Poesias

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Uma lembrança de um dia

Uma lembrança de um dia
As flores que te ofereço não são estas que aqui estão estampadas.
Não são tão vivas como as flores de um jardim, mas estas posso te oferecer.
“A margarida em flor neste papel vermelho-apaixonado, em que escrevi estas palavras que trago num cartão.
A rosa desabrochou em tons vermelhos em contraste com o papel se elevando a todas as outras flores. A tulipa vermelha quase sumiu constrangida de seu vermelho diante da rosa esplendorosa que se abriu no papel.
Que vergonha!
O girassol amarelo iluminou a vermelhidão do papel paixão.
A margarida branca em contraste com o papel vermelho. A flor amarela que não se abriu e da qual eu não sei o nome, e a flor lilás que pela flor sem caule, rasteira vive no chão.”

Todas as flores de um jardim não são iguais a rosa e nem a superam em esplendor e brilho.
A rosa é a mais linda das flores da criação, nenhuma outra a supera em beleza.
Ainda que todas sejam belas, a rosa se sobrepuja em beleza.
Felicidades.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.









Para tão bela rosa


Para tão longo tempo, tão longo destino que por tão curta lembrança desfaz a esperança.
Andança por detrás da criança se faz por lembrança que nunca traz o destino.
Criança, tão curta memória nos traz, a lembrança de um nova esperança.
Desfeita a esperança que se desdobra em criança que nunca sabe de si.
O futuro que a todos pertence não é de ninguém, pois ninguém faz o destino e o destino é o futuro.
O destino é o presente no momento em que se realiza e a esperança é o que nós fazemos hoje e agora. Por isso não te preocupes quanto ao futuro que é incerto, asseguro, e sim com o momento que se faz despertar.
O hoje vale mais que o amanhã.
Aurora dos novos tempos.
Serenou a madrugada com suas luzes orvalhadas, com sua clara jornada de esplendor.
O hoje mais vale que o amanhã, que é incerto, duvidoso, por decerto curioso mas por demais perigoso por que nunca se chega a ele e sim ao seu presente.
E este é o presente que estou a lhe ofertar pelo dia de hoje, que um dia se tornará passado.
Um lindo dia do passado que estará marcado por um fato comemorado e nunca lhe será negado.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Congratulando-te


Congratulando-te
Hoje, sendo da não distante e querida, a eterna maravilha de se fazer mais viva a vida do instante que passa, primavera escassa que devassa o íntimo do momento presente.
Adorada Volga de um lânguido rio que escorre a solução de emoção, sendo que flores desabrocham em sua margem.
Cores vivas, a primavera enfinda, luzes que não se apagam.
O barquinho escorre navegando pelo Rio em Volga, Rodovia Transiberiana que corta o país em longos trilhos desbravando a primavera.
Longas geleiras eternas, solitária imensidão gelada que corta o coração solitário de quem anda só.
A neve que castiga a pele leve e clara.
Mas ventos lentos levam o gelo longe e trazem de volta a primavera que há pouco partira.
Sinto dizer, mas o tempo, longamente passa e com ele arrasta a nossa eterna primavera, levando nossa eterna juventude, mas nos enche de lembranças.
Recordações de um grande álbum de retratos guardado em nossa memória.
Para sempre lembranças...
Mas ainda assim digo-te.
Congratulações.
Parabenizo-te, pois hoje fazes anos!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

“Por um momento!... ouça o silêncio dos pássaros”


“Por um momento!... ouça o silêncio dos pássaros"
Por um momento procuro a soma dos valores para dizer-te algo que já não digo.
O presente momento em que torna-se mais um dia de felicitá-lo por estar aqui presente.
Pois foi você que contribuiu para que neste momento estivessemos aqui para te parabenizar por seu dia.
Meu pai, o dia em que farás com que este não seja um simples dia comum, e sendo, somente sendo, uma data singela e radiante, por seu valor em si.
Um grande arco em vitória que se ergue em triunfo por sobre uma grande avenida, que dá espaço aos carros que por ali passam.
O choro silencioso dos pássaros que sobrevoam as margens do Rio Sena.
Suas lágrimas inundam as águas do rio, que transborda em plátanos e ciprestes e que nos enleva a antiga Grécia mítica.
Agora me despeço, um breve abraço.
Até breve.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

‘Despedidas’

