Poesias

sábado, 4 de janeiro de 2020

DAS VOLTAS DO MUNDO - CAPÍTULO 3

No dia seguinte, como não conseguia acordar sozinho, foi chamado por sua mãe, uma senhora muito simpática.
Assim, tratou logo de se arrumar para ir trabalhar.
Com todo cuidado, não se esqueceu de pegar o material, e assim, depois de tomar um café da manhã, preparado por sua mãe, seguiu à pé, até a escola onde lecionava.
Por morar próximo a escola, gostava de ir caminhando a pé.
Para ele, andar alguns minutos até a escola, era ótimo.
Adorava caminhar.
Algumas vezes, ao caminhar até o Colégio Pedro de Alcantara, chegou a encontrar algumas de suas alunas.
Isso por que, conforme já mencionado, ao começar a lecionar, foi logo causando comoção entre as jovens.
Estas, faziam de tudo para conversar, um pouco que fosse com ele.
Tudo por que, era um dos professores mais jovens do lugar.
E assim, sempre que podiam, as moças aproveitavam para se encontrar com ele, a caminho do colégio.
Contudo, apesar do assédio das moças, Fábio não estava nem um pouco interessado em arranjar problemas.
Isso por que, logo que foi contratado pelo diretor da escola, foi cuidadosamente advertido de que não poderia ter qualquer tipo de envolvimento com as alunas.
Ao ouvir isso, Fábio deixou bem claro para todos, que estava ali para trabalhar, e não para arrumar confusão, com quem quer que fosse.
Por isso, Seu Rubens, ao perceber a intenção do rapaz, tranqüilizou-se.
Tratava-se de um rapaz responsável.
Assim, não teria problemas.
E não teria mesmo problemas, não fosse um acontecimento que modificaria a vida de Fábio.
Vou lhes contar.
Quando finalmente chegou ao colégio, o rapaz, foi logo se dirigindo a sala dos professores.
Lá, como fazia normalmente, após alguns minutos de conversa com os demais professores, foi logo para a classe onde ministraria aula.
Mas, antes de chegar na sala, inadvertidamente, acabou trombando em uma de suas alunas, o que fez todo o material que carregava, cair no chão.
Esta, desconcertada, foi logo lhe pedindo milhares de desculpas.
Fábio, ao perceber o constrangimento da moça, foi logo dizendo:
-- Não se incomode com isso. Está tudo bem. – respondeu o professor, enquanto recolhia seu material.
Leonora, ao perceber isso, prontamente, começou a ajudá-lo.
Gentil, auxiliou-o no recolhimento de todo o seu material.
Enquanto, a aluna auxiliava o professor a recolher o material que ficara espalhado, os dois, em dado momento, entreolharam-se, mas constrangidos, desviaram os olhares.
Assim, voltaram a procurar por livros e apostilas.
Após, novamente a estudante se desculpou, e pediu licença para retornar para a classe.
E assim, mais uma vez, o professor ministrou sua aula.
E tudo transcorreu na mais perfeita ordem.
Mas, ao contrário dos dias anteriores, neste foi dado o primeiro passo, para que algo mudasse em vida.
O acontecimento de minutos atrás, causou-lhe uma forte impressão.
E envolvido nessa forte atmosfera, começou sua aula.
Mas antes disso, disse-lhes que inicialmente, explicaria o surgimento das primeiras civilizações. Após, passaria a falar dos Egípcios, Sumérios, Assírios, Hebreus, enfim de todos os povos, até chegar nos Gregos e nos Romanos.
Contudo, dada a vastidão do conteúdo, logicamente, não seria possível, falar sobre tudo, em uma única aula.
Enfim, só estava querendo colocar para os alunos, o seu plano de aulas.
E assim, primeiramente, passou a explicar:
"-- Inicialmente, para que se tenha história, é necessário que se tenha registros sobre determinada época.
Com isso, a partir de resíduos materiais ou escritos, se pode conhecer a origem de um determinado povo.
Por esta razão, quando uma sociedade inventa ou adota um sistema de escrita para fins de registrar sua cultura, diz-se então, que ela tem uma história, posto que as gerações futuras poderão estudar os fatos passados por meio de documentos escritos.
Dessa feita, é possível afirmar que as sociedades sem escrita, encontram-se ainda em alguma fase da Pré-história e as sociedades com escrita, numa determinada fase da História.
Assim, quando as sociedades apresentam um sistema de escrita, são civilizações.
Por isso pode-se dizer, que quando surgiu a escrita, já havia a propriedade da terra, a metalurgia, o Estado, e a sociedade estava dividida em classes.
