Poesias

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Por-se ao Sol

Avistar lindas paisagens,
Dispersas por entre a ramagem,
Da selva de concreto,
A assolar as cidades

E um por do sol alaranjado
Com sol amarelado,
Envolvido em tons laranja,
Desfalecendo

O astro, luminoso satélite
A se esconder, em meio a construções
As feias construções,
Ao longo do lugar,
A obstaculizar o acesso,
A tão lindo espetáculo!

Entre uma passagem e outra,
A se revelar aos poucos,
Em todo o seu esplendor
A certa altura,
Depois de brincar de aparecer e se esconder,
A por completo desaparecer

E o azul a predominar no cenário
A noite pouco a pouco a tomar conta do lugar
Paisagem sem lua,
Com uma estrela imponente a brilhar

Árvores secas,
Com suas folhas abandonadas,
A contrastar com a escuridão da noite,
Revelando suas formas sutis

Mil tarefas a cumprir,
Atividades a desempenhar,
No novo dia que irá chegar

Distração e lazer,
Nas poucas horas que se tem,
Para enfim poder descansar

Tevê, internet,
Um mundo inteiro para se devassar,
Coisas novas para se saber,
A vida inteira para se descobrir,
Entre músicas, melodias, escritos,
Encantamento
Quanto deslumbramento,
A vida nos traz
Surpresas inigualáveis,
Lindas posturas, gestos, vozes,
Desempenho

E a presença da inventividade humana,
Esta força avassaladora,
Que a tudo constrói,
E que a tudo pode destruir

Uma vida interior para se criar
E assim a melhorar a atmosfera ao redor
Tornando nossa existência,
Algo melhor para contar!

Colocar-se diante da vida,
Por-se ao sol,
Apreciando lindos cair da tarde,
Amanheceres de novas esperanças,
Melhores alentos

Em um por-do-sol,
Amarelo alaranjado,
Com um sol deitado,
A exibir em todo seu esplendor,
Sua arredondada forma,
Enfeitando um cenário de parcas árvores

Verde área, ladeada por alguns ciprestes
A natureza a brigar por seu espaço
A mostrar que o concreto,
Não predominar deve,
Em meio ao cenário citadino
Neste meio também havendo espaço,
A plantas e flores,
No passeio de carros e ônibus

E o por-do-sol,
A se acompanhar!
Lindo espetáculo da vida!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Por um instante

I
O azedume das pessoas a se fazer assaz distante
Palavras duras, ideias preconceituosas
Gentes que em vão criticam
Sem ao menos conhecer o objeto de seus malefícios

Palavras ferinas proferem, sem o saber da causa
E sem caírem em si, e sem ao menos darem-se conta,
De que estão a falar de si mesmos,
Quando pensam estar a falarem dos outros

E assim, após chegar a esta conclusão
Nunca mais tempo perdi,
Com pessoas e coisas que não valem a pena

Por que a pena, é valiosa demais,
Para se deixar levar por leviandades
E por que o todo é válido,
Se a alma for grande o suficiente para se aperceber disto

E assim, tento fazer por merecer,
Este belo pensamento em forma de poesia ...

II
Se todos ouvissem antes de falar
Se todos pudessem ler as palavras que escrevo
Quem sabe de lição serviria para todos nós,
Que falamos sem pensar!

Fica aqui o recado:
Antes de invejar e criticar,
Procure fazer sua parte, procure fazer melhor!

III
Tempos frios,
E o sol a dardejar seus louros raios de sol
Por um horizonte lúgubre de sombras e nuvens
Tímido sol por entre a tarde chuvosa

Céu azul triste e chuvoso
Ventos bravios percorrem a costa,
A devassar os mares
Mares de águas azuis, quase límpidas
E a revirarem sombrinhas

Tempos frios, de muitas águas
Chuvas perenes, quase a fazer parte da paisagem
Eternais!

