Poesias

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

União Ibérica

Em 1580, morreu o Cardeal Dom Henrique, tio de Dom Sebastião, que havia assumido o governo de Portugal.
Felipe II, que reinava sobre a Espanha, o Sacro Império Romano-Germânico e Holanda, intitulou-se novo rei de Portugal.
O Tratado da União Ibérica entre a Coroa Portuguesa e a Espanhola vigorou até 1640 e significava uma espécie de anexação de Portugal pela Espanha.
Com essa união, países como a França, Inglaterra e a Holanda, inimigos da Espanha, tornam-se também, inimigos de Portugal.
Assim, mesmo que a princípio as colônias que pertenciam a Portugal continuassem governadas a partir de Lisboa, e as espanholas a partir de Madrid, ficava facilitada a penetração portuguesa além dos limites do Tratado de Tordesilhas.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Sebastianismo

Em 1572, a sede do governo ficou dividida entre as cidades de Salvador e Rio de Janeiro.
Em 1578 voltou a se unir na Bahia.
Em 1578, morreu Dom Sebastião, Rei de Portugal, sem deixar herdeiro, na Batalha de Alcácer-Quibir.
Ele participava da Cruzada que buscava tirar Marrocos do domínio mouro.
Por conta disso surgiu o Mito do Sebastianismo – lenda de que o rei teria partido para o fundo do mar e que voltaria para assumir novamente o governo.

Luciana Celestino dos Santos
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Engenhos de Açúcar

Nesse momento, o mercado europeu estava ávido por açúcar.
No século XVI, com solo apropriado para o cultivo da cana-de-açúcar e facilidade para se comprar escravos, Pernambuco passou a ser o centro da cultura canavieira, que atingiu o apogeu entre 1570 e 1650.
Por conta disso, grandes investimentos foram colocados em terras, equipamentos e mão-de-obra, o que transformou os engenhos em unidades de produção completas e, em geral, auto-suficientes. Estimativas do final século XVII indicavam a existência de 528 engenhos na colônia, que exportavam anualmente 37 mil caixas de 35 arrobas de açúcar (cada arroba equivale a 15 kg).
Esse mercado, só foi abalado na segunda metade do século XVII, quando os holandeses passaram a produzir açúcar nas Antilhas (atual Caribe).

Luciana Celestino dos Santos
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O Tráfico Negreiro

Foi oficializado em 1568, pelo Governador Geral Salvador Correa de Sá o tráfico de escravos negros.
Desta forma, cada senhor de engenho de açúcar ficava autorizado a comprar até 120 escravos por ano.
Foram eles que substituíram os bugres (índios), considerados ineficientes para o trabalho agrícola.
Com isso ficou garantido o baixo custo dos produtos produzidos para o mercado externo.
Tanto, que o tráfico tornou-se um negócio lucrativo para os portugueses.

Luciana Celestino dos Santos
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Os Governadores Gerais

Em 1553, Duarte da Costa substituiu Tomé de Sousa como Governador Geral.
O segundo Governador Geral porém, envolveu-se em conflitos com os Donatários e Jesuítas em torno da escravização indígena.
Em razão disso, o mesmo terminou se incompatibilizando com as autoridades locais e foi obrigado a retornar a Portugal em 1557.
Em 1555, a França se recusou a aceitar a partilha de terras feita pelo Tratado de Tordesilhas e defendeu o direito de posse a quem as ocupassem.
Com isso deu-se a primeira invasão no território brasileiro, na Ilha de Serigipe (atual Villegaignon), na Baía de Guanabara.
Ali, os franceses instalaram uma comunidade chamada França Antártica, destinada a abrigar protestantes calvinistas fugidos das guerras religiosas na Europa.
Sua principal atividade econômica era a troca de mercadorias baratas por pau-brasil, feita com os indígenas da região.
Assim, eles construíram um forte e resistiram por mais de dez anos.
No ano de 1557, foi nomeado o terceiro Governador Geral, Mem de Sá.
Com a ajuda dos Jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta, ele neutralizou a aliança entre índios tamoios e os franceses.
Em 1565, junto com seu sobrinho Estácio de Sá, expulsou os invasores franceses, na Baía de Guanabara.
No mesmo ano, em 1º de março, Estácio de Sá fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Assim deve-se salientar, que o desempenho eficiente de Mem de Sá contribuiu para firmar a posição do governo geral na vida colonial, e ele permaneceu no posto até sua morte em 1572.

Luciana Celestino dos Santos
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Os Jesuítas

No ano de 1549, foi fundada na Bahia, a cidade de Salvador, por Tomé de Souza, para servir como sede de governo.
O lugar foi escolhido tanto em função da localização marítima, como pela riqueza natural da terra.
Nesse mesmo ano, chegaram ao Brasil, os primeiros jesuítas da Companhia de Jesus.
Chefiados pelo Padre Manoel da Nóbrega, dedicaram-se à catequese dos indígenas e à educação dos colonos.
Entre os séculos XVII e XVIII, construíram igrejas e fundaram colégios.
Na região das Bacias dos Rios Paraná, Paraguai e Uruguai, eles instalaram as missões, aldeamentos que buscavam cristianizar e proteger os índios da escravidão.

Luciana Celestino dos Santos
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Capitanias Hereditárias

Nos idos de 1534, o Rei Dom João III, criou as Capitanias Hereditárias, ao dividir a colônia em 14 amplas faixas de terra e as entregou aos nobres do reino, os Capitães Donatários, para explorá-las com recursos próprios e governá-las em nome da Coroa.
A Capitania de Fernando de Noronha, já havia sido doada pelo Rei Dom Manuel em 1504.
Em troca do compromisso com o povoamento, a defesa, o bom aproveitamento das riquezas naturais e a propagação da fé católica, o rei atribuiu aos Donatários, inúmeros direitos e isenções.
Mesmo assim, as Capitanias conseguiram um desenvolvimento pequeno, pela falta de recursos e também, com o desinteresse dos Donatários .
Em 1548, Tomé de Sousa tornou-se o primeiro Governador Geral do Brasil, nomeado pelo Rei Dom João III.
A nova forma de governo permitiu a centralização da administração colonial.
Isso fez com que Donatários e colonos vissem a nomeação do Governador Geral como ingerência indevida nas Capitanias.
Com isso, surgiram conflitos entre o poder real e o local, em questões como a escravização indígena, cobrança de taxas e ações militares, etc.
Esse tipo de governo durou até a vinda da Família Real para o Brasil, em 1808.

Luciana Celestino dos Santos
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