Mas, ao contrário de Lúcia, que não se revelara num primeiro momento, a moça, fez questão de se apresentar em sua forma humana.
Por conta disso, não bastou três dias e alguns conhecidos de Solange, a viram.
Impressionados com a semelhança de Diá com Lúcia, os vizinhos de Solange, foram logo contar a Raquel e a Cínthia, sobre o que viram. Todavia, uma diferença era gritante.
Enquanto Lúcia sempre fora gentil com as pessoas, a moça, ao ser abordada pelos vizinhos da pobre senhora, tratou-os da forma mais ríspida que se possa imaginar.
Diá, aborrecida com a interpelação, tratou logo de os dispersar. Dizendo que nunca estivera antes na cidade, respondeu que nunca ouvira falar em Lúcia.
Não bastasse isso, a moça terminou dizendo que não gostava de ser importunada por gente desocupada. Se eles não tinham o que fazer, ela tinha. E saiu andando, deixando-os para trás.
Cínthia e Raquel, então, ao ouvirem os comentários sobre a moça, preocupadas que estavam com o estado de saúde de Solange, prometeram a si mesmas que nada comentariam a respeito, com a amiga.
De tão preocupadas com a tal história, fizeram questão que os vizinhos e conhecidos que viram a moça circulando pela cidade, não comentassem com Solange o que viram.
Os homens prometeram que não comentariam sobre o assunto.
Nisso a história morreu por ali.
Enquanto isso, Diá, fazia questão de que todos na cidade a conhecessem.
Maltratando alguns velhinhos e assustando as crianças, logo, todos na cidade puderam constatar o quanto ela era ruim.
Por isso, depois de um certo tempo na terra, as pessoas, incomodadas com sua presença, passaram a insultá-la, dizendo que ela era um peste ruim e que por isso, deveria sair o quanto antes da cidade.
Diá porém, sempre que ouvia os insultos, respondia na mesma moeda. Respondendo que eles é que eram uns molóides que não serviam pra nada, nem pra fazer maldade, tratou logo de deixar bem claro, que não se assustava com admoestações. Pelo contrário. Fazendo-se notar, seria mais fácil encontrar a famigerada Lúcia.
Assim, ficou aguardando o momento do encontro.
Contudo, conforme o tempo passava e ela não via nenhum resultado em sua estratégia, Diá começou a ficar impaciente.
Caminhando pelas ruas da cidade, ao ver a igreja, foi tomada de um profundo arrepio. Horrorizada com a idéia do templo, tencionou logo sair dali.
Foi então que Diá, viu uma moça muito parecida com ela, saindo da igreja.
Surpresa, a moça, tomada de curiosidade, passou a seguir Lúcia de longe.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
Poesias
quinta-feira, 29 de abril de 2021
O BEM E O MAL - CAPÍTULO 35
O BEM E O MAL - CAPÍTULO 34
Nisso, Diogo, percebendo os passos de Lúcia pela terra, tratou logo de tomar uma atitude.
Afinal de contas, por ser uma criatura das sombras, jamais poderia admitir que uma boa ação pudesse ser praticada. Dessa forma, ao perceber a intenção da jovem, tratou logo de chamar Diá.
Diá então, que não era nem um pouco tola, mais do que depressa foi em seu encontro.
Ao se encontrar com o senhor dos lugares baixos, Diá fez questão de se reportar a ele com toda a cerimônia.
Foi então que ele, sem paciência para delongas, foi logo comentando:
-- Chega de cerimônias! Eu te chamei aqui por que quero que faça uma coisa para mim.
Diá, então, tomada de curiosidade, perguntou:
-- E o que meu senhor quer que eu faça? Diga logo que eu te atenderei prontamente.
-- Deixe de conversa! O que eu quero que tu faças, é o possível e o impossível para atrapalhar os planos de meu inimigo.
Ao ouvir isso, Diá ficou intrigada. Afinal de contas, o que Diogo queria dizer com tudo aquilo?