Muito embora não sejam as de março
Chuvas a regarem os jardins
As plantas, as flores de manacás repleto de botões

Chuva que nos faz ficar introspectivos, pensativos
A curtir, sons e alegrias de novas melodias
Novas canções e novos jeitos de se ver a vida
Com cada artista imprimindo seu jeito próprio de fazer as coisas
Beleza em forma de poesia

Passeios de guarda-chuvas, pés molhados, capas de chuva
Poças d’água, plantas regadas por águas celestiais
Manancial de vida, fertilidade, providencial
E o dia a findar-se,
Com os tímidos raios louros do sol, por se afastar

IV
Mais tempo para se pensar na vida
Refletir, trazer a tona, o que traz dentro de si
Reverberar para fora, o que se traz ínsito em si

Deixar para trás as mágoas e os rancores
Deixar quem se pensa vítima do mundo, de lado

Cada qual com seus traumas e medo
Que eu também tenho os meus para cuidar
Minhas feridas para curar,
Já que ninguém cuidará delas para mim

Já que não importa o que faça,
Não fará diferença para muitos,
Então, ao menos que o faça para mim

Que eu seja feliz,
Apesar dos olhares maldosos,
Das palavras maldosas,
Dos pensamentos maldosos

Não vim ao mundo,
Com a obrigação de agradar gregos e baianos
Vim ao mundo apenas com a obrigação de ser feliz

E se puder,
Contribuir de alguma forma para melhorá-lo
Assim como tantos outros,
Que nasceram com esta destinação
E que ainda não se aperceberam disto

Pensar na vida, como forma de fazê-la melhor
Não para cuidar da vida dos outros
Pois quem assim age é frustrado

E eu que ainda tenho tantos sonhos para correr atrás
E quem sabe alcançá-los e com eles caminhar,
E quem sabe ao lado deles ser feliz e me realizar

Refletir, pensar, reverberar,
Os pensamentos e sonhos bons que tenho na vida
As boas coisas que trago em meu peito
Que por vezes chora em prantos
De dor, de tristeza e de revolta
Mas que também é capaz de chorar de alegria

V
Acompanhar lindas apresentações,
Na tela do computador
Como a da jovem moça ...

A cantora, envolta em atmosfera de brumas
Como se em nuvem estivesse a pisar
Com as projeções do telão, a mostrar folhas em planta a crescer
Impressão causando, de leve voo
Estando a cantora, a certo momento a pousar

Como uma cenografia em pedras
A singela cantora, com sua imponente voz,
Sentada neste cenário, tendo ao fundo, imagens de cachoeira
Linda, com seu top rebordado em brilhos, calça jeans justa
Cintura delicada, delgada,
Mais assemelhada a uma sereia

Em outra parte do show a dar lugar a uma menina do interior
Caipirinha, a cantar suas próprias canções,
Entre sucessos de muitos cantores de antanho
Em cenário a lembrar as festas juninas
A recordar em fotografias,
Seus tempos de criança

Cabelos repartidos em dois longos rabos de cavalo,
Violão enfeitado de fitas coloridas e encapado de flores
Forró e sertanejo a se misturarem
Com muito gingado
E o bailado a reinar animado

Em dado momento, com um vestido longo amarelo,
A moça canta a bordo de uma lua prateada
Sentada em sua curva, tendo ao lado seu violão
Cantando mais uma bela canção

Muitos efeitos especiais,
Telão a frente do palco, e outro logo atrás
Mergulho a bordo de um lindo e simples vestido branco

Em outro momento do espetáculo
Floresta de árvores secas no telão
Capuz e postura estática a cantar mais uma canção
Para ao final da apresentação,
Lançar a capa com o capuz ao chão

E logo em seguida,
Adotar uma nova postura e entoar canções mais animadas
Até o fim, ao som especial, a bordo
De um “Pássaro de Fogo”
Com belas imagens de um cavalo, e flores ao fundo

Lindo dom de encantar!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Poéticas

I
As flores claras iluminam os dias
E as flores de matizes escuros, clareiam o luar
A escuridão dissipa as flores e os tons
Obumbra os limites, as divisões
Sinto saudades das canções
E da sutileza dos detalhes

II
A alegria chama imensurável felicidade

III
Passadas na areia, a molhar os pés na água azul do mar
Mar azul profundo, de ondas brancas, a revolver o fundo, as areias
Areias que tingem de escuro, as águas revoltas do mar
E gelam os pés dos caminhantes da sua margem
Ir e vir das ondas, as vagas
Os desenhos das águas a recortarem as areias de azuis ondeantes
Areias ondulantes, envoltas em água e espumas
Lindo sol a brilhar no mar
A contrastar com o vento a gelar os corpos dos passantes
Tempo inconstante
Passeios constantes, em meio as frias águas da praia

IV
Ninguém é feliz o tempo inteiro e tampouco infeliz a todo o momento
A vida se compõe de venturas e desventuras afinal

V
As pessoas não são somente felizes,
Muito menos inteiramente tristes
E quem ó é, pobre miserável!
Não sabe o que é a vida,
E tampouco entende a vida que tem!

