Poesias

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Quando o Ano Novo Vier

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Cantarolando a sublime canção
Por onde andará o espírito da paz?
Sorrateiro, dedilha em verso e prosa

As alegrias de todos os tempos, todas as datas
Remontando a antigos templos
Tão longínquos e afastados no tempo

Que de eqüidistantes formam o círculo da vida
Nos trazendo a lembrança
Dos festejos e comemorações

A tudo fora dado começo
No momento em que
Se sobrepondo a certas comemorações pagãs
Ocorrera o nascimento do filho muito amado
O Filho de Deus
Que queria modificar o mundo

Assim...
Os outrora tão férteis festejos pagãos
Foram se despedindo de nossos calendários
As Saturnálias, em honra ao deus Saturno
Personificando a divindade, o tempo
Medida incomensurável da eternidade

As festas datadas do Antigo Império
Por certo tempo o deleite dos cidadãos de Roma

Grande Império formado
Tudo por conta da sanha conquistadora dos latinos
Despedida das honrarias do deus Sol
Festa mitraica, oriunda da religião persa
Em comemoração ao “Natalis Invict Solis”
O nascimento do vitorioso Sol
Festividade decorrente do solstício do inverno

Época em que o sol
Em virtude de se afastar de sua direção
Passa por uma maior declinação austral
Onde tudo cessa de se distanciar

Aproximando-se do Equador
As crendices dos celtas e outros povos bárbaros
Os cultos solares dos celtas e dos germanos
Que ofereceram em sacrifício
Suas pagãs comemorações

Por isso...
Por virtude do inverno do hemisfério norte
Em decorrência das noites longas e frias
Onde outrora eram ofertados os sacrifícios propriciatórios
Clamando o retorno da luz que os abandonara

Em resposta a tal temor
Que sempre pairou sobre os homens
É que se fora dado ensejo a celebrações pagãs
E, após, tudo foi afastado

Em virtude do surgimento do Cristianismo
Onde se pregava o nascimento de um messias
Quando o tão anunciado salvador nasceu
E sacrificou-se por nós

Fora criada uma data para celebrar seu nascimento
Em honra a tal fato
O Natal é comemorado em dezembro
Representando o nascimento de Jesus
A verdadeira Luz do mundo

Natal...

Frente a isso foram criadas alegorias
Como a árvore de Natal
De origem germânica,
Criada no tempo de São Bonifácio
Adotada para substituir os sacrifícios
Ao carvalho sagrado de Odin
Adotando-se uma árvore
Em honra ao Deus – menino

O presépio criado no século XIII por São Francisco de Assis
Representa a trajetória da família sagrada
Quando ao nascer do menino Jesus
Que tão pobre veio para ser a riqueza do mundo
Mas o ponto alto das festas natalinas

É a missa do galo, celebrada a meia-noite
Onde se comemora o nascimento de Cristo
O costume de se celebrar o Natal
Está enraizado em nossa cultura
Só que nem todos os povos o cultuam

No mais...
Agora é só esperar o brilho das árvores natalinas
O piscar de luzes coloridas enfeitando
Iluminando a cidade
Trazendo-nos o doce clima da felicidade
Pairando sobre as cidades
Nesses dias de luzes e cores piscantes
Coroando o Natal até chegar o Ano Novo
Que virá dando início a uma Nova Era

Ultimando...
Por fim a brisa
Que suave toca o Monte das Oliveiras
Onde Cristo fizera seu último sermão
Sendo depois imolado em sacrifício a nós
Vindo a morrer pregado na cruz

Esta mesma brisa que suave beija as frontes
Ela mesma que passa por nós
E nos traz a graça de vivermos um mundo melhor

Aqui se despede o espírito da paz
Que sorrateiro brincava conosco
Que trazendo-nos o tempo em suas idas e vindas
Nos fez coroados com sua lembrança

Assim, nada mais tenho a dizer
A não ser somente
Dar os meus votos de felicitações
A todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Luciana Celestino dos Santos 
Permitida a reprodução, desde que citada a autoria. 