Portanto, a história das civilizações, está marcada por todos esses acontecimentos.
E assim se denota que o surgimento da escrita foi resultado da formação do Estado. À medida que as funções de reis e imperadores se estabeleciam, criava-se um corpo de funcionários públicos, uma forma de burocracia do Estado. Estes, estavam encarregados de anotar os gastos e coletar impostos.
E para tanto, esses trabalhos exigiam o uso da escrita. Também por isso, a época em teve início a história, com o surgimento das primeiras civilizações, é conhecida como Idade Antiga.
Esse período inicia-se em 4000 antes de Cristo, aproximadamente, e termina em 476 depois de Cristo, com a queda do Império Romano.
Ademais, a maioria dos Estados de que se tem notícia, formou-se na região conhecida como Oriente Próximo.
Correspondem às civilizações que surgiram e se desenvolveram por meio da agricultura praticada nas terras cultiváveis às margens de grandes rios como o Nilo, o Tigre, o Eufrates e o Indo.
Essas civilizações, controlavam a água dos rios, construindo açudes e canais de irrigação.
Devido ao seu grande porte, as obras de controle de águas eram empreendidas pelo Estado, que passou a ser proprietário de terras, além de dirigir todos os aspectos da sociedade.
Além disso, boa parte da população, compunha-se de camponeses, que pagavam impostos na forma de produtos, e de prisioneiros de guerra, transformados em escravos."
Nesse momento, Fábio, aproveitou para fazer uma breve pausa para responder algumas das perguntas dos alunos.
Assim, enquanto respondia as perguntas dos alunos, aproveitava para olhar para o lugar onde Leonora estava sentada.
Como a moça estava ocupada, realizando suas anotações, não pôde perceber que o professor olhava para ela.
Estava entretida demais com a aula para notar qualquer coisa.
Além disso, apesar de o professor olhar em sua direção, o mesmo o fazia de forma discreta.
Não queria chamar a atenção.
Assim, nem mesmo as colegas da moça, que sentavam-se perto dela, perceberam os olhares do professor.
Com isso, depois, de responder algumas perguntas, continuou a aula.
Ao retomar as explicações, começou falando do modo de produção asiático.
Com isso, começou dizendo que esse modo, caracterizava os primeiros Estados que surgiram no Oriente Próximo, Índia, China e África.
A agricultura, era a base econômica desses Estados, sendo praticada por comunidades de camponeses, que ligados à terra, não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de escravidão coletiva.
Nesse regime, todas as terras pertenciam ao Estado, que representado pela figura do Imperador, Rei ou até mesmo Faraó, se apropriavam do excedente agrícola, distribuindo-o entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros.
Com isso, nesse Estado poderoso, Reis e Imperadores eram considerados verdadeiros deuses, e intervinham diretamente, no controle da produção.
Nos períodos entre as safras, por exemplo, era comum o deslocamento de grandes levas de trabalhadores – servos e escravos – para a construção de obras públicas, principalmente canais de irrigação e monumentos.
Esse tipo de poder, era também denominado despotismo oriental e foi marcado pela formação de comunidades agrícolas e pela apropriação de seu excedente.
Tal fato, caracteriza a passagem das sociedades sem classe da Pré-História, para as sociedades de classe do período histórico.
Neste tipo de sociedade predominava a servidão coletiva e o trabalho escravo, já existindo a exploração do trabalho e a divisão social entre explorados e exploradores, muito embora a propriedade privada fosse pouco difundida.
Enquanto terminava sua explanação, diante dos poucos minutos que faltavam para o término da aula, o professor então disse aos alunos, que só trataria do Egito, em sua próxima aula.
Com isso, após o término da aula, Fábio então, retirou-se da sala, e foi então a outra classe.
No entanto, deve-se ressaltar, que durante todo o período da aula, o professor sempre que podia, olhava discretamente em direção a Leonora.
Em dado momento, procurando  disfarçar, passou a olhar para outras direções, mas não adiantava. Seu interesse estava em outro lugar.
Muito embora ele ainda não soubesse, brevemente, ele iria perceber.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

