma grande construção em estilo gótico, palácio sombrio que abriga lendas
que se perpetuam com o passar dos séculos.
Gênero que mostra aparições fantasmagóricas.
Gritos arrepiantes que se espalham pela atmosfera angustiante do ambiente.
A noite cai sobre a translucidez de um vulto branco que assola o ambiente abandonado.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Aos passos do jardim

Aos passos do jardim
Perdida por entre os passos de um jardim suave, delicados seixos por entre as folhagens, algumas gemas preciosas que se espalham sob as pétalas delicadas que desabrocham sob o brilho intenso.
 A moça desesperada procura um caminho por onde passar.
 Seus delicados pés descalços já sentem o ardor do sol intenso.
 O calor enaltece seu desespero, preocupa-se com a longitude do espaço perdido.
 Como se encontrar?
 Nada a fazer a não ser sentar-se num tronco despedaçado a beira do caminho e pairar sob a superfície como alguém que desesperadamente como ela, procura o ar no meio da solidão de mata e floresta.
Pensativa, distante, lembra-se da areia esmaecida da praia, o mar revolto em que se encontrara tão perdida quanto agora, o vento sobremaneira forte.
 A corrente marítima a afastava da beira do mar aberto... e lá foi ela para o longe.
 Os cabelos negros soltos ao vento, contrastando com a claridade do sol.
 Longas melenas evaporam-se ao saber do vento, desfazendo-se a esperança de viver.
 A alma trêmula se apaga derradeiramente, definitivamente, a vida se consome...

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

sábado, 4 de janeiro de 2020

DAS VOLTAS DO MUNDO - CAPÍTULO 4

E assim, depois da aula com a turma do primeiro ano, foi a até outra sala.
Lá ao entrar, cumprimentou a turma, e começou logo a falar sobre a Mesopotâmia.
Iniciou a aula, dizendo que:
"-- Seu significado é, ‘entre rios’.
Foi assim que os gregos chamaram a faixa de terra localizada entre os Rios Tigre e Eufrates.
Para essa região, convergiram vários povos e nela se desenvolveram as civilizações dos Sumérios, Acádios, Babilônicos e Assírios.
Quando comentou sobre a diversidade de povos que se desenvolveram na região, os alunos ficaram um pouco atrapalhados.
Por isso, o professor, ao ver a confusão que os alunos fizeram, tratou de acalmá-los e lhes avisar que com relação a isso, ele explicaria minudentemente a importância de cada um dos povos para a região. Portanto, não tinham com o que se preocuparem.
Assim, a aula prosseguiu.
O professor então, retomou suas explicações.
Alegando que essa convergência étnica foi decorrência de sua situação geográfica, destacou que a região é cercada de desertos montanhosos, onde são difíceis as condições de sobrevivência.
Este fato, obrigou os povos vizinhos a migrarem para a região.
Ao norte, limitaram-se com as montanhas da Armênia do Sul, ao sul com os desertos da Arábia, a leste com o Planalto Persa e a oeste com os desertos da Síria.
Assim, constituiu-se duas regiões distintas, a Caldéia e a Assíria.
A Assíria, localizada ao norte e cujo nome deriva do Planalto de Asaur, era uma região quente e seca, com vegetação.
Na Caldéia, ao sul, à medida que o território se aproxima do mar, os pântanos e as terras alagadas pelos Rios Tigre e Eufrates, ofereciam melhores condições para a agricultura.
Como aconteceu no Egito, também na Mesopotâmia a presença dos aludidos rios, foi essencial para que se desenvolvessem civilizações cuja base econômica era a agricultura.
Nessa região, predominou uma relação de trabalho em que os camponeses estavam indissoluvelmente ligados a terra, e o Estado era o grande proprietário.
O imperador no entanto, era considerado um representante de Deus e não o próprio Deus, como acontecia no Egito."
Com isso, após a explanação sobre a Mesopotâmia, Fábio passou a falar sobre os Sumérios e os Acádios.
Comentando que a primeira civilização mesopotâmica foi a Sumeriana, desenvolvida no quarto milênio antes de Cristo, acrescentou que, originários da Ásia Central, os Sumérios fixaram-se na Baixa Mesopotâmia, localizada ao sul, próximo do Golfo Pérsico.