Oração Matinal


Oração sacramental, um princípe de esperanças, a agonia que se encerra.
Trituram-se as dores.
O sofrimento se esvai, a esperança se derrama em nuvens espessas de gotas celestes.
O divino Espírito Santo que coroou de luzes as mentes espirituais.
A pomba da paz que traz mensagens de esperança por um mundo melhor, se derrama nas lágrimas da virgem por ver este mundo.
Transformado, desmembrado, esfacelado.
A tristeza se anuncia, o mundo se transforma em nuvens de chumbo, o imperialismo avassalador destrói e constrói a miséria deste mundo tão errado.
As mágoas da virgem tão vagas se misturam as águas deste lago negro de discórdia e pobreza.
Já o paraíso se consome.
Belezas sutis, o verde brotando das árvores, flores desabrochando em infinitas cores, pássaros bebericando na fonte de água límpida e transparente, o beija-flor acaricia com seu longo bico a flor.
Pássaros cantam lindas canções de primavera.
Penas coloridas de araras e outras aves exóticas como o uirapuru, ave amazônica de lindas cores que ecoam pelos ares azuis primaveris. 
Folhagens verdoengas, árvores e plantas, flores girando ao sol, conforme o vento lhes diz:
"Vai, voa, voa e levante o aroma delicado que vem de ti.
Suspire o vapor sereno das gotas de orvalho da noite e sinta o prazer de viver..."
Eis a mensagem enviada pelo anjo que todos nós encontramos pela vida afora e não percebemos. Ora pois, a vida não é tão serena.
Assim, devemos procurar o melhor em nós.
Oração da manhã, espero que com o romper da aurora com sua fonte clara e lúcida, traga a luz para que enxerguemos o melhor do dia que virá, esperança que começa com a aurora esfumaçada que se desfaz com o dia que começa.
Espero que este dia seja rico em realizações e que as esperanças se realizem.

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução deste material, desde que citada a autoria. 
  

Prenúncio

Um prenúncio de uma nova era se anuncia.
Um pássaro branco de paz se aproxima e traz em lindas penas brancas a lhe enfeitar, um vôo calmo, e em seu delicado bico, uma mensagem.  
Mensagem esta que nos guiará  no percurso de todo o ano que transcorre. 
"Uma gruta no meio de uma clareira, em meio a tão selvagem  floresta. Perigos rondam a gruta mas, na sua entrada está um suave recado: aqui só entra quem foi convidado. Não são benvindos os furões. 
Portanto aqui, quem entrar e se acomodar, só terá paz. 
Só que antes, resta o trabalho de procurar pela gruta que quase sempre está longe de muitos corações. Corações egoístas, que só pensam em si e esquecem dos outros. 
Trabalho, muito trabalho, problemas a resolver, soluções a apresentar.
Estes são os caminhos para se chegar a esse recanto de paz. 
Remanso, as garças revoando. Isto é, voltando ao seu lugar de origem. 
Pássaros voando em bandos, sempre ruidosos e alegres.
Águas claras para banhos, limpeza da alma, transparência. 
Este é um pedaço do paraíso."  

Luciana Celestino dos Santos
É permitida a reprodução do texto, desde que citada a autoria.  

Considerações para o Ano de 2020


Penso em um ano de muitos sonhos, projetos e realizações
Bem diferente de 2019 
Tão cheio de contratempos  

Quantos lamentos e desalentos! 
Menos problemas de saúde, menos problemas financeiros
Se possível a saúde mais perfeita, 
E as finanças cada vez mais bem feitas

Ano com mais planejamentos e mais concretizações 
Com um bom pacote de contentamento
Sem lamentos!,
Que 2020 seja um ano pleno em realizações 
Ainda que graduais, 
Mas que venha num crescendo de positividade, claridade, amenidade,
Boas realidades e felicidade! 

Que 2020 seja um ano de muito bom, boníssimo  
E de infinitas comemorações! 
Assim acredito, assim quero, assim espero
Assim farei, e assim terei
Tanto eu quanto os meus!
Amém!
  
