Marina e Cleide por sua vez, foram se matricular nos cursos que haviam escolhido fazer.
Animadas, logo cedo se dirigiram a universidade.
Otávio ao ver a filha se preparando para fazer a matricula, comentou:
-- Vá com Deus! Esse é um grande passo que você está dando em sua vida. Tenho certeza de que você vai ser muito feliz tendo uma profissão.
Marina agradeceu as palavras de incentivo.
Após saiu.
Como de costume, ao sair encontrou Cleide no ponto de ônibus já esperando para também se matricular.
Animadas as duas tornaram a falar de seus planos e do quanto suas vidas iriam mudar a partir dali.
Ao chegarem na universidade, cada uma seguiu para um lado.
E como de costume nesta terra, enfrentaram uma grande fila.
Por fim, depois de muito esperar, lá estavam as duas matriculadas nos cursos escolhidos.
Marina como futura assistente social e Cleide, como professora de letras.
Contentes, as duas amigas mal podiam esperar pelo começo das aulas.
Estavam muito ansiosas.
Animadas, comentavam entre si, que mal podiam esperar para que fevereiro
começasse e elas finalmente passassem a freqüentar a sala de aula.
Contentes, já começaram a fazer planos.
Planejavam estudar bastante, mas também queriam fazer novas amizades.
Foi quando perceberam pela primeira vez, que teriam que se separar.
Isso por que, fazendo cursos diferentes, só se veriam no trabalho e nos fins-de-semana em que não estivessem estudando.
Ao constatarem isso, Marina e Cleide ficaram um pouco tristes.
-- Não vamos mais nos ver tanto quanto nos víamos antes. – comentou Marina.
-- Mas vamos conhecer gente nova, aprender coisas novas. Enfim, vamos viver uma nova experiência. Será uma mudança radical, mas fascinante também. E não vamos nos
perder. Afinal de contas somos vizinhas e amigas de longa data. Não é mesmo?
Ao ouvir isso, Marina se consolou um pouco.
-- É verdade. – concordou.
-- Depois, temos telefone. Poderemos nos falar, sempre que quisermos. – disse Cleide abraçando a amiga.
E assim, as duas amigas, caminharam juntas.
Tinham que voltar para casa, almoçar, trocar de roupa e ir trabalhar.
Apressadas, Marina e Cleide almoçaram correndo, trocaram de roupa e foram voando para o ponto de ônibus.
Tinham que ir ao Banco.
Otávio e Eugênia, curiosos que estavam em saber como tudo tinha ocorrido, tiveram que esperar suas respectivas filhas voltarem do trabalho, para contarem como fora a manhã
delas.
Para não ficarem muito ansiosos, ouviram um breve relato.
-- Fomos até lá. Ficamos algum tempo na fila, preenchemos a ficha de inscrição, anexamos os documentos necessários. Enfim, depois de um longo processo burocrático,
estamos matriculadas. – respondeu Cleide.
Marina, por sua vez, disse que pegou uma longa fila, pegou uma ficha, preencheu-a, juntos os documentos solicitados e finalmente foi informada de que estava matriculada, onde
ficava o prédio onde estudaria e sua sala.
Satisfeito, Otávio, abraçou a filha.
Nisso, Marina foi até o ponto de ônibus.
Otávio, ao ver Marina retornando a casa, quis logo como tinha sido feita a matrícula.
Adélia por sua vez, não conseguia por que tanto interesse neste assunto.
Eugênia por sua vez, ao perceber a ansiedade da filha para que começassem as aulas, comentou:
-- Minha nossa! Você é a primeira pessoa que conheço que quer as aulas comecem. A maioria das pessoas quer que isso demore o maior tempo possível, e você ai toda ansiosa com o início das aulas.
Ricardo ao ouvir isso, disse:
-- Só você mesma, Cleide.
Eugênia contudo, não gostava quando Ricardo fazia troça com os sonhos da irmã.
Por esta razão, sempre que o via debochando dela, o repreendia.
Ricardo ficava furioso.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Poesias
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
QUANDO O DIA AMANHECER - CAPÍTULO 16
QUANDO O DIA AMANHECER - CAPÍTULO 15
Diante disso, por algum tempo, Paulina respeitou as ordens do pai.
Durante algumas semanas ficou sem sair de casa.
Contudo, abusada que era, a moça encontrou um jeito de burlar a vigilância de seu pai – Alaor.
Dizendo que precisava fazer serão no Banco, comentou com os pais que durante algum tempo, só voltaria para casa, mais tarde.
Como Paulina ia e voltava para casa com seu uniforme, Alaor não desconfiou de nada.
Estér muito menos.
Crédulos de que filha realmente estava trabalhando muito, deixaram de vigiar seus passos.
Muito embora, ainda não estivessem de todo convencidos da sinceridade da moça, acreditavam que Paulina merecia um voto de confiança.
E assim, Paulina voltou a se encontrar com o amante.
