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Cantarolando a sublime canção
Por onde andará o espírito da paz?
Sorrateiro, dedilha em verso e prosa
As alegrias de todos os tempos, todas as datas
Remontando a antigos templos
Tão longínquos e afastados no tempo
Que de eqüidistantes formam o círculo da vida
Nos trazendo a lembrança
Dos festejos e comemorações
A tudo fora dado começo
No momento em que
Se sobrepondo a certas comemorações pagãs
Ocorrera o nascimento do filho muito amado
O Filho de Deus
Que queria modificar o mundo
Assim...
Os outrora tão férteis festejos pagãos
Foram se despedindo de nossos calendários
As Saturnálias, em honra ao deus Saturno
Personificando a divindade, o tempo
Medida incomensurável da eternidade
As festas datadas do Antigo Império
Por certo tempo o deleite dos cidadãos de Roma
Grande Império formado
Tudo por conta da sanha conquistadora dos latinos
Despedida das honrarias do deus Sol
Festa mitraica, oriunda da religião persa
Em comemoração ao “Natalis Invict Solis”
O nascimento do vitorioso Sol
Festividade decorrente do solstício do inverno
Época em que o sol
Em virtude de se afastar de sua direção
Passa por uma maior declinação austral
Onde tudo cessa de se distanciar
Aproximando-se do Equador
As crendices dos celtas e outros povos bárbaros
Os cultos solares dos celtas e dos germanos
Que ofereceram em sacrifício
Suas pagãs comemorações
Por isso...
Por virtude do inverno do hemisfério norte
Em decorrência das noites longas e frias
Onde outrora eram ofertados os sacrifícios propriciatórios
Clamando o retorno da luz que os abandonara
Em resposta a tal temor
Que sempre pairou sobre os homens
É que se fora dado ensejo a celebrações pagãs
E, após, tudo foi afastado
Em virtude do surgimento do Cristianismo
Onde se pregava o nascimento de um messias
Quando o tão anunciado salvador nasceu
E sacrificou-se por nós
Fora criada uma data para celebrar seu nascimento
Em honra a tal fato
O Natal é comemorado em dezembro
Representando o nascimento de Jesus
A verdadeira Luz do mundo
Natal...
Frente a isso foram criadas alegorias
Como a árvore de Natal
De origem germânica,
Criada no tempo de São Bonifácio
Adotada para substituir os sacrifícios
Ao carvalho sagrado de Odin
Adotando-se uma árvore
Em honra ao Deus – menino
O presépio criado no século XIII por São Francisco de Assis
Representa a trajetória da família sagrada
Quando ao nascer do menino Jesus
Que tão pobre veio para ser a riqueza do mundo
Mas o ponto alto das festas natalinas
É a missa do galo, celebrada a meia-noite
Onde se comemora o nascimento de Cristo
O costume de se celebrar o Natal
Está enraizado em nossa cultura
Só que nem todos os povos o cultuam
No mais...
Agora é só esperar o brilho das árvores natalinas
O piscar de luzes coloridas enfeitando
Iluminando a cidade
Trazendo-nos o doce clima da felicidade
Pairando sobre as cidades
Nesses dias de luzes e cores piscantes
Coroando o Natal até chegar o Ano Novo
Que virá dando início a uma Nova Era
Ultimando...
Por fim a brisa
Que suave toca o Monte das Oliveiras
Onde Cristo fizera seu último sermão
Sendo depois imolado em sacrifício a nós
Vindo a morrer pregado na cruz
Esta mesma brisa que suave beija as frontes
Ela mesma que passa por nós
E nos traz a graça de vivermos um mundo melhor
Aqui se despede o espírito da paz
Que sorrateiro brincava conosco
Que trazendo-nos o tempo em suas idas e vindas
Nos fez coroados com sua lembrança
Assim, nada mais tenho a dizer
A não ser somente
Dar os meus votos de felicitações
A todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!
Luciana Celestino dos Santos
Permitida a reprodução, desde que citada a autoria.