Poesias

segunda-feira, 13 de julho de 2020

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 79

CAPÍTULO 79 

Por fim, os pescadores comentaram sobre a ‘Lenda de Tupi’.
Tupi, seria um dos heróis povoadores do Brasil indígena, vindo com seu irmão, Guarani, de remota e misteriosa região além-mar.
Segundo a lenda, ambos formaram uma nação, que se dissolveu por intrigas femininas.
Os irmãos, chamados Tupi e Guarani, viajando sobre o mar, elegeram ao Brasil, e com os seus filhos, povoaram o país.
Mas um papagaio falador fez nascer a discórdia entre as mulheres dos dois irmãos, donde surgiram a desavença e a separação, ficando Tupi na terra, enquanto Guarani e sua família emigraram para a região de La Plata.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 78

CAPÍTULO 78

 Em seguida, com a ‘Lenda de Tupã’, 67 os pescadores comentaram que os tupis o consideravam personagem ligado aos trovões, às tempestades, às chamas e aos raios, que lhe eram atribuídos.
Na mitologia Tupi-Guarani, entretanto, Tupã era um personagem de segunda ordem.
Tupã, para os índios, é apenas um demônio que provoca chuvas, raios e tempestades, tendo uma missão civilizadora entre os homens.
Os catecúmenos 68 é que, já no período da colonização, principiaram a valorizá-lo como entidade idêntica a Deus.

67 (N. do Webmaster: Ameríndio, índio da América). Tupã, é um mito ameríndio do grupo tupi-guarani, e, igualmente do ciclo dos heróis civilizadores pois era crença de que havia ensinado aos índios os primeiros rudimentos da agricultura.
68 (N. do Webmaster: Catecúmenos, aqueles que se preparam para receber o batismo; cristão novos).

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 77

CAPÍTULO 77

Depois, veio a tona a ‘Lenda do Quibungo’, personagem do folclore afro-brasileiro, duende
dos negros bantos. 

Segundo a lenda, o Quibungo é uma espécie de Bicho-Papão negro, um visitante africano inesperado que acabou por se domiciliar na Bahia, onde passou a fazer parte do folclore local. Trata-se de uma variação do Tutu e da Cuca, cuja principal função era disciplinar, pelo medo, as crianças rebeldes e relutantes em dormir cedo.
O Quibungo faz parte dos contos romanceados, sempre com um episódio trágico ou feliz, mas sem data que o localize no tempo. É um Velho do Saco para os meninos, um temível devorador de crianças, especialmente as desobedientes. Sem dúvida um meio eficaz de cobrar disciplina pela imposição do medo.
Não há nenhum testemunho ocular de sua existência, mas, em meio ao universo infantil, existe como concreto. Dentro dessas histórias tradicionais, contadas para as crianças inquietas ou teimosas, ele se arrasta como um fantasma faminto, como um feroz devorador de meninos e meninas que distanciam dos seus pais.
É personagem da literatura oral afro-brasileira, com cruel voracidade, enorme feiúra, brutalidade e inexistente finalidade moral.
O Quibungo é ao mesmo tempo homem e animal.
Espécie de lobo ou velho negro maltrapilho e faminto sujo e esfarrapado, um verdadeiro fantasma residente nos maiores temores infantis.

Extraído dos sites: https://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/quibungo/ e https://www.sitededicas.com.br/folclore_quibungo.htm

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 76

CAPÍTULO 76

Também eles conheciam a ‘Lenda do Saci Pererê’.65
Negrinho de um pé só, com uma carapuça vermelha e cachimbo na boca.
É uma espécie de duende que vive de noite, a perturbar os viajantes e tropeiros, pedindo fumo e fazendo-os errar os caminhos.
E mesmo nos dias atuais, entre os roceiros, coloca-se fumo para o Saci nos galhos de árvores, a fim de afastar as suas diabruras.
Dizem que, de noite, faz trança nas crinas dos cavalos e costuma-se assobiar e gritar:
"Saci Pererê, minha perna dói como o quê!".
Tudo que se encontra revirado, da noite para o dia, nas fazendas do interior, é atribuído a esse pitoresco demônio do folclore Brasileiro.
Além disso, tem especial prazer em azedar o leite, gorar os ovos das galinhas e impedir o milho-pipoca de rebentar.
Porém ali na região, onde os índios ainda vivem, o primitivo mito 66 do Saci-Pererê, sobrevive sob forma do pássaro encantado Matinta Pereira, que traz desgraças e sofrimentos.
Porém, aos poucos, o Saci adquiriu feição de moleque brincalhão.
Outra transformação, que existe, e também é conhecida por alguns dos pescadores, é a versão de Romãozinho, também um negrinho notívago que faz estripulias nos terreiros e, às vezes, dentro das próprias casas.
Em torno desse personagem se formou uma lenda: Romãozinho era um negrinho desobediente e mau, que bateu em sua mãe, e foi condenado a perambular de noite pelos campos e matos.