Clóvis, por sua vez, cansado desse namoro comportado, resolveu lhe fazer uma proposta.
No entanto, num primeiro momento, ao ouvir a proposta do rapaz, Paulina não gosta nem um pouco da idéia.
Tanto que se recusou a ouvi-lo.
Todavia, depois de algum tempo, o rapaz acabou por convencê-la de que estavam juntos a tempo demais para ficarem só nos beijinhos.
Convidando-a para sair, freqüentar lugares caros, paparicando-a, Clóvis finalmente conseguiu convencê-la a ceder.
Com isso, durante o tempo em que ficou proibida de sair de casa por seu pai, Paulina, desculpando-se com o namorado, comentou que em razão dos problemas de saúde de sua
amiga, precisaria ficar se revezando entre seu trabalho e a casa dela.
Ricardo ao ouvir isso, ficou desapontado.
Mas crédulo, aceitou ficar alguns semanas sem ver sua namorada, já que uma amiga necessitava de seus cuidados.
E assim, mesmo contrariado, aceitou a situação.
Com isso Paulina ganhou tempo.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Durante algumas semanas ficou sem sair de casa.
Contudo, abusada que era, a moça encontrou um jeito de burlar a vigilância de seu pai – Alaor.
Dizendo que precisava fazer serão no Banco, comentou com os pais que durante algum tempo, só voltaria para casa, mais tarde.
Como Paulina ia e voltava para casa com seu uniforme, Alaor não desconfiou de nada.
Estér muito menos.
Crédulos de que filha realmente estava trabalhando muito, deixaram de vigiar seus passos.
Muito embora, ainda não estivessem de todo convencidos da sinceridade da moça, acreditavam que Paulina merecia um voto de confiança.
E assim, Paulina voltou a se encontrar com o amante.
Clóvis, por sua vez, cansado desse namoro comportado, resolveu lhe fazer uma proposta.
No entanto, num primeiro momento, ao ouvir a proposta do rapaz, Paulina não gosta nem um pouco da idéia.
Tanto que se recusou a ouvi-lo.
Todavia, depois de algum tempo, o rapaz acabou por convencê-la de que estavam juntos a tempo demais para ficarem só nos beijinhos.
Convidando-a para sair, freqüentar lugares caros, paparicando-a, Clóvis finalmente conseguiu convencê-la a ceder.
Com isso, durante o tempo em que ficou proibida de sair de casa por seu pai, Paulina, desculpando-se com o namorado, comentou que em razão dos problemas de saúde de sua
amiga, precisaria ficar se revezando entre seu trabalho e a casa dela.
Ricardo ao ouvir isso, ficou desapontado.
Mas crédulo, aceitou ficar alguns semanas sem ver sua namorada, já que uma amiga necessitava de seus cuidados.
E assim, mesmo contrariado, aceitou a situação.
Com isso Paulina ganhou tempo.
Luciana Celestino dos Santos
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QUANDO O DIA AMANHECER - CAPÍTULO 14
Durante algum tempo, as coisas ficaram calmas.
Muito embora Paulina continuasse a se encontrar com Ricardo e Clóvis, foi possível contornar a situação.
No entanto, quando Alaor descobriu que o namorado da filha se chama Ricardo e não Aldo, o homem ficou furioso.
Estér também ficou muito desapontada com a filha.
Por esta razão, quando finalmente Paulina aparece em casa, os dois estão aguardando-a.
Surpresa, Paulina pergunta o que eles estão fazendo acordados a uma hora dessas.
Estér, é a primeira a responder:
-- Simples. Nós só queremos saber o que deu em sua cabeça.
-- Como assim? – perguntou Paulina, perplexa.
-- Como assim? Ela tem coragem de perguntar. Pois eu lhe digo. Nós já estamos sabendo que seu namorado se chama Ricardo e não Aldo. Mocinha, você quer fazer o favor
de nos explicar toda essa história?
Surpreendida pela descoberta, Paulina bem que tentou desmentir.
Mas como poderia desmentir uma coisa dessas?
Alaor percebendo que Paulina tentava desconversar, tratou logo de deixar claro que não aceitaria nenhuma mentira, e que se descobrisse depois à verdade, as coisas esquentariam
para ela.
Constatando que de nada adiantava mentir, Paulina revelou então que estava saindo com dois rapazes.
Alaor ao ouvir isso ficou chocado.
Estér também não ficou menos surpresa.
Paulina, ao notar o espanto expresso nos olhos de ambos, contou alguns detalhes de sua complicada relação com os dois rapazes, na vã tentativa de justificar a situação.
Alaor porém, não aceitou as explicações da filha.
Estér por sua vez, dizendo-se decepcionada, comentou que se alguém na vizinhança desconfiasse do que se sucedia em sua casa, Paulina nunca mais seria vista com respeito.
Ao ouvir isso, Paulina respondeu que não escolheu aquela situação.
Estér, então perguntou-lhe por que ela estava fazendo isso com a própria família.