Esses habitantes meridionais da região, estabeleceram-se em princípio em aldeias, dedicando-se à agricultura e a criação de animais.
Com o aperfeiçoamento da atividade agrícola e o conseqüente surgimento do comércio, por conta dos excedentes da produção agrícola e do artesanato, as aldeias transformaram-se em cidades independentes.
Cada uma delas então, tornou-se um Estado, como Ur, Lagash, Nippur, Umma.
Além disso, a história da Suméria é marcada por lutas entre essas Cidades-Estados, na tentativa de unificação.
Tais, mantinham total autonomia política, religiosa, econômica, não estando adstritas a nenhum poder central.
Cada qual era governada por um Sacerdote, representante do povo, auxiliado por um conselho de ansiãos.
Um grupo de burocratas-sacerdotes exercia a administração, dirigida principalmente para a construção de grandes obras públicas que visavam o aproveitamento do potencial dos rios: canais de irrigação e barragens.
Os templos constituíam o principal centro da atividade econômica, funcionando como verdadeiros bancos.
Emprestavam sementes aos camponeses e cobravam uma espécie de juro (sibtu) sobre o que emprestavam.
Na base desse sistema existia uma configuração social semelhante à do Antigo Egito, nos moldes do modo de produção asiático.
Essa forma de governo evoluiu para uma espécie de autocracia chefiada pelos Patesi, que controlavam as instituições civis e religiosas, além de comandarem o Exército.
Com o passar do tempo, instituiu-se a hereditariedade também para esse cargo, fundando-se as primeiras dinastias.
As atividades agro-pastoris ganharam grande impulso com a implantação de um eficiente sistema de irrigação.
No milênio III antes de Cristo, esse sistema cobria todo o vale do curso inferior do Tigre e do Eufrates.
Com isso, enquanto as Cidades-Estados lutavam entre si, os Semitas começaram a se instalar na Mesopotâmia.
Originários do deserto da Arábia, esses povos pastores fundaram algumas cidades às margens do Rio Tigre.
A mais conhecida era Acad – que deu nome aos Acádios.
Em tal cidade o Rei, chamado Sargão I, conquistou e unificou todas as cidades sumérias por volta de 2300 antes de Cristo, criando o primeiro Império Mesopotâmio.
Esse império se expandiu, chegando a ocupar todo o território compreendido entre o Golfo Pérsico e o Mar Mediterrâneo.
O Império Acádio, no entanto, durou muito pouco, mas conseguiu assimilar e difundir a cultura suméria.
Os acádios mantiveram uma organização centralizada e afastaram sobremaneira a influência dos sacerdotes.
Por volta de 2180 antes de Cristo, os Acádios foram derrotados pelos Guti, povo de origem asiática procedente das montanhas da Armênia.
Mas a cidade de Ur conseguiu recuperar-se e expulsar os invasores.
Finalmente em 2000 antes de Cristo, outro povo, os Elamitas, pôs fim a independência da Suméria. Diante disso, com o enfraquecimento das cidades sumérias, criou-se condições para a ascensão do Império Babilônico.
Um povo de origem semita, os Amoritas, instalou-se na Mesopotâmia e construiu a cidade de Babilônia, que viria a ser o centro de um poderoso império.
A extraordinária riqueza e o poder dos Babilônios foram favorecidos pela localização da cidade, em um dos principais pontos de passagem de caravanas comerciais vindas da Índia.
O momento de maior esplendor é representado pela figura de Hamurabi, soberano que ampliou o império através de conquistas territoriais, dominando o Reino de Mari – Médio Eufrates –, a Assíria – ao norte – e estendendo as fronteiras até o Golfo Pérsico.
O Rei Hamurabi, é lembrado sobretudo como um legislador, responsável pela criação do primeiro código de leis escritas que se conhece, o Código de Hamurabi.
Foi ainda, um administrador eficiente e tornou a língua acádia oficial em todo o império.
Por volta de 1600 antes de Cristo, tribos Cassitas, originárias do norte, invadiram e conquistaram a Babilônia, que já se encontrava enfraquecida pelas revoltas internas e por outras invasões, como a dos Hititas.
A miscigenação dos povos invasores do norte – Assírios – com as populações de origem suméria deu origem ao Império Assírio.
Em razão disso, procurando uma saída para o Golfo Pérsico e para o Mar Mediterrâneo, os Assírios, partindo de Assur e Nínive, conquistaram a Mesopotâmia, a Síria e o Egito.