Diogo, ao perceber a expressão perplexa de Diá, foi logo explicando:
-- Sei o que está pensando. Pois bem. Eu vou lhe explicar mais claramente qual é o meu desiderato. Pode ficar tranqüila... Quero que você destrua Lúcia.
-- E quem é Lúcia? Por acaso ela faz parte dos seu inimigos? – perguntou Diá, profundamente interessada.
-- Sim. Esta moça, com a ajuda de alguns seres celestes, pretende ajudar uma pessoa que está profundamente deprimida.
-- Entendo. Se essa pessoa se levantar, será mais uma alma perdida para o senhor. Não é mesmo? Que lástima!
-- Cale-se! – respondeu Diogo irritado. – Não te chamei aqui para lhe dar explicações sobre os meus propósitos. Aliás, eu só te expliquei este detalhe, para que possas desempenhar sua tarefa da melhor maneira possível. Ouça bem! Eu não admitirei falhas.
Diá então respondeu:
-- Sim, meu mestre. Não falharei. Além disso, se é como o senhor mesmo disse... Se essa mulher está no fundo do poço, será ainda mais fácil para mim.
Diogo então, notando a arrogância de Diá, tratou imediatamente de adverti-la.
Alertando-a sobre o fato de Lúcia ter um trunfo que ela não tinha, Diogo, fez questão de avisa-la que sua pretensa vítima, daria muito crédito a presença de Lúcia.
Diá, curiosa, ao receber esses avisos, quis logo saber o por quê de tanta apreensão. Isso por que, se Lúcia era tão poderosa, por que ele não lhe revelava o tal trunfo?
Foi então que Diogo explicou:
-- Eu não te conto ainda, por que és ainda muito infantil. Mas a partir do momento que esta revelação lhe for útil, eu lhe contarei.
Logicamente, Diá não ficou nem um pouco satisfeita com a resposta dada por Diogo. Porém, como era a ele que ela estava subordinada, não cabia a ela questionar seu modo de proceder.
Mas que estava curiosa, estava.
Não obstante sua ansiedade, a moça surpreendentemente, acatou, ao menos desta vez, as ordens de seu soberano.
Assim, não desceu novamente a terra, sem que lhe fosse dada permissão. Obediente, por mais que estivesse impaciente, fez de tudo para aguardar o momento oportuno para agir. Não queria desagradar seu mestre.
E assim aguardou.
Nisso, ao final de algumas semanas, depois de ser devidamente preparada para sua missão, a moça desceu à terra.
Luciana Celestino dos Santos
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O BEM E O MAL - CAPÍTULO 33
Lúcia, surpresa, ao ouvir um chamado, virou-se para trás, e ao ver novamente o coroinha, foi logo perguntando:
-- Me chamou?
-- Sim. – respondeu Alexandre, um pouco constrangido.
-- Então, o que deseja? – respondeu Lúcia, solícita.
-- Nada de mais. Só gostaria de saber seu nome.
Lúcia, percebendo o descuido, fez questão de se desculpar dizendo:
-- Mil perdões. Eu já estava tão desacostumada a falar com estranhos que até me esqueci dos meus modos. Deixe então que eu me apresente, me chamo Lu...
-- Lu o quê?
-- Luíza. – respondeu Lúcia depois de pensar um pouco.
-- Prazer Luíza. Eu me chamo Alexandre, e ao contrário do que poderia imaginar, eu sou apenas um coroinha.
O prazer é todo meu. – respondeu ela, já pensando em uma forma de sair dali, sem ser indelicada com o rapaz.
Depois de algum tempo pensando, finalmente teve uma idéia.
Ao perceber que estava usando uma blusa de mangas, fez então com que surgisse um relógio em seu pulso. Com isso, ao olhar para as horas, comentou:
-- Nossa! Três horas! Estou super atrasada!... Desculpe Alexandre, eu preciso me apressar, ou não conseguirei falar com uma pessoa. Desculpe, mas eu preciso ir. Até logo. – disse já se dirigindo as escadarias que levavam a calçada.