A moça respondeu:
-- Mãe, eu não estou fazendo no intuito de prejudicar quem quer que seja. Só que eu gosto dos dois, o que eu posso fazer?
-- Paulina, eu não esperava isso de você! – comentou a mãe quase chorando.
-- Mãe, me desculpe. Eu não quis prejudicar ninguém.
-- Mas você prejudicou. E foi a si mesma. – respondeu Alaor.
Envergonhada por ter sido descoberta, Paulina pergunta o que terá como castigo.
Alaor responde então, que ela está proibida de sair de casa.
Irritado, avisa-a que se desobedecer suas ordens, levara uma surra que jamais se esquecerá.
Nisso, Alaor, comentou que precisou mentir para Ricardo, afim de que a situação não ficasse pior.
Ao ouvir estas palavras, Paulina quis logo saber o que ele dissera.
Alor respondeu-lhe então que ela estava na casa de uma amiga que passara mal.
Paulina agradeceu a ajuda.
Seu pai, porém, comentou que não ficou nada satisfeito em mentir.
Luciana Celestino dos Santos
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Muito embora Paulina continuasse a se encontrar com Ricardo e Clóvis, foi possível contornar a situação.
No entanto, quando Alaor descobriu que o namorado da filha se chama Ricardo e não Aldo, o homem ficou furioso.
Estér também ficou muito desapontada com a filha.
Por esta razão, quando finalmente Paulina aparece em casa, os dois estão aguardando-a.
Surpresa, Paulina pergunta o que eles estão fazendo acordados a uma hora dessas.
Estér, é a primeira a responder:
-- Simples. Nós só queremos saber o que deu em sua cabeça.
-- Como assim? – perguntou Paulina, perplexa.
-- Como assim? Ela tem coragem de perguntar. Pois eu lhe digo. Nós já estamos sabendo que seu namorado se chama Ricardo e não Aldo. Mocinha, você quer fazer o favor
de nos explicar toda essa história?
Surpreendida pela descoberta, Paulina bem que tentou desmentir.
Mas como poderia desmentir uma coisa dessas?
Alaor percebendo que Paulina tentava desconversar, tratou logo de deixar claro que não aceitaria nenhuma mentira, e que se descobrisse depois à verdade, as coisas esquentariam
para ela.
Constatando que de nada adiantava mentir, Paulina revelou então que estava saindo com dois rapazes.
Alaor ao ouvir isso ficou chocado.
Estér também não ficou menos surpresa.
Paulina, ao notar o espanto expresso nos olhos de ambos, contou alguns detalhes de sua complicada relação com os dois rapazes, na vã tentativa de justificar a situação.
Alaor porém, não aceitou as explicações da filha.
Estér por sua vez, dizendo-se decepcionada, comentou que se alguém na vizinhança desconfiasse do que se sucedia em sua casa, Paulina nunca mais seria vista com respeito.
Ao ouvir isso, Paulina respondeu que não escolheu aquela situação.
Estér, então perguntou-lhe por que ela estava fazendo isso com a própria família.
A moça respondeu:
-- Mãe, eu não estou fazendo no intuito de prejudicar quem quer que seja. Só que eu gosto dos dois, o que eu posso fazer?
-- Paulina, eu não esperava isso de você! – comentou a mãe quase chorando.
-- Mãe, me desculpe. Eu não quis prejudicar ninguém.
-- Mas você prejudicou. E foi a si mesma. – respondeu Alaor.
Envergonhada por ter sido descoberta, Paulina pergunta o que terá como castigo.
Alaor responde então, que ela está proibida de sair de casa.
Irritado, avisa-a que se desobedecer suas ordens, levara uma surra que jamais se esquecerá.
Nisso, Alaor, comentou que precisou mentir para Ricardo, afim de que a situação não ficasse pior.
Ao ouvir estas palavras, Paulina quis logo saber o que ele dissera.
Alor respondeu-lhe então que ela estava na casa de uma amiga que passara mal.
Paulina agradeceu a ajuda.
Seu pai, porém, comentou que não ficou nada satisfeito em mentir.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
QUANDO O DIA AMANHECER - CAPÍTULO 13
No dia seguinte, depois de muito pensar, Paulina resolveu inventar um nome.
Desta forma, quando estava pronta para ir trabalhar, a moça, ao ser inquirida por seu pai, respondeu-lhe de pronto que o nome de seu namorado era Aldo.
Alaor, desconfiado, perguntou-lhe por que havia demorado tanto para responder esta pergunta.
-- Simples, né pai? Como é que eu poderia falar seu nome, se a gente nem sabe se esse namoro vai dar certo? Eu queria esperar um pouco mais antes de contar a novidade.
-- Sei, sei! – respondeu Alaor com ironia.
Nisso, a conversa se encerrou.
Paulina então, aproveitando a calmaria, aproveitou para se dirigir ao ponto de ônibus.