VI
A vida só gosta de quem gosta dela
E nós somente amamos, a quem verdadeiramente gosta de nós
Ao menos, deveríamos lutar, para assim sermos
Amarmos a vida para que ela a nós ame,
Como no sábio adágio,
E devotarmos nossos afetos, apenas a quem bem merecê-los
Nada de lamentações inúteis,
De nos ocuparmos do que não nos interessa
Entender o feio, o triste, o desagradável
Mas não deixar que as veleidades nos contaminem
E assim, amarmos a vida, não só no que tem de belo,
Mas ainda assim, amarmos, pois só assim ela nos mostrará o belo

VII
Em sendo a dor inevitável,
Muitas vezes também é preciso vivenciar o sofrimento
Deixar que ele se desenvolva,
Nasça, cresça e morra, dentro de nós
Para que não mais volte a nos assombrar
A fuga, melhor opção não é
E o sofrimento pode ser opcional,
Mas nem sempre, empreender fuga, produz bom resultado

VIII
O sol nasceu para todos,
Mas a sombra é somente para quem bem merecê-la
São os dizeres graficamente dispostos nos muros da vida

IX
Como já dizia, melodiosa canção
De repente, as coisas mudam de lugar
E quem perdeu, pode ganhar
A velha máxima do mundo que muitas voltas dá
E quem no poder agora está,
Amanhã não mais poder terá
No ostracismo posto serás, se o bem merecer
E reconhecido pela história, se o bem fizer
Nos ciclos enfindos da vida

X
Faças o melhor que puder com a vida que tiveres,
Pois o melhor dos mundos retornará para você

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Percorrendo Caminhos

Pedregosos caminhos
Ladeado por ondeantes águas marinhas revoltas
A bater em pedrarias

Pedras a formarem,
Os caminhos que nos levam as passadas da história
Mar bravio a bater,
Nas laterais das pedras que compõe o caminho

Hoje com passarela a facilitar a passagem
Onde outrora passou Anchieta a pregar e catequizar, confortar
E a escrever nas areias da praia
Lindos poemas que mais tarde foram escritos e impressos,
Sendo assim preservados das areias do tempo

Caminhantes em históricos caminhos
Lentos passos em direção a rochosa construção
Criada e esculpida por divinas mãos

Pedra a servir de leito
Apoiada em outras pedras
A servir de abrigo, como se fora gruta
Com cobertura

Anchieta recostado visualizando o mar ao lado
Tão próximo, em suas diversas formas,
Ora calmo, ora revolto
Cenário mágico de tempos de agora,
E de tempos de outrora

No alto, casas, construções, residências,
Onde antes fora seu Púlpito
Visão a se admirar

Praia afastada do Centro,
Movimentado, caótico
Mas a preservar algumas históricas construções,
Com adaptações, cores e releituras

Do outro lado da praça,
O Cruzeiro, e uma antiga Igreja,
Tendo ao lado, ruínas de pedra
Com linda visão do mar da cidade
Itanhaém, com seus murmúrios de pedra!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Outros Tempos

E a chuva que não para de cair
Janelas recobertas de brilhos efêmeros
E o dia escuro e triste

Odisséia para se chegar a algum lugar
Adequadamente paramentada para a frialdade dos tempos
Longo casaco negro, vestido de lã, blusa de lã, botas, luvas
Luta por um melhor lugar neste mundo inóspito
Selva de um ideal civilizatório

Saudades de um mar, de espumas brancas
Claro límpido
Com suas espumas a brilharem de azul em meio a noite nublada
O movimento das águas a espalhar partículas de luz azul
E o horizonte em tons marinhos

Belos momentos para se afastar dos falatórios
A só se pensar na beleza da vida
A se esquecer das maldades e competições
Esplendor

Gaivotas a voar
Superfícies de gramas, cobertas de água clara
Resultado das chuvas que não param de cair
A cidade em azul permanente
Peruíbe a mais parecer a cidade das águas
Águas que nunca cessam