Nisso Alexandre respondeu:
-- Até logo!
Luciana Celestino dos Santos
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O BEM E O MAL - CAPÍTULO 32
Sim, estava de volta às emoções e lembranças do passado.
Por isso mesmo, ao percorrer as ruas e lugares por onde vivera, ficou deveras emocionada.
Porém, como não estava em sua forma encarnada, nenhum dos transeuntes dos passeios que percorria, a viam.
Cautelosa, a moça não queria assustar nem alarmar ninguém. Assim, procurou antes, perscrutar a cidade para depois, surgir em sua forma humana.
Com isso, com o passar do tempo, finalmente assumiu sua forma humana. E foi desta forma que, sentindo-se solitária, passou em frente a igreja, fez uma parada, e adentrando o templo, pôs-se a rezar.
Lúcia, até então sozinha na cidade, diversas vezes rezou na igreja.
Foi exatamente por isso que ela conheceu o coroinha.
Alexandre, como coroinha, ficava todas as tardes na igreja.
Auxiliando o padre, o moço não abandonava seu posto por nada.
Porém, ao ver Lúcia, uma menina, tantas vezes na igreja, ficou deveras intrigado.
Afinal de contas, se ela era tão religiosa assim, por nunca estava presente nas missas?
Por esta razão, curioso que estava, assim que a viu adentrar a igreja, fez questão de cumprimentá-la, e perguntar-lhe se não estaria precisando de alguma ajuda.
Lúcia, agradeceu o préstimo, mas disse educadamente que não estava precisando de nada.
Para ela, a única coisa importante no momento eram suas orações, e por isso mesmo, disse que precisava rezar.
Alexandre, comentou então, que se ela gostava tanto de rezar, que ela poderia perfeitamente participar da missa.
Lúcia agradeceu o oferecimento, mas comentou que infelizmente não poderia participar da missa. Já tinha um compromisso marcado no mesmo horário.
Alexandre, então, percebendo que a moça precisava rezar, afastou-se.
E assim, Lúcia começou suas orações. Em suas conversas com Deus, pediu paciência e serenidade para que pudesse cumprir sua missão.
Por fim, ao terminar de rezar, levantou-se e saiu.
Porém, quando estava quase saindo da igreja, foi imediatamente chamada pelo coroinha. Alexandre, tomado de uma profunda curiosidade sobre o comportamento da moça, queria saber um pouco mais sobre ela.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
O BEM E O MAL - CAPÍTULO 31
Diante disso, alguém lá no céu, notou que era necessário agir.
Lúcia, preocupada com a situação de sua mãe, já havia pedido mais de uma vez para acompanhar a situação dela. A moça acreditando que poderia ajudá-la, insistia em se aproximar dela.
As entidades celestiais, então percebendo a gravidade da situação, autorizaram a ida de Lúcia à terra.
Foi então que Lúcia foi advertida sobre a existência de Diá.
Ao saber que se tratava de uma criatura diabólica e perversa, Lúcia ficou horrorizada. Ao tomar conhecimento de suas maldades, a moça foi ficando cada vez mais espantada.
Um dos anjos, criticando a atitude de um arcanjo, comentou que este não deveria assustá-la comentando as maldades de Diá.
O arcanjo, então, comentando que precisava prevenir Lúcia de possíveis perigos, alegou que não estava dizendo tudo aquilo para assustá-la, e sim para que ela tomasse cuidado.
Lúcia, percebendo a intenção do arcanjo, agradeceu o aviso, e prometeu que tomaria cuidado.
Quando o ser celeste percebeu que Lúcia ouvira seus avisos, ficou mais tranqüilo. Afinal, não queria expor a moça a nenhum risco desnecessário.