Mais um dia de trabalho que começava.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Desta forma, quando estava pronta para ir trabalhar, a moça, ao ser inquirida por seu pai, respondeu-lhe de pronto que o nome de seu namorado era Aldo.
Alaor, desconfiado, perguntou-lhe por que havia demorado tanto para responder esta pergunta.
-- Simples, né pai? Como é que eu poderia falar seu nome, se a gente nem sabe se esse namoro vai dar certo? Eu queria esperar um pouco mais antes de contar a novidade.
-- Sei, sei! – respondeu Alaor com ironia.
Nisso, a conversa se encerrou.
Paulina então, aproveitando a calmaria, aproveitou para se dirigir ao ponto de ônibus.
Mais um dia de trabalho que começava.
Luciana Celestino dos Santos
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QUANDO O DIA AMANHECER - CAPÍTULO 12
Mas não seria sempre assim.
Muito embora, nas primeiras vezes, Paulina tenha conseguido se safar, depois de algum tempo, ficou praticamente impossível esconder de seu pai que estava saindo com alguém.
Isso por que, estava saindo com Ricardo e Clóvis.
Assim, certo dia, depois de um encontro com Clóvis, Alaor, esperando pela filha na sala, a pegou no pulo.
Surpresa, a moça tentou desconversar, mas como a situação em que se encontrava não lhe permitia mentir, Paulina acabou confessando que estava namorando um rapaz.
Curioso, Alaor quis logo saber quem era.
Titubeante, Paulina respondeu-lhe que não era ninguém que ele conhecesse.
Irritado, Alaor disse:
-- Não interessa! Eu quero apenas saber o nome do rapaz! Responda!
-- Papai! Isso não é hora para falarmos sobre isso. Deixemos para amanhã. – respondeu a moça.
-- Paulina, você não me enrole. O que você está aprontando para ter tanto medo assim de me dizer o nome do rapaz. Por acaso ele é casado?
Surpresa, Paulina negou estar saindo com um homem casado.
Alaor, já sem paciência, perguntou então:
-- Se não há nada de tão sério a esconder, por que você não diz logo o nome. Quem é?
Estér, que até então dormia, ao ouvir os rumores, levantou-se.
Ao perceber que o marido não estava no quarto, foi até a sala.
Foi quando percebeu que Paulina e Alaor discutiam.
Insistindo em saber qual era o nome do namorado da filha, Alaor foi interrompido por Estér, que aflita com aquele barulho, perguntou:
-- O que está acontecendo?
Muito nervoso, Alaor lhe explicou que Paulina só havia voltado para casa aquela hora, e pior, não queria dizer o nome do suposto namorado a que estava levando chegar cada
vez mais tarde em casa.
-- Então é só isso! – exclamou Estér.
Ao ouvir estas palavras, Alaor ficou furioso:
-- Só isso! Só isso? A senhora agora vai me dizer que o que Paulina, a sua filha está fazendo, não é grave? Eu já devia saber! Essa menina vive aprontando por que a senhora vive
acobertando. Onde já se viu! A filha esconde o nome do próprio namorado, e a mãe acha isso muito normal.
Foi então que Estér se aborreceu:
-- Espere um pouco. É óbvio que eu quero saber o nome desse rapaz. Eu só não acho que uma bobagem dessas seja motivo de escândalo. Está bem. Amanhã nós conversaremos.
Vamos todos dormir que já está tarde.
Bastante irritado, Alaor quis retrucar, mas Estér, sabedora de que aquela discussão era estéril, tratou logo de levá-lo para o quarto.
Antes disso, contudo, Alaor avisou Paulina que aquele assunto não estava encerrado.
Nisso, foram todos dormir.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Muito embora, nas primeiras vezes, Paulina tenha conseguido se safar, depois de algum tempo, ficou praticamente impossível esconder de seu pai que estava saindo com alguém.
Isso por que, estava saindo com Ricardo e Clóvis.
Assim, certo dia, depois de um encontro com Clóvis, Alaor, esperando pela filha na sala, a pegou no pulo.
Surpresa, a moça tentou desconversar, mas como a situação em que se encontrava não lhe permitia mentir, Paulina acabou confessando que estava namorando um rapaz.
Curioso, Alaor quis logo saber quem era.
Titubeante, Paulina respondeu-lhe que não era ninguém que ele conhecesse.
Irritado, Alaor disse:
-- Não interessa! Eu quero apenas saber o nome do rapaz! Responda!
-- Papai! Isso não é hora para falarmos sobre isso. Deixemos para amanhã. – respondeu a moça.
-- Paulina, você não me enrole. O que você está aprontando para ter tanto medo assim de me dizer o nome do rapaz. Por acaso ele é casado?
Surpresa, Paulina negou estar saindo com um homem casado.
Alaor, já sem paciência, perguntou então:
-- Se não há nada de tão sério a esconder, por que você não diz logo o nome. Quem é?
Estér, que até então dormia, ao ouvir os rumores, levantou-se.
Ao perceber que o marido não estava no quarto, foi até a sala.