DECORAÇÕES NATALINAS - PARTE III

E agora, a última parte.

Também foi feita uma singela decoração no local de trabalho.
Com a montagem de uma árvore com seu pé reformado, de madeira (ficou lindo).
A qual foi colocada em cima de um dos inúmeros armários.
Nela foram colocados laços vermelhos aramados, laços dourados, enfeites feitos de tiras de rolo de papel higiênico e glitter, correntes com pinhas, bolas de papel coloridas de giz de cera, estrelas de glitter, e anjos de papel sulfite branco.
Em uma estante, foi fixado um papai noel, por meio um gancho de fio de luz rígido, bem como: guirlandas e uma estrela de natal dourada.
Árvores de Natal foram colocadas, sendo uma enfeitada de festão, e outra repleta de presentinhos e papais noéis, em cima de um armário, junto a um estandarte e um papai noel clamando por doces. 
Ao lado das "baias" (prefiro dizer, estação de trabalho), foram colocados vários festões.
Em minha mesa, uma pequena árvore enfeitada de fitas de cetim.
Tudo modesto e legal, na minha opinião.
Um Feliz Natal a todos!

E que venham as fotos:











DECORAÇÕES NATALINAS - Parte II

E retomando o espírito natalino, trago, mais enfeites natalinos, como um painel de pisca-piscas fixados na parede.
Uma pequena Árvore de Natal com bolinhas douradas e pisca-pisca.
A noite, fica iluminada e linda a decoração singela.
Em outra porta um sino.
Em uma janela externa, um festão prateado e bolas coloridas e com glitter, enfeitam a fachada.
Nos fundos, festões com decorações com tiras de rolo de papel higiênico com glitter, papéis noéis coloridos, e balões coloridos, enfeitam uma janela.
No interior, mais festões com decorações de tiras de rolo de papel higiênico e glitter.
Ufa!
Ainda bem que o Natal é longo, para tanta decoração e tanta imaginação!
Sem contar a decoração do local de lavoro.
Mas esta será outra postagem.

Enfim, vamos as fotos:









Decorações Natalinas!

Já faz um bom tempo que venho pensando em incrementar a decoração natalina.
Comecei os primeiros passos em 2016, em novembro ou outubro, não me lembro ao certo, assistindo vídeos e tutoriais na internet, sobre como elaborar enfeites e ornamentos, com produtos baratos. Descobri o rolo de papel higiênico, cortado em tiras finas, e suas várias possibilidade de montagens com cola quente, e posteriormente aplicação de cola branca e glitter.
Também, aprendi a confeccionar flores de papel higiênico, e papel crepom.
Para colocar os enfeites pela casa, minha mãe me deu a dica de comprar vários festões e com fitas de cetim, e fazer ganchos de fio de luz rígido, colocá-los nas janelas, na parte interna dos quartos e da sala, juntamente com o trilho das cortinas.
Somente em um dos quartos, onde a janela não pega chuva, os enfeites também foram colocados do lado externo. 
Também, aprendi a confeccionar anjos de papel sulfite.
Em alguns, cabeças com bolinhas coloridas e brilhantes, são coladas, em outros, um papel sobre o outro formam as cabeças.
Com o tempo, passei a colorir os anjos com giz de cera sobre o papel sulfite branco, e o resultado ficou muito bom.
Este ano, elaborei mais alguns enfeites com tiras de rolo de papel higiênico, decorados posteriormente com glitter, fiz alguns anjinhos de papel sulfite coloridos e balõezinhos de papel sulfite verde, e outros papéis brancos (coloridos com giz de cera).
Ficou tudo lindo!
Também, aproveito as árvores da páscoa (feitas com galhos de árvore secos, fixados em argila seca, e decorados em um vaso com pedras brancas - conto sobre isto depois, ao falar da decoração de páscoa - que ficaram permanentes na decoração), para colocar bolas natalinas.
Na entrada da casa, uma guirlanda enfeitada de conchas e um grande laço.
Também é colocado um presépio, para atestar o nascimento de Jesus, papais noéis, além de castiçais comprados tempos atrás e três castiçais, feitos inteiramente de conchas, e decorados de bolas, folhas artificiais e laços. 
Tudo muito lindo!