E assim, muito embora, a moça estivesse a pouco tempo no plano espiritual, Lúcia era perfeitamente capaz de contornar essa dificuldade e desempenhar sua missão.
Por isso mesmo, incumbida de ajudar a mãe, tratou logo de descer à terra.
Porém, antes disso, passou por uma pequena preparação. Isso por que, não era costumeira essa atitude. Mas, tendo em vista a situação de Solange, Lúcia precisava agir.
E assim, embora muito tempo já tivesse se passado, Lúcia, ao voltar novamente ao plano físico, sentiu-se tomada de uma profunda emoção. Tanto que, ao colocar seus pés na terra, automaticamente, lembrou-se de tudo o que sucedera em sua vida.
Lembrou-se de quando nascera, dos seus primeiros contatos com a mãe, do quanto eram unidas, e por fim, recordou-se de sua morte. De sua dolorosa morte.
Porém, a despeito da preparação que tivera para se deparar novamente com todas essas emoções, Lúcia não conseguiu controlar sua tristeza ao lembrar-se de como morrera.
Contudo, apesar de sua dor, insistiu com os anjos, e demais criaturas celestes, que não queria ser poupada de nada. Ao contrário, se precisava voltar para ajudar sua mãe, precisava saber com o que iria se deparar.
Porém, ver o estado penoso em sua mãe se encontrava, foi extremamente complicado para ela. Isso por que, apesar de já fazer alguns meses que desencarnara, ainda não conseguira se desvencilhar da idéia de que aquela era sua mãe.
Por esta razão, a moça, ao ver que sua mãe sofria, caiu em prantos. Compungida, comentava:
-- Coitada da minha mãe!
Assim, imbuída do sentimento de solidariedade, a moça sentiu que mais do que depressa, precisava ajudar sua mãe.
Sim, ao saber da situação, foi a primeira a insistir na idéia de que sua mãe precisava de ajuda.
Não obstante isso, não fosse a colaboração dos demais seres celestes, não teria sido possível seu retorno a terra.
Mas enfim, estava de volta.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
O BEM E O MAL - CAPÍTULO 30
Cada vez mais febril, Solange começou a sonhar com a filha.
Lúcia, envolta em muita luz, era sempre uma imagem recorrente em seus sonhos. A moça, envolta em um manto diáfano, parecia um anjo. Tranqüila, sempre lhe dizia que estava bem, que não precisava se preocupar.
Todavia, não foi sempre que Solange teve sonhos assim.
Nos primeiros tempos após a perda da filha, sempre sonhava coisas terríveis com Lúcia. A moça, em seus sonhos freqüentes, estava sempre chorando. Algumas vezes, sonhava com a filha levando um tiro e envolta em uma poça de sangue.
Mas, independente disso, ao final do sonho, Lúcia estava sempre envolta em uma aura de luz.
Em um desses sonhos, Solange pôde ver a filha sendo conduzida para o céu em meio a uma forte luz.
No entanto, a despeito de todos esses sonhos, Solange não conseguia se conformar com a perda da filha.
E assim, mesmo quando Lúcia lhe aparecia em sonho dizendo que estava bem, a mulher não se aquietava.
Diante disso, seu estado de saúde se ficava cada vez pior.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.
O BEM E O MAL - CAPÍTULO 29
Já sua mãe, Solange, estava tentando em meio a muita dificuldade, retomar sua vida.
Aparentemente mais calma, ainda não havia se conformado com a morte da filha.
Por isso mesmo, Solange nos últimos tempos, percebendo que o inquérito que investigava os prováveis autores da morte de sua filha não evoluía, tratou logo de colocar a boca no mundo. Ao contatar a imprensa, fez questão de deixar bem claro que o delegado havia deixado de lado o inquérito.
Com isso, mais uma vez a investigação foi manchete no jornal, não só da cidade como de outras localidades também.