Foi quando percebeu que Paulina e Alaor discutiam.
Insistindo em saber qual era o nome do namorado da filha, Alaor foi interrompido por Estér, que aflita com aquele barulho, perguntou:
-- O que está acontecendo?
Muito nervoso, Alaor lhe explicou que Paulina só havia voltado para casa aquela hora, e pior, não queria dizer o nome do suposto namorado a que estava levando chegar cada
vez mais tarde em casa.
-- Então é só isso! – exclamou Estér.
Ao ouvir estas palavras, Alaor ficou furioso:
-- Só isso! Só isso? A senhora agora vai me dizer que o que Paulina, a sua filha está fazendo, não é grave? Eu já devia saber! Essa menina vive aprontando por que a senhora vive
acobertando. Onde já se viu! A filha esconde o nome do próprio namorado, e a mãe acha isso muito normal.
Foi então que Estér se aborreceu:
-- Espere um pouco. É óbvio que eu quero saber o nome desse rapaz. Eu só não acho que uma bobagem dessas seja motivo de escândalo. Está bem. Amanhã nós conversaremos.
Vamos todos dormir que já está tarde.
Bastante irritado, Alaor quis retrucar, mas Estér, sabedora de que aquela discussão era estéril, tratou logo de levá-lo para o quarto.
Antes disso, contudo, Alaor avisou Paulina que aquele assunto não estava encerrado.
Nisso, foram todos dormir.
Luciana Celestino dos Santos
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QUANDO O DIA AMANHECER - CAPÍTULO 11
Tudo começou logo depois daquela apresentação feita aos amigos de Ricardo.
Clóvis, dizendo-se abandonado pela suposta Tereza, começou a exigir cada vez mais atenção de Ricardo, que preocupado com a solidão do amigo, sugeriu-lhe acompanhar ele e
sua namorada de vez em quando.
Às vezes também, Ricardo ficava em grupo, só com os amigos, sem a companhia de Paulina.
Quando isso acontecia, Clóvis aproveitava para dizer que não estava com vontade de sair.
Que precisava ficar um pouco sozinho.
Ricardo, sem nunca duvidar do amigo, não o forçava a acompanhá-lo, muito embora às vezes fosse até sua casa verificar o que estava acontecendo.
Acreditando que o amigo estava sofrendo, sempre que podia ia visitá-lo para fazer companhia.
Eugênia sua mãe, ficava espantada muitas vezes com a dedicação ao tal amigo.
Ricardo explicava:
-- Nós conhecemos no colégio. Ele é um grande amigo. Eu não posso virar-lhe as costas neste momento tão delicado.
Nestes momentos Eugênia ficava orgulhosa de seu filho.
Mas Clóvis, por sua vez, não estava sendo nem um pouco leal ao seu amigo.
Aproveitando-se de sua confiança, aproveitava todos os momentos que podia para ficar a sós com Paulina.
Muito embora inicialmente a moça tenha relutado em aceitar se encontrar com Clóvis, com o passar do tempo, depois de muita insistência do rapaz, acabou aceitando.
Apesar de Paulina gostar do assédio de Clóvis, a moça nunca lhe deu um sinal de que estava realmente interessada.
Mas por fim, acabou capitulando.
O primeiro encontro se deu numa boate.
Conhecedor da habilidade de Paulina para a dança, já que a vira pela primeira vez, dançando com seu amigo.
Clóvis a convidou para dançar.
Entusiasta dos passos de Jonh Travolta, o rapaz movimentou-se pela pista de dança com extrema habilidade.
Até Paulina, habituada a dança, se encantou com sua desenvoltura.
Tanto que chegou até a compará-lo com o próprio ator.
Clóvis adorou a comparação, mas fingindo modéstia, respondeu que não fizera nada de mais.
Nisso, os dois continuaram a se movimentar pela pista de dança.
Os dois, exímios dançarinos, chamaram logo a atenção de todos os que freqüentavam a pista.
De tão bons, chegaram até a receber aplausos.
Animados, ambos agradeceram a deferência.
A certa altura, preocupada com o horário, comentou que precisava voltar.
Afinal de contas, rigoroso como era seu pai, não ia gostar nada nada de vê-la chegando tão tarde em casa.
Foi neste momento que sem pensar, Clóvis se ofereceu para acompanha-la até sua casa.
Paulina porém, precavida que era, tratou logo de demove-lo da idéia.
Dizendo que estava namorando Ricardo, e que ele morava por perto, comentou que não seria nada bom que algum conhecido os visse juntos.
Afinal de contas, poderia dar com a língua nos dentes.
O rapaz ao perceber a preocupação de Paulina, concordou imediatamente.
Mas dizendo que não poderia deixá-la sozinha, combinou de levá-la até as proximidades de seu bairro.
O restante do caminho ela faria a pé.
Ao ouvir a proposta, a moça concordou prontamente.