Blém blém blém!🎵🎶

Que todos os desejos se tornem realidades!
Um brinde ao Novo Ano!
Que seja lindo e maravilhoso!

Luciana Celestino dos Santos
Permitida a reprodução do conteúdo, desde que citada a autoria.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Passeando Pela Cidade de São Paulo


Passeando pela cidade de São Paulo
Visitei a famosa Estação da Luz
 E um relógio, no seu ponto mais alto

Belíssima, 
Possuí várias portas de folhas duplas em madeira

Neste passeio, 
Pude também, vislumbrar um bonito pedaço da cidade

Conheci o Jardim da Luz
Com suas inusitadas esculturas abstratas
Seu chafariz, e uma magnífica fonte de água
Além de alamedas e inúmeros bancos para as pessoas sentarem-se

Ao lado deste afamado parque,
Pude avistar inúmeras jaqueiras
Circundando o parque,
O lado pobre de uma cidade repleta de contrastes

Próximo dali, está a Fatec, 
Um belíssimo prédio 
Dos tempos gloriosos da cidade

Á sua frente, 
Um bonito prédio onde está instalada a polícia militar 

É nessa região que está a Igreja de Santo Expedito,
O Santo das causas urgentes
Sua igreja possuí duas pequenas capelas ao lado do altar, todo fechado
No fundo do altar, está a imagem de Cristo crucificado,
Objetos religiosos, flores, uma mesa com Bíblia, toalha branca, etc.
Á sua frente, uma imagem de Santo Expedito,     
Toda em madeira,
Cercada, tem a seu lado um cesto, onde são depositados os pedidos

Os bancos da Igreja são de madeira, e no teto,
Há um imponente lustre
No alto da construção, vitrais coloridos

Nas paredes, passagens bíblicas entalhadas em madeira
A entrada da igreja, tem uma imensa e imponente
Porta trabalhada, toda em madeira

Mas para adentrar o templo sagrado, 
É necessário passar pelo portão de ferro

A seguir, uma pequena escadaria dá acesso a construção
Antes de entrar porém, 
Há um recipiente com água benta

Logo atrás, depois de alcançar a igreja, 
Está o Batalhão da Polícia Militar
Ampla construção antiga, toda em amarelo
Lamentavelmente descascando

Próximo dali, está o Museu de Arte Sacra
Onde no Natal, é realizada uma exposição, 
Com lindos presépios

Logo ali está também, um amplo terreno
Repleto de bananeiras
E a estação de Metrô Tiradentes

Mais distante está a região da Barra Funda
Pegando a linha vermelha do metrô
Se pode descer na estação de mesmo nome

Bem próximo dali está o famoso 
Memorial da América Latina, 
Em frente está o Parlamento, e alguns prédios 
Nesta região tão pouco movimentada
Silenciosa e afastada da região da Sé

Barra Funda 
É nesta região que fica a Esaf, 
O Procon, entre outros estabelecimentos
O estúdio da Record, 
Também fica bem próximo deste lugar

São Paulo, Cidade da Avenida Paulista, 
Do Masp, do Parque Trianon, 
Da magnífica Praça da Sé, 
Com sua famosa Catedral em estilo gótico,
Dos metros, do Centro Histórico, 
Do Teatro Municipal, do Shopping Light, 
Do Viaduto do Chá, 
Das grandes avenidas, Do Pátio do Colégio, 
Dos prédios imponentes, grandiosos, espelhados, 
Dos monumentos e parques, enfim!

Certamente este passeio, compôs,
Mais uma belíssima página,
Do livro de minha vida!


Luciana Celestino dos Santos
Autorizada a reprodução desde que mencionada a autoria.