A impressionante expansão dos assírios foi possível graças ao desenvolvimento de novas táticas militares, como a utilização de cavalaria, das armas de ferro e dos carros de combate.
Os Assírios tiveram o primeiro exército organizado do mundo, com recrutamento obrigatório e infantaria composta de arqueiros e lanceiros.
Havia tropas de sapadores especializados na construção de pontes para travessias difíceis.
Todos eram guerreiros ferozes e impunham sua dominação pelo terror.
O império Assírio alcançou seu apogeu, no reinado de Assurvanipal (668 até 626 antes de Cristo), que empreendeu a conquista do Egito e a tomada da cidade de Tebas.
Contudo, o tipo de dominação imposta pelos assírios provocava constantes revoltas.
Assim, com o auxílio dos povos conquistados, os Medos, povo oriundo das margens do Mar Cáspio, tomaram Assur e Nínive em 612 antes de Cristo, pondo fim ao Império Assírio.
Com isso, desaparecido o Império Assírio, voltou-se a impor o domínio Babilônico.
O novo império, construído por Nabopolassar e consolidado por Nabucodonosor, conquistou praticamente, todo o Oriente Próximo.
Desta forma, empreendendo, diversas ações militares, Nabucodonosor ocupou a Palestina por duas vezes e tomou Jerusalém em 587 antes de Cristo.
Como conseqüência, milhares de judeus foram levados cativos para a Babilônia.
Para comemorar suas vitórias, Nabucodonosor construiu grandiosas obras públicas.
Uma das mais famosas é a Torre de Babel, com 215 metros de altura.
Contudo, após a morte de Nabucodonosor, o império começou a entrar em declínio, sendo dominado pelos Persas.
Fábio, quando ía começar a falar sobre os Hebreus, os alunos, já cansados com a aula, pediram insistentemente ao professor, para que começasse a falar sobre eles em outra oportunidade.
Fábio então, constatando que estava adiantado com a matéria, aquiesceu com o pedido, e deixou para comentar sobre o novo ponto na próxima aula.
Os alunos, ao ouvirem isso, ficaram agradecidos.
Também, em menos de cinco minutos soou o sinal avisando sobre o término da aula.
O que para eles, não era motivo de alegria já que, antes do intervalo, teriam ainda, aula de latim.
Sim, o latim, assim como a matemática, e todas as demais matérias exatas, era o terror de todos os alunos.
Mas, enfim, tinham que assistir a aludida aula.
Enquanto os alunos do primeiro ano sofriam com o latim, Fábio em outra sala, explicava aos alunos, a história do povo Hebreu.
Segundo o professor, os Hebreus eram um povo de origem semita, que começou a deslocar pelo mundo, por volta do II milênio antes de Cristo.
No livro do Gênesis – o começo – da Bíblia, conta-se com Abraão conduziu seu povo para a terra que lhe fora prometida por Deus, a terra de Canaã, ou a Palestina.
Historicamente, consta que os Hebreus chegaram à Palestina por volta do século XVIII antes de Cristo.
Divididos em doze tribos, estabeleceram-se numa região montanhosa, de colinas áridas e vales, banhado pelo Rio Jordão e pelo Mar Morto.
Viviam sobretudo da agricultura e do pastoreio, apresentando uma formação social e econômica caracterizada pelo patriarcado, sendo chefiados por um homem mais velho e mais sábio, denominado, Patriarca.
Dentre esses, figuram Abraão e Isaac.
As secas, nas terras prometidas da Palestina, levaram os judeus a migrar para o Egito, por volta de 1800 antes de Cristo.
Nessa travessia, foram conduzidos por Jacó, filho de Isaac, através do Delta do Nilo.
Ou então foram empurrados pelos Hicsos, que avançavam em direção às planícies do Nilo.
Talvez, tenham simplesmente acompanhado este povo.
Com isso, denota-se uma controvérsia no que tange esse ponto.
Ademais, os Hicsos, invasores do Egito, permitiram a liberdade dos Hebreus.
Depois de sua expulsão, entretanto, foram submetidos à escravidão pelos Egípcios.
Conduzidos por Moisés, os Hebreus deixaram o Estado por volta de 1250 antes de Cristo.