E assim fizeram. Quando adentraram o famoso bairro, Clóvis despediu-se da moça, e avisou que quando pudesse iriam se encontrar novamente.
Paulina deu-lhe um beijo e se despediu.
Aflita, saiu correndo para chegar em casa o menos tarde possível.
Mesmo assim, o rapaz ainda teve tempo de ver a moça se afastar, até sumir completamente de seu campo de visão.
Nisso, Clóvis voltou para casa.
Já Paulina entrou pé-ante-pé em casa.
Por sorte Alaor, não a estava esperando.
Luciana Celestino dos Santos
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Clóvis, dizendo-se abandonado pela suposta Tereza, começou a exigir cada vez mais atenção de Ricardo, que preocupado com a solidão do amigo, sugeriu-lhe acompanhar ele e
sua namorada de vez em quando.
Às vezes também, Ricardo ficava em grupo, só com os amigos, sem a companhia de Paulina.
Quando isso acontecia, Clóvis aproveitava para dizer que não estava com vontade de sair.
Que precisava ficar um pouco sozinho.
Ricardo, sem nunca duvidar do amigo, não o forçava a acompanhá-lo, muito embora às vezes fosse até sua casa verificar o que estava acontecendo.
Acreditando que o amigo estava sofrendo, sempre que podia ia visitá-lo para fazer companhia.
Eugênia sua mãe, ficava espantada muitas vezes com a dedicação ao tal amigo.
Ricardo explicava:
-- Nós conhecemos no colégio. Ele é um grande amigo. Eu não posso virar-lhe as costas neste momento tão delicado.
Nestes momentos Eugênia ficava orgulhosa de seu filho.
Mas Clóvis, por sua vez, não estava sendo nem um pouco leal ao seu amigo.
Aproveitando-se de sua confiança, aproveitava todos os momentos que podia para ficar a sós com Paulina.
Muito embora inicialmente a moça tenha relutado em aceitar se encontrar com Clóvis, com o passar do tempo, depois de muita insistência do rapaz, acabou aceitando.
Apesar de Paulina gostar do assédio de Clóvis, a moça nunca lhe deu um sinal de que estava realmente interessada.
Mas por fim, acabou capitulando.
O primeiro encontro se deu numa boate.
Conhecedor da habilidade de Paulina para a dança, já que a vira pela primeira vez, dançando com seu amigo.
Clóvis a convidou para dançar.
Entusiasta dos passos de Jonh Travolta, o rapaz movimentou-se pela pista de dança com extrema habilidade.
Até Paulina, habituada a dança, se encantou com sua desenvoltura.
Tanto que chegou até a compará-lo com o próprio ator.
Clóvis adorou a comparação, mas fingindo modéstia, respondeu que não fizera nada de mais.
Nisso, os dois continuaram a se movimentar pela pista de dança.
Os dois, exímios dançarinos, chamaram logo a atenção de todos os que freqüentavam a pista.
De tão bons, chegaram até a receber aplausos.
Animados, ambos agradeceram a deferência.
A certa altura, preocupada com o horário, comentou que precisava voltar.
Afinal de contas, rigoroso como era seu pai, não ia gostar nada nada de vê-la chegando tão tarde em casa.
Foi neste momento que sem pensar, Clóvis se ofereceu para acompanha-la até sua casa.
Paulina porém, precavida que era, tratou logo de demove-lo da idéia.
Dizendo que estava namorando Ricardo, e que ele morava por perto, comentou que não seria nada bom que algum conhecido os visse juntos.
Afinal de contas, poderia dar com a língua nos dentes.
O rapaz ao perceber a preocupação de Paulina, concordou imediatamente.
Mas dizendo que não poderia deixá-la sozinha, combinou de levá-la até as proximidades de seu bairro.
O restante do caminho ela faria a pé.
Ao ouvir a proposta, a moça concordou prontamente.
E assim fizeram. Quando adentraram o famoso bairro, Clóvis despediu-se da moça, e avisou que quando pudesse iriam se encontrar novamente.
Paulina deu-lhe um beijo e se despediu.
Aflita, saiu correndo para chegar em casa o menos tarde possível.
Mesmo assim, o rapaz ainda teve tempo de ver a moça se afastar, até sumir completamente de seu campo de visão.
Nisso, Clóvis voltou para casa.
Já Paulina entrou pé-ante-pé em casa.
Por sorte Alaor, não a estava esperando.
Luciana Celestino dos Santos
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QUANDO O DIA AMANHECER - CAPÍTULO 10
Algum tempo depois, eis que finalmente Marina e Cleide, depois de uma complicada prova e de muito nervosismo, conseguiram finalmente ingressar na sonhada faculdade.
Otávio, ao saber do êxito da filha, parabenizou-a.
Feliz, Marina tinha se dirigido até a universidade para saber do resultado das provas.
Cleide também a acompanhara.
Nervosas, assim que chegaram no campus da instituição, trataram logo de verificar se seus nomes constavam na longa lista de aprovados.