Agora, sem mais delongas, vamos as fotos:













Estrelas

Estrelas que se despedem da plenitude da morte, o fim da noite.
A natureza amanhece, a rósea manhã que desabrocha em flor mostrando seus delicados arranjos, com as flores que num imenso jardim de primavera exalam seu perfume, doce aroma da juventude.
A brevidade da mocidade, seu aroma, seu frescor, o brilho matinal que descora a velhice da noite, a manhã clara que dá lugar ao sol intenso, a luminosidade que repousa sob as flores no jardim no fundo da casa.
Repleto de rosas tão lindas quanto sua brevidade.
A juventude que com o passar das horas se desfolha, esmaecendo seu vermelho cor-de-sangue, intenso.
Empalidecendo seu doce aroma, enlevando-se pelo vento na amplitude, desmaiando em sua vida e morte serena.
Cansaço de uma breve existência sublime, a aurora da juventude dispersa, perdida, nunca mais será retomada.
A juventude perdeu-se, desfolhou a coroa do perfume que suplantara de outras flores, a vida que se esvai em sangue e apelo.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução deste material, desde que citada a autoria. 

Tarde Bela


Tarde Bela
Uma bela tarde que se transforma, o sol intenso rebrilha sobre as folhagens.
Domingo de sol, dia de um verdadeiro descanso, o sétimo dia da criação.
Nada de grandes chuvas entorpecentes, a aurora que se afasta temerosa de toda essa claridade. Domingo, dia de longos passeios, domingo no parque, tarde na praia de areias douradas quando se entra no mar.
Passeios vespertinos, mãos dadas, namoricos.
O sorvete, o cinema.
A tarde ensolarada e vaporosa de leves roupas, grandes contrastes.
A rosa, imensamente vermelha que desabrocha no chão rústico da calçada por onde passam tantos jovens que não percebem que a poesia está em todos os cantos.
Na delicadeza vaporosa da tarde, no encanto do mar, na beleza apaixonante da flor que está em sua plenitude e que em breves instantes desfalecerá.
Perderá seu viço assim como esses jovens perderão sua juventude ao cair da tarde.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução deste material, desde que citada a autoria. 

Oração Outonal

Agora que as letras aqui traçadas ganham forma, vou contar-lhe uma breve história.
Aquela que está perdida no tempo.

“Certo dia, perdido na distância do tempo, agora distante, um pequeno lugar, onde plantação colhia, e agora tão longe está.
Uma modesta casinha que de longe se avistava, muitos amigos havia... muitas coisas para contar.
Um grande campo verde se avistava, colinas perdidas, outros campos perdidos onde plantações se davam.
As velhas canções entoadas, velhas modas de viola, romarias, procissões... o som de uma velha canção que ao coração acompanha.
Saudade que não mais resiste a emoção do eterno lembrar.
Fotos conservadas com nítidas cores na parede de nossas memórias.
Salvaguardadas contra as intempéries do tempo.”

Destas lembranças, tenho mais uma a te acrescentar.
Este cartão que lhe damos como uma pequena mostra na forma de parabenizar-te por teus anos.
Oh! Oh! Parabéns!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução deste material, desde que citada a autoria.