Essa grande viagem pelo deserto do Sinai, narrado no Livro Êxodo (fuga), da Bíblia, durou quarenta anos.
Os Hebreus tiveram que lutar com persistência para se instalarem na Palestina.
Na luta contra Cananeus e Filisteus, Josué, o sucessor de Moisés, agrupou as Doze Tribos, distribuindo-lhes as terras conquistadas.
Contudo, a necessidade de um comando militar único criou a figura de um juiz, escolhido pelas tribos para comandar a guerra e preservar a crença num único Deus.
Os juízes mais famosos foram, Gedeão, Jefté e Sansão.
Este último liderou os Hebreus na vitórias contra os Filisteus.
Após o Êxodo, os hebreus reconquistaram a Palestina, derrotando os Cananeus e os Filisteus que ali viviam.
Quanto a formação do Estado Hebreu, a unificação das tribos concretizou a formação deste.
Saul foi seu primeiro rei.
Davi, sucessor de Saul, consolidou o reino dos hebreus, realizando guerras de conquista e estabelecendo Jerusalém como a capital.
Com a morte de Davi, o trono foi ocupado por seu filho Salomão, entre os anos de 955 a 935 antes de Cristo.
Nessa época, os Hebreus realizaram uma grande expansão comercial.
Jerusalém, que funcionava como uma conexão entre o Egito e a Mesopotâmia, tornou-se uma grande cidade, abrigo de luxuosos palácios e do Templo de Jeová.
O Rei Salomão ficou conhecido por seu senso de justiça e pelo fino humor que caracterizava suas decisões.
Após sua morte, as tribos ser recusaram a obedecer um único rei, procurando retomar o isolamento em tribos.
Por conta disso, a crise política provocou uma divisão entre as tribos (cisma).
A causa de tal separação se deveu as diferenças sociais e as desigualdades entre as duas regiões principais da Palestina.
O norte, correspondente ao Reino de Israel, um centro mais urbanizado e comercialmente desenvolvido.
Ao passo que o sul, correspondente ao Reino de Judá, dedicava-se à agricultura e ao pastoreio.
Em conseqüência, as tribos do norte se desviaram do culto de Jeová, permitindo a penetração de divindades estrangeiras onde predominava a idolatria do deus Baal (de procedência fenícia) e o culto do veado de ouro.
Entrementes, as tribos do sul permaneciam fiéis à religião tradicional e à crença na vinda de um Messias salvador.
Não obstante isso, uma revolta popular pôs fim à crise, dividindo o Estado Hebreu em dois reinos, Israel, ao norte, com a capital na Suméria e Judá, e ao sul, com a capital em Jerusalém.
O Reino de Israel foi invadido e destruído pelos assírios em 722 antes de Cristo, enquanto que o Reino de Judá, apesar de mais pobre, conseguiu sobreviver até 587 antes de Cristo, quando Nabucodonosor obrigou o povo Hebreu a viver em cativeiro.
Com isso, os Hebreus nunca mais conseguiram a independência, pois Canaã passou a ser dominada por vários povos, entre eles, Persas, Egípcios e Romanos.
Após se revoltarem contra o domínio romano, em 135 depois de Cristo, os Hebreus foram expulsos da Palestina, espalhando-se pelo mundo.
A diversão desse povo ficou conhecida como Diáspora.
Quanto a religião, os Hebreus foram o único povo da antigüidade a estabelecer o monoteísmo.
Seu Deus não podia ser representado por estátuas e até seu nome, Jeová, não devia ser pronunciado. A religião desse povo, que mais tarde, passaria a influenciar o islamismo e o cristianismo, ensinava que Deus fez uma aliança com o povo de Israel em troca de obediência aos Dez Mandamentos, ou Decálogo, gravados nas Tábuas da Lei, depositadas em uma caixa de madeira, conhecida como a Arca da Aliança.
Além disso, todos os ensinamentos que o povo devia obedecer estavam contidos na Bíblia, Antigo Testamento, livro cujas narrativas históricas e profecias, foi uma grande contribuição da cultura hebréia ao mundo ocidental.
Por fim, ao perceber que o término da aula se aproximava, deu por encerrada a aula, liberando seus alunos para o intervalo.
Após, ministrou suas últimas aulas.
Por fim, a manhã de aula se encerrava.
Com isso, Fábio pegou seus pertences e se dirigiu até a sala dos professores.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.