Para alegria de ambas, as duas haviam passado.
Quando chegaram em casa, mal podiam se conter de tão felizes.
E Otávio ao saber da notícia alvissareira, abraçou a filha e disse-lhe:
-- Eu sabia que você ia conseguir. Muito bom!
Adélia por sua vez, sabedora da escolha da filha, não ficou nem um pouco empolgada.
Otávio porém, com sua euforia, compensou sua falta de entusiasmo.
Já Eugênia, mãe de Cleide, já conhecendo de longa data a dedicação de sua filha,
comentou:
-- Parabéns! Muito embora já soubesse o resultado, eu estou orgulhosa de você.
Ricardo contrariado, ao ouvir as palavras de sua mãe, retrucou:
-- Não sei como a senhora poderia saber de uma coisa dessas. A senhora é advinha por acaso?
-- Não sou cigana, mas conheço meus filhos. E essa aqui, sempre foi muito determinada, inteligente e estudiosa. – respondeu apontando para Cleide.
-- Pronto, já vai começar o sermão. – respondeu ele desanimado.
-- Sermão nenhum, mas o senhor bem que poderia voltar a estudar. Já pensou? Dois filhos formados? Que orgulho!
Aborrecido, Ricardo, retirou-se da sala e, dizendo que tinha um compromisso, foi para a rua.
Ao bater na porta da casa de Paulina, descobriu por Alaor, que ela havia saído.
Surpreso com a informação, o rapaz retruca:
-- Saiu? Mas com quem?
Alaor, estranhando a atitude do rapaz, pergunta:
-- Por que você quer saber?
Perplexo, Ricardo responde:
-- Como porquê? Eu sou seu namorado.
-- Namorado? Como namorado? Paulina nunca me falou nada!
-- Sim senhor, eu sou Ricardo, o namorado de sua filha... Agora por favor, o senhor pode me dizer com quem ela saiu?
Alaor, sem saber o que dizer, começou a gaguejar.
Isso por que, sem mais nem menos, a moça havia saído com Clóvis.
Porém, como poderia dizer isso ao rapaz?
Percebendo a confusão que a atitude da filha poderia criar, tentou inventar uma história, para justificar o sumiço de Paulina.
Assim, dizendo que sua filha estava na casa de uma amiga que passara mal, conseguiu fazer com que Ricardo dissipasse suas desconfianças.
Preocupado o rapaz perguntou apenas se a situação da tal amiga era grave.
Alaor, respondeu:
-- Isso eu não tenho como te responder. Paulina saiu daqui às pressas. Mal teve tempo de me explicar o que estava acontecendo.
-- Que pena!
-- Mas não se preocupe! Dentro em breve ela ligará informando o que aconteceu. Tomara não seja nada grave!
-- Tomara. – respondeu Ricardo.
-- Até logo, rapaz.
-- Até logo, senhor.
Nisso, tomou o caminho de casa.
Alaor, ao entrar em casa, aborrecido com a atitude da filha, comenta com a esposa, que foi obrigado a mentir para proteger Paulina.
Estér então, pergunta:
-- Do que você está falando?
-- Estou falando da falta de juízo da sua filha. Onde já se viu! Fazer uma coisa dessas com o pobre do namorado. Estér, Estér, quando sua filha vai criar juízo?
-- Eu não entendo! Do que você está falando? Pode se explicar?
Irritado, Alaor responde:
-- Explicar o quê? Quem nos deve uma explicação é Paulina. Onde já se viu sair com outro rapaz e deixar o namorado sozinho!
-- Namorado? – perguntou Estér supresa.
-- É, namorado. Sua filha já tem um namorado, mas está saindo com outro.
-- Meu Deus! Desta vez Paulina passou dos limites.
-- É o que eu digo. Você passa muito a mão na cabeça dessa menina, e aí, dá no que dá.
-- Agora a culpa é minha? Escute bem! Eu não ensinei filha minha a ser descarada. Se é como você está falando, ela vai se ver comigo. Ah, se vai! – respondeu a mulher, furiosa.
-- Eu espero em Deus que sim. – respondeu Alaor, um tanto descrente.
-- Me aguarde. – reiterou ela, já se dirigindo a cozinha.
Nesse ínterim, Ricardo já retornara a sua casa.
Surpresas, Cleide e Eugênia perguntam-lhe:
-- Ué! Mas você não ia sair?
Ricardo, aborrecido por não encontrar Paulina, passa direto por elas, e não responde.
Se tranca em seu quarto.
Cleide e Eugênia se entreolham sem compreender o que estava se passando.
Enquanto isso, Paulina e Clóvis conversam animadamente.
Já faz algum tempo que os dois andam saindo.
Muito embora Paulina esteja namorando Ricardo, a moça aproveita para de vez em quando se encontrar com Clóvis.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Otávio, ao saber do êxito da filha, parabenizou-a.
Feliz, Marina tinha se dirigido até a universidade para saber do resultado das provas.