Neste instante, que viemos nos despedir através destas palavras, podemos dizer o quanto foi importante o ano que se findou, com tudo o que aprendemos.
Os frutos que colheremos desta longa jornada em breve se tornarão outras oportunidades.
Cada um seguirá seu caminho sem nunca se esquecer do que lhe foi ensinado.
Palavras e idéias que, lançadas em terreno fértil e sólido se concretizarão numa nova realidade. Talvez venturosa para quem souber vivê-la, ou talvez triste, para quem abandoná-la.
Abandonar a luta, a dura tarefa inglória de sempre querer saber mais, entender melhor o mundo que se transfigura a cada instante.
Os nossos mais sinceros agradecimentos a todos aqueles que nos fizeram e nos transformaram em pessoas melhores.
Nossos pais que sedimentaram nossa educação com o simples cotidiano e os professores que completaram essa dura tarefa que é formar um ser humano.
A todos aqueles que seguiram conosco até aqui nos ensinando, e mesmo os que não seguiram conosco nesta longa jornada de escola.
Os professores que foram nossos primeiros mestres, que nos introduziram ao mundo das letras e dos números, do raciocínio e da lógica.
A todos que persistiram nos estudos provando que este é ainda o melhor caminho.
Escola, berço do futuro, onde tudo começa.
No momento solene em que as palavras enlaçam os ouvidos e através dele se fazem ouvir, façamos tudo bem para nossa despedida.
Os tempos de escola que tão longe ficarão na estrada da vida.
Tudo que com o passar dos anos parecerá distante.
Quem sabe um lindo amanhã de sol nos espera para com ele germinar nossas esperanças.
Quem sabe o futuro, tristeza de quem vive o presente.
Mas não nos percamos em divagações filosóficas.
Apenas desejamos a todos muitas felicidades e um grande futuro.
A todos, professores, pais e alunos, um bom futuro.
Que ótimos dias se sigam daqui por diante.

 A todos, boa sorte!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

CULINÁRIA - SUCO DE MILHO

SUCO DE MILHO - RENDIMENTO: 12 PORÇÕES

INGREDIENTES:

5 espigas de milho
1 xícara de chá açúcar
6 xícaras de chá de leite
3 xícaras de chá de água
1/4 de lata de leite condensado

MODO DE PREPARO:

Retire os grãos de milho das espigas com uma faca.
Bata no liquidificador, o milho, 3 xícaras de leite, 1 1/2 xícara de água, e o açúcar.
Levar ao fogo até engrossar bem.
Deixe esfriar.
Bata no liquidificador esse curau com o restante da água e do leite, e acrescente o leite condensado.
Leve para geladeira.
Sirva bem gelado.





Uma história para contar

Uma coisa muito antiga aconteceu porventura em um lugar distante.
Vou lhe contar uma linda história de uma indiazinha.

“Seu nome era Jaci.
Conhecida como filha da lua, era adorada por todos os habitantes de sua aldeia.
Jaci, costumava passear pela floresta e sentar-se a beira de um lago.
No lago costumava pensar sobre o amor que viveria.
Um lindo índio a levaria para longe de sua tribo?
No entanto, por mais por mais que perguntasse não encontrou resposta, e triste voltou para casa, sua oca, onde ajudava a fiar e tecer.
Outro dia voltou ao lago para pensar.
Ficou admirando a beleza do lago.
Suas águas límpidas das quais retiravam os índios o seu sustento.
Usavam também as águas para se refrescarem, pois não tinham vergonha da nudez.
Vergonha imposta pelos brancos durante a colonização.
A indiazinha contemplou tanto a beleza das águas que nem sentiu o tempo passar e a noite chegar com suas estrelas brilhantes, e a lua prateada e redonda, com sua luminosidade refletida nas águas do lago.
A noite que foi trazida pela curiosidade dos índios era a clara forma de prisão de uma nação.
Jaci então se espantou com o espetáculo da lua, pois nunca tinha visto coisa assim antes, e de tanto contemplar a lua refletida nas águas se enamorou desta.
Queria a lua perto de si, e foi triste que ouviu os chamados de “Jaci, Jaci”.
Ouvindo ser chamada, ficou entristecida e começou a chorar.
Não queria voltar para casa, queria estar perto de seu amor.
As lágrimas começaram a tomar forma.
Como os chamados não cessaram, num desenfreado desespero Jaci se atirou para dentro do rio. Amanhecendo novamente, o luar se despediu com seu brilho noturno e deu lugar ao astro-rei, o sol maior.
O dia transcorreu em trabalhos.
Os índios foram caçar, outros foram pescar.
As índias teceram e fiaram lindas redes, cocares, coisas mil.
Cuidaram da oca e do futuro de sua tribo.
Anoiteceu novamente e com a noite liberta de dentro de um coco, veio a lua, também chamada Jaci, e no lago em suas águas agora mais elevadas, surgia uma bela flor aquática com uma bandeja verde e no centro uma delicada flor vermelha.”

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.