E agora a chuva ...
Chuva novamente, não bastasse a semana de antanho
Igualmente chuvosa

As gotas na janela, a produzirem singelos brilhos
E eu a dedilhar as letras, em um velho teclado
Cadeira em desalinho
Estando em São Paulo

O prédio a frente, branco,
Com janelas quadriculas ovais
De aspecto soturno e abandonado
Estranho lugar
Por cá, estranhas paragens
Olhos sequiosos de belezas,
Em meio a fealdade das construções

A chuva, ora a chuva, continua a cair
Chuva perene,
A fazer-se dama de companhia para a tarde triste
A chorar a chuva constante
Lembrei-me de outra linda canção
Diante deste tempo terrível,
Dia taciturno e triste, tenso

Somente ao cair das horas,
A chuva junina se dissipou
Atenta, procurei partir

Regressei ao meu lar de novos modos
E percorrendo novos caminhos,
Descobri uma nova forma de as mesmas coisas fazer

Um horizonte de novas possibilidades
Novo ambiente
Ou um museu de grandes novidades,
Como diria Cazuza

Em tempo, ao chegar ao lar
Pude me ocupar de minhas coisas
Novos projetos realizei
Fotos finalmente pude apreciar

Lindas paragens de verdes paranaenses, sulistas, e peruibenses
Veredas mil, a compor este imenso e colossal
Vasto, varonil, meu Brasil!
E o tempo a passar ...

Nas manhãs madrugadeiras
Percorri os mesmos horizontes sob novo prisma
As brumas densas
A lançarem um quê de branco sobre a noite escura
E o frio a nos rondar

O trolebus a passar rapidamente,
O trem a andar no mesmo embalo
Cadente velocidade
Cheio das gentes em seu interior
O metrô linha verde, repleto como sempre

E eu entretida em minhas leituras
Agora a desbrava r a hermosa letra
De Federico Garcia Lorca
E seus poemas originais sobre o amor
Textos em espanhol, tendo ao lado sua tradução

E estando eu a ler,
E eu a decidir se o caminho fico a seguir
Pensei então descansada, em seguir até a Consolação

Ao lá chegar, atravessei longos caminhos,
Corredores extensos,
Cadenciados passos

O lado oposto a se avolumar
Para enfim, chegar a linha amarela
Com seus carros abertos
Podendo se passar de um lado para o outro

Muitas escadas para se acessar a linha vermelha,
Na estação a lembrar da coisa pública “res publica”
Enfim se chegar ao destino com folga

Trabalho para se realizar
Leituras diárias, notícias na internet
Raciocinar embalada por boas canções
A animar o trabalho

Outros tempos,
Pois na vida, há tempo para tudo
Trabalhar, estudar, ler, pensar, se divertir
Enfim, sobra um tempo até para sorrir

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Oratório


Em um singelo objeto de madeira trabalhado
Com uma bela imagem de santo adornado
Em seu abrir e fechar pendurado

Sacra imagem a simbolizar,
O abençoado lar
E a bons pensamentos lembrar
A todos os que ali ficam a passar

A passar e a contemplar,
A sagrada imagem a simbolizar,
Caritas e elevados pensamentos

Pessoas a passar,
Aqui e lá,
Lá e acolá

A passar e a penar,
E a duras penas a sofrer,
Diversas das asas leves de um pássaro,
A ágil voar,
Entrecortando os céus,
E os paramos do lugar
Vôo leve e sem dor!

Em contraponto a tão bela imagem,
A pairar em celestial cenário,
A miséria a nos assolar,
Mesmo quando dispostos não estamos,
A para ela olhar

Fica-se a pensar,
Em quanta miséria ainda no mundo há,
E o quanto de tristeza ainda existe para se eliminar!

Quantas tristezas sentidas,
Mágoas remoídas,
Lágrimas caídas

E a esperança de eterna renovação
Pois se diz que em todos os sofrimentos,
Há conforto e consolação,
E a inabalável esperança,
De que tudo irá melhorar

Afinal se como dizem:
Em ainda não estando bom,
É por que deveras,
Ainda não se chegou ao final!