Cleide também a acompanhara.
Nervosas, assim que chegaram no campus da instituição, trataram logo de verificar se seus nomes constavam na longa lista de aprovados.
Para alegria de ambas, as duas haviam passado.
Quando chegaram em casa, mal podiam se conter de tão felizes.
E Otávio ao saber da notícia alvissareira, abraçou a filha e disse-lhe:
-- Eu sabia que você ia conseguir. Muito bom!
Adélia por sua vez, sabedora da escolha da filha, não ficou nem um pouco empolgada.
Otávio porém, com sua euforia, compensou sua falta de entusiasmo.
Já Eugênia, mãe de Cleide, já conhecendo de longa data a dedicação de sua filha,
comentou:
-- Parabéns! Muito embora já soubesse o resultado, eu estou orgulhosa de você.
Ricardo contrariado, ao ouvir as palavras de sua mãe, retrucou:
-- Não sei como a senhora poderia saber de uma coisa dessas. A senhora é advinha por acaso?
-- Não sou cigana, mas conheço meus filhos. E essa aqui, sempre foi muito determinada, inteligente e estudiosa. – respondeu apontando para Cleide.
-- Pronto, já vai começar o sermão. – respondeu ele desanimado.
-- Sermão nenhum, mas o senhor bem que poderia voltar a estudar. Já pensou? Dois filhos formados? Que orgulho!
Aborrecido, Ricardo, retirou-se da sala e, dizendo que tinha um compromisso, foi para a rua.
Ao bater na porta da casa de Paulina, descobriu por Alaor, que ela havia saído.
Surpreso com a informação, o rapaz retruca:
-- Saiu? Mas com quem?
Alaor, estranhando a atitude do rapaz, pergunta:
-- Por que você quer saber?
Perplexo, Ricardo responde:
-- Como porquê? Eu sou seu namorado.
-- Namorado? Como namorado? Paulina nunca me falou nada!
-- Sim senhor, eu sou Ricardo, o namorado de sua filha... Agora por favor, o senhor pode me dizer com quem ela saiu?
Alaor, sem saber o que dizer, começou a gaguejar.
Isso por que, sem mais nem menos, a moça havia saído com Clóvis.
Porém, como poderia dizer isso ao rapaz?
Percebendo a confusão que a atitude da filha poderia criar, tentou inventar uma história, para justificar o sumiço de Paulina.
Assim, dizendo que sua filha estava na casa de uma amiga que passara mal, conseguiu fazer com que Ricardo dissipasse suas desconfianças.
Preocupado o rapaz perguntou apenas se a situação da tal amiga era grave.
Alaor, respondeu:
-- Isso eu não tenho como te responder. Paulina saiu daqui às pressas. Mal teve tempo de me explicar o que estava acontecendo.
-- Que pena!
-- Mas não se preocupe! Dentro em breve ela ligará informando o que aconteceu. Tomara não seja nada grave!
-- Tomara. – respondeu Ricardo.
-- Até logo, rapaz.
-- Até logo, senhor.
Nisso, tomou o caminho de casa.
Alaor, ao entrar em casa, aborrecido com a atitude da filha, comenta com a esposa, que foi obrigado a mentir para proteger Paulina.
Estér então, pergunta:
-- Do que você está falando?
-- Estou falando da falta de juízo da sua filha. Onde já se viu! Fazer uma coisa dessas com o pobre do namorado. Estér, Estér, quando sua filha vai criar juízo?
-- Eu não entendo! Do que você está falando? Pode se explicar?
Irritado, Alaor responde:
-- Explicar o quê? Quem nos deve uma explicação é Paulina. Onde já se viu sair com outro rapaz e deixar o namorado sozinho!
-- Namorado? – perguntou Estér supresa.
-- É, namorado. Sua filha já tem um namorado, mas está saindo com outro.
-- Meu Deus! Desta vez Paulina passou dos limites.
-- É o que eu digo. Você passa muito a mão na cabeça dessa menina, e aí, dá no que dá.
-- Agora a culpa é minha? Escute bem! Eu não ensinei filha minha a ser descarada. Se é como você está falando, ela vai se ver comigo. Ah, se vai! – respondeu a mulher, furiosa.
-- Eu espero em Deus que sim. – respondeu Alaor, um tanto descrente.
-- Me aguarde. – reiterou ela, já se dirigindo a cozinha.
Nesse ínterim, Ricardo já retornara a sua casa.
Surpresas, Cleide e Eugênia perguntam-lhe:
-- Ué! Mas você não ia sair?
Ricardo, aborrecido por não encontrar Paulina, passa direto por elas, e não responde.
Se tranca em seu quarto.
Cleide e Eugênia se entreolham sem compreender o que estava se passando.
Enquanto isso, Paulina e Clóvis conversam animadamente.
Já faz algum tempo que os dois andam saindo.
Muito embora Paulina esteja namorando Ricardo, a moça aproveita para de vez em quando se encontrar com Clóvis.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
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