65 Mito do folclore Brasileiro, bastante difundido de a Norte a Sul, através de inúmeras variantes: Saci Cererê, Saci Taperê, Mati Taperê, Matinta Pereira, Martim Tapirera e Martim Pererê. O mito tem procedência ameríndia, de fonte tupi-guarani. Teria sido, primitivamente, um mito ornitomórfico: pássaro encantado e, ainda hoje, em diversas versões, o saci é uma ave. Porém depois, transformou-se, depois, em mito antropomórfico: um negrinho de um pé só. De todas as formas esta última é a mais popular. 
66 Ornitomórfico. 

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 75

CAPÍTULO 75

Após, comentaram sobre o Papa-Figo.
O Papa-Figo, é um duende do ciclo dos monstros assustadores de crianças.
Segundo alguns dos pescadores, alguns dos incautos que o viram em ação comentam que: "havia ainda o papa-figo, homem que comia o fígado de menino.
Ainda hoje se afirma... que certo ricaço, não podendo se alimentar senão de fígados de crianças, tinha seus negros por toda parte, pegando menino em saco de estopa".
Trata-se de um velho sujo, horrível, esmolambado.
Entrega doces, brinquedos e a narração de histórias para atrair crianças à saída das escolas, ou aqueles cujas babás são distraídas ou namoradeiras.
Alguns comiam, mas outros vendiam a potentados doentes, o fígado de seus pequenos prisioneiros.
Esta lenda segundo eles, era conhecida na região, por que os mesmos não viviam tão distantes da cidade.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 74

CAPÍTULO 74

A seguir, descreveram Jaci.
Jaci - Ia-ci, a Lua, a mãe dos frutos, o mês lunar e também um ornato.
Irmã e esposa do Sol.
Merecia homenagens diferentes conforme a fase: Iaci omunhã (nova), Iaci icaua (cheia).
O cortejo lunar é formado pelo Saci-Pererê, o Boitatá, o Uratau e o Curupira.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Urutau
Qual é a lenda do urutau?
Segundo os sertanejos, o urutau aparece na hora em que a lua nasce e seu canto triste se assemelha a “foi, foi, foi...”. Uma lenda diz que o pássaro seria uma mulher que perdera seu amor. Por isto, ele teria o nome de pássaro-fantasma. Outros dizem que o canto da ave é um presságio ou aviso de morte de algum familiar.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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COISAS DO BRASIL PARTE 2 – REGIÕES NORTE E CENTRO OESTE - CAPÍTULO 73

CAPÍTULO 73

Com isso, disseram algumas coisas sobre o Curupira que segundo eles, é representado como um garoto (moleque) de cabeleira vermelha, pés invertidos: dedos para trás e calcanhar para frente.
É o protetor das árvores e da caça, senhor dos animais que habitam a floresta.
Antes das grandes tempestades percorre a floresta batendo nos troncos das árvores certificando-se de sua resistência.
Não é um gênio bom, é antes enganador e mesmo assassino: os seus pés virados deixam rastros falsos no chão, iludindo os perseguidores.
Engana viajantes e caçadores, transviando-os dentro da mata com assobios e sinais falsos.
Também é chamado de gênio da mentira.
Pode, contudo, ter contatos amistosos com alguns caçadores, dando-lhes armas e transmitindo certos segredos que, quando revelados, são fatalmente punidos.
Isto é feito em troca de comida.

Texto retirado de artigos da internet sobre o folclore brasileiro, e de guias de viagens sobre o Brasil.
Luciana Celestino dos Santos
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