Lira Cantante

Lira que plange e sente a tristeza de um dia sem lágrimas e sem consolo
Dias que passam vagos, dispersos 
Sonho com esta lira errante, que me acompanha desde o início de meus dias 
Quero sentir o seu pulsar, seu som tristonho a me acompanhar

Quero sentir o lento caminhar de seu som 
De um tempo de felicidades que já se faz distante
Quero sentir uma alegria que nunca foi minha
Que nunca me pertenceu, mas ainda assim
 Eu trago a lembrança de sua existência 

Tenho saudade de um tempo de venturas 
De uma lira que suave tocava meu coração
Que me comovia com as coisas mais simples 

Quero voltar ao tempo das alegrias ingênuas 
Onde somente com a força da imaginação, se podia criar um mundo inteiro de luz e cor
Um mundo onde não havia tanta dor e tristeza
Um mundo onde as misérias humanas não tinham lugar  

Lira, saudosa lira, onde estás? 
Porque hoje tocas tão triste, se houve um dia em que foste tão sonorosa? 
Hoje meu preito é melancólico, só tenho mágoas 
 Estão tão cansada!
Cansada deste prélio enfadonho
Desta batalha sem sentido

Lira cantante da minha vida 
Choraste comigo, todas as minhas amarguras 
Mesmo diante disto, permaneço desalentada
Por que os caminhos da vida são tão tortuosos?
 Por que viver é tão triste, tão duro?
Por que não podemos ser felizes a todo o momento?
Por que somos tão frágeis? 

Lira romântica, por que não cantas as glórias de seu tempo?
 Lira tristonha, porque só sabes prantear as tristezas do presente?   
Sinto-me tão cansada! 
A vida, mais parece um fardo, do que o imenso mar de maravilhas que promete

Ao me confrontar com tantos problemas, sinto vontade de chorar, chorar, chorar...
Chorar, não mais as tristezas de minha vida, mas também as tristezas de meu tempo
Deste tempo tão louco e irracional que ninguém consegue compreender

E é por essas e por outras,
 Que eu sinto tanta saudade de uma época que não é minha
De um tempo passado que nunca fez parte de minha vida
E de uma época que não me pertence

Tenho saudades de uma vida que nunca tive
E medo de um futuro sem perspectivas 

Mas muito mais temor eu tenho,
De não conseguir me realizar como ser humano que sou
 De uma vida sem sentido e sem realizações 
Tenho medo de estar sonhando um sonho que não me diz respeito
E disperdiçando a chance de uma grande existência

Lira, amada lira, triste e conformada
Por que vivo entre as sombras, e não consigo encontrar a luz? 
Por que sua triste melodia me persegue?
Por que não tocas algo mais alegre? 

Quero ter esperança, mas não consigo
A minha frente, vejo poucas soluções
Será que viver é isso?
Um eterno penar?
Ou será que verei um dia de luz
Depois dessa tempestade que pairou sobre minha vida?

Como gostaria de acreditar que tudo vai dar certo
Será que a vida é um filme?
Será que no final tudo acaba bem?

Não consigo descobrir a resposta
Será que um dia saberei?
Será que algum dia vou ser feliz? 
Algum dia na minha existência vou finalmente conseguir ver meus sonhos realizados?  

Lira, suave lira, jogue suas tristezas para longe de mim
Deixe-me ser feliz 
 Deixe-me ser o ser humano que posso e mereço ser 
 Deixe-me ser uma cidadã de verdade 

Lira, rara lira, traga sua antiga música álacre 
Traga-me o tempo da felicidade 

Brindemos a isso preclara lira, 
Afastemo-nos do tempo de tormentas 
E nunca mais seremos tristes 
Ó lira cantante, como eu te admiro!

Luciana Celestino dos Santos
Autorizada a reprodução desde que mencionada a autoria.

Duelo do Sorriso Amarelo

I

Sonhos de Infância

Não consigo recordar seu paralelo
Pesadelos, desafios, grandes duelos
Em uma terra tão dura, 
Solo áspero, tão seco de rachado   

Plantas xerófitas de extensas raízes
A sugarem no chão profundo,
Elemento vital, 
Água de longíquos lençóis freáticos

É neste cenário agreste
Que eventos acontecem
Lembranças que batem, 
Repercutem como martelos  

Duelo do Sorriso Amarelo! 

  • Continua. 

Luciana Celestino dos Santos 
Autorizada a reprodução desde que mencionada a autoria.