Com isto, como que a inspirar,
Força e alento aos que sofrem,
Com a promessa das melhores esperanças
Um eterno esperar resignado

Como as imagens sacras,
Protegidas em um oratório de madeira
A olhar sempre para o mesmo lar abençoado,
Como que a todos pedir paz
Simbologia de uma religião,
Repositório de orações,
As mais breves e a mais inspiradas,
E que nestas preces seja sempre pedido,
Luz e paz, a nós todos

E que a miséria,
Um dia de nos seja arrancada,
Para que todos, iguais oportunidades,
Possam ter
Mas para tanto,
Devendo fazer por merecer,
A divina dádiva do bem viver!

E assim, nunca mais o sofrer
A tristeza a se afastar,
Diminuindo as duras penas do caminhar
Lentas passadas a dar,
E um melhor mundo para se conhecer!

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Oradas

Orago¹ das horas vagas
Alvorada dos novos tempos
Floradas as plantas,
De um imenso jardim de maravilhas
A desabrocharem em beleza e esplendor,
As suas mais exuberantes formas,
Cores e ornatos
A se criar um universo particular,
De paz imensa

Mergulho em felicidade
Templo de profundo meditar
Onde se pode o mundo pensar
E boas vibrações passar
Para que assim boa energia se possa espalhar,
Pelos ares do lugar
E assim, a tudo envolver em bons pensamentos

E aos poucos afastar,
As tristezas do lugar
Singela oração das manhãs
Esplendor de um novo dia em maravilhas!

Quanta coisa nova por se descobrir
Tantos insondáveis mistérios,
Para se desvendar!

Tantas sombras para se dissipar
Amarguras para se minorar
Suave pássaro de asas coloridas,
A sobrevoar as paragens,
Levando para longe todas as tristezas,
E os plangentes ais!

Oração que a todos conforta,
Trazendo consolação
E a desesperação enfinda,
A se afastar,
Com suas negras asas,
A rumar, para distante lugar!

Mire as belezas de um mundo,
Sem igual
Abandone as tristezas
Dispa-se das amarguras

E as dores que parte fazem,
De um maior projeto,
Cedo ou tarde passarão
Pois a vida já demonstra,
Que as coisas assim são!

Pessoas que sofrem,
Umas, fuga empreenderão,
Outras a enfrentarem a vida aprenderão
Homens, jovens, crianças e mulheres
Cada um sente a vida a sua maneira,
Com suas alegrias, suas cores, amores
As mães a seus filhos embalar,
Ou a sonhar com o dia em que isto o farão
A distância a separar momentaneamente,
Não é com efeito, definitiva
Como da mesma forma, os problemas,
A se encaminharem, a uma solução

E aos que sofrem,
Confiança no futuro,
Que certamente melhor será!

Oração de esperança a todos dirigida
Como a direcionar,
Uma melhor vida ao mundo
Bons presságios! Bons augúrios!
Boa sorte!

Como um balão de variegadas cores,
A subir rasgando os céus
No céu imaginário,
Onde majestosos balões,
Não caem ao chão,
Não incendeiam casas, matas e construções
Antiga distração, hoje proibida

As bandeirolas coloridas a tremular
Nos céus de minha cambiante saudade,
Nas minhas cálidas lembranças
A criança com seus vestidinhos,
Cabelos presos, chapéu de palha,
Maquiagem,
E as danças, as quadrilhas, os ensaios
Festejos de felicidades!

Boas lembranças a afastar,
A tristeza das horas vazias,
Do sofrimento do mundo, das gentes,
E a confortar
Pois nem sempre,
Podemos algo fazer para ajudar
Sendo a dor individual,
Somente a desejar que tudo,
Um dia passe

E esperanças também a passar,
Para os que do sofrimento,
Ainda não desfizeram as vestes

Sim, abandonem o oceano de tristezas
E mergulhem em lago profundo de esperanças,
Oração das melhores intenções!
E nestas orações, todos enxerguem,
Um mundo melhor de realizações!
Longe das tristezas que assolam o mundo,
As dores sanadas, os problemas solucionados
Orago de nossas melhores intenções!

Oração a cintilar os brilhos do mundo,
A beleza das puras mentes,
A doçura das melodiosas vozes
Anjos e seres celestes a nos envolver!
E a tudo simbolizar,
Uma singela expressão:
Amém!

Das oradas, mensagens direcionadas,
A nós todos

DICIONÁRIO: 1 Orago - Oráculo.     

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.