O delegado então, ao tomar conhecimento das acusações, ficou profundamente irritado com o comportamento de Solange. Porém, procurando dissipar qualquer dúvida quanto a seu comportamento honesto na condução do inquérito, comprometeu-se em apurar mais de perto algumas pistas. Além disso, havia fortes suspeitas com relação a possíveis suspeitos do crime.
Nisso, em menos de um mês após as denúncias, o inquérito foi concluído e o resultado da investigação tornou-se objeto de uma ação penal pública.
Solange, então, retomando seu trabalho, aproveitava para fazer todos os plantões que aparecia. Isso por que, não conseguia suportar a idéia de ter de voltar para casa.
Apesar dos meses que já se passaram, Solange não conseguia se acostumar com a idéia de que agora estava novamente sozinha.
De tão acostumada com a presença de Lúcia, a casa parecia um enorme deserto sem a sua presença.
Assim, não havia para ela, motivos para voltar para casa.
Além do mais, mergulhada em seu trabalho, não tinha tempo para pensar em tristezas.
Foram assim, seus últimos tempos, como enfermeira no hospital que em trabalhava.
Contudo, sua obcessão com o trabalho estava deixando os médicos preocupados. Isso por que, sem ter quase tempo nenhum para si, acabaria tendo um colapso. Por esta razão, seus colegas, ao perceberem que ela estava exagerando, trataram logo de lhe advertir.
Cautelosos, insistiam em lhe dizer que ela não devia se ocupar somente do trabalho.
Solange porém, não ligava a mínima para esses avisos.
Resultado. Ao final de algum tempo, depois de passar extenuantes horas dentro do hospital, Solange acabou tendo uma crise de estresse.
Por conta disso, acabou tendo que se afastar do trabalho durante algum tempo.
Porém, ao invés de isso lhe fazer algum bem, o resultado produzido foi o oposto.
Ainda abalada com a perda da filha, Solange, só conseguia pensar em Lúcia.
Por conta disso, ao visitar seu túmulo, teve a impressão de tê-la visto em meio a um grupo de pessoas. Ao perceber isso, fez questão de ir em direção a imagem que havia visto. Porém, ao chegar ao local da hipotética visão, para seu desalento, nada havia.
Cínthia e Raquel, suas amigas, ao perceberem o agravamento das condições de saúde da amiga, ficaram deveras preocupadas.
Preocupadas e decepcionadas.
Isso por que, segundo elas, Solange parecia bem nos últimos tempos. Porém, após adoecer, por conta de uma crise de estresse, a mulher, sem ter com o que ocupar a mente, passou a mais uma vez, se atormentar com a lembrança da filha.
E assim, vivendo de pequenas recordações, Solange deixou de cuidar da casa, da comida, e desesperada, passou a inúmeras vezes, visitar o cemitério, mesmo sob uma pesada chuva.
Não havia quem a pudesse impedir.
Solange, obcecada, não admitia mais que ninguém se intrometesse em sua vida.
Com isso, em razão de seu comportamento agressivo, acabou afastando ainda mais os vizinhos, que a essa altura, já não tinham mais paciência para aturar seus desaforos.
Dessa forma, Solange foi ficando cada vez mais sozinha.
E assim, solitária e desolada, diversas vezes pensou a vizinhança que ela estava louca.
A situação era preocupante.
Ao final de semanas, Solange acabou desenvolvendo um quadro de pneumonia.
Cínthia e Raquel tentaram diversas vezes cuidar da amiga, mas essa, teimosa, sempre dizia que queria ficar só, e que elas não tinham o direito de se meterem na vida dela.
Contudo, mesmo que elas não se importassem com as ofensas, chegou um certo momento em que não puderam aturar mais os desaforos.
Além disso, tinham uma família para cuidar e não era justo que sacrificassem seus filhos por conta dela.
Assim, ao final de alguns dias, sem ter com quem contar, Solange foi ficando cada vez pior.
Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução, desde que citada a autoria.